sábado, 5 de novembro de 2011

Diferença entre Oração de Exorcismo e Oração de Libertação

Convém uma explanação sobre a diferença entre exorcismo e oração de libertação. A oração de exorcismo é fácil: é a oração litúrgica que encontramos no ritual dos exorcismos.



O exorcista autorizado pode usar da oração litúrgica, enquanto que o sacerdote não autorizado limita-se a fazer orações de libertação.


As orações de libertação consistem, em definitivo, em orações livres encontradas em livros que não são litúrgicos. Não orações litúrgicas, mas orações onde o sacerdote, por força da sua ordenação sacerdotal, da sua fé, do seu batismo ordena ao inimigo para sair, para deixar a pessoa.


Também os leigos podem fazer orações de libertação. Todavia, um documento de 1989, da Congregação para a Doutrina da Fé, assinado pelo Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, tem limitado, ou melhor, colocado de sobreaviso muitos, inúmeros fiéis que fazem orações de libertação.


O Cardeal Ratzinger disse, entre outras coisas, que durante estas orações de libertação os leigos não devem endereçar as ordens ao diabo porque, pode ser entendido como uma provocação ao diabo, podendo ser eles mesmos, objetos de ataques da parte dele. (Cf. Atos 19, 11-16).


Exemplificando, um padre não arrisca muito quando na oração diz: “Eu te ordeno, espírito maligno, no Nome de Jesus, para deixar esta pessoa”. Aqui temos uma ordem direta a um espírito no Nome de Jesus, de deixar uma pessoa. O exorcista o faz com segurança, mas pode fazê-lo qualquer sacerdote que esteja um pouco preparado.


Para estarem protegidos, e isto vale sobretudo, para os leigos ou para os sacerdotes que não se sentem preparados para enfrentar um ataque direto do diabo, a oração de libertação pode ser dita desta forma:


Senhor Jesus, eu peço, no Teu nome, expulse este espírito maligno desta pessoa!”.


Portanto, ao invés de mandar o espírito sair, interpelo a Jesus para que expulse o espírito daquela pessoa. Nesse caso não luto diretamente com o diabo, mas me reporto a Jesus para que seja Ele a enfrentar a luta.


O resultado é o mesmo, porque esta oração não é menos eficaz que a outra, simplesmente é mais cautelosa porque não enfrenta diretamente a luta com o diabo. O diabo pode ser comparado com um cachorro raivoso, que entrou em sua casa e você tenta expulsá-lo de lá. Este não abaixa a cabeça e sai! Ele reage um pouco, não?


Assim, o inimigo pode atacar em um instante, através de grandes tentações, ou outras formas de distúrbios, a pessoa que tentar expulsá-lo.


Isto é o que a Igreja sugere. A Igreja hoje recomenda que os leigos não usem mais o exorcismo de Leão XIII. De fato, nesta oração se manda diretamente o diabo sair. Portanto, é melhor interpelar Jesus para que expulse o demônio.


*Observemos que nem os anjos ordenam diretamente a Satanás: “E o anjo do Senhor disse a Satã: ‘Que o Senhor te reprima, Satã, que o Senhor te reprima…” (Zc 3,2).


“Quando o Arcanjo Miguel disputava com o diabo o corpo de Moisés, não se atreveu a condená-lo com insultos, mas disse: O Senhor te repreenda” (Jd 9).


Fontes: Cura do Mal e Libertação do Maligno – Frei Elias Vella
Bíblia Sagrada.


Ir. Suzana do Coração Agonizante de Jesus, pjc
Fratérnitas Sagrado Coração de Jesus – Penha

Entrevista com Moysés Azevedo-Influência de São Francisco de Assis na Vocação





Moysés, gostaríamos que você comentasse a influência de São Francisco na Vocação Shalom.
Moysés:



O Shalom é uma vocação com sua espiritualidade própria, com características específicas, que recebe mui­ta influência da vocação franciscana.


Ao avaliarmos a ação de S. Francisco na Igreja, vemos que ela foi muito forte. No momento em que a Igreja vivia uma etapa difícil em sua caminhada, o Senhor fez surgir um homem como S. Francisco, com uma missão muito especial, como uma testemunha viva do amor de Deus para a sua Igreja.


Pa­ra se ter uma idéia, já fazem aproximadamente 800 anos que S. Francisco viveu na Igreja e ainda hoje ele exerce uma in­fluência muito forte dentro dela.


Essa mesma influência nós trazemos dentro da nossa espiritualidade, quando, por exemplo, no começo da nossa caminhada na fé, ainda nos grupos de oração de jovens, nós fomos conduzidos pelo Espírito a ler livros da vida de S. Francisco e tudo aquilo foi falando muito de per­to ao nosso coração no mesmo apelo que S. Francisco tinha de se consagrar inteiramente a Deus, de se entregar inteiramente a Ele, de ter uma relação íntima no louvor, no despoja­mento.


Assim Deus começou a gerar em nós uma vocação própria, com características que agiram na vocação de S.Francisco, na missão específica que Francis­co tinha no mundo.


