terça-feira, 18 de outubro de 2011

CATÓLICO PODE SER MAÇOM?









Notícia Postada em 16/04/2011


Saiba a posição oficial da Igreja sobre esta sociedade secreta


por Dom Eugênio de Araujo Sales | do SacraMusic


Desde o Papa Clemente XII, com a Constituição Apostólica “In eminenti”, de 28 de abril de 1738
até nossos dias, a Igreja tem proibido aos fiéis a adesão à Maçonaria ou associações maçônicas.






NO CONCÍLIO VATICANO II


Após o Concílio Vaticano II, houve quem levantasse a possibilidade de o católico, conservando a sua identidade, ingressar na Maçonaria. Igualmente, se questionou a qual entidade se aplicava o interdito, pois há várias correntes: se à anglo-saxônica ou à franco-maçonaria, a atéia e a deísta, anti-clerical ou de tendência católica.


Para superar essa interrogação, o Documento da Congregação para a Doutrina da Fé, com data de 26 de novembro de 1983, e que trata da atitude oficial da Igreja frente à Maçonaria, utiliza a expressão “associações maçônicas”, sem distinguir uma das outras.



É vedado a todos nós, eclesiásticos ou leigos, ingressar nessa organização e quem o fizer, está “em estado de pecado grave e não pode aproximar-se da Sagrada Comunhão”. Entretanto, quem a elas se associar de boa fé e ignorando penalidades, não pecou gravemente. Permanecer após tomar conhecimento da posição da Igreja, seria formalizar o ato de desobediência em matéria grave.



NEM PADRES E NEM BISPOS PODEM DAR PARECER


A Congregação, no mesmo Documento de 26 de novembro de 1983, declara que “não compete às autoridades eclesiásticas locais (Conferência Episcopal, Bispos, párocos, sacerdotes, religiosos) pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas, com um juízo que implique derrogação do quanto acima estabelecido”.


O texto faz referência à Declaração de 17 de fevereiro de 1981, que reservava à Sé Apostólica qualquer pronunciamento que implicasse em derrogação da lei canônica em vigor. Tratava-se do cânon 2335 do Código de Direito Canônico de 1917, que previa excomunhão “ipso facto” a quem ingressasse na Maçonaria.



Reconhecer uma incompatibilidade doutrinária não implica fomentar um clima de hostilidade. Preservar a própria identidade e defendê-la, não significa incentivar atritos. Aliás, somente o respeito à Verdade facilita a paz e a busca da concórdia entre os indivíduos.



A MAÇONARIA NO CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO


O novo Código de Direito Canônico assim se expressa: “Quem se inscreve em alguma associação que conspira contra a Igreja, seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige uma dessas associações, seja punido com interdito” (cânon 1374).



No dia seguinte à entrada em vigor do novo Código, isto é, 26 de novembro, é publicada a citada Declaração com a aprovação do Santo Padre. Diz o Documento que a Maçonaria não vem expressamente citada por um critério redacional e acrescenta:


“Permanece, portanto, inalterado o parecer negativo da Igreja, a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a Doutrina da Igreja e, por isso, permanece proibida a inscrição nelas. Em 1997, a Livraria do Vaticano editou uma obra intitulada “A Maçonaria nas disposições do Código de Direito Canônico de 1917 e de 1983”, de autoria de Zbigniew Suchecki.



A EXCOMUNHÃO


O sucesso levou à tradução para o italiano de outro livro do mesmo autor. Eu fazia parte da Comissão do novo Código, na parte final da elaboração. Recordo-me bem. Houve uma emenda para fazer permanecer, de modo explícito, a condenação à Maçonaria, como foi obtido para o aborto, com excomunhão “latae sententiae”.



A votação, no caso do abortamento, alcançou os dois terços requeridos e foi incluído o termo. No que se refere à Maçonaria, houve maioria em favor da explicitação da mesma associação, mas não com o índice requerido. Nos debates prévios foi alegado não ser necessário, pois o texto já continha uma proibição implícita.



OBRAS SOBRE O ASSUNTO


Dom Boaventura Kloppenburg, em sua obra “Igreja e Maçonaria: conciliação possível?” recentemente reeditado em 4ª edição pela “Vozes”, trata profusamente deste assunto, no capítulo “Dos princípios do liberalismo religioso à maçonaria brasileira”. E no capítulo XI, “O Maçom perante a Igreja católica – As razões da condenação da Maçonaria” – Frontal oposição de doutrinas”.



Outra obra recém-publicada pela Editora “Santuário” é “Maçonaria e Igreja católica”, de Dom João Evangelista Martins Terra. Permanecendo a proibição no ensinamento da Igreja, houve nesse período pós-conciliar uma profunda modificação no relacionamento entre pessoas, entre católicos e maçons.



INCOMPATIBILIDADE EVIDENCIADA

Embora permanecendo separadas, existe um clima de respeito mútuo que permite um diálogo. O exemplo foi o aparecimento de reuniões entre católicos e maçons para estudo como o de uma Comissão das Grandes Lojas reunidas da Alemanha e a Conferência Episcopal Alemã, de 1974 a 1980.



A Declaração final do Episcopado alemão evidencia a incompatibilidade, pois a maçonaria não mudou em sua essência. A pesquisa acurada sobre rituais e os fundamentos dessa instituição demonstra a existência de doutrinas que se excluem. Entre as causas dessa separação, enumera: a ideologia dos maçons, o conceito de Verdade, de Religião, de Deus, a Revelação, sobre a tolerância, os ritos, a perfeição do homem e a espiritualidade.



