terça-feira, 15 de novembro de 2011

Divorciados e Recasados-D. Estevão Bettencourt, osb.

Divorciados e Recasados
D. Estevão Bettencourt, osb.
DIVORCIADOS E RECASADOS


Em síntese: O Código de Direito Canônico promulgado em 1917 era muito severo em relação aos fiéis católicos divorciados e recasados, por viverem em situação religiosamente irregular.
A partir do Concílio do Vaticano II, a Igreja, sem retocar a lei divina que proclama a indissolubilidade de um matrimônio validamente contraído e consumado, procura estimular tais fiéis a não se afastarem do convívio da comunidade católica; procurem, antes, tomar parte em atividades da paróquia compatíveis com o seu estado; rezem e tudo façam para educar os filhos na fé católica. É claro, porém, que não podem ter acesso à Comunhão Eucarística, pois esta supõe o estado de graça, que a situação conjugal desses fiéis exclui. O artigo abaixo enuncia minuciosamente os itens que definem a posição dos divorciados recasados frente à Igreja e examina as objeções levantadas contra a praxe da Igreja.


A situação dos fiéis católicos divorciados e recasados constitui um dos mais graves problemas da Igreja em nossos dias. Sempre houve dificuldade de desarmonia conjugal. Eis, porém, que atualmente se tornam mais prementes, pois se têm multiplicado os casos. A Igreja está atenta a tais situações e vem acompanhando os cônjuges infelizes com especial zelo pastoral. A seguir, serão propostas 1) as principais intervenções do Magistério neste particular; 2) os elementos essenciais da doutrina católica; 3) as críticas levantadas contra essa doutrina e as respostas a lhes ser dadas.


1. Os recentes Pronunciamentos do Magistério.
Nas décadas de 1960 e 1970 o divórcio foi legalizado em vários países de população católica em sua maioria, o que tornou candente o problema dos fiéis divorciados e recasados. O Direito Canônico promulgado em 1917 e ainda vigente na época considerava tais cristãos como pecadores públicos (cânon 2356, § 1º), privados dos sacramentos da Penitência e da Eucaristia, enquanto vivessem conjugalmente.


Verdade é que já então se faziam ouvir vozes de clérigos, principalmente nos Estados Unidos, que julgavam demasiado severa tal legislação: lembravam a diversidade das situações e, principalmente, o caso daqueles cônjuges divorciados recasados que tinham dúvidas fundadas a respeito da validade de sua primeira união, mas não podiam apresentar provas suficientes para iniciar um processo de declaração de nulidade. Havia também quem adotasse uma solução de foro meramente interno, afirmando que, em certos casos e sob certas condições, o confessor poderia autorizar os divorciados a receber os sacramentos da Penitência e da Eucaristia.


Diante destes fatos, a Congregação para a Doutrina da Fé enviou, aos 11/4/1973, uma Carta a cada Bispo, reafirmando a indissolubilidade do matrimônio sacramental. Quanto ao problema dos que vivessem em situação irregular, pedia que se observasse a doutrina vigente e lembrava "o possível recurso à praxe da Igreja no foro interno". Tal Carta tinha por objetivo defender a indissolubilidade do matrimônio, ameaçada por vários lados. Mas a expressão "recurso à praxe da Igreja no foro interno" se prestava a interpretações diversas.


A Congregação para a Doutrina da Fé entendia-se no sentido de que os divorciados recasados se poderiam aproximar dos sacramentos desde que passassem a viver como irmão e irmã e evitassem qualquer escândalo. Todavia não foi assim que muitos interpretaram os dizeres da Igreja: julgavam que os fiéis recasados poderiam receber os sacramentos mesmo mantendo sua união conjugal ilegítima; colocavam também o problema daqueles que estavam subjetivamente convictos da nulidade da sua união precedente.


Esses questionamentos vieram à tona no Sínodo Mundial dos Bispos realizado em 1980. Como fruto das reflexões ocorrentes nessa assembléia, o Santo Padre João Paulo II, aos 22 de novembro de 1981, assinou a Exortação Apostólica Familiaris Consortio, que traçava diretrizes a ser observadas no tocante ao sacramento do matrimônio, inclusive com referência aos divorciados recasados. Em 1983 foi promulgado o novo Código de Direito Canônico, que confirmou a praxe vigente: não se admitam à Comunhão Eucarística os fiéis divorciados recasados (cânon 915; o mesmo vale para os católicos de rito oriental, conforme o Direito respectivo, cânon 712).


O Código de 1983 atribui exclusivamente aos tribunais eclesiásticos a competência para examinar a validade do matrimônio dos católicos como também estipula novos impedimentos que tornam nulo o casamento sacramental. Tais impedimentos levam em conta a incapacidade psicológica, que afeta não poucos indivíduos, de assumir uma vida a dois em caráter vitalício; são aí considerados os diversos casos que ajudam a compreender a crise e a angústia de muitos casais. Apesar das explícitas declarações de Familiaris Consortio, do Catecismo da Igreja Católica (nº 1650s) e documentos congêneres, havia na Igreja quem estimulasse os divorciados recasados a receber a Comunhão Eucarística, principalmente quando levassem vida fiel à sua nova união.


Em 1993, os Bispos da Província Eclesiástica do Alto Reno (Alemanha) publicaram uma Carta Pastoral a respeito do acompanhamento pastoral de pessoas infelizes em seu casamento, divorciadas e divorciadas recasadas. Essa Carta reafirmava a indissolubilidade do matrimônio frente a certa insegurança e hesitação existente em algumas paróquias, mas admitia que em certos casos se poderia dar a Comunhão Eucarística a divorciados recasados que em sua consciência se julgassem aptos e para tanto obtivessem o parecer favorável de um sacerdote prudente e experimentado.


Tal atitude dos três Bispos mencionados encontrou cá e lá ecos positivos, mas suscitou outrossim a réplica de muitos prelados e organismos da Cúria Romana que pediram à Congregação para a Doutrina da Fé uma tomada de posição. Outras vozes, porém, pediam a abolição das normas vigentes, em favor de maior liberalização; assim, por exemplo, alguns propunham que dos fiéis divorciados e recasados se exigisse um período de reflexão e penitência, após o qual seriam readmitidos aos sacramentos em geral. Outros ainda proclamavam que se deixasse a decisão à consciência dos interessados ou dos sacerdotes.


Diante deste cruzamento de sentenças, a Congregação para a Doutrina da Fé houve por bem publicar uma Carta aos Bispos sobre a recepção da Comunhão Eucarística por parte dos fiéis divorciados e recasados, com a data de 14/9/94. Tal documento reafirmava as normas clássicas da Igreja para o caso. Vejamos agora:


2. Os Pontos Essenciais da Doutrina Católica.


Pode-se compendiar em sete pontos a doutrina católica concernente ao assunto.
1) Os fiéis divorciados recasados estão em situação que contrasta com o Evangelho.
Basta lembrar a palavra de Jesus em Mc 10,11s:
"Quem repudia a sua mulher e desposa outra, comete adultério contra ela; se a mulher repudia o marido e desposa outro homem, comete adultério".


Em conseqüência, a Igreja afirma que ninguém, nem mesmo o Papa, tem o poder de declarar nulo um matrimônio validamente contraído e consumado. Aliás, a própria lei natural, impregnada no íntimo de cada ser humano, rejeita o divórcio, isto é, a dissolução do casamento com direito a novas núpcias. Do divórcio se distingue a separação conjugal, que pode ser legítima, quando a vida matrimonial se torna muito difícil ou insustentável.


2) Os fiéis divorciados e recasados continuam sendo membros da Igreja dentro da comunidade eclesial e devem experimental o amor de Cristo e o acompanhamento materno da Igreja.
As segundas núpcias de pessoas divorciadas privam da Comunhão Eucarística, mas não acarretam a excomunhão. Esta é uma pena jurídica, de foro externo, e prova, de modo geral, da comunhão com a Igreja e não apenas priva da Eucaristia. A solicitude materna da Igreja deve estender"se a todos os filhos, inclusive aos que vivem em situação irregular. A Igreja é chamada a procurar promover a salvação de todos. Daí as palavras de João Paulo II:


"A Igreja não pode abandonar aqueles que, ligados pelo vínculo matrimonial sacramental, passam a novas núpcias. Por isto Ela se esforçará incansavelmente por colocar à sua disposição os meios de salvação". (Familiaris Consortio, nº 84). Não somente os sacerdotes, mas também os fiéis leigos ou toda a Igreja têm a obrigação de procurar fazer que os irmãos de vida irregular não se considerem separados da Igreja: "A Igreja reze por eles, estimule-os, mostre-se Mãe misericordiosa e assim os sustente na fé e na esperança" (ibid. nº 84).