Então, seguindo mais ou menos essa história e de maneira especial ao livro "Irmão de Assis" do Frei Inácio Larrañaga, que despertou em nós a atenção para os ensinos e para o seu testemunho no meio do mundo e no meio da Igreja, assim podemos dizer que trazemos uma semente de S. Francisco dentro do nosso coração como vocação, co­mo comunidade.



 O que de especial você poderia nos narrar sobre influência de S.Francisco na formação da comunidade?


Moysés: S. Francisco foi um homem que encontrou Deus, que teve uma experiência com Jesus Cristo e essa experiência foi tão forte na vi­da dele que foi capaz de fazer com que ele se despojasse de tudo e de todos para se entregar a Deus, pra se entregar no louvor à Deus, na oração à Deus, no serviço dos mais necessitados... Então esse chamamento forte de S. Francisco, essa entrega radical à Jesus Cristo, muito nos falou e muito nos fala na nossa caminhada.


Por exemplo: a própria atitude de S. Francisco diante de seu Pai, do bispo e de toda cidade de Assis de tirar sua roupa como sinal de despojamento total, de entregar o seu Pai e dizer: " de agora em diante o meu Pai é Deus, de agora em diante a minha vida está consagrada a ele".


Uma renúncia total, e não somente das coisas ilícitas mas também das coisas lícitas, para poder amar e servir a Deus. Este primeiro toque de São Francisco, esse despojamento nos fala muito de perto. A pobreza que S. Francisco viveu, o chamado dele específico, foi único para Igreja.


Muitos outros também se sentem chamados assim, mas o nosso caso esse despojamento, essa pobreza de S. Francis­co nos influência, para, como leigos no mundo de hoje, co­mo comunidade vocacional leiga, possamos também viver no despojamento. Despojando-se das coisas e das pessoas para poder amar e servir melhor a Deus.


Outra característica de S. Francisco que nos fala muito de perto é o louvor. S. Francis­co foi um homem que viveu uma dimensão de louvor de maneira toda especial, que louvou a Deus com todo seu ser, seu corpo, com sua alma! A sua oração se resumiu num louvor eterno a Deus e através do louvor S. Francisco entrou numa harmonia profunda com Deus, com os homens e com a natureza.


Outra característica de S.Francisco foi a vida de oração. Ele não foi um homem que viveu a mediocridade na vida de oração, mas que soube vi­ver sua intimidade com Deus em profundidade. Toda essa dimensão de mergulhar em Deus, de ter tempo pra Deus, de contemplar a Deus é refleti­da no chamado de Deus, que nos faz viver e sentir profunda­mente esse chamado.


Além da oração profunda, a própria vida de S. Francisco na Igreja O chamado feito naquele tempo na Igreja foi muito interessante, ele viveu na época do papa Inocêncio III, época em que a Igreja teve mais poder temporal, muitas riquezas, era um Império Roma­no Ocidental. O Papa exercia seu papel de pastor e ao mesmo tempo exercia papel de Imperador.


No auge do poder temporal da Igreja, surge Francis­co de Assis, um homem que renuncia a todo poder temporal, que no começo não foi entendido, não foi compreendido, foi perseguido e até rejeitado, mas mesmo assim a atitude de S. Francisco foi de fidelidade e de obediência ao chama­do que Deus lhe fez.


Seguindo o caminho de obediência à Igreja e ao mesmo tempo de fidelidade ao chamado que Deus lhe fez, S.Francisco levou em frente sua obra, que foi instrumento de renovação da Igreja. Nós também nos sentimos chamados a viver co­mo instrumentos de renovação da Igreja A Igreja sempre está se renovando e o Espírito sempre suscita obras renovadoras na Igreja, corno suscitou S. Francisco em Assis e hoje suscita o Shalom em Fortaleza e em várias cidades do Brasil.


A gente sente que a renovação carismática é uma obra, que Deus sus­cita no interior da Igreja para renovação dela. Como Shalom, de maneira muito especial, também nos sentimos leigos no meio do mundo, chamados a sermos sinais de renovação para a Igreja! Sentimos esse apelo como S. Francisco, mui­tas vezes nem tão compreendi­do, as vezes até perseguidos, mas desejosos de servirmos a Igreja na obediência e ao mesmo tempo na fidelidade ao chamado que Deus nos fez. Caminhando assim S.Francisco soube cumprir o seu papel, assim também nós queremos saber cumprir o nosso papel neste momento da Igreja.


Qual a relação do TAU Franciscano, com o TAU que nós usamos na Comunidade Shalom?



Moysés: S.Francisco participou de um concílio e neste concílio, onde o Papa declarou que o SINAL dos eleitos era um TAU e que todos aqueles que carregassem esse "TAU" estariam como que caminhando na garantia da sua salvação. Quando S. Francisco ouviu aquilo ele imediatamente colocou o TAU no seu pescoço e nunca mais retirou dele e, por isso, o TAU se transformou num sinal Franciscano.


Como o nosso chamado, a nossa vocação, traz um pouco da missão de Francisco é porque acreditamos que o TAU é um sinal dos eleitos que Deus chama a exercer uma missão.
Somos conscientes disso e queremos dizer sim a esse chamado, a essa eleição que Deus nos faz.Pela influência de Francis­co, o TAU é também um sinal de eleição para nós e para o mundo.


