quinta-feira, 31 de maio de 2012

Padre Leo Conta a estória do Papagaio Marrom.

PADRE LEO






Esta é a estória de tres filhos
que competiam entre si para oferecer o melhor presente que podiam dedicar à sua
querida mãezinha no seu octagéssimo aniversário, voce encontrará o texto do Pe.
Leo em diversas palestras gravadas em CD’S e divulgados pela Canção Nova, aqui
vou apresentá-la numa versão um pouco resumida e diferente, procure conhecer a
original.





Padre Leo conta a estória de três
filhos que ficaram multimilionários e queriam agradar sua octogenária mãezinha
que faria aniversário no mês seguinte.





Após uma reunião de familia para
organizar uma festa, cada um teve uma grande idéia, mas não quiseram compartilhar
um com o outro, pois cada um queria dar-lhe o melhor presente, valorizando o
esforço e dedicação que sua Mãe teve para cria-los dando lhes condições de
agora serem bem sucedidos na vida e na sociedade.





O primeiro, decidiu comprar-lhe
uma grande mansão, substituindo aquela casinha humilde que eles moravam desde
criança, então buscou nas imobiliárias a melhor casa da cidade, a comprou e
contratou um mordomo e empregados para cuidar da casa, porque afinal de contas
sua mãe merecia muito mais.





O segundo, decidiu comprar-lhe
uma limusine, com um motorista, para que pudesse levar sua mãe onde quer que
ela quisesse ir.





O terceiro, foi um pouco mais
além, não queria dar-lhe simplesmente um bem material, conhecendo bem a sua
mãe, sabendo que ela era muito religiosa, rezava sempre, gostava muito de ler a
palavra de Deus e com a idade avançada isto se tornara muito difícil para ela.





Ele havia ouvido falar que
existia uma ave raríssima, “Um Papagaio Marrom”, que fora treinado por uns
Monges Beneditinos que moravam num convento no alto de uma montanha e que esse
famoso Papagaio Marrom sabia recitar a bíblia todinha de cor e salteado, era só
dizer o capitúlo que ele recitava versículo por versículo.    Moveu
mundos e fundos e se encheu de explicações e justificativas e foi buscar a tal
ave maravilhosa.





Lá chegando, se ofereceu para
comprar o bichinho falador e estava disposto a pagar uma quantia generosa por
ele, depois explicou seus grandes motivos, dizendo que sua mãe já estava
velhinha, amava muito a Deus, foi fiel sua vida toda, já estava quase morrendo
e blá … blá… blá…, Os Monges não queriam vender o Papagaio, diziam eles ser uma
ave raríssima, que o amavam muito, levara anos treinando-o para que decorasse
toda a biblia e que lhes faria muita falta agora que já se haviam apegado a
ele, que era como uma pessoa que fazia parte da família, e blá… blá… blá…, realmente
deu muito trabalho convencer aqueles monges, mas ele conseguiu. Trouxe então o
bichinho falador, experimentando seus dotes e já o treinando para dar uma linda
mensagem para sua mãe.





No dia do aniversário, toda os
parentes e amigos estiveram presentes, uma grande festa, com banquete, missa,
orquestra, homenagens e etc… cada um ofereceu seu lindo presente, se encheram
de orgulho com a alegria de sua Mãe, mais o dia foi cheio, muitas tarefas,
muitos parentes e amigos para conversar e depois deixaram sua mãe descansar.





No semana seguinte retornaram,
para saber o que sua mãe havia achado dos maravilhosos presentes, e lhe
perguntaram.


E aí mãezinha, o que achou do meu
presente ?


Milton, Meu Filho Você gastou
muito dinheiro, comprando esta casa enorme, muitos quartos, muitos empregados,
isto dá muito trabalho… Para uma velhinha que mal anda do quarto para a sala.
Achei muito bom, mas vou preferir morar em minha casinha mesmo.





Marvim, Meu filho, para que
aquele carrão, com aquele motorista paralisado, parece mais uma estátua de
pedra. Já não tenho mais aonde ir, meus parentes e amigos já morreram quase
todos e toda vez que preciso vocês me atendem, com carinho, dispensei o
motorista e não vou usar aquele carro que só dará despesas.





Melvim, meu filho seu
presente  realmente foi maravilhoso, você me conhece bem e soube escolher
exatamente o que eu mais gosto,  já hávia muito tempo que não ganhava um
presente tão bom como este, nunca comi um caldinho de frango tão gostoso como o
daquele franguinho marrom.





Moral da História: A quem queriam
agradar, à sua Mãe ou a si mesmos ? Agradar alguém e fazê-la totalmente feliz
pode ser bem mais simples do que pode parecer !






Publicado em por
presentepravoce 

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O encontro pessoal com Cristo, chave de toda autêntica evangelização

Imagem de Darío Castrillón Hoyos




S. Em. R. Darío
Card. Castrillón Hoyos






Ao
esboçar a Evangelização na Internet não se pode perder de vista que a fé
católica e a pertença à Igreja são algo mais que uma cultura ou uma história; é
uma relação com o Salvador, com o único Salvador do homem. 





Esta é a chave: o
cristianismo não é só uma tradição cultural, nem só uma doutrina, nem sequer se
reduz a uma filosofia de vida. Não, o cristianismo é um encontro vital e
pessoal com Cristo, na Igreja e pela Igreja. Ser cristão é ser discípulo de
Cristo, nosso Mestre e único Salvador. Por isso, o primeiro passo da
Evangelização é levar ao conhecimento de Cristo.





A
fé é crer em algo, mas é principalmente crer em Alguém, e crer pela autoridade
de Deus que não pode enganar-se nem enganar-nos. Crer implica uma disposição da
alma que aceita a Cristo como a Revelação de Deus. Mas a Cristo não chegamos
diretamente, por isso precisamos de intermediários fiéis.





A
evangelização é sempre obra de homens, de evangelizadores que dão daquilo que
eles, por sua vez, receberam, recordando a frase misteriosa de Jesus: Minha
doutrina não é minha, mas daquele que me enviou [24], ou o colocado nas
palavras de São Paulo: 





eu recebi do Senhor o que lhe transmiti [25]. Portanto,
o evangelizador é uma testemunha fiel, o transmissor de Alguém em quem acredita
profundamente, de Alguém a quem ama com todo seu coração, com toda sua alma e
com toda sua mente [26].





Evangelizar
é conduzir ao encontro pessoal com Cristo, à aquisição da convicção profunda
que “a vida que eu vivo no presente na carne, a vivo na fé no Filho de Deus que
me amou me e se entregou a si mesmo por mim” [27]. 





Esta é a explicação de toda
a Evangelização: abrir a porta da fé para que Cristo, o Redentor, entre em
nossas vidas: Ianua nostra est fides. Per istam ianuam Christus ingreditur:
“Nossa porta é a fé. Por esta porta entra Cristo” [28]. 