Leve-se em conta que há diversas situações de cristãos divorciados recasados : existem aqueles que passaram a novas núpcias depois de haver tentado todos os meios possível para salvar seu casamento, e existem aqueles que culpadamente destruíram seu matrimônio. Existem aqueles que contraíram novas núpcias em vista da educação dos filhos e, no momento, não se podem separar. Existem também os que se recasaram porque, em consciência, julgavam ter sido nulo o primeiro casamento (embora não pudessem provar a nulidade). Por fim, há também aqueles que em sua nova união descobriram os valores da fé e perfazem uma caminhada religiosa de grande significado; cf. Familiaris Consortio nº 84.


3) Na qualidade de cristãos batizados, os fiéis divorciados recasados são chamados a tomar parte ativa na vida da Igreja na medida em que isto seja compatível com a sua situação dentro da Igreja.
"Juntamente com o Sínodo, exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a ajudar os divorciados, promovendo com caridade solícita que eles não se considerem separados da Igreja, podendo e, melhor, devendo, enquanto batizados, participar na sua vida. Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus a freqüentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a igreja, encoraje-os, mostre-se mão misericordiosa e sustente-os na fé e na esperança" (Familiaris Consortio nº 84).


A pertença à Igreja não se manifesta apenas na frequentação da Comunhão Eucarística. Existem várias possibilidades de participar da vida da Igreja no campo extra sacramental.
4) Em virtude da sua situação irregular, os fiéis divorciados recasados não podem exercer certas funções na comunidade católica.
Tais funções seriam, entre outras, a de padrinho ou madrinha do Batismo e da Crisma, pois tal tarefa implica dar testemunho e vivência católica aos afilhados, que necessitam de ver concretamente a fidelidade dos mais velhos.


Eis outras funções excluídas: a de ministros extraordinários na Liturgia, a de catequista, a de membro do Conselho Pastoral, pois tais encargos exigem lúcido testemunho de vida católica; são funções de certo relevo, que não podem ser entregues aos que não vivem integralmente segundo o Evangelho, pois isto poderia suscitar confusão no povo de Deus. Estas restrições não implicam injusta discriminação, mas são conseqüências naturais
da situação em que se acham os fiéis divorciados recasados.


5) Desde que os divorciados recasados deixem seu estado irregular, separando-se ou vivendo em plena continência, podem ser readmitidos aos sacramentos.
Para receber o sacramento da Reconciliação, que no caso é a única via para a Comunhão Eucarística, requer-se que o fiel faça o propósito de não tornar à vida irregular. Isto implica que o(a) penitente se separe do(a) ilegítimo(a) consorte ou, caso não seja possível (por causa dos filhos ou por outras razões), deixe de ter relações sexuais; cf. Familiaris Consortio nº 84. No caso de voltarem aos sacramentos, os dois interessados deverão procurar evitar mal entendidos ou escândalos por parte do povo de Deus.


6) Os divorciados recasados que estão convictos da nulidade de seu precedente casamento, devem regularizar sua situação por vias de foro externo, ou seja, por vias jurídicas.
O casamento é uma realidade pública que afeta tanto a Igreja quanto a sociedade civil. Por isto o consentimento matrimonial não é um ato meramente privado, mas cria uma situação de caráter social. Por isto não compete à consciência de cada um julgar, na base de suas convicções, se o respectivo casamento foi válido ou não e daí tirar conclusões de ordem pública e prática, contraindo novas núpcias.
Por isto a experiência da Igreja atribui aos tribunais eclesiásticos o exame da validade dos casamentos dos fiéis
católicos.


7) Os divorciados recasados nunca perdem a esperança de obter a salvação eterna.
Diz Papa João Paulo II em Familiaris Consortio nº 84:
"Com firme confiança a Igreja crê que mesmo aqueles que se afastaram dos mandamentos do Senhor e vivem atualmente nesse estado, poderão obter de Deus a graça da conversão e da salvação, se perseverarem na oração, na penitência e na caridade".


Embora não possa aprovar formas de vida contrastantes com a Palavra do Evangelho, a Igreja não deixa de amar seus filhos em situação matrimonial irregular. Ela compreende seus sofrimentos e dificuldades e acompanha-os com ânimo materno, procurando fortalecê-los na fé e incutir-lhes a confiança na misericórdia de Deus, que tem amplos recursos para levar os homens à salvação eterna.
Faz-se oportuno agora examinar as principais críticas levantadas contra a doutrina da Igreja.


3. As Críticas
São sete as principais objeções levantadas contra a doutrina da Igreja.
1) A Escritura permite flexibilidade.
Há quem aponte os textos de Mt 5,32 e 19,9, em que Jesus parece abrir uma exceção em favor de separação e novas núpcias. Eis os dizeres do Senhor :
"Eu vos digo: todo aquele que repudia a sua mulher, a não ser por motivo de pornéia1, faz com que ela adultere e aquele que se casa com a repudiada comete adultério" (Mt 5,32, idêntico a Mt 19,9).
A propósito, note-se quanto segue:


Consta dos textos do Novo Testamento que o matrimônio é indissolúvel, como se depreende das citações seguintes:
Mc 10,11s: Disse Jesus: "Todo aquele que repudia a sua mulher e desposa outra, cometerá adultério contra a primeira; e, se essa repudiar o seu marido e desposar outro cometerá adultério".
Lc 16,18: "Todo aquele que repudiar a sua mulher e desposar outra, comete adultério; e quem desposar uma repudiada por seu marido, cometerá adultério".
1Cor 7,10: "Quanto àqueles que estão casados, ordeno não eu, mas o Senhor: a mulher não se separe do marido; se, porém, se separar, não se case de novo ou reconcilie-se com o marido; e o marido não repudie a esposa".


Rm 7,2s: "A mulher casada está ligada por lei ao marido enquanto ele vive; se o marido vier a falecer, ela ficará livre da lei do marido. Por isso, estando vivo o marido, ela será chamada adúltera se for viver com outro homem. Se, porém, o marido morrer, ela ficará livre da lei, de sorte, que, passando a ser de outro homem, não será adúltera".
Como se vê, as afirmações são peremptórias.


Verdade é que as passagens de Mt 5,32 e 19,9 são interpretadas pelos cristãos cismáticos do Oriente e pelos protestantes como se autorizassem o divórcio em caso de adultério. Verifica-se, porém, que tal interpretação não condiz com os textos paralelos de Mc 10,11s e Lc 16,18, em que Jesus ensina irrestritamente a indissolubilidade do matrimônio (omitida a cláusula de adultério); supõe, além disto, haja São Paulo ordenado em nome do Senhor o contrário do que o Senhor mesmo preceituou.


Já estas considerações tomam a interpretação divorcista dos textos de Mt assaz suspeita, se não impossível; o Evangelho tem que ser explicado pelo Evangelho e pela Escritura Sagrada em geral. Ora não resta dúvida de que S. Marcos, S. Lucas e S. Paulo nos transmitem a genuína mente do Senhor.
Por conseguinte, como entender os textos de Mt 5 e 19?
A interpretação mais provável é a seguinte:


Baseados sobre erudito aparato de filologia bíblica e extrabíblica assim como de jurisprudência rabínica, os estudiosos concluem que o termo grego pornéia corresponde ao termo aramaico zenut, que significa união incestuosa. No caso, compreende-se que a separação seja não somente tolerável, mas desejável. Jesus ter-se-ia a zenut, pois este termo significa a união ilegítima, por motivo de parentesco proibido pela Lei de Moisés (cf. Lv 18, 1-24).


É de crer que nas antigas comunidades cristãs houvesse uniões matrimoniais proibidas pela Lei de Moisés, mas toleradas pelos cristãos provenientes do paganismo; estas uniões deveriam causar dificuldades à boa convivência de cristãos provenientes do judaísmo e do paganismo. Daí a ordem autenticamente atribuída a Jesus, de romper tais uniões irregulares, que não eram senão falsos casamentos.


Em At 15, 20,29;21,25 lê-se que os cristãos provenientes do paganismo tendiam a tolerar algumas uniões matrimoniais que Lv 18 julgava ilícitas. Ora isto escandalizava os judeocristãos; por isto o decreto dos Apóstolos no fim do Concílio de Jerusalém em 50 assim rezava:


"Os Apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, aos irmãos dentre os gentios que moram em Antioquia, na Síria e na Cilícia, saudações! ... Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor nenhum outro peso além destas coisas necessárias: que vos abtenhais das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das uniões ilegítimas. Fareis bem preservando-vos de tais coisas. Passai bem" (At 15,23,28s). Ver At 21,25.
Isto quer dizer que os cristãos provenientes do paganismo estariam dispensados de observar a Lei de Moisés, mas, para manter a boa paz com seus irmãos judeocristãos, deveriam observar as quatro cláusulas discriminadas, entre as quais a abstenção de pornéia ou das uniões conjugais que a Lei de Moisés tinha como ilícitas.