Explique melhor por que o TAU é sinal de eleição para o mundo.
Moysés: Porque usamos o TAU, normalmente a maior parte de nós o usamos do lado de fora da camisa e sentimos que isso nos ajuda a ser testemunhos no meio do mundo. Não simples­mente como uma obra exterior, porém, às vezes, as coisas exteriores são símbolos do que nós trazemos no coração. Então o TAU que nós trazemos no exterior com a inscrição Shalom em hebraico, traduz a nossa missão, de como eleitos de Deus, levar este Shalom de Deus para o mundo.


É muito comum as pessoas nos identificarem quando vêem o TAU. Sentem o sinal de que ali elas podem ter segurança, ter um conselho, ali elas podem ter uma palavra de Deus para os seus corações. Então esta é a relação que nós fazemos com o TAU Francisca­no a influência de Francisco mas ao mesmo tempo a característica própria da nossa mis­são no mundo.


Conhecendo a história de São Francisco vemos que ela tem co­mo característica de sua vocação "a missão", que é também encontrada na vocação Shalom. Qual a relação que tem entre a missão dos Franciscanos e a missão Shalom ?


Moysés: Francisco pro­curou ser imitador de Jesus Cristo, vivendo isso na radicalidade. Uma das ordens fundamentais que Jesus deu aos seus apóstolos foi" IDE e EVANGELIZAI. IDE e FAZEI DISCÍPULOS EM TODAS AS NAÇÕES '. Francisco levou a sério isso e a espiritualidade Franciscana tem rio de ' IR ' e de . LEVAR' a todos os povos o anúncio de Jesus VIVO. Também nós, como Francisco, desejamos corresponder o apelo de Jesus, a apelo de IR e EVANGELIZAR.


Quando nós começamos esta obra de Deus, Ele nos falou através de uma palavra profética que queria construir um grande monumento para sua glória. Apesar de toda a nossa fraqueza, apesar de todo nosso pecado, ele queria que fôssemos "luz das nações". Então nós nos sentimos ungidos pe­lo próprio Deus a espalhar as graças que ele tem derrama­do no interior da nossa caminhada, da nossa vocação, da nossa comunidade.


 Sentimos esse apelo forte do Senhor de sermos missionários. Nós não ternos morada eterna aqui, te­mos uma grande tendência a nos fixar, porém sentimos que Deus não deseja isso de nós. Deseja que nós sejamos peregrinos anunciadores do seu Evangelho, por isso que nós, como vocação, temos realiza­do missões em várias áreas do Brasil. Temos espalhado es­se veio missionário, mas não só como missões de enviados que vão e voltam para comunidade, mas até comunidades missionárias nós sentimos que Deus nos chama a formar.


Moysés, você nos disse que S.Francisco foi instrumento de Renovação para a Igreja, em sua época Sabemos, ainda, que hoje a Igreja vive um intenso momento de renovação através da R.C.C. Teria alguma relação, na sua formação?


Moysés: São Francis­co foi um homem totalmente cheio do Espírito Santo, se nós podemos colocar um modelo Carismático, nós vamos apontar S. Francisco de Assis. Se agente vê a própria atitude de louvor de S. Francisco é impressionante, talvez se S. Francisco vivesse hoje, ele estaria com certeza militando dentro da Renovação Carismática Estaria sofrendo as mesmas críticas que a Renovação sofre.


As pessoas que criticam a renovação porque seus membros se ajoelham de uma maneira para mui­tos exagerada ou por algum outro motivo, também estariam criticando Francisco, porque esta era também a atitude do Santo.
São Francisco era considerado um louco, mas um louco de amor por Jesus Cristo. Mui­tas vezes taxam a renovação de um bando de loucos. Real­mente! Um bando de loucos apaixonados por Jesus Cristo.


Eu diria que hoje na Igreja, de certa forma, como muitos outros movimentos ou vocações, a Renovação de uma maneira particular tem muita identidade com a missão de Francisco. Francisco foi tudo isso no interior da Igreja e ajudou na sua função particular, a Igreja se renovar. Como nós também, como Renovação, com muita humildade, com o Espírito de obediência e ao mesmo tempo com o Espírito de fidelidade, devemos exercer o instrumento de renovação.


É comum a gente escutar que: "São Francisco é luz de Deus para o mundo". Comente esta afirmativa



Moysés: É muito interessante a gente ver que o nome da nossa vocação, traz o no­me da nossa missão Shalom, ou seja, levar essa paz plena que o evangelho nos fala Não é a paz.simplesmente sentimento, mas é a paz plena, ou seja, toda sorte de benção espiritual, material, psicológica, humana, que Deus tem preparado para nós, que é a própria salvação e que é o próprio Jesus Cristo.


Queremos dizer na verdade que Jesus é o shalom do pai para o mundo, mas ao mesmo tempo Francisco foi um sinal desse shalom do pai para o mundo. Se vemos as orações de São Francisco, a sua espiritualidade, encontramos o que ele mais queria: " Senhor falei-me instrumento da tua paz." Francisco foi um homem que soube imitar tão radicalmente Jesus Cristo que pôde possuir essa harmonia, esse shalom de Deus em seu coração, es­sa paz.