A Internet é o meio
pelo qual, com um número indefinido de pessoas, podem ser dados os primeiros
passos da evangelização, apresentando-as a Cristo para abrirem a porta da fé.




terça-feira, 29 de maio de 2012

Evangelizar na Internet

Imagem de Darío Castrillón Hoyos




S. Em. R. Darío
Card. Castrillón Hoyos






"Proclama
a Palavra, insiste a tempo e fora de tempo, repreende, ameaça, exorta com toda
a paciência e doutrina” [8].





As
palavras de Paulo continuam nos lembrando que “o dever de dar testemunho da
morte e ressurreição de Jesus e de sua presença salvífica em nossas vidas é tão
real e urgente como aos primeiros discípulos. Nós temos que comunicar a boa
notícia a todos aqueles que a queiram escutar.





É
indispensável a proclamação pessoal e direta, na qual uma pessoa compartilha
com outra a fé no Ressuscitado. Igualmente o são as outras formas tradicionais
de semear a Palavra de Deus. Não obstante, ao mesmo tempo, deve-se realizar
hoje uma proclamação nos e pelos meios de comunicação social. ‘A Igreja se
sentiria culpada perante o Senhor se fizesse não uso destes meios poderosos’
[9]” [10]. E um destes meios é a Internet.


    


Se
verdadeiramente a Igreja tem consciência do que o Senhor quer que ela seja,
surge dela uma singular maturidade e uma necessidade de transbordamento, com a
clara advertência da missão que a transcende e do anúncio que deve difundir. É
o dever da Evangelização. É o mandato missionário. É o ministério apostólico.
Não é suficiente uma atitude fielmente conservadora.





 Certamente
teremos que conservar o tesouro da verdade e da graça legado a nós por herança
pela tradição cristã; mais ainda, teremos que defendê-lo: “Guarda o depósito”
[11], admoesta São Paulo. Mas nem a custódia, nem a defesa encerram toda a
tarefa da Igreja relativa aos dons que possui. O dever primordial para a
herança recebida de Cristo é a difusão, é a oferta, é o anúncio: “Ide, pois, e
ensinai a todas as gentes” [12], é o supremo mandato de Cristo a seus Apóstolos.





Estes,
com o nome mesmo de Apóstolos, definem sua própria e irrecusável missão. A este
impulso interior de amor que tende a fazer-se dom exterior é que S.S. o Papa
Paulo VI chama “diálogo” [13]. 





Todo católico, a partir de seu testemunho
pessoal, de sua vida, também é responsável por esta missão da Igreja. Também
quando se manifesta ao cibermundo deve sentir-se comprometido a dar o que
recebeu, ir e ensinar a todas as gentes. Deste modo, a Internet se torna para
ele um areópago para proclamar o nome de Cristo.





Evangelizar
é abrir a riqueza da Revelação para os homens, é anunciar a inescrutável
riqueza de Cristo, é esclarecer como foi revelado o Mistério escondido desde os
séculos em Deus [14].





Não
se pode evangelizar quando se abandona a verdade da mensagem. Por isso, “a
atenção ao acercar-se dos irmãos não deve traduzir-se em uma atenuação ou
diminuição da verdade.





Nosso
diálogo não pode ser uma fraqueza em relação ao compromisso com nossa fé. O
apostolado não pode tolerar uma espécie de compromisso dúbio relativo aos
princípios de pensamento e de ação que devem definir nossa profissão cristã.





O
irenismo [15] e o sincretismo são, no fundo, formas de ceticismo em relação à
força e ao conteúdo da Palavra de Deus que queremos manifestar. Só quem é
completamente fiel à doutrina de Cristo pode ser eficazmente apóstolo. E só o
que vive com plenitude a vocação cristã pode ser imunizado do contágio dos
erros com os quais se põe em contato” [16].





Evangelizar é satisfazer o coração
do ser humano que procura para Deus até encontrar n’Ele a plenitude da vida e
da felicidade.
 Todo o homem, toda a mulher, carrega em seu ser
essa ânsia de Deus; 





sua inteligência, sua vontade, sua liberdade, sua
consciência moral, seus ricos sentimentos e até mesmo suas paixões [17], falam
da necessidade de procurar um Absoluto que plenifique sua vida; algo, ou
melhor, Alguém que está fora e dentro dele ao mesmo tempo. Superior Summo meo
et Interior Intimo meo [18]. O homem é fraco e feito para Alguém que parece
esperá-lo e escutá-lo a partir de dentro e do alto.





Santo Agostinho desejava saber: “Por
que, Senhor, que eu te busco?”, e ele mesmo encontrou a resposta: “Porque ao
buscar-Te, meu Deus, eu busco a vida plena. Faz que Te busque para que viva a
minha alma, porque meu corpo vive de minha alma e minha alma vive de Ti” [19].
A vida do homem está n’Aquele de quem vive sua alma. “Nos fizeste para Ti, e
nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Ti” [20].





Com
a Evangelização, a Igreja preenche a mais profunda necessidade do ser humano,
entrega-lhe o que mais anseia. Por isso, hoje é um ditame comumente aceito o
colocar entusiasmo em nossa fé, fazer com que as convicções da fé desçam da
mente para o coração e preencham todas as facetas do ser humano.





A
Igreja, sem medo nenhum nem falsas humildades, também através da Internet deve
apresentar-se ante os novos modelos culturais como a grande alternativa para o
futuro do homem e o ponto de referência para uma renovação fundamental da
sociedade.






ela está em condições de responder aos “enigmas secretos da condição humana
que, tanto ontem como hoje, movem seu coração intimamente: O que é o homem?
Qual é o sentido e o fim de nossa vida? 





O que é o bem e o que é o pecado? Qual
é a origem e o fim da dor? Qual é o caminho para chegar à verdadeira
felicidade? O que é a morte, o juízo e qual a retribuição após a morte? Qual é,
finalmente, aquele último e inexplicável mistério que envolve nossa existência,
do qual procedemos nós e para o qual nós dirigimos?” [21]. 





Nem a ciência [22],
nem a exaltação dos sentimentos podem dar solução aos grandes questionamentos
que envolvem a vida dos seres humanos.





“A
Internet pode oferecer magníficas oportunidades para a Evangelização se for
usada com competência e com uma clara consciência a respeito de suas forças e
suas debilidades.





Principalmente
ao prover informação e despertar interesse, torna possível um encontro inicial
com a mensagem cristã, especialmente entre os jovens que se dirigem cada vez
mais ao mundo do ciberespaço como a uma janela aberta ao mundo.