2) A tradição dos Padres (ou antigos escritores) da Igreja justifica uma praxe menos severa.
Alega-se que os Padres da Igreja, embora sustentassem o princípio geral da indissolubilidade, toleraram exceções de acordo com as modalidades de cada caso. Em resposta, deve-se notar que as declarações dos Padres que parecem reconhecer um segundo matrimônio em certos casos, são poucas, de modo que não perfazem uma convergência doutrinária. Por isto não podem ser tomadas como critério determinante para a doutrina e a disciplina da Igreja. Nenhum Bispo e nenhum escritor da Igreja antiga autorizou, na base de Mt 5,32, um homem a casar-se de novo após adultério cometido pela esposa. De modo geral, os textos que parecem abrir exceções ao princípio da indissolubilidade conjugal na base de Mt 5,32, são passagens obscuras e imprecisas, que podem ser interpretadas de maneiras diferentes.


3) A Igreja Ortodoxa Oriental aceita o divórcio.
Com efeito; as comunidades orientais separadas da Igreja Católica, em certos casos e após certo tempo de penitência, admitem segundas e, às vezes, terceiras núpcias.
Em resposta, a Igreja Católica não vê fundamento nem na Bíblia nem na Tradição para se adequar à praxe dos cristãos ortodoxos orientais. Além do quê, há historiadores que julgam que a praxe oriental pode decorrer da dependência dos cristãos ortodoxos em relação ao Imperador bizantino.


4) Aceite-se a afirmação feita em consciência por cônjuges infelizes a respeito da nulidade do seu matrimônio.
Dadas as dificuldades de provar a nulidade no foro externo, a Igreja deveria reconhecer as alegações feitas em consciência pelos cônjuges infelizes. Como dito, o matrimônio é de público interesse, de modo que é contraído publicamente e, quando necessário, é declarado nulo por vias públicas ou por instâncias de foro externo.


O novo Código de Direito Canônico ampliou o número de impedimentos que tornam nulo o casamento, levando em conta especialmente os casos de despreparo ou inépcia psicológica, que freqüentemente são alegados por cônjuges infelizes; tais situações são consideradas com seriedade e objetividade pelos tribunais eclesiásticos, de sorte que se pode crer que não deixa de ser atendida nenhuma petição baseada sobre argumentos de ordem psicológica ou mais íntima. A Santa Sé deseja que haja agilização dos processos, evitando-se a molesta duração dos mesmos.


Também se pleiteia na Igreja mais adequada preparação dos jovens para o casamento, a fim de tentar minorar pela raiz os males decorrentes de casamentos precipitados e levianamente contraídos.


5) O matrimônio morre quando o amor morre.
O matrimônio é um contato entre homem e mulher, por isto tem um aspecto jurídico, que interessa à sociedade. Mas também tem seu lado humano, pessoal, que nem sempre coincide com o aspecto jurídico. Daí pleiteia-se a dissolução do casamento quando o relacionamento humano amoroso perece.
Em resposta, deve-se dizer que não há oposição entre o jurídico e o pessoal do matrimônio. As normas jurídicas, deixadas a sós, podem ser cegas e sufocadoras. Mas também os valores pessoais, subjetivos, deixados a sós, podem ser deletérios ou perturbadores da ordem social. Desde que esteja incorporado numa sociedade, já não me posso reger apenas por meus anseios pessoais e subjetivos, mas tenho que observar normas objetivas que garantem o bem comum, para o qual devo colaborar na medida em que sou membro de tal sociedade.


Por isto não se pode sobrepor o aspecto pessoal subjetivo ao aspecto jurídico. Mas deve-se procurar promover o entrosamento de um e outro. A harmonia entre valores subjetivos e valores objetivos é indispensável em qualquer sociedade ... também na sociedade matrimonial.


6) A Igreja deveria aplicar o princípio da epiquéia ou da dispensa da lei aos casos de matrimônio fracassado.
Existe, de fato, o princípio da epiquéia ou a dispensa (bem ponderada) para todas as leis humanas. O legislador que faz a lei, ou seu delegado, pode dispensar da lei, visto que nenhuma lei humana é capaz de prever todos os casos e situações. Toda lei tem sua letra e tem seu espírito (que é a intenção concebida pelo legislador ao formular a letra da lei);


o espírito da lei pode exigir que se dispense ou se ponha de lado a letra da lei, para que se cumpra o desígnio do legislador encarregado do bem comum. Todavia a indissolubilidade conjugal depende não de lei humana; é de direito divino explicitado pelo Senhor Jesus: "O que Deus uniu, o homem não o separe" (Mc 10,9). Daí não poder a Igreja recorrer à epiquéia para dissolver casamentos válidos, mas infelizes.
7) A linguagem da Igreja é demasiado jurídica e não suficientemente pastoral.


Não se deve estabelecer antítese entre a lei, de um lado, e, de outro lado, a compreensão humana ou pastoral. Está claro que a lei é feita para o homem ou para o bem da pessoa humana; deve promover o ser humano e não o sufocar. É notório, porém, que o bem da pessoa humana nem sempre coincide com a satisfação de suas tendências ou impulsos espontâneos; a natureza humana por vezes tende a certos bens aparentes ou ilusórios, a tal ponto que o Apóstolo São Paulo podia dizer:


"Não faço o bem que eu quero, mas pratico o mal que não quero" (Rm 7,19). Consequentemente a lei de Deus, de que a Igreja é porta voz, coibe certas tendências da natureza humana, entre as quais a de realizar mais de um casamento ou de ter por dissolvido um casamento válido com perspectivas de novas núpcias. A lei, especialmente a lei de Deus, não pode ser adaptada a certas iniciativas pastorais que contradigam frontalmente ao preceito do Senhor. É o que nota o Papa João Paulo II na sua encíclica Veritatis Splendor nº 56:


"Há quem proponha uma espécie de duplo estatuto da verdade moral. Para além do nível doutrinal e abstrato, seria necessário reconhecer a originalidade de uma certa consideração existencial mais concreta. Esta, tendo em conta as circunstâncias e a situação, poderia legitimamente estabelecer exceções à regra geral, permitindo desta forma cumprir praticamente, em boa consciência, aquilo que a lei moral qualifica como intrínsecamente mau.


Deste modo, instala-se, em alguns casos, uma separação, ou até oposição entre a doutrina do preceito válido em geral e a norma da consciência individual, que decidiria, de fato, em última instância, o bem e o mal. Sobre esta base, pretende"se estabelecer a legitimidade de soluções chamadas "pastorais", contrárias aos ensinamentos do Magistério, e justificar uma hermenêutica "criadora", segundo a qual a consciência moral não estaria de modo algum obrigada, em todos os casos, por um preceito negativo particular.


É impossível não ver como, nestas posições, é posta em questão a identidade mesma da consciência moral, face à liberdade do homem e à lei de Deus. Apenas o esclarecimento precedente sobre a relação entre liberdade e lei, apoiada na verdade, torna possível o discernimento acerca desta interpretação "criativa" da consciência.


Além destas observações, faz-se mister ainda lembrar que as normas da Igreja referentes a pessoas divorciadas e recasadas não são apenas jurídicas, mas, sem ceder nos pontos intocáveis, desejam incentivar tais fiéis à esperança e à confiança em Deus; a Igreja os convida a participar de atividades da paróquia e a viverem uma vida de oração assídua, que os alimente na fé e os ajude a educar os filhos segundo os princípios do Evangelho, como dito atrás. Eis o que ocorre observar no tocante à situação dos fiéis divorciados e recasados frente à Igreja. Esta não os quer traumatizar com severidade despropositada, mas deseja vivamente que não percam o ânimo nem se afastem do convívio da comunidade eclesial.


1 A palavra grega pornéia é o cerne da discussão. O seu significado será explanado a seguir.
2 Eis os impedimentos que podem vir ao caso : "Não descobrirás a nudez da irmã de teu pai, pois é a carne de teu pai. Não descobrirás a nudez da irmão de tua mãe, pois é a própria carne de tua mãe. Não descobrirás a nudez do irmão de teu pai; não te aproximarás, pois, de sua esposa, visto que é a mulher de teu tio. Não descobrirás a nudez de tua nora. É a mulher de teu filho e não descobrirás a nudez dela. Não descobrirás a nudez da mulher de teu irmão, pois é a própria nudez de teu irmão! (Lv 18, 12-16).