De outro lado, a realidade alemã vê a possibilidade de colaboração pastoral na área da Justiça Social e Direitos Humanos. O fato de existirem eclesiásticos na maçonaria prova que há falhas na disciplina. São dadas explicações, não justificativas, baseadas em situações históricas, como no caso da Independência do Brasil.



Dom Boaventura Kloppenburg, em sua obra examina o assunto e o reduz a dimensões reais O respeito mútuo e a fidelidade aos ensinamentos da Igreja nos possibilitam uma convivência pacífica com os irmãos maçons.




Notícia Postada em 16/04/2011










2011: Catolicismo e Maçonaria continuam incompatíveis.



 

extraído do portal:

http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/25556-maconaria-e-catolicismo-sao-incompativeis

 

DECLARAÇÃO DOS BISPOS CATÓLICOS DAS FILIPINAS


Apesar das muitas e repetidas sentenças de condenação da Maçonaria lançadas pela Santa Sé, parece que ainda há dúvidas se Católicos podem ou não se filiar à Maçonaria. Frequentemente se alega que várias sociedades maçônicas aqui nas Filipinas são organizações não- sectárias às quais Católicos podem aderir sem nenhum prejuízo à Fé Católica.
 
Isto é falso e Nós queremos reafirmar nos mais fortes e solenes termos a regra emitida pela Santa Sé, a qual decreta que qualquer Católico que conscientemente e deliberadamente adere à Maçonaria automaticamente incorre em excomunhão e não pode receber os Sacramentos da Igreja e nem ser enterrado em cemitério Católico.
 
Uma pequena reflexão é suficiente para mostrar a justiça e a racionalidade dessa proibição, não obstante todas as alegações em contrário. A Maçonaria é hoje aquilo que ela sempre foi. Uma seita naturalista que ignora ou nega muitas das verdades contidas nas Sagradas Escrituras e definidas pela Igreja Católica como necessárias para a Salvação.
Por exemplo, a doutrina oficial da Maçonaria nega, explicitamente ou por implicação, que Jesus Cristo é o Filho de Deus no sentido exato. De acordo com o ensinamento maçônico, Cristo não passou de um simples homem, certamente um homem sábio, todavia apenas um homem; portanto se Ele é chamado “Filho de Deus”, isso só pode ser tomado no sentido figurativo ou metafórico.
 
Consequentemente, aderir à doutrina oficial da Maçonaria através da adesão como membro dessa organização, em efeito significa negar ou duvidar de pelo menos uma das verdades essenciais da Fé Católica.  
 
É verdade que os Maçons acreditam numa espécie de divindade suprema à qual eles chamam “o Arquiteto do Universo”; mas essa divindade descrita nos livros oficiais da Maçonaria está muito longe de ser o Deus Todo Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, uma só natureza em três pessoas divinas, O qual os Católicos reconhecem e adoram.
 
De fato, o termo “Arquiteto do Universo” tem sido interpretado pelos maçons de vários modos, alguns dos quais nem podemos chamar de cristão. Além do mais, essa relatividade no que toca à natureza de Deus e nosso relacionamento com Ele, é por si só um grande perigo para a religião já que isso funciona como uma poderosa indução ao indiferentismo religioso, o qual por sua vez conduz ao ceticismo e por fim ao ateísmo.
 
Mas não é apenas no terreno doutrinal que a Maçonaria é inaceitável para Católicos. As condições de filiação a essa sociedade e suas práticas bem conhecidas, estão em direta violação não apenas da moralidade cristã como também da Lei Natural.
 
Todos os maçons, por exemplo, são obrigados a fazer um juramento solene comprometendo-se a manter segredo absoluto do que quer que seja ensinado a respeito de sua doutrina e deveres, sob a pena de sofrerem severas punições às quais incluem até mesmo a morte.
Existem muitas objeções a tal juramento. Em primeiro lugar; é claramente errado jurar manter segredo de algo que não deveria ser mantido em segredo.
 
Em segundo, as graves consequencias de se violar tal juramento, as quais incluem tortura, mutilação das mãos de outros membros da fraternidade, quer sejam seriamente consideradas ou não, invocando a suprema majestade de Deus como testemunha de um procedimento trivial e ridículo, no mínimo faz parte da natureza do sacrilégio.
 
Mas consideremos então que tais ameaças sejam levadas a sério, nesse caso é atribuído à sociedade maçônica o poder da pena capital, o qual Deus outorgou apenas ao Estado e sob severíssimas limitações.
 
Finalmente, a absoluta e irrestrita lealdade a uma organização privada e secreta, prometida através de juramento é diretamente contrária à Lei Natural, a qual prescreve que nossa adesão a qualquer sociedade privada é necessariamente limitada pela nossa obrigação primária a Deus, à Igreja, à sociedade civil e à família.  
 
Apesar da propagada profissão de neutralidade e até mesmo de amizade da Maçonaria por todas as religiões, é um fato histórico confirmado por incontáveis exemplos, de que a Maçonaria sempre foi e continua sendo consistentemente hostil à Igreja Católica e também contra muitas denominações cristãs não-Católicas. Em vários casos, sacerdotes sofreram ameaças por ouvirem confissões e reconciliarem maçons em seus leitos de morte.
 