Por
isto, é importante que as comunidades cristãs descubram meios práticos para
ajudar aos que se põem em contato com elas pela primeira vez através da
Internet, para passar do mundo virtual do ciberespaço para o mundo real da
comunidade cristã” [23].
Fonte : http://www.otavio.org.br/texto%5Cati.txt



segunda-feira, 28 de maio de 2012

A amizade de Jesus por Marta, Maria e Lázaro.










Fiquei maravilhada com aquilo que o Senhor falou para mim, nesta tarde e durante a noite. Ele me mostrou o valor de uma amizade. E mais ainda, da necessidade que temos de tê-las.





Um texto bíblico, em especial, chamou-me a atenção: “João 11,5“Jesus tinha muito amor a Marta, a sua irmã Maria e a Lázaro.





Vejam que não é pouco amor, a palavra diz que é muito amor. Daí percebi que é o que está nos faltando. Pois o nosso amor está condicionado a cobrança, a troca e não num amor puro como o de Jesus e daqueles três irmãos.





Há hoje, uma carência, uma necessidade de retribuição, que ao invés de unir tem destruído os relacionamentos, pois o amor como diz Francisco de Assis não é mais amado.





Não temos amado de forma correta, sem nenhum interesse e isso faz-nos sofrer, pois ao invés de termos relacionamentos livres, temos aprisionado aqueles que estão à nossa volta.





Lamento muito, por só agora, estar tomando consciência disso. Quantas boas amizades poderia ter preservado, poderia ter alimentado na minha vida, mas não amei da forma correta e vice versa na maioria das situações.





O importante, é tomar consciência e mudar a partir de agora. Amar, acolher, aproveitando os raros momentos. Pode até passar anos sem se verem, mas quando isso ocorrer, que seja edificante.





Voltando ao texto, podemos verificar que nele retrata a morte de Lázaro. E o bonito é a atitude de Marta e Maria que não condenaram Jesus por não ter feito nada para que Lázaro sarasse. Ele que havia curado tantos. E sequer estava no momento que mais precisavam mesmo tendo mandado avisá-lo.





Marta, quando soube que Jesus havia chegado de uma viagem, foi logo ao encontro dele. Nós ao contrário, quando um amigo não faz o que nós queremos a nossa tendência é jogar isso na cara dele ou ignorar essa pessoa.





Dá para perceber a amizade sadia entre eles. Marta sabia muito bem quem era Jesus e ele por sua vez conhecia muito bem Marta. Ali há uma reciprocidade, um respeito mútuo.





Nós não conhecemos aqueles que dizemos “ser amigos”, não sabemos respeitar sua individualidade, seu jeito de ser, seu jeito de agir e muito menos o “seu silêncio”, o seu “distanciamento”.





Marta aceitou Jesus e o acolheu, mesmo não tendo feito a sua vontade, que era a que Ele estivesse lá quando Lázaro ainda vivia e estava doente.





Aceitar Jesus, significa aceitar a sua palavra e praticá-la. Não temos tido a amizade sincera com Jesus, pois a palavra queremos aceitar em parte, desprezando os sofrimentos. 


Não aceitamos a discriminação, o julgamento, a frieza, a indiferença, as provações, as tentações, etc. 





Então, não somos amigos de Jesus como deveríamos. Não vou generalizar, óbvio que há exceções, são raras, mas existem.





Não temos aceitado os nossos amigos, como Marta e Maria. Há muitas incompreensões, desavenças e falhas.





Quando Marta encontrou com Jesus, foi logo chamar Maria, que estava sentada, triste e disse baixinho para ela que o mestre a estava chamando.





Ela levantou-se depressa e foi ao encontro dele chorando e caiu de joelhos diante dele. Jesus ficou comovido.





Maria não cobrou nada de Jesus. Não o recriminou, não o julgou, não disse isso ou aquilo para jogar toda a sua dor em Jesus. 





Não, ela não fez isso. Simplesmente chorou e caiu de joelhos diante dele. Veja que ela não se colocou de joelhos, mas caiu de Joelhos, tamanha era a sua dor.





Jesus ficou comovido. Quantas vezes temos amigos, que no momento de dor precisam de nós e nós deixamos eles de lado. O nosso orgulho não nos permite aproximar. Pois queremos saber no relacionamento de amizade quem é o culpado ou o inocente. E sempre culpamos o outro, não reconhecendo nossas falhas.





Maria não culpou Jesus, ela se humilhou diante diante de Jesus, daquele amigo querido.





Vejo, meus irmãos, que uma das coisas que falta nos relacionamentos de amizade é a humildade. É ir ao encontro do outro. Não importa se tem ou não culpado, o que importa é cultivar o amor.





Jesus teve lágrimas ao ver Lázaro morto e o ressuscitou. Ao ressuscitar Lázaro, mostrou que para Deus nada é impossível.





Jesus também nos mostra com essa palavra que é possível, ressuscitar amizades que foram enterradas, porque Jesus não estava entre essas amizades.





Qualquer amizade para se tornar verdadeira, é preciso que seja colocado entre elas Jesus. 





Mais adiante, no texto, diz que seis dias antes da páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro e que ofereceram a ele um jantar. 





Marta servia, e Lázaro estava à mesa com ele, enquanto Maria pegou meio litro de perfume muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa inteira encheu-se do aroma de perfume.





Três pessoas diferentes, porém, as três são amigas de Jesus. Ali não havia ciúmes, não havia inveja, não havia quem era maior ou menor. Ali havia respeito mútuo. Tanto que um foi comer com Jesus, a outra foi servir e Maria foi glorificar(elogiar), o amigo.


Já não vos chamo servos, mas amigos, porque o amigo diz tudo. Tem intimidade. O amigo acolhe, aceita, respeita.





Portanto, percebemos que Jesus realmente tinha muito amor por Lázaro, Marta e Maria, tanto é verdade, que foi jantar na casa deles, seis dias antes da páscoa.





Que Deus nos conceda a graça de compreendermos o valor das amizades e mais ainda de perceber aonde é que falhamos com nossos amigos e ter a humildade de reconhecer essas falhas e tentar aproximar deles, respeitando os seus limites, ressuscitando relacionamentos verdadeiros que se foram por falta de trabalhar os nossos afetos, de escutar verdadeiramente o Senhor.





Augusta Moreira dos Santos





Um tumor na alma












Meu irmão, minha irmã, venho hoje falar com
você, que está triste, que está com uma dor no seu coração, que por mais que
você queira descobrir não sabe o motivo, que no seu interior está uma revolta
que não tem explicação e que parece que o mundo está contra você.





Quero falar também, com você que às vezes se
sente super bem, há alguns que até chego a brincar, nossa aquela ali, ela
sente-se como a mulher maravilha que dá uma rodopiada e os problemas são
solucionados.





Falo para você também, que na Igreja, não se
conforma em fazer aquilo que Deus te propõe e até utiliza a parábola dos
talentos, para justificar o seu estar em tudo.