Fonte: comshalom.org/formacao/especial/defesa_vida/familia/divorciados_e_recasados

domingo, 13 de novembro de 2011

Precisamos estar repletos do Espírito Santo





Padre Rufus Pereira
Foto: Wesley Almeida






























Em primeiro lugar, quero dizer que é muito bom estar novamente aqui na Canção Nova. A primeira vez foi em 1999. Depois vim no início do terceiro milênio. Posso, nesse momento, imaginar como Jesus se sentia quando estava diante das multidões. Ele sentia compaixão pelo povo, pois eram como que “ovelhas sem pastor”. Este é o sentimento que tenho ao visitar diversos países durante meu ministério. E, por isso, eu quero falar sobre este primeiro passo em direção à cura total e à saúde total.



Em qualquer vez que visito um desses mais de 85 países que já visitei, eu sempre começo partilhando o que a Boa Nova dos Evangelhos nos diz. A Bíblia inteira é a Palavra de Deus para nós. É a Boa Nova de Deus aos homens. Mas, se tivéssemos de resumir todos os 73 livros da Bíblia em apenas um versículo, devemos então ler e ouvir aquilo que Jesus diz a Nicodemos, no Evangelho segundo João no capítulo 3.



Nicodemos era um homem do bem. Era um dos grandes líderes do povo judeu. Ele não concordava com os outros líderes da nação judaica. Ele sentia que havia algo em Jesus que ele precisava conhecer. Ele não queria encontrar-se com Jesus de maneira pública, porque os outros líderes poderiam ficar furiosos com ele. Nicodemos foi então encontrar-se com Cristo à noite, pois não queria que alguém o soubesse.




Também sabemos que durante a noite normalmente existe mais silêncio. Durante o dia existe muito barulho e a luz do dia nos distrai com facilidade. À noite, conseguimos ficar sozinhos diante de Deus num silêncio maior.



Lemos no primeiro capítulo do Evangelho segundo Marcos como que Jesus passava o seu dia. Veja o que Jesus fazia todos os dias: a primeira coisa que Ele fazia era abrir a boca e anunciar a Boa Nova à multidão. Ele também falava a grupos menores.




Não pregando, mas ensinando. Ele fazia isso o tempo todo. Todos os dias. Ele sempre motivava as pessoas a mudarem de vida.



Em segundo lugar, Jesus alcançava as pessoas que tinham necessidade d'Ele. Ele curava a todos. Os doentes físicos, os emocionalmente abalados. Todos. Jesus curava a todos. E também os libertava de todo o mal.



E a terceira coisa que Jesus fazia era encontrar-se com as pessoas de maneira pessoal. Ele até mesmo ia à casa das pessoas, como fez na casa de Pedro. Para Jesus,
uma pessoa é tão importante quanto uma multidão e, por isso, Ele como um Bom Pastor ia atrás da ovelha perdida.

Há ainda uma quarta coisa que Jesus fez: depois de passar o dia inteiro em Seu ministério, Jesus passava a noite inteira em oração.



Por isso, quando os apóstolos procuravam por Jesus e não O encontravam, eles sabiam que o Mestre havia passado a noite inteira em oração.
Esta foi a coisa mais importante que Jesus fez: passar a noite inteira em oração. Assim, Ele sabia o que o Pai queria que Ele fizesse no dia seguinte.

Uma vez por semana eu passo a noite inteira em oração. Fico dentro da capela rezando. Eu penso que este é um segredo do nosso ministério. Se você quer ajudar as pessoas ao seu redor, siga o exemplo de Jesus, pois você não conseguirá dar ao povo o que não recebeu de Deus. Se você quer ajudar sua família e as pessoas que lhe procuram, saiba que o primeiro exemplo que você deve imitar é o de Jesus. Você não precisa ler a Bíblia inteira para isso. Leia este primeiro capítulo do Evangelho segundo Marcos. Aplauda a Palavra de Deus!

"Somente Deus pode nos dar uma vida nova", afirma padre Rufus durante sua pregação
Foto: Wesley Almeida


Voltando ao trecho de João sobre Nicodemos: os outros líderes judeus tinham inveja de Jesus. Mas Nicodemos sabia que Jesus ensinava palavras vindas da parte de Deus. E, então, ele foi procurar o Mestre com o objetivo de querer ser um bom líder para o seu povo. E qual foi a resposta de Jesus a Nicodemos? “Nicodemos, você precisa nascer de novo”, foi a resposta d'Ele.



Esta resposta é uma forma muito linda de vivermos como cristãos. Nossas mães nos deram uma vida física. Mas somente Deus pode nos dar uma vida nova, uma vida espiritual. Você precisa pedir a Deus esta graça de nascer novamente para uma vida espiritual e não meramente humana.



Sinto que deveríamos pedir a Deus, durante estes quatro dias de retiro, esta grande graça: nascer de novo - pela ação do Espírito Santo - todos os dias e viver cada dia de nossas vidas como se fosse o último. Todo dia deve ser um dia perfeito. É isto o que Jesus quer de nós: precisamos nascer novamente pela força do Espírito Santo.



Vocês hoje são “Nicodemos”. Vão à procura de Jesus não somente durante à noite, mas também durante todo o dia. E peçam a Cristo a graça de um novo nascimento.



Na medida em que Jesus conversava com Nicodemos, Ele conseguia “ler” o coração daquele homem. Jesus percebeu que Nicodemos era um bom homem. Mas a religião tornou-se para ele uma coisa corriqueira, enfadonha.



Com frequência a gente diz: “Eu sou católico”. Talvez a gente é cristão. Mas será que verdeiramente pertencemos a Jesus? Será que realmente fazemos o que Cristo pede para nós? Este capítulo do Evangelho segundo João é maravilhoso! Pois Jesus nos ensina que, para fazermos aquilo que o Pai quer que façamos, temos de voltar ao começo, ou seja, buscar o nosso nascimento em Deus em primeiro lugar.



Quando fiz meu doutorado em Roma, meus superiores queriam que eu estudasse inglês. Mas eu queria estudar somente uma coisa: a Palavra de Deus. As Sagradas Escrituras. E, mesmo contra a própria vontade, meus superiores me deixaram estudar as Sagradas Escrituras.




Eles achavam que não haveria utilidade para a diocese eu estudar as Sagradas Escrituras. Mas, mesmo assim, eles me deram autorização para estudar o que queria. Eu fiquei muito feliz por me deixarem estudar a Bíblia. Não existe algo mais brilhante para se estudar do que a Palavra de Deus, porque a Palavra de Deus não é palavra de pessoas.



Eu tinha de escolher uma tese para meu doutorado. E escolhi o Evangelho segundo João. Este Evangelho me fascina! Quando as pessoas daquele tempo perguntavam a João sobre o seu convívio com Jesus e pediam que ele falasse a respeito de Deus, João resumia tudo em três palavras:
Deus é amor.

João nos dá o mais curto e completo sermão de toda a existência: Deus é amor.



E, a partir disso, comecei a compreender o que é o Cristianismo. O Cristianismo é a religião do amor. Existem religiões que incentivam a morte das pessoas, afirmando que homens-bombas vão para o paraíso por causa de seus atos terroristas.
O Cristianismo não tem homens-bombas, e sim mártires.

Quando participei da 1ª Convenção Internacional da Renovação Carsimática em Roma, havia ali 10 mil carismáticos. E em que lugar foi realizada esta Convenção? Nas catacumbas! E eu fazia questão de celebrar a Santa Missa ali, nas catacumbas, e mostrar o local aos presentes.



Nas catacumbas não existe cimento, corrimões etc. Ali só tem mártires. E as catacumbas nunca vão ruir, porque estão molhadas com o Sangue de Jesus.



A nossa Igreja é maravilhosa! Somos convidados a reconhecer nossa dignidade. Jesus disse a Nicodemos o plano de Deus para a humanidade em João 3,16: Deus, de tal forma amou o mundo, que Ele lhe deu o seu Filho único, Jesus, para que aqueles que crerem e O aceitarem não morram, nunca fiquem doentes, mas sejam felizes e tenham a vida eterna.



Deus escolheu um homem. Este homem se tornou Papa. Papa Bento XVI. E, logo no início do seu pontificado, Deus pediu que ele escrevesse uma Encíclica. E qual o título de sua primeira Encíclica? Deus é amor!