Como Francisco imitou Jesus Cristo então ele tem muito a nos falar,principalmente co­mo um caminho para NÓS vi­vermos Jesus no Shalom do Pai e para nós anunciarmos com Jesus, o shalom do Pai para o mundo.


É possível viver isto no mundo?


Moysés: É totalmente possível. Se Francisco tivesse nasci­do no século XX como era que Francisco ia viver o evangelho, ia viver Jesus Cristo?!
Nós não podemos tirar a realidade franciscana do tempo e espaço que ela viveu. Então hoje no mundo como Francisco viveria?! - É mais do que isso, hoje, como é que Deus gostaria que ele vivesse, por­que eu não sou Francisco de Assis e nem você, eu sou Moysés, você é José Nilson e Deus tem uma missão para nós realizarmos no mundo.
Este é o grande desafio: NÃO SERMOS IGUAIS A FRANCISCO, MAS NA VERDADE SERMOS O QUE DEUS QUER QUE SEJAMOS NO MUNDO.


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por

Comunidade Shalom

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Influência dos Antepassados(Pe. Rufus)

 

Cura entre gerações (Pe. Rufus e Pe. Robert DeGrandis)

       “Aos poucos fui percebendo que as causas dos nossos problemas podem estar relacionados com fatos que aconteceram até muito antes de nossa concepção. Antes mesmo de estarmos existindo – por causa de coisas que aconteceram com nossos pais, avós, bisavós…


        Você pode estar perguntando: como algo que aconteceu há um século, dois séculos atrás pode me afetar hoje? E a origem está na Doutrina Católica do pecado original. Porque os nossos pais pecaram contra Deus, o seu pecado – não o seu pecado, mas as conseqüências do seu pecado – foram transmitidas de geração a geração.


Não porque Deus está com raiva da gente, com ira, mas Deus permite que as conseqüências do nosso mal tenham seu efeito.


        Mesmo fisicamente as doenças podem ser transmitidas de geração a geração muito mais de forma emocional, espiritual, diabólica são transmitidas.


        Foi especialmente nos últimos três anos que compreendi com clareza a importância da oração pelos ancestrais e pela árvore de família. Porque nos últimos três anos eu dei muitos retiros na Europa Central – Alemanha, Áustria; países que viveram sob o domínio comunista: a Croácia, Jordânia; e eu percebi nestas pessoas quando vinham para aconselhamento, tinham pelo menos um ancestral que tinha sido morto na guerra ou tinha tido um ancestral que tinha assassinado uma pessoa.


Esta é a realidade na Europa cristã, na Europa católica; banhada em sangue de milhões de pessoas. Que continente triste! E eu estou também convencido, depois de ter ouvido tanta coisa no ano passado, neste ano, que também que o Brasil mais precisa, é não somente a cura e libertação das práticas ocultas que se faz hoje, mas a cura das práticas ocultas feitas pelos nossos ancestrais.


Eu sei que muitos não acreditam que isto possa acontecer, eu mesmo sou muito intelectual, muito racional, não acredito nas coisas simplesmente porque alguém me disse, mas sou forçado a aceitar estas coisas baseado nas evidências. Sei também que o que estou dizendo para vocês são más notícias! Mas a boa notícia é que Jesus veio para nos curar não somente no presente, mas também no passado. Não somente no nosso passado individual, mas no nosso passado de geração.


* Padre Rufus é sacerdote na Arquidiocese de Bombaim, Índia. Estudou Filosofia, Teologia e Sagrada Escritura em Roma, onde foi também ordenado em 1956. É doutorado em Teologia Bíblica. É professor de Sagrada Escritura em cursos de pós-graduação em vários Institutos Teológicos Pontifícios. É também presidente da Associação Internacional para o Ministério de Libertação e vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas.

CURA ENTRE GERAÇÕES: (Pe. Robert DeGrandis)

 “Pontos a ponderar” – (Citados no livro)  
  • O estado emocional dos pais afeta o embrião no útero;

  • O simples afastamento de uma dor não curada mantém-na “enterrada viva”;

  • A dor emocional pode ser passada adiante pela linha de família;

  • Uma pessoa pode carregar feridas mais velhas do que ela própria;

  • Podemos herdar fraquezas de nossos ancestrais – essas fraquezas podem ser identificadas e curadas;

  • Há razões psicológicas para a cura entre gerações;

  • No inconsciente pessoal, resumimos experiências de membros ancestrais de nossa família;

  • Conflitos não resolvidos parecem ser passados através das gerações;

  • O purgatório e a oração pelos mortos são conceitos centrais na cura entre gerações;

  • O mal do oculto pode ser passado através das gerações;

  • Ao recebermos desamor, somos feridos. Ao darmos desamor, paralisamos;

  • Todas as crianças mortas / abortadas precisam de um nome. As mulheres, muitas vezes, sabem intuitivamente, o sexo de seus filhos abortados, naturalmente ou não;

  • A criança que nasce depois de um aborto, provocado ou não, pode carregar a culpa da mãe. Mulheres que abortaram, freqüentemente precisam de libertação;

  • O batismo das crianças ajuda a proteger o bebê contra o mal que vem das gerações;

  • A brutalidade pode ser passada gerações abaixo;

  • O perdão é o caminho para a cura. O perdão é um processo de toda a vida;

  • Podemos tanto ser prejudicados como ser ajudados por aqueles que morreram;

  • Somos chamados a interceder por nossas famílias.










quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O mesmo Deus que nos chama é aquele que nos capacita - Vídeos do Grupo de Oração desta segunda feira dia 01/11/2011

O mesmo Deus que nos chama é aquele que nos capacita. O Senhor derrama a unção específica sobre aqueles a quem Ele mesmo, escolhe para o serviço em Sua obra.