A Maçonaria consistentemente advoga e ativamente promove a exclusão do Catolicismo de qualquer posição de influência, por mais legítima que seja, em qualquer campo da vida social. Tão amarga e incansável é essa hostilidade da Maçonaria pela Igreja Católica, que um proeminente maçon filipino foi efusivamente aplaudido por seus colegas maçons quando ele publicamente declarou que o maior inimigo do povo filipino não é o Comunismo ateu mas sim a Igreja Católica Romana.
 
Em resumo: Católicos estão proibidos de se associar à Fraternidade Maçônica. Católicos que conscientemente e deliberadamente se tornam maçons estão automaticamente excomungados; eles não podem receber os Sacramentos da Igreja;
 
eles não podem ser convidados para serem padrinhos em cerimônias de Batismo e Confirmação e nem tampouco como testemunhas em Matrimônios Católicos onde tal participação se constituiria um grave escândalo e finalmente, maçons não podem ser enterrados em cemitérios Católicos.
[Assinado por toda a hierarquia da Igreja Católica nas Filipinas:]
 
+ JULIO ROSALES, D.D. Arcebispo de Cebu

+ JAMES T. G. HAYES, (sj) Arcebispo de Gagayan

+ JOSE MA. CUENCO, Arcebispo de Jaro

+ CESAR MA. GUERRERO, Bispo de San Fernando

+ MANUEL M. MASCARINAS, Bispo de Tagbilaran

+ MARIANO MADRIAGA, Bispo de Lingayen

+ JUAN SISON, Bispo Auxiliar de Nueva Segovia

+ ALEJANDRO OLALIA, Bispo de Tuguegarao

+ MANUEL YAP, Bispo de Bacolod

+ PEREGRIN DE LA FUENTE, (op) Prelazia de Batanes-Babuyanes

+ LINO GONZAGA, Bispo de Palo

+ FLAVIANO ARIOLA, Bispo de Legaspi

+ PATRICK SHANLEY, (odc) Prelatura de Infanta

+ MONSENHOR PATRICK CRONIN, Administrador Apostólico de Ozamiz

+ REV. CHARLES VAN DEN OUWELANT, Administrador Apostólico de Surigao

+ SANTIAGO SANCHO, Arcebispo de Nueva Segovia

+ PEDRO P. SANTOS, Arcebispo de Nueva Caceres

+ RUFINO J. SANTOS, Arcebispo de Manilla

+ LUIS DEL ROSARIO, Bispo de Zamboanga

+ MIGUEL ACEBEDO, Bispo de Calbayog

+ ALFREDO OBVIAR, Administrador Apostólico de Lucena

+ WILLIAM BRASSEUR, (cicm) Vigário Apostólico de Montanosa

+ VICENTE REYES, Bispo Auxiliar de Manilla

+ GERARD MONGEAU, Administrador Apostólico de Sulu

+ WILLIAM DUSCHAK, Vigário Apostólico de Calapan

+ ANTONIO FRONDOSA, Bispo de Capiz

+ TEOPISTO ALBERTO, Bispo de Sorsogan

+ MONSENHOR CLOVIS THIBAULT, Administrador Apostólico de Davao

+ GREGORIO ESPIGA, (orsa) Prefeito Apostólico de Palawan
 
Postagem:
http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/25556-maconaria-e-catolicismo-sao-incompativeis

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quem – e como – pode participar da missa no uso “extraordinário”







 Detalhes da Instrução ‘Universae Ecclesiae’



CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 13 de maio de 2011 (ZENIT.org) – O mais significativo da Instrução ‘Universae Ecclesiae’, divulgada hoje pela Comissão Pontifícia ‘Ecclesia Dei’, é a normativa aprovada para garantir aos fiéis que desejam poder celebrar segundo o “uso extraordinário”.


Estas normas se recolhem nos artigos 12-35 da Instrução, que detalham quem pode celebrar e onde, com que missais e livros litúrgicos, assim como quem é competente para regular os missais e textos utilizados e para dirimir as controvérsias.


A primeira questão ratificada pela Instrução, já prevista no Motu Proprio ‘Summorum Pontificum’, é que o órgão competente neste assunto é a Comissão Pontifícia ‘Ecclesia Dei’.


‘Ecclesia Dei’ é portanto a encarregada de aprovar as edições de missais, de garantir a preparação de sacerdotes e de escutar as alegações dos fiéis em caso de conflito com seus bispos. Se houver conflito com a Comissão, o órgão competente de apelação é o Tribunal da Assinatura Apostólica.


Direito universal


Todo fiel tem direito a poder celebrar em ambos usos do Rito Romano. Por isso, e seguindo o cânon 34 do Código de Direito Canônico, quem deve regular a liturgia na diocese é o bispo.


Os bispos são encarregados da tarefa de garantir o direito dos fiéis, assim como vigiar como se celebra, “a fim de garantir o bem comum e para que tudo se faça dignamente, em paz e serenidade na própria Diocese”, em comunhão com a vontade do Papa expressada na ‘Summorum Pontificum’.


A Instrução adverte que “os fiéis que pedem a celebração da forma extraordinária não devem apoiar nem pertencer a grupos que se manifestam contrários à validade ou à legitimidade da Santa Missa ou dos Sacramentos celebrados na forma ordinária, nem ser contrários ao Romano Pontífice como Pastor Supremo da Igreja universal”.