Portanto, existem três pessoas que pensam da mesma forma: o evangelista São João, o Papa Bento XVI e este que vos fala, padre Rufus. Assim, vamos trabalhar em cima desta verdade durante estes dias de encontro: Deus é amor.



Os Evangelhos começam desta forma: com o batismo de Jesus no rio Jordão. E eu me perguntava: "Por que os Evangelhos começam por narrar o batismo de Jesus?" Para mim parecia um fato sem muita importância. Mas daí eu aprendi que, de fato, é um episódio muito importante.



O batismo de Jesus é tão importante quanto o nascimento de Jesus. É tão importante quanto Sua Morte e Ressurreição. Aprendemos isso ao olharmos para os ritos orientais da nossa Igreja.




Um dia Jesus saiu de Nazaré para ir ao rio Jordão, na Judeia. Enquanto João Batista preparava o povo para entrar nas águas do rio Jordão, chamando o povo ao arrependimento e à mudança de vida, ele viu Jesus e disse: “Você é o Messias. É você quem deve me batizar”. Mas Jesus se identifica com nós, pecadores, entrando nas águas do rio Jordão para ser batizado.



Então o céu se abriu naquele momento e duas coisas aconteceram com Jesus: primeiro, Ele recebeu autoridade para pregar. Recebeu autoridade de Seu Pai.



Sem a autoridade de Deus não podemos pregar. E a segunda coisa é que Ele foi investido de poder para curar e libertar. Sem o poder do Espírito Santo, não temos como ministrar a cura e a libertação na vida das pessoas.

Após isso, Jesus ficou cheio do Espírito Santo. É assim que começam os Evangelhos. Sem a força do Espírito Santo, a exemplo de Jesus, não conseguiremos transformar este mundo.






Transcrição e Adaptação: Alexandre de Oliveira

Padre Rufus esclare os mitos sobre as possessões



Wesley Almeida / CN
Padre Rufus concedeu neste domingo uma coletiva de imprensa na sede da Canção Nova
Existem muitas verdades e mentiras sobre as possessões demoníacas. São muitas as histórias, filmes e explorações midiáticas sobre o assunto. O noticias.cancaonova.com perguntou ao presidente da Associação Internacional para o Ministério de Libertação e vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas, padre Rufus Pereira:  O que é verdade e o que mentira quando falamos sobre possessões demoníacas? Quais são os maiores mitos?



“É uma grande pergunta e fundamental, pois como em tudo pode haver dois extremos: um extremo é dizer que o demônio não existe. Isso é muito contrário ao que diz na Bíblia. No outro extremo estão as pessoas que veem o demônio em toda parte, que culpam o demônio por tudo, mesmo por aquilo que é culpa delas próprias”, responde padre Rufus, que participa estes dias do Acampamento de Cura e Libertação na sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista.

O sacerdote indiano salientou durante a entrevista coletiva na manhã deste domingo, 13, que graças aos encontros de cura e libertação que acontecem na Canção Nova, onde ele esteve pela primeira vez em 1999, muitas coisas aconteceram, mas muitas outras coisas poderiam acontecer.



“Da mesma forma devemos evidenciar os dois extremos: pessoas dizendo que não tem nada a ver com o demônio, que basta ir a um bom médico, um psiquiatra, e outras no outro extremos dizendo que não é preciso recorrer a medicina, aos psicólogos, basta recorrer a um exorcista”, reforça.





Possessões demoníacas x doenças físicas e mentais



Para padre Rufus, a questão básica nesse problema todo é o discernimento, não simplesmente conhecer o ensinamento teórico da Igreja como um todo, mas entender a vivência na prática.



“Meu maior desejo é que pudesse dar esse tipo de encontro para a conferência episcopal de cada país, para que a gente possa evitar os dois extremos: ver o demônio em toda parte e não tomar as atitudes necessárias na busca de um médico, ou não acreditar que o problema da pessoa não é causado por germes ou infecções, por algo físico, mas algo espiritual”, destaca.



Outro ponto importante, segundo ele, é conhecer o ensinamento da Igreja que claramente revela do primeiro ao último livro da Bíblia a verdadeira existência do demônio e não somente isso, mas que ele continua trabalhando.



“Nossos pais primeiros, Adão e Eva, Jesus mesmo foi tentado por satanás. E eu tenho visto isso acontecendo todos os dias nos últimos 40 anos casos de pessoas que sofrem pela influência de satanás”, diz o vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas.





Os médicos e a compreensão do exorcismo



Padre Rufus conta que em setembro deste ano foi convidado pela terceira vez para dar um retiro sobre o Ministério de Cura Interior e Libertação para os membros da Associação dos Terapeutas católicos na Itália.



“Foi a terceira vez que fui convidado para falar aos mais renomados psiquiatras da Itália, então você pode compreender que eles acreditaram no que eu disse nas vezes anteriores e eles já me convidaram para o próximo ano. Lá encontrei casos incríveis”,  afirma.



Um desses casos encontrado na Itália por Padre Rufus foi o de uma mulher, entre 50 e 55 anos, que venho junto a seu marido e seu filho. Ele conta que a medida que ia conversando com a mulher, o inimigo se manifestou.



“O marido teve que segurá-la firmemente porque ela queria pular sobre mim e me enforcar. Então comecei a rezar silenciosamente olhando para ela e aos poucos suas mãos foram relaxando”, explica.



E na medida em que o sacerdote conversava com a mulher e seu esposo, pode ver que ela estava sendo afetada desde o momento de sua concepção.



“Eu não fiz uma oração especialmente, somente fiz como Jesus fazia, olhei para ela com grande amor e grande fé, e sua mãos foram relaxando até o pondo que o marido não precisava mais segurar, então ela me deu um beijo no rosto e foi liberta”, afirma.



O sacerdote indiano salienta que sempre quando alguém se apresenta a ele, ele pergunta se a pessoa já esteve num médico, pois não se pode deixar de lado a medicina. Em todos os casos, nas doenças físicas, psicológicas e psiquiátricas, bem como nas influências e possessões demoníacas, a cura está nas mãos de Deus.



“O que o homem não pode fazer, Deus faz, porque Ele é um Deus de amor, nosso Pai”, conclui Padre Rufus.



Fonte> site da Canção Nova



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Meditando com Pe. Rufus: conhecimentos que transformam vidas!





Estas frases foram extraídas do livro "Passos para a Cura" do Frei Rufus Pereira, padre indiano, doutor em Teologia Bíblica, vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas, fundador da Associação Internacional do Ministério de Libertação, pertencente a uma comunidade católica da cidade de Bombaim.



"O primeiro passo para a cura é voltar como o filho pródigo para a casa do Pai com humildade, honestidade, e confessar nossos pecados"
"O segundo passo para a cura é estar na presença de Jesus"
"O terceiro passo é a Igreja que intercede e reza uns pelos outros"


"A missa é a maior oração de cura, perdão e libertação. Ela é a oração do batismo no Espírito Santo"
"Quando recebemos o Espírito Santo, o Senhor nos dá vida nova. Nosso relacionamento com o Pai muda, bem como nosso relacionamento com as pessoas"
"Em cada um de nós deve existir o fogo do Espírito Santo que nos faz queimar de desejo pelo Reino de Deus"


"Deus não criou a doença. Ela entrou no mundo por causa da maldade do demônio: ele quer atormentar a criatura humana, por meio da doença"
"Levar a cura é um terrível desafio: tanto pela medicina como pela oração, o confronto é sempre com o inimigo"


"Como vemos na Bíblia, há muitos nomes atribuídos ao nosso Deus, porém o mais bonito e importante é o de Pai"


"Quando nos dirigirmos a Deus, devemos chamá-lo de Pai"
"Na Bíblia é revelado que Deus possui qualidades, a mais atraente é que Ele é amor"
"Deus nos criou à sua própria imagem e semelhança"
"A primeira razão pela qual precisamos chamar a Deus de Pai é porque devemos nossa existência a Ele"


"O nosso pai terrestre fez o nosso corpo, mas o Pai do céu fez o nosso coração, nossa alma e nossa espiritualidade, e nos fez, neste aspecto, semelhantes a Ele"


"Fomos criados para ser semelhantes a Deus, pois pertencemos a Ele"
"Deus, nosso Pai, nos ama e por isso quer ter um relacionamento pessoal com cada um de nós"
"Para os cristãos, Deus é amor. Esta é a razão pela qual o cristianismo é diferente de todas as outras religiões, é uma religião de amor porque Deus nosso Pai é amor"


"Para nós cristãos, Deus não é uma energia divina impessoal como acontece no hinduísmo e na Nova Era. Deus é uma pessoa, e nós somos pessoas. Então o nosso relacionamento com Deus tem de ser pessoal"