Falo para você, que tem escutado você
mesmo e não Deus. Para você que vê o erro do outro, mas não enxerga e nem
sequer passa pela sua cabeça a hipótese de admitir os seus.





Dirijo-me a você que se sente o queridinho de
Jesus, que por se achar tão bom, quer até pegar um carrinho, como se o Céu
fosse um Supermercado e nem sequer pede autorização, como dono já vai colocando
no carrinho, quero o dom de profetizar, esse parece que é bom.



Ah, também quero o da pregação, é muito bom, onde tiver muita gente serei tão
destacada que todos me chamarão pelo nome e me reconhecerão, quero mais outro e
mais outro, Senhor, na verdade, vou pegar os nove.



Porque aí, nem vou precisar de mais ninguém. De repente até aprendo a tocar.
Porque tá faltando na Igreja.



Na verdade meu Senhor quero tudo isso porque os outros não se colocam a
disposição e não querem aprender então eu quero, viu. 





E vou pegando tudo, até
acreditando, pois o meu inconsciente sabe esconder muito bem. Quero ajudar. E
na verdade querem, não estou dizendo que não querem. Querem, mas não conseguem
enxergar o erro porque a mente está obscurecida pelo pecado. É preciso olhar
para o interior.





Que ninguém, a pretexto de humildade e culto aos anjos, vos impeça de alcançar a vitória. Tais pessoas baseiam-se em pretensas visões, deixando-se ingenuamente inchar de orgulho por sua mente carnal; (Colossenses 2,18)





Também, não quero falar só com o coração não,
quero algo mais, quero que todos percebam a minha evolução, quero fazer o
melhor, ser o melhor e mostrar para todos, para a coordenação, para os
pregadores, para outras pessoas de cidades diferentes, que podem me chamar,
porque agora posso.





Falo para você que acha que a sua opinião deve
prevalecer em tudo e, que até de bonzinho, quis ajudar em diversas coisas, para
alcançar os seus objetivos disfarçados na falsa humildade, porque se colocando
a serviço, você meu amigo, minha amiga, achou que estava servindo ao Senhor,
mas eu te digo que você poderia estar servindo a qualquer um menos ao Senhor.





Mas ele até utilizou os seus préstimos, afinal
você estava dizendo que estava servindo a ele, então ele deixou você ir até
chegar um dia, que ou você desvencilha disso ou vai se enforcar com a própria
corda, a menos que se volte para o Senhor de verdade. 





Afinal, existe um ditado
que no inferno está cheio de pessoas com boas intenções. Então nós temos que
tomar cuidado inclusive eu, que por orgulho, posso sequer reconhecer que estou
escrevendo com orgulho. tá vendo o perigo. Esse mal todos nós padecemos.





Falo para você que não conhece as artimanhas
de satanás que é tão poderoso, que ousou tentar até o próprio cristo e não
pense você estar livre das tentações, porque é um mal que todos nós padecemos.





Digo a você meu irmão, a você, minha irmã que
está sofrendo com tudo isso e mesmo assim ainda não tem coragem de admitir que
esteja sofrendo de algum mal, pois eu te digo tudo isso pode virar um
câncer, um tumor na sua alma e te levar para o inferno, mesmo que você faça
tanta coisa na Igreja, mesmo que você se ache bonzinho. Pois o pior cego é
aquele que não quer ver. Somos todos pecadores. Digo a você, que tudo isso aí,
que relatei se resume numa única palavra, ORGULHO.





Se a carapuça serviu na sua cabeça, meu irmão
a coloque mesmo. Admita que você é assim. Não deixe para depois o seu
reconhecimento. Não deixe para mudar depois, mude agora.





Lembre-se que ainda há solução para você, como
há solução para mim, como há solução para todos nós. Porque Jesus veio para nos
libertar e para nos curar. Ele não veio para os sadios e sim para os doentes,
tanto é verdade, que quem está escrevendo para você sou eu, que padeci de todos
esses males e só pela misericórdia dele melhorei um pouquinho.





Escute o que estou te falando, enfrente você
mesmo. Seja corajoso, seja corajosa, às vezes você tem coragem de enfrentar uma
filmadora, uma entrevista, um Retiro, um congresso, e às vezes enfrenta até o
maligno, mas não quer enfrentar você mesmo.





Falo isso, porque passei por todas essas tentações, e, ainda passo, pois não estou livre, temos que vigiar constantemente.





Deus te convida a buscar a sua cura interior e
que você seja curado para ser feliz, para ser livre, curado para não fugir,
curado para não mascarar a sua realidade.





Onde fica então o orgulho? Fica excluído. Por qual lei? Pela lei das obras? Não, mas sim pela lei da fé. (Romanos 3,27).




Pela graça de Deus você pode conseguir
enfrentar esse leão devorador que é o orgulho. Pela graça de Deus você
conseguirá enfrentar o veneno dessa cobra que é o orgulho, pela graça de Deus,
você vai conseguir. Também espero conseguir.





O primeiro passo foi dado, reconheço que
preciso de mudança, agora, o caminho vai ser gradativo, mas vou chegar lá e não
é pela minha força, pois por ela não consigo. É pela graça de Jesus. Tente você
também. Juntos venceremos. Amém.





Augusta Moreira dos Santos.




Laudes: O anúncio de um novo dia

shalom







“O Nascer desse dia convida a
cantarmos os vossos louvores” . Em cada amanhecer, há uma oportunidade
inigualável para experimentarmos da presença do Cristo Ressuscitado por meio da
oração das Laudes. Desde a aurora, com os primeiros raios do Sol, a natureza, o
nosso corpo e o nosso interior devem concorrer para esse louvor da manhã,
despertando-nos para a presença do Ressuscitado que logo cedo vem nos despertar
para um novo dia.





Que ao louvar no início da manhã,
busquemos consagrar e santificar todo o nosso dia perante Deus.





O que são as Laudes?





Mas afinal, o que são as laudes?
As laudes são uma oração que desde os tempos remotos da Igreja rezavam-nas a
fim de caracterizar o findar da noite que abre o dia. “É a voz da esposa, a
Igreja, que surge para acordar o esposo” , e que representa para nós a
“santificação do período da manhã” (IGLH 38).





Nesta Oração matutina, podemos
encontrar uma esplêndida riqueza simbólica, seja observando a natureza (manhã,
aurora, luz, sol nascente, começo do dia), contemplando a ressurreição de
Cristo (Jesus “é a luz verdadeira que ilumina todo o homem” Jo 1,9), ou ainda
contemplando a Deus que é Criador de todas as coisas e Senhor das nossas vidas,
e que por isso merece as primícias do nosso dia que é o louvor da manhã.





Para que rezar as Laudes?