Quer dizer, os fiéis ou grupos que não estão em comunhão plena com a Igreja católica, ou que rejeitam a reforma litúrgica realizada após o Concílio, não podem em nenhum caso exigir que se lhes deixe utilizar uma paróquia ou lugar de culto.


Os fiéis podem pedir que se celebre a forma extraordinária em uma paróquia, ou em um oratório ou capela, ainda que provenham de diferentes paróquias. Os párocos, se chegar a sua paróquia um grupo com um sacerdote para celebrar segundo o rito antigo, deve permitir que se faça, “levando todavia em conta as exigências da programação dos horários das celebrações litúrgicas da igreja em questão”.


“A fim de decidir nos casos particulares, o pároco, ou o reitor ou o sacerdote responsável por uma igreja, lançará mão da sua prudência, deixando-se guiar pelo zelo pastoral e por um espírito de generosa hospitalidade.”


Se os grupos forem pequenos, o bispo ou ordinário do lugar pode estabelecer uma igreja concreta na qual se celebre esta missa. Também se deveria poder celebrar em santuários e centros de peregrinação.


O sacerdote celebrante


Todo sacerdote pode celebrar na forma extraordinária, sempre que não esteja impedido canonicamente, entre outros casos, porque sua ordenação não seja legítima ou porque esteja suspenso a divinis ou outros casos previstos pelo Código de Direito Canônico. De novo isso exclui, por exemplo, os sacerdotes da Fraternidade São Pio X e outros grupos sismáticos.


Ademais, o sacerdote deve saber suficiente latim para “pronunciar as palavras de modo correto e entender o seu significado”, e deve conhecer o rito na forma extraordinária.


Aos bispos se pede que ofereçam a seus sacerdotes e seminaristas a possibilidade de se preparar e formar para poder celebrar no uso antigo. Se uma diocese não tem sacerdotes preparados, pode solicitá-los à Comissão Ecclesia Dei.


Outra disposição da Instrução é que se um sacerdote quer celebrar na forma extraordinária, mas sem povo, não precisa pedir permissão ao bispo.


Livros litúrgicos


Outra das questões de que trata a Instrução é o uso de livros litúrgicos, especialmente do ‘Missale Romanum’ de 1962, pois se trata de rubricas que, por razões óbvias, levam tempo sem se atualizar.
Compete novamente à Comissão Ecclesia Dei realizar as atualizações e as reedições desses livros.


Uma das instruções é que no Missal de 1962 “deverão inserir-se novos santos e alguns dos novos prefácios, segundo as diretrizes que ainda hão de ser indicadas”. E “que as leituras da Santa Missa do Missal de 1962 podem ser proclamadas ou somente em língua latina, ou em língua latina seguida da tradução em língua vernácula ou ainda, nas missas recitadas, só em língua vernácula”.


A respeito de alguns sacramentos, em particular a Confirmação e a Ordem Sacerdotal, a Instrução dá algumas normas específicas.


Na Confirmação, recorda que o ‘Summorum Pontificum’ permitia utilizar a antiga fórmula, em lugar da reformada por Paulo VI.


Quanto à ordem sacerdotal, “somente aos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica que dependem da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, e àqueles nos quais se conserva o uso dos livros litúrgicos da forma extraordinária, se permite o uso do Pontifical Romano de 1962 para o conferimento das ordens menores e maiores”.


Permite-se a todo sacerdote o uso do ‘Breviarium Romanum’ em vigor em 1962, que se recita todo em língua latina. Permite-se também o uso dos livros litúrgicos próprios das ordens religiosas vigente em 1962.
Outra disposição é que o Tríduo Pascal na forma extraordinária possa ser celebrado normalmente se houver um sacerdote idôneo, nas paróquias, ainda que isso signifique uma repetição das celebrações em ambos usos.


(Inma Álvarez)


Fonte:


http://www.bibliacatolica.com.br/blog/santa-se/quem-e-como-pode-participar-da-missa-no-uso-extraordinario/

sábado, 15 de outubro de 2011

Nova ordem Mundial - Micro chip.

Enviado por em 01/11/2008
www.downloadcatolico.com

Vídeos que você não pode deixar de ver - Corpos Incorruptos, Funeral de Padre Pio, Exumação do Papa e Celebração da ùltima Missa antes de morrer de Padre Pio

Vídeo dos Corpos Incorruptos       




Veja abaixo o corpo de Padre Pio - Vale a pena verificar a reportagem TV ROMA









Funeral de Padre Pio






Fiquei procurando uma forma de mostrar algo interessante para aqueles que acessam o nosso blog e encontrei.


Pude verificar a misericórdia de Deus e os seus mistérios insondáveis.


Verificando esses vídeos você vai ficar impressionado.


Não dá para não ter fé, olhando os grandes feitos do Nosso Deus.


Te convido a abrir o seu coração, a arrepender de seus erros, buscando a conversão, crendo no evangelho e deixe o Espírito Santo agir na sua vida.


Não sabeis que sois templo do Espírito Santo e que ele habita em vós?  Deixe-se conduzir pela palavra de Deus.


Mudemos de Vida enquanto há tempo. Que o Senhor nos conceda a graça da conversão.


Avivamento em Vazante - 12 e 13 de novembro de 2011

Como ser um católico bem formado?