"Felicidade significa relacionar-se com Deus de uma maneira pessoal"
"Deus, sendo aquele que nos fez, nos conhece intimamente"
"Para Deus, cada um de nós é a única pessoa no mundo para ser amada"


"Às vezes podemos pensar: Ninguém liga para mim. Mas Jesus diz que Deus cuida de cada um de nós"
"Nosso pai terrestre nos corrige, mas somente para as coisas terrenas e, às vezes, nos corrige do modo errado, porque ele é humano. Deus, nosso Pai, nos corrige para as coisas eternas e está sempre certo. Sempre o faz para o nosso bem"


"Deus não somente nos corrige, mas algumas vezes nos prova. O demônio nos tenta, mas Deus nos prova. Há uma diferença. O que acontece é que, às vezes, o que o demônio usa para nos tentar, Deus usa para nos provar"
"Deus está sempre trabalhando pelo bem da nossa vida"
"Deus, meu Pai, é aquele que está sempre a meu favor"


"Infelizmente, hoje, muitos buscam pessoas erradas para receber instrução. Lendo a Bíblia recebemos ensinamentos concretos de Deus, então percebemos a grande diferença"
"Deus nos ama tanto e deseja que sejamos não só parecidos com Ele, mas tão perfeitos como Ele"
"Deus Pai também sonha com o futuro de cada um de nós! Não só sonha, mas quer que esse sonho aconteça. Deus quer que sejamos o melhor"


"Os pais devem ter uma grande responsabilidade e um ideal. Ser pai não fácil, é um risco, é um desafio. Mas Jesus nos diz que o amor do Pai é um modelo e deve ser um desafio para todos os pais da terra"
"Sei que você pode mudar!"
"Eu agradeço a Deus meu Pai. Eu agradeço a Jesus Cristo por ter me dado esta última chance para voltar à casa do meu Pai"


"O melhor presente de Deus para nós, não são todas as coisas que Ele nos deu, não é a beleza do universo, nem mesmo a família em que nascemos, nem a vida, ou o conhecimento, mas é Seu Filho único Jesus"
"O maior mistério da fé católica é a Trindade, que em linguagem simplificada significa que Deus é o amor"
"O amor é doar-se sempre"
"Para a fé cristã, o sinal mais importante do amor de Deus por nós é ter dado o que há de melhor n'Ele, o Seu Filho Jesus Cristo, para ser nosso Salvador, Senhor, Amigo, Curador, o nosso Tudo"


"Jesus veio ao mundo para nos dizer que temos em Deus um Pai que nos ama"
"Somos cinco bilhões de imagens diferentes de um só Deus, está é a razão pela qual Ele nos ama"
"Qualquer um que acredita em Jesus, se torna uma nova criatura"
"Em cada chance, Deus nos dá uma vida nova, um novo começo"


"Jesus, em sua vida pública falou, ensinou, fez milagres, curou os doentes, libertou os oprimidos, porque queria mostrar para as pessoas que Ele fez exatamente o que o Pai do céu faria"
"Todas as ações de Jesus são os reflexos da própria ação de Deus"
"se tem uma palavra na Bíblia que deveria estar escrita em letras enormes, do primeiro livro ao último, é a palavra arrependimento"


"O arrependimento é a maior libertação que o homem pode experimentar"
"Arrependimento significa um momento de graça; quando compreendemos que estávamos no caminho errado e tomamos a decisão de voltar para a direção certa"
"Arrependimento também significa ter de fazer algo"
"O melhor modo de se arrepender é dirigir-se para Jesus"


"O arrependimento começa quando deixamos de olhar para os outros e começamos a olhar para nós mesmo, para os nossos pecados"
"Tem um tipo de pecador que não acredita em pecado, acha que não tem pecado. Jesus não pode tocar nesta pessoa. Ninguém pode fazer nada por alguém com o coração fechado"
"Existe um outro tipo de pecador que reconhece que tem pecado, mas não quer mudar"


"Há um tipo de pecador auto-suficiente, o fariseu. Ele sabe que tem pecado, sabe que pecou, mas se compara com os outros, que são piores do que ele, e não se acha tão ruim"
"Deus dificilmente poderá tocar num fariseu auto-suficiente"
"O único pecador que Jesus pode curar é aquele que é chamado de: o arrependido"


"O primeiro passo para o arrependimento é a honestidade. É reconhecer o quanto estamos longe do plano maravilhoso de Deus".


"O segundo passo para o arrependimento é o da humilhação"


"O terceiro passo para o arrependimento é dar um passo de coragem. É preciso buscar a confissão dando esse passo de coragem, pois é o único caminho de libertação total"
"O sacramento da reconciliação é muito importante, é um sacramento de cura"
"Todos os sacramentos são de cura, mas o sacramento da reconciliação acima de tudo é um sacramento de cura espiritual"


"Jesus é Deus conosco e é o nosso Salvador, Curador"
"Jesus recebeu o encorajamento e a autoridade do Pai para proclamar a Palavra, e o poder do Espírito Santo para curar e libertar"


"Dia após dia, Jesus proclamou a Boa-Nova do Amor de Deus, dizendo o quanto Deus ama as pessoas, orando para cada um que busca a Ele, curando todos os doentes e libertando todos os oprimidos"
"A única coisa que Jesus exigia das pessoas era acreditar que Deus as amava e que Ele tinha sido mandado por amor"


"Jesus curou as pessoas por causa do amor, da compaixão"
"Jesus ama tanto os pecadores que Ele próprio traz em si os nossos pecados"
"Jesus fez mais do que curar as pessoas com doenças físicas e libertá-las do poder de satanás, Ele curou aqueles que estavam com o coração ferido e machucado"


"Jesus não quer somente perdoar nossos pecados, curar nossos corpos feridos, quebrados e doentes, libertar os que estão precisando, mas também quer realizar uma profunda cura interior"
"Precisamos de cura interior por causa das grandes feridas emocionais que trazemos"
"Talvez o maior fardo emocional que carregamos, uma das maiores feridas, se não a maior, é o sentimento de rejeição"


"O Senhor nos ensina a forma de sermos curados do sentimento de rejeição: começar perdoando as pessoas por quem nos sentimos rejeitados"
"Talvez seu pai não tenha sido amado pelo seu avô e, por isso, não consiga comunicar esse amor para você"


"As palavras de São Paulo nos afirmam que o maior sofrimento de Jesus foi o da humilhação que passou na cruz, a vergonha da crucificação"
"Jesus sofreu rejeição durante toda a Sua vida"


"Quando oramos pela cura da nossa rejeição, também temos de orar pela cura dos nossos pais, dos nossos avós, pela cura da nossa árvore genealógica, pelos nossos ancestrais"
"Precisamos da cura na nossa árvore genealógica porque somos nós que sofremos as consequências de seus pecados e problemas, e não eles"


"Um casal tem responsabilidade depois do casamento porque podem ser os transmissores do bem ou do mal para os filhos"
"Tudo depende de uma boa educação religiosa"


"O suicídio pode trazer uma carga negativa muito grande na descendência da família"
"Se algum dos seus ancestrais praticou aborto, isso pode trazer prejuízos enormes para as gerações"


"Se existiram aqueles que morreram em guerra ou torturados, ou morreram doentes mentais, ou em possessão, ou com a propriedade defraudada, com maldição em seus lábios, isto pode afetar a geração presente"


"Nossos ancestrais que se envolveram com seitas satânicas, que pertenceram a falsas religiões, praticaram incesto ou entraram em práticas ocultas, ou qualquer tipo de bruxaria, macumba, podem, da mesma forma, afetar a geração presente"
"Se qualquer um dos ancestrais amaldiçoou as gerações futuras, ou pôs uma bruxaria, isso terá uma grande efeito para elas"
"se o anecestral amaldiçoou uma mulher dizendo: - Você nunca terá um filho! ou - Seus filhos nunca irão se casar; isso pode acontecer"


"A única maneira que temos para quebrar o poder dessa maldição é orar pelos nossos ancestrais durante a Eucaristia, pedindo perdão a Deus em nome deles e perdoando-os. Pedindo ao Senhor que quebre qualquer ligação, amarração feita entre eles e nós e que Deus lhes dê o descanso eterno"


"O maior bloqueio para qualquer tipo de cura interior é a falta de perdão"
"Quando o perdão acontece, a cura vem quase que automaticamente"
"Durante a missa, precisamos lembrar de cada pessoa na nossa vida que de alguma maneira nos machucou e perdoá-las em nome de Jesus"


