quarta-feira, 13 de julho de 2011

GRUPO DE ORACAO SAO FRANCISCO DE ASSIS-VAZANTE-MG: Curas Emocional e Fisica

GRUPO DE ORACAO SAO FRANCISCO DE ASSIS-VAZANTE-MG: Curas Emocional e Fisica

Curas Emocional e Fisica

 





Conteúdo da Pregação (Por Padre Rufus Pereira)



Nesta Pregação, Padre Rufus, nos ensina que a cura que cada um de nós mais precisa, é a cura interior, sem cura interior, é impossivel a cura fisica, pois para chegar a cura fisica que não é a mais importante, é necessário primeiro a cura das emoções de cada pessoa.



Local: C.E.D.J.H.M. / Cachoeira Paulista.



Horário: 9:00 Hs. / Acampamento de Cura e Libertação.



A cura de que mais precisamos é a cura espiritual, é a cura que experimentamos e sentimos todo o perdão e amor de Deus em nossa vida. Pecar contra Deus é o maior mal. A cura mais importante que o Senhor nos oferece é a condição de perdoar. Isso acontece quando nos colocamos diante de Deus em um profundo arrependimento. É muito importante fazermos uma confissão profunda e sincera da nossa vida.



A segunda cura de que mais precisamos é a emocional ou interior. A terceira é a cura física, mas é a cura menos importante. Por isso eu nunca faço uma palestra só sobre cura física, porque eu vejo que esta vem quando somos curados interiormente. Precisamos nos libertar da influência que o mal tem sobre a nossa vida. A cura de que mais precisamos é a cura interior, que não é só importante, mas necessária, é a chave para a cura completa.



Quando a gente reza por uma pessoa drogada a primeira cura que a gente faz é a cura interior, para ver o que a levou a se viciar. A pessoa não é curada fisicamente antes de ser curada interiormente. Geralmente as doenças físicas são marcas das doenças interiores.



A cura interior é importante e necessária, todos nós precisamos dela, porque até mesmo Jesus queria ser inteiramente curado. A cura interior é importante porque muitas vezes os remédios não são bons para nós. Mas, por favor, me entendam: a medicina é importante, mas quando os médicos não podem fazer nada, Jesus pode. Por exemplo, tratamentos com psiquiatras, é um tratamento caro e as pessoas pobres não têm acesso a ele, por isso, a cura interior é muito importante.



Eu sempre digo que em toda a paróquia precisava haver tratamento de cura interior porque somos educados de uma forma que nos prejudica. Na nossa árvore genealógica aconteceram fatos que nos causam feridas hoje, e essas coisas permanecem no profundo do nosso ser e do nosso inconsciente. Como essas coisas podem afetar minha vida hoje?

É o que São Paulo nos diz em Romanos 7, 19: “Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero”. Eu disse ontem que a razão pela qual fazemos isso são os nossos pecados, e a segunda razão sãos as mágoas que adquirimos das pessoas, e nós rezamos por cura interior sobre isso.



Imagine uma pessoa que foi concebida fora do casamento em adultério, isso pode afetar a vida dela por muito tempo. Criança prematura, criança que perde o pai ou cujo avô se supõe que tenha cometido suicídio, tudo isso pode afetar a vida da pessoa por muito tempo.



Como eu posso saber e como orar pela minha cura interior? É simples, até os médicos podem usar isso. Primeiro precisamos observar os sintomas internos. Se a pessoa tem dores de cabeça pode ser por algumas razões como: batido a cabeça na parede, ou teve malária, tifo, etc, ou pode ser uma razão emocional como medo de fazer prova. Eu preciso observar cuidadosamente os sintomas, preciso saber quais são os sintomas emocionais.



Eu costumo perguntar quais os sintomas que mais aparecem. Uma pessoa que se sente triste quando está sozinha, ou raiva, é bom sempre sabermos o sintoma que a pessoa tem. É muito importante detectar o diagnóstico correto, mas não podemos parar nos sintomas, precisamos pedir ao Senhor que nos mostre as doenças físicas e emocionais.