Doutor em Física pela UNESP e pelo ITA; há trinta e cinco anos é professor universitário e foi Diretor Geral do Instituto de Engenharia de Lorena - da USP-SP.

E-mail: felipeaquino@cancaonova.com

Site: http://www.cleofas.com.br/


Quanto mais conhecemos a Igreja, mais a amamos


O autor da Carta aos Hebreus escreveu: “Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal” (Hb 5, 13-14).


Sem esse “alimento sólido”, que a Igreja chama de “fidei depositum” (o depósito da fé), ninguém poderá ser verdadeiramente católico e autêntico seguidor de Jesus Cristo.


Não há dúvida de que a maior necessidade do povo católico hoje é a formação na doutrina. Por não a conhecer bem, esse mesmo povo, muitas vezes, vive sua espiritualidade, mas acaba procedendo como não católico, aceitando e vivendo, por vezes, de maneira diferente do que a Igreja ensina, especialmente na moral. E o pior de tudo é que se deixa enganar pelas seitas, igrejinhas e superstições.


Em sua recente viagem à África, que começou em 17 de maio de 2009, o Papa Bento XVI deixou claro que a formação é o antídoto para as seitas e para o relativismo religioso e moral. Em Yaoundé, em Camarões, o Sumo Pontífice disse que “a expansão das seitas e a difusão do relativismo – ideologia segundo a qual não há verdades absolutas –, tem um mesmo antídoto.


Segundo Bento XVI: a formação”. Afirmando que: «O desenvolvimento das seitas e movimentos esotéricos, assim como a crescente influência de uma religiosidade supersticiosa e do relativismo, são um convite importante a dar um renovado impulso à formação de jovens e adultos, especialmente no âmbito universitário e intelectual».


E o Santo Padre pediu «encarecidamente» aos bispos que perseverem em seus esforços por oferecer aos leigos «uma sólida formação cristã, que lhes permita desenvolver plenamente seu papel de animação cristã da ordem temporal (política, cultural, econômica, social), que é compromisso característico da vocação secular do laicado».


Desde o começo da Igreja os Apóstolos se esmeraram na formação do povo. São Paulo, ao escrever a S. Tito e a S. Timóteo, os primeiros bispos que sagrou e colocou em Creta e Éfeso, respectivamente, recomendou todo cuidado com a “sã doutrina”.


Veja algumas exortações do Apóstolo dos Gentios; a Tito ele recomenda: seja “firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem” (Tt 1, 9). “O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina” (Tt 2,1).


A Timóteo ele recomenda: “Torno a lembrar-te a recomendação que te dei, quando parti para a Macedônia: devias permanecer em Éfeso para impedir que certas pessoas andassem a ensinar doutrinas extravagantes, e a preocupar-se com fábulas e genealogias” (Tm 1, 3-4).


E “Recomenda esta doutrina aos irmãos, e serás bom ministro de Jesus Cristo, alimentado com as palavras da fé e da sã doutrina que até agora seguiste com exatidão” (1Tm 4,6). São Paulo ensina que Deus “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2, 4).


Sem a verdade não há salvação. E essa verdade foi confiada à Igreja: “Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15). Jesus garantiu aos Apóstolos na Última Ceia que o Espírito Santo “ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13) e “relembrar-vos-á tudo o que lhe ensinei” (Jo 14, 25).


Portanto, se o povo não conhecer esta “verdade que salva”, ensinada pela Igreja, não poderá vivê-la. Mas importa que essa mesma verdade não seja falsificada, que seja ensinada como recomenda o Magistério da Igreja, que recebeu de Cristo a infalibilidade para ensinar as verdades da fé (cf. Catecismo da Igreja Católica § 981).


Já no primeiro século do Cristianismo os Apóstolos tiveram que combater as heresias, de modo especial o gnosticismo dualista; e isso foi feito com muita formação. São Paulo lembra a Timóteo que: “O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores [...]” (1Tm 4,1-2).


A Igreja, em todos os tempos, se preocupou com a formação do povo. Os grandes bispos e padres da Igreja como S. Agostinho, S. Ambrósio, S. Atanásio, S. Irineu, e tantos outros gigantes dos primeiros séculos, eram os catequistas do povo de Deus. Suas cartas, sermões e homilias deixam claro o quanto trabalharam na formação dos fiéis.


Hoje, o melhor roteiro que Deus nos oferece para uma boa formação é o Catecismo da Igreja Católica, aprovado em 1992 pelo saudoso Papa João Paulo II. Em sua apresentação, na Constituição Apostólica “Fidei Depositum”, ele declarou:


“ O Catecismo da Igreja Católica [...] é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. Vejo-o como um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé”.


E pede: “Peço, portanto, aos Pastores da Igreja e aos fiéis que acolham este Catecismo em espírito de comunhão e que o usem assiduamente ao cumprirem a sua missão de anunciar a fé e de apelar para a vida evangélica. Este Catecismo lhes é dado a fim de que sirva como texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino da doutrina católica […].


O “Catecismo da Igreja Católica”, por fim, é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão da nossa esperança (cf. lPd 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê”.


Essas palavras do Papa João Paulo II mostram a importância do Catecismo para a formação do povo católico. Sem isso, esse povo continuará sendo vítima das seitas, enganado por falsos pastores e por falsas doutrinas.