"Quando obedecemos ao mandamento de Jesus e começamos a perdoar os nossos inimigos, a amá-los e a rezar por eles, a cura com frequência é instantânea e completa"
"Somente se houver paz no coração humano é que esta existirá entre as nações"
"A paz interior só vem com uma profunda experiência da cura interior realizada pelo Senhor"


"Se não existe amor no seu coração, você não pode se considerar cristão"
"Quando lemos os Evangelhos, percebemos que Jesus veio para fazer, principalmente, duas coisas: tirar-nos do pecado, nos curando física e emocionalmente e livrar-nos do poder de satanás; e para nos dar uma paz que o mundo não consegue dar, um poder que somente Deus pode oferecer, uma vida nova que só pode vir do Espírito Santo"


"Temos Deus como nosso Pai que deseja que sejamos perfeitos e santos"
"deus está sempre pronto a nos perdoar se andarmos por caminhos errados"
"Deus tem mais sede de nos perdoar do que nós de pedirmos perdão"
"É por meio do nosso arrependimento que nos abrimos ao perdão divino"


"A Eucaristia é a celebração diária do mistério Pascal: a morte e a ressurreição de Jesus"
"Alguém tomou o seu lugar naquela cruz"
"Pecado não é simplesmente fazer coisas erradas, é também não fazer as coisas boas que deveríamos fazer"
"Pecado significa decepcionar Deus nas expectativas que Ele tem a nosso respeito"
"Jesus não tinha pecado e se tornou pecado para que chegássemos à Sua Santidade"


"Quando louvo ao Senhor, meus problemas tornam-se menores e Deus torna-se maior"
"A maior cura que recebemos é a espiritual que acontece quando experimentamos o amor de Deus por nós, quando nos arrependemos e voltamos ao Pai"
"Jesus veio também para curar o nosso coração e o nosso passado. Veio para curar a nossa história de família, desde quando estávamos no ventre da nossa mãe"
"Jesus quer nos curar fisicamente de todas as doenças que nos atingem"
"Jesus veio finalmente para nos libertar do poder de satanás"


"Quando oramos no poder do Espírito Santo, até mesmo os demônios têm de falar"
"Muitas vezes os pais amaldiçoam os filhos sem pensar. Fazem uma brincadeira apenas para que fiquem nervosos, mas toda palavra tem o poder de fazer alguma coisa"
"São Paulo nos diz: - Nunca use palavras que humilhem as pessoas, sempre use palavras que as elevem e construam"


"Quando o coração está ferido, ele pode se abrir à forças demoníacas"
"O choro faz parte do processo de cura. O dom das lágrimas é um dom do Espírito Santo"
"O Senhor concede a cura e a libertação de uma maneira mais rapida e efetiva quando vê o apoio da família ao redor da pessoa que precisa de ajuda"
"Frequentemente, quando rezamos por outra pessoa, primeiro precisamos rezar por nós mesmos, arrependendo-nos de nossos pecados, perdoando as pessoas que nos machucaram e pedindo perdão por aquelas que possamos ter ferido"


"Não há problemas na vida de uma pessoa que Deus não seja capaz de dar a solução, basta entregar a Ele"
"Se você fosse a única pessoa no mundo com esse problema, Jesus morreria somente por você"
"Devemos ter a humildade e a honestidade de confessar os nossos pecados"
"Quando a Palavra de Deus toca o coração de uma pessoa, ela é levada ao arrependimento"
"A Palavra de Deus é eficaz, conforta a pessoa, traz paz e consolação"
"O Santíssimo Sacramento é o maior presente de Deus para a Igreja Católica"


"Nesta tenda, que é o sacrário, temos a arca da nova aliança, que é a presença de Jesus na Eucaristia"
"O terceiro passo no processo de cura é quando o Corpo de Cristo, a família de Deus, o templo do Espírito Santo, a Igreja, intercede e reza-se uns pelos outros"
"Somente pela oração podemos encontrar o caminho certo"
"Convido você levar até Jesus a sua própria família para que recebam a total cura e libertação que necessitam"


"Encontrar as causas profundas dos seus problemas é sempre o primeiro objetivo da ação de Deus"
"Um passo importante para a cura interior é remover os bloqueios da falta de arrependimento, falta de perdão, e de ter participado de práticas ocultas"
"Outro passo importante no proceso de cura interior é o louvor a Deus"
"Louvor significa: entrega do seu problema ao Senhor. Mas primeiro é preciso aceitar isto d'Ele, com agradecimento no coração"


"Tenho visto nesses anos, que Deus, com frequência, usa instrumentos quebrados, pecaminosos, fracos, rejeitados, para o trabalho de evangelização, de cura, a serviço do povo. Mas são instrumentos que foram restaurados, curados e preenchidos pelo poder do Espírito Santos para realizar o trabalho que Deus confiou"
"Deus não é somente um Deus por nós (Deus Pai), não é somente um Deus conosco (Jesus Cristo), é também um Deus em nós (Espírito Santo)"


"O maior presente de Jesus para sua Igreja e para cada cristão é o Espírito Santo"
"Jesus disse que as orações feitas pelo Espírito Santo seriam sempre respondidas"
"Quando você recebe o Espírito Santo, você está recebendo todo o resto"
"Jesus diz que basta pedir para receber o Espírito Santo"
"A missa é a maior oração de cura, perdão e libertação. E também é a melhor oração para se pedir a unção do Espírito Santo"
"A missa é a oração do batismo no Espírito Santo"
"Santo Éfrem, grande doutor da Igreja, quando entregva a comunhão dizia: - Recebe o fogo do Espírito Santo"


"Jesus fez a promessa de estar sempre conosco"
"Jesus disse: O meu trabalho continua por meio de vocês"
"Na última ceia, Jesus revelou que, quando recebêssemos o Espírito Santo, faríamos o que Ele fez e ainda coisas maiores"


"Nenhum líder religioso prometeu um poder tão grande como Jesus prometeu"
"Quando recebemos o Espírito Santo, recebemos em primeiro lugar uma vida nova"
"Jesus não veio para nos dar uma mera existência. Mas veio para nos dar vida e vida em abundância"


"Juntamente com a vida, Jesus veio nos dar cura e liberdade total, perdão de tudo na nossa vida"
"Jesus nos dá força e poder para fazer também o impossível"
"O trabalho do Espírito Santo é transformar nossas vidas pelos frutos da sua presença e nos dar poder por meio dos seus dons"


"Uma vez que recebo o Espírito Santo toda a minha vida se transforma"
"Quando você recebe o Espírito Santo, você experimenta um novo relacionamento com Jesus, que se torna vida em você. E como resultado, a Bíblia se torna o livro da sua vida"
"É esse o trabalho do Espírito Santo. Mesmo à distância Ele pode libertar qualquer pessoa de qualquer vício"
"É preciso pedir ao Espírito Santo, não só para transformar as nossas vidas, mas para transfromar o mundo em que vivemos"


"Quando nos tornamos discípulos de Jesus, há um desejo interior de nos tornarmos evangelizadores conforme o desejo do Senhor"
"O Senhor nos chama para sermos discípulos e evangelizadores. Não podemos ser evangelizadores a não ser que sejamos primeiro discípulos"
"Não podemos mudar as relações sociais a não ser que mudemos antes os nossos corações"


"Como o Santo Padre nos diz: - Não há nada renovado no nome a não ser uma renovação espiritual . Porque uma vez que o coração humano muda, todo o resto muda; a sociedade em torno de nós muda"


"A Bíblia é o maior instrumento de evangelização, assim como o Espírito Santo é o maior agente dessa evangelização"
"Se eu não sou capaz de evangelizar pela palavra, posso evangelizar também pelo meu testemunho"
"O testemunho, de certa maneira" tem mais efeito do que a própria palavra"


"O Senhor está nos chamando a evangelizar, orando pelas pessoas para que aconteça a cura e os milagres, dizendo-lhes que Jesus é vida"
"É preciso também evangelizar pelo testemunho da nossa própria vida"
"Jesus não é apenas o Senhor, mas é o Senhor ressuscitado, vitorioso. E esta vitória é dada para nós"


"Jesus diz como deveria ser seus discípulos: ser como Ele, estar preparado para perder tudo, mesmo a própria vida. Todavia, em nome de Jesus e pelo nome do Evangelho terá uma nova vida"
"Em cada um de nós deve haver o mesmo fogo do Espírito Santo que nos faz queimar de desejo pelo Reino de Deus, mesmo sabendo das consequências de nos tornarmos verdadeiros discípulos"


"Quando dizemos: - Eu creio na Igreja, significa que acreditamos que Jesus depositou em nós toda a sua confiança. Ele nos ama tanto que acredita em nós para continuar o Seu trabalho de redenção da humanidade"


"O símbolo desta Igreja é Maria. Somente quando compreendemos o papel de Maria na vida de Jesus e na nossa vida cristã, o Evangelho se torna completo e perfeito"


Laudate Dominum hostes constrictam!