Como bem ensina São Cipriano,
“devemos orar pela manhã, para que pela oração matinal se celebre a
ressurreição do nosso Senhor” . Podemos ainda recorrer às palavras de São
Basílio Magno: “A oração da manhã tem por finalidade consagrar a Deus os
primeiros movimentos de nossa alma e de nossa mente, e, antes de nos ocuparmos
com qualquer outra coisa, deixar que o nosso coração se regozije pensando em
Deus;





 (...) pois o corpo não deve se entregar ao
trabalho, sem antes termos cumprido o que disse a Escritura: “Eu vos invoco,
Senhor, desde o amanhecer. Escutai-me, porque desde o raiar do dia eu vos
apresento minha súplica e espero” (Sl 5, 4-5) . 





Assim, rezamos as Laudes para
santificar todo o nosso dia e trabalho, por meio do louvor a Cristo
Ressuscitado. Cristo, que venceu a morte, vem ser vencedor em nossas vidas por
meio da nossa experiência pessoal concebida pela manhã que vai direcionar todo
o nosso dia para a vontade do Pai.





Como rezar as Laudes





Para iniciarmos as Laudes,
introduzimos com o versículo: “Vinde ó Deus, em meu auxílio, socorrei-me sem
demora”, seguido por “Glória ao Pai... “como era no princípio... e com o
Aleluia (sendo omitido na Quaresma). Porém, pode-se omitir esse versículo
preferindo-se iniciar as Laudes com o invitatório, sendo que é constituído por
uma antífona própria do tempo e dos dias, seguida pelo Salmo 94 (ou podendo ser
trocado pelo Salmo 99, 66 ou 23).





Hino





Imediatamente depois, é recitado
o hino correspondente. Nas Laudes, o hino dá a clareza e encanto para
compreendermos a importância litúrgica do louvor da manhã: “Raiando o novo dia,
as vozes elevamos, de Deus a graça e glória a Cristo proclamamos”. 





No hino das Laudes, que varia a
cada dia num ciclo de quatro semanas, podemos perceber algumas particularidades:





– Cristo como “Sol” que expressa
o poder da sua Ressurreição, simboliza a nova criação: “Já vem brilhante aurora
o sol anunciar. De cor reveste as coisas, faz tudo cintilar;” – Dissipa as
trevas do nosso pecado: “Ao clarão desta luz que renasce, fuja a treva e se
apague a ilusão;” 





– Deus Criador de todos os seres
e da natureza que, com o início do dia, vai ganhando suas formas, sugere-nos
termos um olhar de Louvor por toda criação de Deus e, ainda, podemos perceber
que devemos clamar a Deus o dom da castidade para combatermos tudo o que nos
priva da vontade de Deus e de uma vida santa: “Casta a mente vença tudo que os
sentidos pedem tanto; vosso Espírito guarde puro nosso templo santo” .





Salmodia





Ao rezar com os Salmos abrimo-nos
ao louvor, seja recordando a Aliança de Deus para com seu povo, aclamando o
Reinado de Deus, ou ainda louvando com os cânticos de Sião, que exaltam
Jerusalém e o seu Templo. Além dos Salmos de Louvor, existem os Salmos de
pedido de socorro.





Rezar com os salmos nos leva a
iniciar o nosso dia louvando e bendizendo a Deus por suas maravilhas em nossas
vidas, seja com ação de graças, renovando o nosso amor para com o Deus vivo,
seja ainda com orações de súplica ou de arrependimento com um profundo desejo
de retornar para Ele.





Leitura Breve





Após a Salmodia, fazemos uma
leitura breve de alguns versículos da Bíblia, para que possamos ler e refletir
acerca da graça alcançada na oração dos salmos, em vista da participação do
Mistério de Cristo e da santificação do nosso dia: “Se alguém fala, faça-o como
se pronunciasse oráculos de Deus. Alguém presta um serviço? Faça-o com a
capacidade que Deus lhe concedeu, a fim de que em tudo Deus seja glorificado
por Jesus Cristo ”.





Cântico Evangélico





No Cântico Evangélico, fazemos
experiência com Cristo Ressuscitado, que se apresenta como nosso Salvador , que
vem ao encontro da sua esposa, a Igreja, a fim de animá-la a completar a sua
obra de Salvação por meio da ação evangelizadora da Igreja ; que confirma e
completa a ação dos profetas e que nos mostra a via de santidade .





Preces, Pai-nosso e Oração
Conclusiva





Após rezar com o Cântico
Evangélico, apresentamos as nossas preces, como súplica viva e confiante a
Deus, em um abandono filial na providência e cuidado dele por nós, não
esquecendo das necessidades da Igreja, da humanidade, da comunidade eclesial em
que somos inseridos, e por todos aqueles que se confiaram às nossas orações.





Também rezamos o Pai nosso,
rezando com confiança a oração que Jesus nos ensinou. Na oração final,
enfocamos o pedido para que perdure durante todo o nosso dia a graça do
encontro do Ressuscitado, de várias formas, como por exemplo:





“(...) Fazei
brilhar o sol da Justiça ; Concedei-nos perseverar na meditação da vossa
palavra; iluminai nossos corações com a luz do vosso Espírito; fortalecei a fé
em nossos corações ”; dentre outras formas.









1Hino das Laudes da IV semana da Quarta-Feira.

2 Dicionário de Liturgia/ organizadores Domenico Sartore e Achille M Triacca;
tradução Isabel Fontes Leal Ferreira. – São Paulo: Edições Paulinas, 1992.


3 Introdução Geral à Liturgia das Horas. § 38.

4 Introdução Geral à Liturgia das Horas. § 38.

5 Hino do Sábado da Segunda Semana.

6 Hino da Terça-feira da Primeira Semana.

7 Hino da Quarta-feira da Segunda Semana.

8 Hino da Segunda-feira da Quarta Semana.

9 Cf. Primeira Carta de São Pedro, 4, 10-11: Leitura da Quinta-Feira da III
Semana.


10 “Para salvar-nos do poder dos inimigos” (Cântico Evangélico, cf Lc 1, 68-79).

11 “A ele nos sirvamos sem temor, em santidade e em justiça diante dele,
enquanto perdurarem os nosso dias” (Cântico Evangélico, cf Lc 1, 68-79).


12 “Como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais
antigos” (Cântico Evangélico, cf Lc 1, 68-79).


13 “Para iluminar a quanto jazem entre as trevas e na sombra da morte estão
sentados, para guiar nossos passos no caminho da paz” (Cântico Evangélico, cf
Lc 1, 68-79).


14 Oração das Laudes da III semana da Quinta-Feira.

15 Oração das Laudes da III semana da Quarta-Feira.

16 Oração das Laudes da I semana da Sexta-Feira.





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por Marcio André Teixeira Barradas, Seminarista Shalom - Assessoria Litúrgico
Sacramental


Revista Shalom Maná - Ed. Shalom




domingo, 27 de maio de 2012

Elena Guerra, Guerreira!-Século Carismático




 Elena Guerra


"Meu Deus, antes que me sobrevenha
a morte, concede-me


de fazer qualquer coisa por
Vós...” (E. Guerra).