Todo o ser humano tem quatro tipos de sintomas. Primeiro sintoma é a rejeição. A rejeição vem quando eu sinto que não sou amado por aquela pessoa que eu espero. Não significa que não me amam, mas eu sinto que não me amam. Talvez essas pessoas não receberam amor, então, não sabem dar amor. Jesus passou por isso: “Jesus veio para os seus, mas os seus não O receberam”.

Ele foi levado à morte por causa da inveja dos homens. Mas o que o Senhor disse na cruz mostra a rejeição mais profunda que um homem pode passar: “Meu Deus, meu Deus! Por que até Tu me abandonastes”? Esse é o maior fardo na vida de um ser humano.



Uma jovem veio me pedir aconselhamento num retiro na Índia. Todos os jovens tinham a mesma bagagem de vida, pertenciam à classe baixa, vinham de famílias pobres, os pais de quase todos eram alcoólatras e violentos.

A jovem me disse que quando era criança o pai abandonou a mãe por causa de outra mulher. A mãe mais tarde encontrou emprego na Arábia Saudita e a deixou com um casal. Depois de 5 anos, quando a mãe voltou de férias, ela já estava com 8 anos e estava ansiosa para abraçá-la.

O mês passou e a mãe voltou para Arábia sem a visitar. Enquanto ela me dizia isso toda a tristeza e raiva explodiu e veio à tona em choro de raiva e desespero, lágrimas de dor. Mas o que a Palavra de Deus diz? Ela tem soluções para todos os problemas humanos: “Pode a mãe esquecer os filhos de suas entranhas? E se ela esquecer Deus diz: Eu jamais te esquecerei. Eu já tenho seu nome escrito na palma da minha mão”.



A segunda doença emocional é o sentimento de inferioridade, porque muitas pessoas se sentem superiores a outras e se fecham em si mesmas. Quando as crianças têm sentimento de grandeza ninguém quer ficar perto delas. Talvez um dia uma criança vai ouvir: “Você não é tão inteligente como seu irmão”.

Imediatamente ela começa a adquirir um sentimento de inferioridade e começa a ter pena de si mesma e a não gostar de si, e sente vontade de morrer. O suicídio começa com o complexo de inferioridade. A Bíblia diz que ninguém precisa ter sentimento de inferioridade, porque o Senhor nos criou à imagem e semelhança d'Ele (cf. Gênesis 1,26).



O terceiro sentimento emocional que precisa ser curado é o sentimento de culpa. Eu peco e penso que Deus jamais me perdoará. E todos os dias eu penso e sinto sentimento de culpa. E a Bíblia diz em Apocalipse que satanás nos acusa dia e noite diante de Deus, ele nos acusa na certeza de que ficaremos presos pelo resto da vida. Mas o que nos diz São Paulo em Romanos: “Já não há condenação diante de Cristo”. Satanás nos acusa, mas Jesus nos defende diante do Pai.



O quarto fardo emocional é o fardo do medo. Não estou falando de fardos pequenos. Estou falando de medos que não têm razão de ser, por exemplo, medo de escuridão, medo de pessoas, de multidão, medo de ter câncer e por aí vai...



Quando as crianças dizem que têm medo dos pais, eu fico com vontade de dizer que os pais têm mais medo delas do que elas dos pais. Todas as vezes em que o Senhor aparecia para seu povo, Ele dizia: “Não tenhais medo”. É satanás que coloca medo em nosso coração. Medo e fé não combinam. Muitas vezes medo é sinal de que nossa fé é pequena.



Eu preciso identificar minhas doenças emocionais. Preciso procurar de fato as raízes das causas dos meus problemas emocionais, isso é o mais importante quando falamos da cura interior. Eu ainda não vi nenhum caso de cura interior sem saber as raízes do problema.