Afinal, a unção é o derramamento do Espírito Santo sobre os que crêem. “E vós possuís a unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento.”1Jo 2:20.



Vejamos os vídeos do Grupo de oração desta segunda feira.




O Senhor Te Feriu ele te curará












Missionários da Canção Nova em Americana-SP

Missionários da Canção Nova composta por Claudinha, Paulo César, Fabiane e Bozan e mais dois voluntários, Fernando e Anderson, ajudando na parte musical, estiveram em Americana-SP, em Retiro promovido pelos Missionários da Paz e com coordenação de Irmã Ana.


Irmã Ana, é uma  freira atuante na Renovação Carismática, coordenadora de Grupo de Oração e que desenvolve um trabalho maravilhoso, de recuperação das pessoas, em especial os menos favorecidos, dando de comer a quem tem fome e também levando a palavra de Deus, àqueles que não a conhecem.


O Retiro de Cura Interior foi realizado neste final de semana e teve uma boa participação. Veja Alguns vídeos.



Eu, Augusta Moreira dos Santos, estava lá, dando uma ajuda, para Irmã Ana, com atendimentos individuais e colaborando em outras atividades.




Estive em Americana-SP num Retiro de Cura Interior, ministrado pela Comunidade Canção Nova











O Segundo Retiro de Cura Interior, organizado pelos Missionários da Paz, na Cidade de Americana-SP, aconteceu em meio à algumas turbulências, entre elas, a principal organizadora do evento, Irmã Ana, que adoeceu e já de manhã teve que ser socorrida, devida a um grande mal estar e assim, por algumas horas teve que se ausentar para tomar soro.


Sem falar, que durante a noite, houve um forte vendaval, com queda de árvores e da energia elétrica. Ainda bem que esse episódio, só ocorreu a noite, quando já havia cessado as atividades do dia.


Mas, não foram os problemas temporais ou ocasionais, que fizeram com que não houvesse participação no Retiro.


A comunidade, como sempre, marcou presença e como vocês poderão notar o salão da Comunidade Espírito Santo ficou cheio.


As pessoas não mediram esforços para lá estar e a equipe da Canção Nova composta por Claudinha, Paulo César, Fabiane e Bozan e mais dois voluntários, Fernando e Anderson, ajudando na parte musical.


É certo que quando somos confrontados com as limitações dos nossos esforços, o divino pai eterno no seu amor toma a situação para Ele.


Na verdade todos nós, precisamos de cura interior e isso ocorrerá durante toda a nossa existência.


Necessitamos de cura interior, principalmente pelo jeito que fomos criados, isso desde o instante da nossa concepção, até mesmo da nossa árvore genealógica.


Se uma criança nasceu de forma prematura ou se ela foi concebida fora do casamento, se houve suicídio em seus ancestrais, se os pais morreram quando criança e tantos outros motivos, então é preciso de cura interior.


Várias passagens bíblicas foram apresentadas e a palavra de Deus não vem sem deixar um sinal.


Como bem foi dito, há pessoas que inconscientemente tendem a fugir, para não serem curadas. E precisamos estar atentos para que não ocorra dessa forma conosco.


Eis algumas fotos do Evento. Veja.




quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O sentido liturgico do Dia de Finados



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Enxugará as lágrimas de seus olhos e a morte já não existirá. Não haverá mais luto, nem pranto, nem dor, porque tudo isso já passou· (Ap 21,4).


Por que então a liturgia cristã interessou-se pelos mortos também fora da missa? Por que a Igreja dedicou um dia exclusivo à lembrança dos finados? Você acha válido rezar pelos falecidos? Como você se prepara para viver o momento de sua morte? Por que o ser humano preocupa-se tanto em marcar com sinais exteriores a morte de pessoas queridas?

1. História da Celebração
O Cristianismo nasceu embebido pela vida, morte e ressurreição de Jesus, o Cristo Senhor. O ápice da vida do filho de Deus foi sentir em sua carne a frieza da morte. Sem dúvida, ao doar amorosamente sua vida na cruz, Jesus viveu em sua própria carne a experiência da morte.


Ele morreu realmente. Mas a Graça de Deus, confirmando a mensagem e o testemunho de vida de Jesus, o ressuscitou dos mortos e garantiu assim, a todos os fiéis que nele depositam suas esperanças, a possibilidade de transcender também a fase finita da vida e alcançar a plenitude da personalidade e potencialidades humanas, na realidade de fé que chamamos de Vida Eterna.