“ O Século Carismático começou
com o hino de invocação ao Espírito Santo pelo Papa Leão XIII, a 1º de
janeiro de 1901, quando amanhecia o século vinte. Exatamente três anos antes,
em 1897, o Papa Leão XIII convocava os católicos a rezar uma novena (nove dias
de orações consecutivos) ao Espírito Santo, entre a celebração da Ascensão e
Pentecostes. A inspiração para esta convocação do Papa vinha de uma jovem
freira de Lucca, na Itália, Elena Guerra, que escreveu ao Papa diversas
cartas...”




O parágrafo acima nos pareceria no mínimo um tanto quanto pretensioso, não fora
o fato dele ter sido escrito por dois gigantes do pentecostalismo protestante:
Jack W. Hayford e S. David Moore![1]





Menciono essa referência para que
possamos situar, sem falsas modéstias, a Beata Elena Guerra no devido lugar
dentro do amplo arco de renovação espiritual no Espírito Santo pelo qual passa,
nesse último século, a Igreja – especial, mas não exclusivamente –, no
Ocidente...




A Igreja admite que, por diversos motivos e por muito tempo, esteve pouco
atenta, pouco desperta em relação à Pessoa e ao operar do Espírito
Santo – que, obviamente, nunca deixou de agir na história dos homens, na
economia da salvação. Mas não há também como negar que, decorrente desse
inadequado descasopara com o Espírito, faltou catequese, faltou pregação,
faltou literatura e cânticos populares, faltou estímulo à devoção à Terceira
Pessoa da Santíssima Trindade (Dizemos, nesse mister, que Natal, Páscoa e
Pentecostes são as grandes festas da Igreja. Basta olhar a desproporção de
atenção que damos à festa de Pentecostes, comparada com as demais, ainda hoje...).




O fato é que, depois de séculos de desatenção – seja por causa do problema com
Montano, ou da cristologia desenvolvida sem uma correspondente pneumatologia,
ou da separação da Igreja do Oriente, ou ainda por causa da teologia
Agostiniana cuja reflexão contemplava a Pessoa do Espírito apenas em sua
natureza divina, dentro das relações trinitárias, mas não em sua missão – Deus
suscitou no coração dessa freira, fundadora da Congregação das Oblatas do
Espírito Santo, em Lucca, na Itália, um inusitado profetismo que a instava a
trabalhar incansavelmente na divulgação da devoção ao Espírito Santo,
especialmente para dar a Ele o lugar de honra que sempre lhe fora de direito, a
fim de que a Igreja, cônscia de Sua presença e ação, possa cumprir mais
adequadamente o seu ministério de anúncio da Boa Nova, que, sem Ele no
protagonismo, logo se demonstra – no dizer de Paulo VI –, “desprovido de valor...”




Muitos – místicos e místicas –, na história da Igreja, tiveram inspirações
semelhantes. (Podemos nos lembrar, por exemplo, dentro do catolicismo, de Santa
Gertrudes, Catarina de Dormans, Santa Hildegarda, Isabel de Schönau, Dorotea de
Montau, Teresa de Jesus, Inácio de Loyola, e mesmo a Serva de Deus –
contemporânea de Elena Guerra – Francisca Javiera del Valle, que escreveu o
“Decenário do Espírito Santo”...) Em que consiste, portanto, a importância
diferenciada de Elena Guerra...?




O profetismo de Elena foi o resultado direto de apelos interiores que lhe fazia
o próprio Jesus e que a conduziram não a uma experiência espiritual do tipo intimista,individualizada,
com a Pessoa do Espírito Santo, mas uma experiência que orientou sua ação para
um sentido notadamente universal, eclesial, e que lhe abriu um canal de
comunicação com ninguém menos que o próprio Sumo Pontífice, Leão XIII.




Ao servir-se dela, parece que Deus tencionava de fato desencadear uma
estratégia de ação que culminasse num reavivamento espiritual como nunca havia
acontecido na vida da Igreja em termos de extensão, significado pastoral e
teológico, e redescoberta experiencial da presença e do operar do Espírito
Santo na vida dos fiéis... Um verdadeiro “retorno ao Cenáculo”, como queria a
Beata...




Dentro desse século privilegiado da redescoberta da Pessoa e da ação do
Espírito Santo, temos nós, hoje, nesses tempos de renovação, a graça de nos
envolvermos e de mergulharmos profundamente em tudo aquilo pelo que guerreou
(pois foram muitas as suas batalhas!) a nossa Beata Elena. Tendo celebrado no
ano de 2009 o Cinqüentenário da beatificação da Madre Elena Guerra, queremos
também nos lembra e celebrar o cinqüentenário das primeiras vezes que o Papa
João XXIII falou na Igreja da necessidade que temos de um “novo Pentecostes”. 





De Lucca a Roma, de Azusa Street a Duquesne, do Vaticano II à Aparecida, a
Igreja vem aprendendo a reconhecer – de um modo que afete a sua práxis –, que necessitamos
de um novo Pentecostes! (cf. D.A. 548). Que é preciso redescobrir   o
Espírito Santo (TMA, 45), que é preciso reavivar e aprofundar essa fé
na consciência do Povo de Deus (DeV, 2), e que é tempo de “um estudo renovado e
um culto renovado do Espírito Santo, precisamente como complemento
indispensável do ensino Conciliar” (cf. Paulo VI, citado por João Paulo
II, DeV, 2)...




Não exageramos quando ligamos esses direcionamentos do Magistério da Igreja à
obra de Elena Guerra. Influenciado por ela – no dizer de João XXIII –, Leão
XIII não só escreveu a 1ª Encíclica sobre o Espírito Santo como também
consagrou o Século XX a Ele. Foi no dia de sua beatificação que, pela primeira
vez, João XXIII se referiu à necessidade de “um novo Pentecostes que renove a
face da terra” (26 de abril de 1959). Três semanas depois (17 de maio de 1959,
na festa de Pentecostes), tornava ele pública a sua decisão de realizar um
Concílio Ecumênico, ao qual denominou “um novo Pentecostes”. 





E, na convocação
formal do mesmo, a 25 de dezembro de 1961, orou ele pedindo que o Concílio
Vaticano II fosse para a Igreja e para o mundo como “um novo Pentecostes...”





Celebremos, pois, com alegria e
intensidade a graça privilegiada desses tempos de derramamento abundante do
Espírito. Que ninguém fique à margem dessa oportunidade de louvar a Deus e
abrir-se à permanente ação do Espírito em sua vida, que quer plasmar em nós uma
definida identidade que realize no mundo os Seus propósitos pela difusão da
cultura de Pentecostes e o estabelecimento da Civilização do Amor... 