Mais do que nunca a Igreja confia hoje nos leigos, abre-lhes cada vez mais a porta para evangelizar; então, precisamos fazer isso com seriedade e responsabilidade. Ninguém pode ensinar aquilo que quer, o que “acha certo”; não, somos obrigados a ensinar o que ensina a Igreja, pois só ela recebeu de Deus o carisma da infalibilidade. Ninguém é catequista e missionário por própria conta, mas é um enviado da Igreja.


Sem a fidelidade a ela, tudo pode ser perdido. Portanto, é preciso estar preparado, estudar, conhecer a Igreja, a doutrina, a sua História, o Catecismo, os documentos importantes, a liturgia, entre outros. Quanto mais conhecemos a Igreja e todo o tesouro que ela traz em seu coração, tanto mais a amamos.

Depressão tem Cura

Depressão tem cura



Doutor em Física pela UNESP e pelo ITA; há trinta e cinco anos é professor universitário e foi Diretor Geral do Instituto de Engenharia de Lorena - da USP-SP.

E-mail: felipeaquino@cancaonova.com

Site: http://www.cleofas.com.br/


A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma


Depressão significa buraco. O Vaticano fez um congresso sobre esse assunto, porque eles estão preocupados com esse mal. Eu li o resumo do congresso e vi que são 300 milhões de pessoas no mundo que sofrem com esse mal. Precisamos tratar desse povo.


A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma. E a depressão é uma doença mais da alma que do corpo. E quem cuida da alma é o psicólogo e a religião. Essa enfermidade tem cura e a cura tem três caminhos:
- Procure um médico psiquiatra, ele pode dar remédio;


- É preciso um psicólogo para saber como se comportar
diante das situações difíceis;


- O tratamento tem de ser físico e espiritual.


Não tenha medo de procurar os três tratamentos. A depressão é muito difícil de ser diagnosticada.


Uma pessoa deprimida pode apresentar: doença crônica, problema afetivo, falta de sentido para a vida, excesso de trabalho. Essas são causas. Mas o que ela sente?


Muitos podem ser os sintomas da depressão, como: cansaço, pensamento de culpa, tristeza, autoestima baixa, falta de apetite, falta de vontade de rezar, fadiga, memória fraca, insônia, dificuldade para decidir, pensamento de morte, quedas de cabelo, entre outros.


O importante é saber que esse mal tem cura. Deus nos deu os psicólogos e temos também a família. Esta tem de cercar a pessoa e não deixá-la no buraco. Todos têm de se juntar e se unir.


Não adianta falar que a pessoa é fraca. Não importa por que ela está em depressão, você tem de tirá-la do buraco.


Tem de ajuntar pai, mãe, irmãos, namorado, chamá-la para tomar um sol, sair, tomar um sorvete… Tem de tirar a pessoa do buraco com carinho e vagarosamente. É um ato de amor e caridade – e a família é importantíssima.


O deprimido tem de agir contra esse mal, ou seja, reagir, não pode se entregar à tristeza. Ele precisa cultivar a alegria e lutar para sair do buraco em que se encontra.


Como sair da depressão? Você tem de ver o valor que você tem. Só assim não ficará no fundo do poço. Só fica nesse local quem não dá valor a si mesmo. Você acredita que você é obra de Deus? Então, por que você deixa a obra d’Ele no buraco? Quem fica nesse lugar é lixo. E você é uma obra de Deus!


A primeira coisa que um deprimido tem de entender é que ele tem valor, que ele é alguém muito importante para Deus. Quando louvamos ao Senhor, damos voz e sentimentos a este mundo. Por que Jesus morreu na cruz? Por causa dos macacos, das galinhas?


Não. Ele entregou a vida na cruz por causa de você, do valor que você tem. E Ele o ama individualmente. Nenhum de nós tem a mesma impressão digital, pois Deus não quis nos fazer em série, mas individualmente. A história do mundo é a história de cada um de nós. Ele sabe o meu nome, a minha angústia, a minha dor.


Quando Cristo morreu na cruz, Ele não carregava somente seus pecados, mas suas angústias e dores. Ele já venceu suas tendências, por isso você não precisa ficar deprimido por causa dos erros, pois Deus é “louco” de amor por você. Só o amor é mais forte que a dor e a morte. Olhe para a cruz e você verá o quanto Deus o ama.


Você quer a prova de que Deus o ama? Jesus disse que Ele pode ter 99 ovelhas, mas se tem uma perdida Ele deixa as 99 para buscar você. Se você é a ovelha deprimida, perdida, Ele larga as outras e vai buscar você.


Diga para sua depressão: “Eu não morrerei nesta depressão, porque sou filho de Deus – e filho de Deus não pode morrer no buraco!”


Não podemos abaixar a cabeça para a depressão. Se você perdeu um namorado e está com essa enfermidade, não olhe para o barulho do mar, olhe para Cristo. Para Deus não existe “beco sem saída”. O Todo-poderoso está pronto para mover o céu a fim de que seu milagre possa acontecer, mas Ele não move um palha para fazer aquilo que você pode fazer.

O Declínio e o Abandono do Exercício dos Carismas



 


Servo atuante da RCC Viçosa, pertencente ao Grupo de Oração “Reviver”

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Entre os temas das Epístolas de Paulo estão os carismas. Ele assim exortou: “Reinflama o carisma de Deus que está em ti” (II Tm 1,6). Vamos refletir sobre a realidade de que os carismas precisam ser constantemente REINFLAMADOS, porque não são experiência estável, podendo diminuir até serem abandonados.