Desde muito cedo o Cristianismo celebrou os fiéis que morreram unidos à  sua comunidade de fé. Os mártires eram venerados nos locais de seu martírio e as primeiras construções genuinamente cristãs foram monumentos em homenagem a estes heróis da fé. Além disso, as perseguições imperiais obrigavam os cristãos a refugiarem em catacumbas para celebração dos exercícios litúrgicos. E as catacumbas nada mais eram que os primeiros cemitérios cristãos.


Os mais antigos sacramentários romanos atestam o uso de missas pelos defuntos. O costume de rezar pelos mortos em celebrações específicas parece ter surgido pelo fato de que não era possível realizar exéquias dos cristãos no momento da morte, tamanho o medo da perseguição pagã. Assim, dias depois do fato, geralmente uma semana ou mesmo trinta dias, a comunidade reunia-se para as devidas homenagens ao falecido e aos familiares.


Nos mosteiros irlandeses, no século VII, já encontramos rolos com os nomes de monges falecidos, que circulavam entre as comunidades, numa rústica forma de comunicação orante entre os religiosos. Para estes falecidos era sempre dedicado algum ofício religioso solene. Dessa tradição surgiram as necrologias, lista de nomes lidas nos ofícios e os obtuários, lembrando serviços fundados ou obras de misericórdia dos defuntos em suas datas. Passou-se claramente das menções globais aos nomes individuais.


Nos séculos IX e X, no auge do período carolíngio, já é possível encontrar o costume de anotar nomes de falecidos para oferecimento de missas, mas ainda mantém-se a vinculação com o nome de vivos, que faziam suas ofertas generosas para a comunidade cristã. Os ‘libri memoriales’ (Livros Memoriais) carolingianos continham de 15.000 a 40.000 nomes a serem lembrados. Durante as Eucaristias chegava-se a enumerar de 40 a 50 nomes por dia!


Mas foi em Cluny, o renomado Mosteiro francês, que começou a surgir uma explicação da oração pelos mortos. À Igreja Peregrina nos caminhos da história unia-se a Igreja Triunfante (os santos e santas) e à igreja Padecente (aqueles que mesmo mortos ainda não tinham alcançado a plenitude da Ressurreição). Esta união entre santos e pecadores, chamada de comunhão dos santos, já fazia parte da tradição cristã e foi teologicamente elaborada pelo mestre da escolástica, Santo Tomás de Aquino,  nos seguintes termos:


Assim como no corpo natural a atividade de um membro se subordina ao bem estar de todo o corpo, também no corpo espiritual que é a Igreja, acontece o mesmo. E porque todos os fiéis são um só corpo, o bem de um comunica-se ao outro.


Tudo indica que foi no século X que, a partir do mosteiro do Cluny, instituiu-se a comemoração dos mortos para o dia 2 de novembro, em íntimo contato com a festa de todos os santos. A Festa dos Mortos será rapidamente celebrada em todo mundo cristão. Trata-se hoje de um dos feriados mais universais do nosso planeta.


2. Sentido da celebração de Finados
No dia de Finados, não festejamos a morte. Seria uma ignorância e uma contradição. Celebramos sim, nossa fé na ressurreição e a esperança do encontro na morada que Jesus nos preparou, no seio amoroso de Deus. A comemoração dos fiéis defuntos é uma oportunidade ímpar para agradecer a Deus pela existência daqueles que nos precederam e, de certa forma, participaram da construção de nossa própria história.


O gesto mais comum em Finados é a visita ao cemitério, a participação na Eucaristia e as devoções próprias de cada cultura, como acender velas, oferecer flores e enfeitar os túmulos dos falecidos. Em todos estes gestos antropologicamente enraizados no ser humano transparece a consciência que temos de nossa finitude e da necessidade absoluta de apego ao Divino para a manutenção da esperança em glorificação da existência.


Acendemos velas para lembrar que essa luz segue iluminando-nos, em nossos corações. Veneramos seus exemplos e imitamos sua fé (Hb 13,7). Enfeitamos as sepulturas com flores, símbolo da ressurreição. Nossos mortos são plantados como sementes, regadas com nossas lágrimas, e florescem ressuscitados no jardim do Senhor.


Além disso, ao recordar a vida de um ente querido, nós próprios deparamo-nos com a realidade da morte em nossa vida e pesamos nossos comportamentos pessoais e sociais. A presença da limitação e fraqueza da vida permite-nos ser mais humildes na consideração da validade de nossa vida. Não há como ficar insensível diante da finitude da carne humana!3. Sentido Teológico de Finados: a certeza da Ressurreição.


Nossa fé cristã é a fé no Ressuscitado. Esta certeza de fé elimina de nós toda e qualquer idéia de renascimento ou reencarnação. Somos únicos desde a concepção, durante a vida e após a morte. A razão de nossa fé na Ressurreição é a experiência radical de Jesus. Ele foi Ressuscitado pelo Pai (At 2, 22s), numa atitude amorosa que confirmou toda a obra realizada pelo homem de Nazaré em favor dos mais oprimidos e marginalizados.