Usufruamos
do material apropriado que a Renovação Carismática nos está disponibilizando,
para assim podermos melhor afirmar ao mundo, com João XXIII: “Depois de tantos
anos do desaparecimento da Madre Elena Guerra, a sua mensagem é sempre atual.
Todos sentimos, de fato, a necessidade de uma contínua efusão do Espírito
Santo, como de um novo Pentecostesque renove a face da terra...” (a
26/04/1959).




Pentecostes pode ser hoje, pode ser agora. Depende de mim e de você, pois o
Espírito Santo já está sendo derramado! Que os Beatos Elena Guerra e João XXIII
roguem por nós...





reinaldo


Reinaldo Bezerra






http://rccboston.com/index.php?option=com_content&view=article&id=269:elena-guerra-guerreira&catid=90&Itemid=550



Semear a cultura de Pentecostes




Reinaldo Bezerra






Vamos partilhar neste momento
sobre os frutos que a graça de Pentecostes tem gerado na Renovação Carismática
Católica (RCC) em todo o Brasil. O Espírito Santo, ao vir sobre nós, gera o
desejo de assumirmos a nossa missão.



O Papa João Paulo II, ao se dirigir à RCC, afirmou: "A única cultura que é
capaz de transformar a nossa sociedade é a cultura de Pentecostes". Nós
desse movimento eclesial temos uma tarefa específica, uma missão e Dom Alberto
dizia que Deus espera que a RCC apenas seja "renovação". E ser
renovação é ser sinal, rosto e memória de Pentecostes.




O que eu estou fazendo para ser esse sinal de Pentecostes?




A RCC tem se colocado à escuta do Espírito e procurado ser fiel. Estamos
colocando em marcha aquilo que o Espírito tem dito para ela [RCC] nestes
tempos.



Houve momentos em que a Igreja não estava tão desperta para o Espírito Santo,
por diversas razões. No último século Deus começou a agir em nosso meio, de
modo especial por intermédio de Elena Guerra. 




O Papa Bento XVI falou, agora em maio, sobre as relíquias católicas, e Dom
Alberto nos explicou que quando temos uma relíquia do corpo de um santo é
como ter a presença da própria pessoa. E para nossa alegria, queremos trazer
aqui a relíquia da Beata Elena Guerra, que foi chamada de "A apóstola
do Espírito Santo".




A RCC, através do seu Conselho Nacional, tem se colocado à escuta do Espírito,
e foi inspirada por Deus para fazer um projeto para difundir a cultura de
Pentecostes. Um dos meios é o projeto chamado "Semeando a cultura de
Pentecostes em sua diocese".




Elena Guerra era freira, de origem italiana da cidade de Lucca. Nasceu em 1835,
no século XIX e morreu em 1914, início do século XX. Mas, qual a importância
dela? Há uma devoção que tem resgatado a história do que Deus está fazendo no
mundo, a qual começou com ela.




Deus sempre falou através de muitos místicos a respeito do Espírito Santo e Ele
se serviu de Elena Guerra para dialogar com o Magistério da Igreja. No final do
século XIX, o próprio Jesus começou a falar com essa grande mulher de Deus em
moções interiores, dizendo a ela que era preciso fazer algo para que voltassem
a estar atentos à Pessoa do Espírito Santo na Igreja.





Ela relutou por anos, pois é
muito complicado dizer que "Jesus está falando comigo". O Senhor,
então, falou a uma empregada doméstica para que esta dissesse a Elena Guerra
que era Ele mesmo quem falava com ela. Depois disso, Elena conta o fato a seu
confessor, que o narra ao bispo, o qual analisa os escritos e vê a veracidade.
Leão XIII tomou ciência do ocorrido e se interessou por ele escrevendo um
"Breve", no qual recomenda a novena de Pentecostes. Porém, nada disso
aconteceu e Elena volta a escrever ao Papa Leão XIII.














O Santo Padre, então, no dia 9 de
maio de 1897, promulga a 1ª Encíclica sobre o Espírito Santo. Na ocasião, o
Pontífice fala sobre a missão do Espírito. Ele decreta que a partir daquela
data se celebre em todas a Igreja a novena do Espírito Santo em preparação à
Festa de Pentecostes. 





Entre 31 de dezembro e 1º janeiro de 1900, invoca o'Veni
Creator', consagra o século XX à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade e
reza a "Ladainha do Espírito", que ele escreveu, por causa de Elena
Guerra. E nós começamos o século XX, dessa forma, com muitas transformações.









O Papa João XXIII, em abril de 1959, fez a sua primeira beatificação, que foi a
de Elena Guerra. A beata escreveu mais de 50 livros sobre o Espírito Santo
Paráclito. Há 50 anos dizia o Sumo Pontífice João XXIII: 





"Depois de tantos
anos da partida da madre Helena Guerra, sua mensagem permanece atual. Todos
percebemos, de fato, a necessidade de uma contínua efusão do Espírito, assim
como uma experiência de um novo Pentecostes".









Essa consciência de um novo Pentecostes cresce ao caminhar do século. Em 2006,
o Pentecostalismo protestante celebrou o centenário deles. Mas, há um fato
interessante que gerava controvérsia entre eles: 





Naquele dia em que o Santo
Padre consagrou o século XX ao Espírito Santo, no mesmo dia em Topeka, no
Arkansas (EUA), na Igreja metodista, uma mulher pediu ao pastor que
rezasse para que ela vivesse a mesma experiência de Pentecostes, descrito em
Atos dos Apóstolos II. E ali houve a manifestação da oração em línguas. 









Em 2006, em Los Angeles, os protestantes fizeram um evento para
comemorar esse centenário. A Igreja Católica foi convidada para a
comemoração e alguns membros do Conselho da RCC foram lá. Éramos umas 20
pessoas no meio de 30 mil protestantes. Jack Hayford, um pastor muito conhecido,
comandava as manhãs desse encontro. 





E ele lançou um livro chamado "O
século carismático". Na hora, peguei o livro e qual foi a minha surpresa?
A obra começa falando do hino de invocação ao Espírito Santo escrito pelo Papa
Leão XIII e da consagração que ele fez do século ao Espírito Santo. O livro
também fala de Elena Guerra e da novena ao Espírito Santo, esclarecendo
inclusive o que é uma novena. E explica a nossa história.









O século carismático começou de verdade, naquela noite, com Leão XIII invocando
o Espírito Santo sobre o século XX.









Transcrição e adaptação: Nara Bessa




Fonte: Canção Nova






Você conhece o Espírito Santo?



papa







O Cristianismo, que tem origem
divina, se distingue de todas as outras religiões (que são tentativas humanas
de chegar até Deus) pela fé no Deus Uno e Trino: O Pai, o Filho e o Espírito
Santo.