E só existe uma forma de descobri as raízes: Pedindo ao Espírito Santo que nos revele. Infelizmente as pessoas não procuram pessoas certas para se aconselhar, o Senhor não quer que saibamos do futuro, o que Ele quer é que confiemos n’Ele e coloquemos nosso futuro em suas mãos. Colocar o futuro nas mãos de Deus e não pedir que uma pessoa olhe o futuro em suas mãos.



Só o Espírito Santo que o Espírito da verdade é capaz de descobrir as causas para a sua cura interior, mas precisamos fazer uma análise da nossa vida para descobrir as raízes, e a primeira coisa é preciso passear na árvore genealógica. A Igreja diz que o pecado é pessoal, mas a conseqüência atinge muitas pessoas, de geração em geração.

Suponha que um ancestral seu suicidou, eu já vi vários casos assim, outros por causa do aborto e isso vai se repetindo porque uma lá atrás alguém fez aborto e passou de geração. Suponha que tenha alcoolismo ou pessoas que foram depravadas, perderam os bens materiais, ou então nos amaldiçoaram e também todas as gerações que viriam, isso pode afetar toda uma geração.



Eu estava dando retiro para umas irmãs e a madre geral trouxe um bebê de uma mulher que eu já havia rezado por ela. A madre disse que o bebê que tinha nascido há quatro meses não conseguia dormir. É um problema comum na Europa e no Brasil, várias pessoas que não conseguem dormir. O sono é sinal de que Deus está com você. Satanás não dorme, mas Jesus dormiu.



A criança só chorava e se contorcia, levaram o bebê nos melhores médicos e não houve melhora. A mãe me disse que quando estava grávida, ela teve um choque muito grande. Então eu disse que o bebê não seria curado sem oração. E no último dia do retiro os pais trouxeram o bebê, e o que eu fiz? Nem eu sei. Pergunte ao Espírito Santo.



Eu pedi uma das irmãs que pegassem o bebê, pedi paras as 100 irmãs que participavam do encontro rezassem pela mãe e não pelo bebê e eu fui orar pelo bebê. Enquanto oravam pela mãe o bebê parou de chorar e começou a dormir profundamente, eu pensei que o bebê iria acordar, mas ele dormiu.



Uma semana depois eu recebi uma carta de umas das freiras dizendo que a partir daquele dia que o bebê passou a dormir bem.



As raízes podem estar na nossa infância como os abusos sexuais. Tudo isso pode causar os problemas que temos hoje na nossa vida. Uma mulher me disse que foi abusada sexualmente na infância e nunca se confessou porque sentia vergonha e nunca confessaria isso até morrer, mas no retiro sentiu que havia esperança. Até mesmo mulheres casadas, dizem que quando tem relação sexual com seus maridos sentem como se estivessem fazendo coisas erradas. Os casais precisam muito de cura interior.



É importante o arrependimento para a cura interior. Eu estava pregando um retiro e os líderes do grupo de oração me pediram para rezar por um jovem que estava doente. Os médicos disseram que não haviam conseguido descobri o que ele tinha, e os especialistas disseram que não tinha mais nada a fazer.



O jovem se sentiu tão mal e disse: “Eu preciso procurar o padre Rufus”. Eles insistiram comigo e bem tarde eu fui ao hospital e lá estava aquele jovem cheio de aparelho ao seu redor. Eu perguntei: Por que você me chamou? E para minha grande surpresa ele me disse que queria confessar. Eu fiquei com raiva porque ele poderia ter confessado com o pároco e eu não precisava ter saído de tão longe.



Ele fez uma confissão profunda. E quando eu estava saindo do hospital eu senti que Jesus estava me puxando e o Espírito Santo me fez lembrar do paralítico que foi levado a Jesus pelo buraco do telhado, e Jesus sabia que o sintoma da paralisia era emocional e ele precisava de cura espiritual. Por isso disse: “Os teus pecados estão perdoados”, libertação da culpa. Então antes de dizer levante e ande, antes de dizer teus pecados estão perdoados, Jesus disse: “Meu filho”! Era isso que aquele jovem queria escutar, que apesar dos pecados Deus o chamava de filho.