O fundamento teológico para a nossa compreensão de fé em torno da vida que começa na morte está na Ressurreição de Jesus Cristo. É São Paulo que diz: ‘Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé, e nós ainda estaríamos em nossos pecados’ (1Cor 15, 17).


Nós cremos na ressurreição como um momento de transcedência de nossa realidade finita para uma realidade infinita ao lado de Deus. Na Ressurreição nossa vida é transformada. Assim como acontece com a semente que, ao ser lançada na terra, morre e desta morte nasce a nova vida, cremos que também nós vamos ressuscitar e assumir uma nova vida. Nós cremos que a nossa vida terrestre é uma preparação para a verdadeira e definitiva vida. Temos uma única oportunidade de viver no mundo e nos preparar para a eternidade.


O próprio Jesus viveu apenas uma única vida humana, iniciada no momento de sua concepção no seio virginal de Maria e consumada na cruz, quando exausto e sem forças, Jesus entrega sua vida nas mãos do Pai (Jo 19,30). Mas, como já dissemos, Deus não permitiu ao Cristo permanecer preso nas cadeias da morte, mas o fez receber vida nova, ressuscitando-o e reafirmando assim o valor da vida justa sobre os poderes nefastos de uma sociedade marcada pela cultura de morte.


Mas, Ele ressuscitou. O corpo físico de Jesus foi transformado em um corpo glorioso, que não ocupa mais espaço, não envelhece mais com o tempo e não morre mais. Este Cristo vivo e ressuscitado está na Eucaristia, está nos sacrários de nossas igrejas e está também na comunidade cristã, já que Ele disse: ‘Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei presente’ (Mt 18,20) ou então: ‘Eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos’ (Mt 28, 20). Nada pode nos separar do amor de Cristo.


Já a teologia de oração pelos mortos alicerça-se na noção tradicional de purgatório, momento de expiação dos erros passados e de contemplação da face gloriosa de Deus. A teologia atual não aboliu, com se pensa, a noção de purgatório. Obviamente, a idéia de um fogo devorador que aflige atemporalmente os homens e mulheres que falecem afastados de Deus recebe hoje um tratamento mais aceitável.


O purgatório seria a própria percepção de não realização da missão confiada por Deus a cada um de nós. Ao deparar-nos com a imensa distância entre o ideal sonhado por Deus e o real vivido, o ser humano sofre por ter sido tão leniente. Imediatamente, entretanto, contempla a glória de Deus e nela mergulha. Rezar pelos mortos significa ajudá-los a tomar consciência de que estão afastados do ideal de Deus.4. Celebrando o dia de Finados.


As celebrações litúrgicas do dia de hoje são comedidas e cercadas de um clima de saudade e tristeza. São comuns as missas rezadas nos cemitérios, onde um ou outro grupo pastoral pode estar presente para acolher as pessoas mais sensibilizadas.


Nas igrejas e capelas reze-se pelos fiéis defuntos que participaram da história da comunidade, mas evite-se enumerar nomes ou dar destaques a algum falecido. Mantenha a sobriedade dos cantos e respeite-se o silêncio com marca da celebração.


Entretanto, evite-se o clima de luto nas celebrações. Vale a pena recordar que a celebração de Finados marca a esperança cristã na Ressurreição e deve ser iluminada por aquela alegria que marca a fé cristã.


Para os celebrantes, atenção nas homilias. O Mistério da Ressurreição deve ser o centro da reflexão, aproveitando para refletir bem as palavras do Evangelho e esclarecendo o real sentido da morte para o cristão, numa catequese que contemple toda a eliminação de idéias estranhas tão espalhadas pela mentalidade do povo católico brasileiro.




Pe. Adenildo Godoy BarbosaComissão para Liturgia e Música Sacra da Arquidiocese de Curitiba




O Senhor Cura e Liberta o Seu Povo



O Grupo de Oração São Francisco de Assis, existe pela vontade de Deus à pouco mais de dois anos e tem sido uma benção. A cada semana temos nos surpreendido com a misericórdia do nosso pai eterno.


É bem verdade, que temos passado por diversas provações e tentações, mas não podemos nos esquivar e a cada dificuldade, nós vamos crescendo no amor e na graça de Deus.


Os nossos bloggueiros que com fidelidade nos tem acompanhado, podem verificar pelos vídeos, a unção do nosso Deus que é rico em bondade.


Sabemos em quem colocamos a nossa confiança. Deus nunca nos decepciona. Ele sempre está conosco, nos amparando, acolhendo, nos fortalecendo e nos mostrando que temos que trilhar o mesmo caminho dele e sempre nos lembrando que o servo não é maior do que o seu Senhor.


Assim, confortados pela sua palavra, nos alegramos até mesmo nas dificuldades, pois Deus é mais. Deus é mais que tudo.


No grupo, temos visto e ouvido tanta coisa, entre elas a transformação de vidas. O Senhor tem curado e libertado o seu povo. Bendito Seja Deus, que nos reuniu no Grupo de Oração São Francisco.