Os carismas sempre estiveram presentes na história da Igreja, em níveis variados de intensidade. No próprio Catecismo da Igreja Católica e nas encíclicas encontra-se o posicionamento atento da Igreja à realidade dos carismas, e à importância do seu exercício para o crescimento do Corpo Místico de Cristo:


- “… Esses carismas, tanto os extraordinários como os mais comuns e difundidos, devem ser recebidos com gratidão e conforto, porque são bastante adequados e úteis às necessidades da Igreja…” (Lumem Gentium n.12)”.
Benigno Juanes, padre Jesuíta, fala que há dois elementos que compõem o carisma. O primeiro refere-se a uma aptidão natural; o segundo refere-se a uma “dimensão nova que toma conta do indivíduo ou da comunidade, sob a poderosa ação do Espírito”.


No segundo elemento, as aptidões naturais são exercidas “no poder do Espírito Santo” e “assumidas para o serviço da edificação e o crescimento do Corpo de Cristo…” (JUANES, 2001) Considerando esta definição, um serviço prestado na Igreja pode ou não ter um caráter carismático.


Este autor exemplifica: “Se tem boa voz, você deve estar aberto a ser utilizado pelo Senhor para uma profecia em canto: mas isso não condiciona Sua Obra nem necessariamente ocorrerá desse modo…” (JUANES, 2001). Portanto, o servo pode cantar, pregar e realizar outros serviços sem se abrir à realidade dos carismas. Mas a eficácia destes serviços cresce enormemente quando são realizados como um carisma e com o auxílio dos diversos carismas.


Uma pessoa pode simplesmente cantar músicas animadas, ou pode cantar músicas animadas inspirada por uma palavra de ciência, através da qual o foco da ação desejada pelo Espírito Santo foi indicado ao servo que canta.


Não basta somente ter boa voz, nem tampouco usar técnicas de canto ou de comunicação. É fundamental que tudo seja feito sob a inspiração do Espírito, de forma carismática.


O servo tem uma pregação a fazer? A preparação prévia e o momento próprio da pregação podem e devem ser enriquecidos pelos carismas. Durante a preparação, a leitura orante da Palavra a ser pregada pode resultar em uma oração em línguas, porque o servo reconhece que não consegue penetrar tão profundamente nos significados que o Espírito quer inspirar a respeito daquela citação Bíblica.


A oração em línguas pode preparar o coração deste servo para ter este entendimento mais profundo. Além disso, é sabido que as comparações, usando a imaginação dos ouvintes, são didáticas em uma pregação. Uma Palavra de Ciência colhida na preparação de uma pregação pode propiciar as comparações mais eficazes, que têm a unção para realmente “tocar o coração” dos ouvintes.


A pregação pode ser desenvolvida a partir de uma profecia, colhida na reunião da equipe ou mesmo na oração pessoal de preparação do servo. Sabe-se que as profecias verdadeiras nunca contradizem a Revelação. O Espírito Santo atualiza aos fiéis o que já está na Revelação, a fim de “… edificá-los, exortá-los e consolá-los” (ICor 14,3).


Existe uma equipe de acolhida no grupo de oração? Os servos podem preparar pequenas lembranças baseadas na escuta de Deus, que pode dar as indicações, por exemplo, através de uma Palavra de Ciência, Profecia. Estas indicações vindas de Deus podem ser a inspiração do que deve ser falado na acolhida de cada grupo de oração.


Por exemplo, em uma determinada reunião de equipe, Deus pode dar uma visualização de Deus-Pai abraçando cada um que chega ao grupo, e inspirar os servos a acolherem dizendo: “ Seja bem-vindo. Deus Pai ama você”. Em outra ocasião, Deus pode inspirar a acolher falando de esperança no poder de Deus: “Seja bem-vindo e se prepara porque Deus vai agir com poder”. Ou seja, cada acolhida pode ser realmente carismática, porque inspirada pelo Espírito de Deus.


É necessário fazer a catequese dos crismandos? O sacramento do Crisma tem um caráter de envio do fiel a uma missão na Igreja, sendo que este tem a unção do Espírito Santo Confirmada. Tal catequese será mais eficaz se preparada com o auxílio dos carismas, porque somos cativados para a missão quando percebemos que Jesus está vivo e é poderoso, e quer participar o seu poder para que atuemos com unção na nossa missão.


Em 2 Tm 1, 6, está expressa uma constante preocupação de Paulo em reanimar as primeiras comunidades: “Reinflama o carisma de Deus que está em ti” (IITm 1,6). Como a Revelação é destinada a todos os filhos de Deus, Paulo afirmou que há carisma em cada ser humano, que é membro do Corpo Místico de Cristo.


O batizado tem o Espírito Santo, com os seus frutos, dons infusos e carismas. Neste sentido, reflitamos sobre o nome do movimento eclesial “Renovação Carismática Católica – RCC”. Costuma-se perguntar se você participa da Igreja Carismática ou não. A resposta é que você é Católico, e que todo Católico é Carismático, porque foi batizado.