​O Espírito Santo foi a última pessoa da Santíssima Trindade a ser revelada aos
homens, e misteriosamente, o primeiro a ser esquecido. Para nossa tragédia, a
maior parte das pessoas ainda não conhecem o Espírito Santo!




​Jesus deseja dar o Espírito Santo para todas as pessoas, justamente, porque
não há transformação de vida sem abertura à ação do Espírito Santo. Ele é o
princípio de vida para todos aqueles que creem em Deus.





É o respiro de vida para a alma
de um filho de Deus. Sem o Espírito Santo ninguém pode conhecer Jesus! Sem o
Espírito Santo os homens não podem saber que Deus é Pai! São Paulo apóstolo
chega a afirmar que ”se alguém não  possui o Espírito de Cristo, este não
é dele” (Rm 8, 9b). São João, de forma mais positiva irá dizer: ”A prova de que
permanecemos Nele, e Ele em nós, é que Ele nos deu do Seu Espírito” (I Jo 4,
13).





​Isto significa que não é
possível viver sem conhecer o Espírito Santo. Sem Ele somos como um corpo sem
alma, ossos secos, terra infértil. Sem o Espírito Santo não podemos ter
comunicação nem comunhão com Deus.





É Ele o Doador de todo bem que o
homem possa fazer sobre esta terra. Ele é o Único capaz de dirigir o tempo e
renovar a face da terra. Ele convence o mundo quanto ao pecado, purifica os
corações dos que se arrependem e dá vida nova aos que renascem pela água do
Batismo.





Ele é o parteiro do homem novo. O
Espírito Santo é a Vida de nossa Vida. Nada podemos fazer de bom sem Ele. É Ele
que socorre a nossa fraqueza (Rm 8, 26), nos consola, nos ensina, nos recorda o
que disse Jesus. Também nos capacita ao testemunho e ao martírio. Ele nos guia
na verdade. Ele nos santifica até formar Jesus em nós.





Quanto precisamos do Espírito
Santo!





Imagine, então, alguém que não O conhece ou que tem pouca intimidade com Ele?
Como poderá viver? Precisamos (digo sempre que é questão de sobrevivência!) do
Espírito Santo para tudo. Precisamos de comunhão diária com o Espírito! Caso
você ainda não tenha é só desejá-lo e chamá-lo.





Geralmente todas as orações
dirigidas à Ele começam com ”Vem!”. Isto basta! A pessoa que mais escreveu
sobre o Espírito Santo na história da humanidade, diz o seguinte a este
respeito: ”O Espírito Santo vem ao encontro daquele que lhe grita ‘vem’ como
uma mãe ao escutar o pedido de socorro de seu filho” (Elena Guerra; 1835-1914).





​A Bíblia fala da ação do
Espírito Santo da criação do mundo ao nascimento de Jesus, do nascimento da
Igreja à missão dos apóstolos. No dia de Pentecostes (Cf. At 2, 1-11) Deus
realiza o seu sonho de dar o Seu Espírito para todos! Desejo este que é
permanente!




​Talvez, hoje, mais do antes, precisamos do mover do Espírito em nós, em todos
nós. Somente homens e mulheres cheios do Espírito serão instrumentos para a
renovação das estruturas do mundo.





Acredito, e sou testemunha, de
que Deus continua nos visitando todos os dias com o Seu Espírito. Hoje,
encontrei um idoso muito humilde de Silva Jardim, que nunca havia visto. A
primeira coisa que ele me disse foi: ”Padre, o Espírito Santo visitou a minha
casa ontem a noite. Entrou pela sala…”.




​Deus está respondendo a oração daqueles que estão pedindo o Avivamento para as
nossas terras. O Espírito Santo está nos visitando. Precisamos reconhecê-lo e
conhecê-lo! Se você já O conhece, acolha-O novamente. Se você ainda não O
conhece, diga: Muito prazer, Espírito Santo. Seja bem vindo!




​Vem, Espírito Santo!


​Pe. Eduardo Braga (Dudu)




​Solenidade de Pentecostes 2012


Unidos pelo Avivamento !




Pe. Dudu


Fonte : http://ironispuldaro.com.br



Novena de Pentecostes




"Se enviais, porém, o vosso
sopro, eles revivem e renovais a face da terra." (Sl 103,30)



Imagem de Destaque





Nós nos preparemos para a Festa
de Pentecostes, rezando durante nove dias esta oração, clamando os dons do
Espírito Santo sobre nós, nossas famílias e sobre toda a Igreja.





Vinde, Espírito de Sabedoria!


Instruí o meu coração para que eu
saiba estimar e amar os bens celestes e antepô-lo a todos os bens da terra.
(Glória ao Pai...)





Vinde, Espírito de Inteligência! Iluminai
a minha mente para que entenda e abrace todos os mistérios e mereça alcançar um
pleno conhecimento Vosso, do Pai e do Filho. (Glória ao Pai...)





Vinde, Espírito de Conselho!


Assisti-me em todos os assuntos
desta vida instável, tornai-me dócil às Vossas inspirações e guiai-me sempre
pelo direito caminho dos divinos mandamentos. (Glória ao Pai...)





Vinde, Espírito de Fortaleza!


Fortalecei o meu coração em todas
as perturbações e adversidades e dai à minha alma o vigor necessário para
resistir a todos os meus inimigos. (Glória ao Pai...)





Vinde, Espírito de Ciência!


Fazei-me ver a vaidade de todos
os bens caducos deste mundo, para que não use deles senão para Vossa maior
glória e salvação da minha alma. (Glória ao Pai...)





Vinde, Espírito de Piedade!


Vinde morar no meu coração e
inclinai-o para a verdadeira piedade e santo amor de Deus. (Glória ao Pai...)





Vinde, Espírito de Temor de Deus!


Repassai a minha carne com o
Vosso santo temor, de modo que tenha sempre Deus presente e evite tudo o que
possa desagradar aos olhos de Sua divina majestade. (Glória ao Pai...)





Divino Espírito Santo, eu vos
ofereço todas as preces da santíssima Virgem e dos apóstolos reunidos no
cenáculo, e a estas uno todas as minhas orações, suplicando-Vos que Vos
apresseis em vir renovar a face da terra.





- Enviai o Vosso Espírito e tudo
será criado.


- E renovareis a face da terra.





Oremos: Ó Deus, que instruístes
os corações dos fiéis com a luz do Espírito Santo, dai-nos pelo mesmo Espírito
o conhecimento e o amor da justiça e que gozemos sempre da Sua consolação.
Amém.





*** Rezar três Ave-Marias a
Nossa Senhora de Pentecostes com a invocação:


"Rainha dos Apóstolos, rogai
por nós!"














Fonte: Canção Nova