Eu voltei para ao quarto do hospital e disse ao jovem o que Jesus disse ao paralítico, e orei pela cura física dele depois de perdoar os seus pecados. Eu tinha tanta certeza do que aconteceria que eu pedi para ele se mexer - e antes ele não conseguia - eu pedi que o colocassem sentado e falei: Levante e caminhe de um lado para o outro, e ele caminhou.

A única coisa que eu não disse foi tome seu leito, mas no outro dia ele foi para casa, e um ano depois eu testemunhei. O jovem subiu ao palco e eu disse: No momento em que ele fez uma confissão profunda de sua vida, ele foi curado fisicamente.

 

GRUPO DE ORACAO SAO FRANCISCO DE ASSIS-VAZANTE-MG: Oração pela Libertação do Luto

GRUPO DE ORACAO SAO FRANCISCO DE ASSIS-VAZANTE-MG: Oração pela Libertação do Luto

Oração pela Libertação do Luto












Augusta Oração libertação do luto





É interessante a criatividade que Deus utiliza para que nós repassemos ao povo as suas reais necessidades.


Estive em Franca-SP, num Retiro de Cura e Libertação e assim, comprei um CD, duma oração e palestra proferidas, respectivamente, por Irmã Rejane, fundadora do Instituto das Irmãs Pequeninas do Sacratíssimo Coração de Jesus e tanto eu, quanto minha família gostamos muito do CD.


No núcleo do Grupo de Oração, o Senhor nos mostrou a necessidade de falar sobre esse Tema no Grupo de Oração.


Daí obedecemos.




Veja o vídeo.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

curados para amar

retiro shalom
#links

Descontração total antes do Jantar no Retiro do Shalom


Slide Retiro Curados para Amar




Embora a máquina tenha caído e as filmagens e fotos não tenham ficado tão boas, mesmo assim, fizemos questão de deixar registrado, prometendo que da próxima, vamos caprichar pois já arrumamos uma filmadora melhor.




Veja slide e alguns momentos registrados, além dos que já publicamos no blogger.




Bem, a turma quer ver e na verdade, é maravilhoso poder recordar momentos de tranquilidade, alegria e amor mútuo. Assim, podemos ver Iolanda, Janaína, Conceição, Jaqueline e os restante da equipe, muito felizes pelo êxito do serviço prestado ao Senhor e, ao mesmo tempo ver os participantes do Retiro numa alegria profunda, pela cura interior, pelo encontro pessoal com Jesus e amando mais, sorrindo mais, perdoando mais.




É isso, o Grupo de Oração São Francisco de Assis, através de Augusta e Cristiano, agradece a equipe do Shalom e diz que em agosto muitos Vazantinos querem pela misericórdia de Deus fazer esse Retiro.


quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Purgatório na Bíblia

Muitos me perguntam onde está na Bíblia o Purgatório? Ele é uma exigência da razão e mesmo da caridade de Deus por nós. A palavra "Purgatório" não existe na Bíblia, foi criada pela Igreja, mas a realidade, o "conceito doutrinário" deste estado de purificação existe amplamente na Sagrada Escritura como vamos ver. A Igreja não tem dúvida desta realidade por isso, desde o primeiro século reza pelo sufrágio das almas do Purgatório.
 