Portanto, não somente os participantes da RCC são carismáticos. Todo católico é carismático, no sentido de que os carismas já existem como potencial, independentemente da intensidade com que os usa, ou mesmo se não os usa. O que a RCC tem de diferencial é o fato de ser RENOVAÇÃO da experiência dos carismas na Igreja Católica.


E é exatamente no sentido de RENOVAÇÃO que Paulo afirma “REINFLAMA…”. Isso significa que aqueles primeiros anos da Igreja já foram suficientes para Paulo perceber que os carismas não são uma experiência estável.


Portanto, quando se questiona porque os carismas aconteceram tão intensamente nos primeiros tempos da igreja, e não foram tão intensos em muitos outros momentos, a resposta é que desde os primeiros tempos da Igreja já foi sentida a mesma INSTABILIDADE de sempre! E Paulo, quando fala “Reinflama”, se dirige ao ser humano, ou seja, cada um tem que tomar a iniciativa de “reinflamar”.


Os carismas são dons do Espírito Santo, portanto, é o Espírito de Deus Quem alimenta estes dons no fiel. Todavia, Deus faz questão que nós tomemos a iniciativa de reinflamar, significando que precisamos, além de desejar, pedir ao Espírito que renove estes dons.


 Esta realidade pode ser comparada ao ato de soprar sobre o fogo em um fogão à lenha. É a pessoa que toma a iniciativa de soprar, mas é o oxigênio do ar que alimenta e intensifica a combustão.


Paulo, tendo convivido com testemunhas oculares das manifestações do poder de Jesus, já aprendera naquela época que os carismas, uma vez experimentados, não podem causar nas pessoas a determinação de perseverar em seu uso. A perseverança na prática dos carismas é um apelo do Espírito de Deus, mas depende de uma resposta constante do ser humano.
Surgem duas perguntas:


1) Qual (quais) o(s) motivo(s) para que um carisma, ou um serviço com o caráter carismático, não seja uma experiência estável, e portanto, necessite ser reinflamado?


2) Comparativamente, qual o perigo da instabilidade em um serviço que tenha o caráter carismático, em comparação com aqueles que não têm este caráter?


Um dos motivos para a necessidade de “reinflamar os carismas”, é que a experiência destes causa cansaço. Ser canal de Deus por meio de um carisma significa gastar tempo e esforços para que outra pessoa ou uma assembléia experimente mais intensamente a Deus.


Significa muitas vezes debruçar-se sobre a carência do(s) irmão(s), e não simplesmente atendê-lo(s) de forma superficial. Por exemplo, muitos já se sentiram cansados pelo fato de escutarem com amor a partilha de uma pessoa, utilizando os carismas. O Dr Philippe Madre assim fala:


“O abandono dos carismas… consiste em deixar de praticá-los porque se tornam assaz incômodos, ou levam a exigências fastidiosas, ou ainda por medo de que sua prática desacredite, junto a algumas autoridades, a notoriedade do grupo.” (MADRE, 1997)


Todo tipo de serviço resulta em cansaço, mas quando o serviço tem um caráter carismático, o cansaço vem acompanhado da percepção dos frutos mais eficazes da obra.


Neste caso, o servo tem sempre uma motivação nova para pedir ao Senhor que renove as suas forças para servir mais.


Portanto, este servo corre menos risco de abandonar a obra por cansaço. Por outro lado, quando servirmos sem abertura para o potencial dos carismas, corremos o risco de que o cansaço seja acompanhado por frustração pelo pouco ou nenhum fruto colhido.


A conseqüência é o sentimento de desânimo, de achar que Deus usa mais intensamente os outros. Assim, o servo corre muito mais risco de se dirigir cada vez menos ao Senhor, podendo largar o serviço, e quem sabe, esfriar na caminhada de fé ou mesmo abandoná-la.


Então, qual o motivo para que em toda a Igreja, e não somente na Renovação Carismática Católica, existam tantos que não desistem do serviço? A resposta é que em toda a Igreja são realizados serviços que têm o caráter carismático!


E qual o motivo para que, nos grupos e comunidades da Renovação Carismática Católica, o ardor missionário nem sempre é tão intenso? A resposta é que, na Igreja, inclusive na RCC, nem sempre os serviços têm esse caráter carismático!


O Dr. Philippe Madre ainda diferencia abandono dos carismas da realidade de declínio no uso dos carismas, pois o declínio é conseqüência da falta de esforços para crescer na experiência dos carismas, porque o uso destes “não se improvisa”. Benigno Juanes, SJ, insiste na realidade de que os carismas não são uma experiência estável, também como conseqüência de dependerem de uma dedicação contínua da pessoa em crescer na sua EXPERIÊNCIA e ESTUDO.


Portanto, o apelo de Paulo serve tanto para o perigo do abandono quanto para o do declínio: “Reinflama o carisma de Deus que está em ti” (II Tm 1,6). Resta a cada um de nós refletirmos sobre a responsabilidade de nossa missão na Igreja, e sobre a importância de realizarmos esta missão sempre de forma carismática.


Se você percebe o risco do abandono ou do declínio no uso dos carismas, peça a Deus que lhe dê uma nova Efusão do Espírito Santo, e se abra à manifestação dos Seus carismas.

Referências Bibliográficas:

JUANES, B., SJ. Introdução aos carismas. São Paulo: Edições Loyola, 2001, 198 p.
MADRE, P. Levanta e anda! O carisma de fé. São Paulo: Edições Ave Maria, 1997, 136 p.