Augusta Moreira dos Santos


























Vídeos do Grupo de oração desta segunda feira - dia 24/10/2011-Eu só não vos tudo que me pedem porque não dou aquilo que não é bom para vós

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Virgem de Guadalupe, o milagre comprovado pela ciência.

Para os que acreditam apenas na ciência e não em Deus, algo humanamente impossível de explicar em Guadalupe....



No dia 9 de dezembro de 1531, na cidade do México, Nossa Senhora apareceu ao nobre índio Quauhtlatoatzin — que havia sido batizado com o nome de Juan Diego — e pediu-lhe que dissesse ao bispo da cidade para construir uma igreja em sua honra. Juan Diego transmitiu o pedido, e o bispo exigiu alguma prova de que efetivamente a Virgem aparecera.
 
Recebendo de Juan Diego o pedido, Nossa Senhora fez crescer flores numa colina semi-desértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo.
 
Este o fez no dia 12 de dezembro, guardando-as no manto dele. Ao abri-lo diante do bispo e de várias outras pessoas, verificaram admirados que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto. Tudo isso registrado por escrito.
 
Os problemas ,para os céticos, começam com o fato de ter-se conservado o manto de Juan Diego, no qual está impressa até hoje a imagem. Esse tipo de manto, é feito de tecido grosseiro, e deveria ter-se desfeito há muito tempo.
 
No século XVIII, pessoas piedosas decidiram fazer uma cópia da imagem, a mais fidedigna possível. Teceram um manto idêntico, com as mesmas fibras de maguey da original. Apesar de todo o cuidado, se desfez em quinze anos. O manto de Guadalupe tem hoje 475 anos, portanto nada deveria restar dele.


Uma vez que o manto existe, é possível estudá-lo a fim de definir, por exemplo, o método usado para se imprimir nele a imagem. Comecemos pela pintura. Em 1936, o bispo da cidade do México pediu ao Dr. Richard Kuhn que analisasse três fibras do manto, para descobrir qual o material utilizado na pintura.
 
Para surpresa de todos, o cientista constatou que as tintas não têm origem vegetal, nem mineral, nem animal, nem de algum dos 111 elementos conhecidos. “Erro do cientista” — poderia objetar algum cético. Difícil, respondemos nós, pois o Dr. Kuhn foi prêmio Nobel de Química em 1938.(2) Além do mais, ele não era católico, mas de origem judia, o que exclui parti-pris religioso.


No dia 7 de maio de 1979 o prof. Phillip Serna Callahan, biofísico da Universidade da Flórida, junto com especialistas da NASA, analisou a imagem. Desejavam verificar se a imagem é uma fotografia. Resultou que não é fotografia, pois não há impressão no tecido. Eles fizeram mais de 40 fotografias infravermelhas para verificar como é a pintura.
 
E constataram que a imagem não está colada ao manto, mas se encontra 3 décimos de milímetro distante da tilma. Para os céticos, outra complicação: verificaram que, ao aproximar os olhos a menos de 10 cm da tilma, não se vê a imagem ou as cores dela, mas só as fibras do manto.


Convém ter em conta que ao longo dos tempos foram pintadas no manto outras figuras. Estas vão se transformando em manchas ou desaparecem. No caso delas, o material e as técnicas utilizadas são fáceis de determinar, o que não acontece com a imagem de Nossa Senhora.


Talvez o que mais intriga os cientistas sobre o manto de Nossa Senhora de Guadalupe são os olhos dela. Não cessam de aparecer surpresas. Devemos primeiro ter em vista que os olhos da imagem são muito pequenos, e as pupilas deles, naturalmente ainda menores.
 
Nessa superfície de apenas 8 milímetros de diâmetro aparecem nada menos de 13 figuras! O cientista José Aste Tonsmann, engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell e especialista da IBM no processamento digital de imagens, da três motivos pelos quais essas imagens não podem ser obra humana:



• Primeiro, porque elas não são visíveis para o olho humano, salvo a figura maior, de um espanhol. Ninguém poderia pintar silhuetas tão pequenas;


• Em segundo lugar, não se consegue averiguar quais materiais foram utilizados para formar as figuras. Toda a imagem da Virgem não está pintada, e ninguém sabe como foi estampada no manto de Juan Diego;

• Em terceiro lugar, as treze figuras se repetem nos dois olhos. E o tamanho de cada uma delas depende da distância do personagem em relação ao olho esquerdo ou direito da Virgem.



Esse engenheiro ficou seriamente comovido ao descobrir que, assim como os olhos da Virgem refletem as pessoas diante dela, os olhos de uma das figuras refletidas, a do bispo Zumárraga, refletem por sua vez a figura do índio Juan Diego abrindo sua tilma e mostrando a imagem da Virgem. Qual o tamanho desta imagem? Um quarto de mícron, ou seja, um milímetro dividido em quatro milhões de vezes. Quem poderia pintar uma figura de tamanho tão microscópico? Mais ainda, no século XVI...



E fechando com chave de ouro...

Um espanhol em 1921 tentou explodir uma bomba ao lado da imagem, colocando-a dentro de um buquê de flores. Quando explodiu tudo, várias partes da igreja e de outras imagens, ficaram seriamente danificadas. Com a imagem não aconteceu absolutamente nada.