1 – São Gregório Magno
 
2 – O ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus do Antigo Testamento; cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. "Então encontraram debaixo da túnica de cada um dos mortos objetos consagrados aos ídolos de Jâmnia, coisas proibidas pela Lei dos judeus. Ficou assim evidente a todos que haviam tombado por aquele motivos… puseram-me em oração, implorando que o pecado cometido encontrasse completo perdão… Depois [Judas] ajuntou, numa coleta individual, cerca de duas mil dracmas de prata, que enviou a Jerusalém para que se oferecesse um sacrifício propiciatório. Com ação tão bela e nobre ele tinha em consideração a ressurreição, porque, se não cresse na ressurreição dos mortos, teria sido coisa supérflua e vã orar pelos defuntos. Além disso, considerava a magnífica recompensa que está reservada àqueles que adormecem com sentimentos de piedade. Santo e pio pensamento! Por isso, mandou oferecer o sacrifício expiatório, para que os mortos fossem absolvidos do pecado" (2Mc 12,39-45).
 
O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas: "Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado". (2 Mac 12,44s) .Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé. Cometeram uma falta que não foi mortal.
 
Fica claro no texto de Macabeus que os judeus oravam pelos seus mortos e por eles ofereciam sacrifícios, e que os sacerdotes hebreus já naquele tempo aceitavam e ofereciam sacrifícios em expiação dos pecados dos falecidos e que esta prática estava apoiada sobre a crença na ressurreição dos mortos. E como o livro dos Macabeus pertence ao cânon dos livros inspirados, aqui também está uma base bíblica para a crença no Purgatório e para a oração em favor dos mortos.
 
3 – Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do Purgatório. Em 1Cor 3,10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo (palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E S. Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor "receberá uma recompensa"; mas, se não resistir, o seu autor "sofrerá detrimento", isto é, uma pena; que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador "se salvará, mas como que através do fogo", isto é, com sofrimentos.
 
4 – Na passagem de Mc 3,29, também há uma imagem nítida do Purgatório:"Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (…) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes." (Lc 12,45-48). É uma referência clara ao que a Igreja chama de Purgatório. Após a morte, portanto, há um "estado" onde os "pouco fiéis" haverão de ser purificados.
 
5 – Outra passagem bíblica que dá margem a pensar no Purgatório é a de (Lc 12,58-59): "Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo."
 
O Senhor Jesus ensina que devemos sempre entrar "em acordo" com o próximo, pois caso contrário, ao fim da vida seremos entregues ao juiz (Deus), nos colocará na "prisão" (Purgatório); dali não sairemos até termos pago à justiça divina toda nossa dívida, "até o último centavo". Mas um dia haveremos de sair. A condenação neste caso não é eterna. A mesma parábola está´ em Mt 5, 22-26: "Assume logo uma atitude reconciliadora com o teu adversário, enquanto estás a caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo" . A chave deste ensinamento se encontra na conclusão deste discurso de Jesus: "serás lançado na prisão", e dali não se sai "enquanto não pagar o último centavo".
 
6 – A Passagem de São Pedro 1Pe 3,18-19; 4,6, indica-nos também a realidade do Purgatório:"Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados (…) padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos na prisão, aqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes (…)." Nesta "prisão" ou "limbo" dos antepassados, onde os espíritos dos antigos estavam presos, e onde Jesus Cristo foi pregar durante o Sábado Santo, a Igreja viu uma figura do Purgatório. O texto indica que Cristo foi pregar "àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes". Temos, portanto, um "estado" onde as almas dos antepassados aguardavam a salvação. Não é um lugar de tormento eterno, mas também não é um lugar de alegria eterna na presença de Deus, não é o céu. È um "lugar" onde os espíritos aguardavam a salvação e purificação comunicada pelo próprio Cristo.


Do livro: Purgatório. O que a Igreja ensina.
Prof. Felipe Aquino –
(†604), Papa e doutor da Igreja, explicava o Purgatório a partir de uma palavra de Jesus: "No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro" (Dial. 41,3). O pecado contra o Espírito Santo, ou seja a pessoa que recusa de todas as maneiras os caminhos da salvação, não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo futuro. Mostra o Senhor Jesus, então, neste trecho, implicitamente, que há pecados que serão perdoados no mundo futuro, após a morte.
Purgatório — Prof. Felipe Aquino www.cleofas.comb.br