Autoridade vaticana explica as chaves da nova evangelização

31-10-2011
Tags: Nova Evangelização, Pontifício Conselho



O Secretário do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização no Vaticano, Arcebispo Octavio Ruiz Arenas, assinalou em uma recente conferencia as chaves deste processo animado pelo Beato Papa João Paulo II e agora pelo Bento XVI, especialmente com este novo dicastério do qual faz parte o Prelado.



Em uma exposição feita neste último 21 de outubro em Santiago no Chile para um grupo de jovens missionários da Universidad Catolica chilena, o também Arcebispo Emérito de Villavicencio (Colômbia) recordou que "a missão fundamental da Igreja é a evangelização, que tem como fim último o anúncio claro de Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem".



Este anúncio, disse o Prelado, "deve levar a uma adesão de coração, a um seguimento do Senhor Jesus, para que acolhendo essa Palavra de vida, a pessoa se converta em alguém que dá testemunho e anuncia, em outras palavras: quem foi evangelizado deve evangelizar também"



Esta tarefa é especialmente importante ante uma série de desafios como o fato de que "em muitos países de antiga tradição cristã, foi-se perdendo a fé e se deixaram envolver por um ambiente secularista, no qual querem excluir Deus da vida das pessoas, marginar a Igreja da atividade pública e viver em uma grande indiferença religiosa".



"Trata-se, em concreto, de países e nações nos quais o bem-estar econômico e o consumismo –embora misturado com espantosas situações de pobreza e miséria– inspiram e sustentam uma existência vivida ‘como se não houvesse Deus’", advertiu.



O conceito de Nova Evangelização, explicou o Arcebispo, surgiu "como tal durante a III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano realizada em Puebla (México)". Com este novo critério, a tarefa da Igreja também é forjar "uma evangelização da cultura e de maneira especial uma nova qualidade de evangelização, que comece no setor das pessoas, da família e da paróquia, para confrontar o amplo fenômeno da secularização"



O Arcebispo precisou também que a nova evangelização "não se trata de uma mensagem nova, distinta à de sempre, pois pregamos o mesmo Jesus Cristo de ontem, hoje e sempre. A novidade por tanto está no coração de quem anuncia o Evangelho".



"Tem que ser uma pessoa inteiramente apaixonada por Senhor, de alguém que saciou sua sede, com a Palavra de Cristo, como o fez a mulher samaritana. A sede do homem só se calma, em Jesus. Ele é o Mendigo sedento que sai ao encontro da mulher samaritana".



Depois de pôr como exemplo Santa Teresa de Jesus, a primeira Santa chilena que faleceu aos 20 anos de idade, o Prelado disse que para a nova evangelização é importante que esta seja nova em seu ardor, nova em seus métodos e nova em sua expressão.



Os "requisitos" para a nova evangelização



Dom Ruiz Arenas enumerou logo uma série de requisitos para empreender esta tarefa, entre os quais está primeiro "dar primazia à graça", como dizia João Paulo II: "quer dizer devemos ser conscientes que é o Espírito Santo quem obra na Igreja. Não podemos cair na tentação de pensar que são nossas obras e nossos programas os que produzem os resultados, a conversão".



Um segundo requisito é "viver como autêntico discípulo missionário. O discipulado é uma realidade que não se pode viver de maneira isolada, individual, mas deve ser vivida em comunidade. O Senhor foi escolhendo e chamando os seus discípulos. Hoje também chama cada um de nós e nos dá uma missão. Devemos viver o gozo de sentir-nos chamados e amados pelo Senhor".



O terceiro é ter uma grande generosidade, enquanto que o quarto consiste em que "toda a atividade da Igreja deve ser uma expressão de amor e de serviço, que deve procurar o bem integral do ser humano. Mais ainda, em muitas circunstâncias esse amor fala por si só e se constitui em uma forma de evangelizar, pois através de sua atuação –assim como por seu falar, seu silêncio, seu exemplo- fazemos acreditável o que anunciamos e o que celebramos".



Um quinto requisito fundamental é a oração: "é importante que o que nos proponhamos, com a ajuda de Deus, esteja baseado na contemplação e na oração. Vivemos com grande agitação e contínuo movimento, o qual desemboca no ativismo, com o risco fácil do ‘fazer por fazer’".



Um sexto ponto a ter em conta é a centralidade da Eucaristia, que "encerra em si mesma o núcleo do mistério da Igreja e constitui a fonte e cume de toda a vida cristã. Nela se celebra com gozo o mistério da fé, já que faz presente o acontecimento central de nossa salvação e realiza a obra de nossa redenção, atualizando sempre no tempo o sacrifício redentor de Cristo".



Um sétimo requisito é a leitura constante da Palavra de Deus: "é urgente ter uma confiança e familiaridade com a Sagrada Escritura, para que seja como uma bússola que indica a via a seguir, com a ajuda de testemunhas e professores, que caminhem com eles e os levem a amar e a comunicar à sua vez o Evangelho, especialmente a seus coetâneos, convertendo-se eles mesmos em autênticos e acreditáveis anunciadores. Neste sentido é bom familiarizar-nos com o método de leitura orante da Sagrada Escritura, por meio da lectio divina".



Finalmente o Prelado recordou aos jovens o chamado do João Paulo II de "remar mar dentro" para ser "evangelizadores de outros: de sua família, de seus amigos e companheiros e de todos aqueles cuja fé é fraca ou têm medo de entregar-se ao Senhor. Hoje são vocês, os Apóstolos da Nova Evangelização".



O Pontifício Conselho para a Nova Evangelização foi criado pelo Papa Bento XVI em junho de 2010 para animar este processo especialmente na Europa e Estados Unidos, lugares de antiga tradição cristã aonde agora se vive um processo de profunda secularização.



Entre as tarefas que tem o dicastério, presidido pelo Arcebispo Rino Fisichella, estão a promoção e divulgação do Catecismo da Igreja Católica que no próximo ano cumpre 20 anos de sua publicação durante o pontificado de João Paulo II.



A criação deste novo dicastério está em sintonia com a realização do Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização que se celebrará no Vaticano em outubro de 2012.
 
Fonte: Portal Comunidade Shalom

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Benção na Voz de St. Padre Pio

Maria presença que liberta - Padre Rufus

Certa vez eu estava na Terra Santa e fui convidado a conduzir uma oração de cura no mar da Galiléia. Haviam 2 mil pessoas de todas as partes do mundo. O presidente da Renovação Carismática do Haiti estava lá e me convidou para ir ao seu país para fazer a mesma oração, para rezar pelas pessoas, pela terra e pela Igreja.



No ano seguinte, era o ‘ano do Espírito Santo’ e recebi uma carta para me lembrar do convite que aquele homem havia feito e um pouco depois recebi a programação do encontro onde eu achei que pregaria.



Falando com ele perguntei se queria que eu fizesse palestras, e a resposta dele foi: “não! O senhor só precisa fazer uma oração”. Então, chegando o dia, fui para o Haiti e no aeroporto lá estava uma senhora me esperando. Era a esposa do primeiro ministro do país. No caminho, ela foi me falando do seu país, que é um dos lugares mais pobres do mundo, com muita violência, e lá o ‘vudu’ se tornou a religião oficial do país. Então pensei: “meu Deus onde eu fui aterrissar!”.


Então a mulher do primeiro ministro me levou para o lugar mais alto do Haiti e pediu que eu fizesse uma oração pela cura e libertação daquela terra, do seu povo e da Igreja de lá . Estava acontecendo uma convenção com milhares de pessoas e então teve um momento onde um padre trouxe o Santíssimo Sacramento para o Altar e estava reunido ali o Clero.  Então eu fui chamado a rezar por aquele país. Depois desta oração, fui e me juntei aos Bispos que ali estavam e o povo continuou a rezar e adorar a Jesus no Sacramento.


De repente, percebi que o povo não estava mais olhando para Jesus no Sacramento, mas olhavam para o lado direito e o líder da Renovação Carismática do local veio e me disse: “as pessoas estão dizendo que daquela árvore surgiu uma luz e eles podem ver Maria, a mãe de Jesus”. Eu não quis acreditar, acredito que Maria está no céu, mas olhei e vi como se fossem flashes de luz ao pé daquela árvore. Então uma criança que estava cega se aproximou da árvore e disse à sua mãe: “mamãe eu estou vendo Maria naquela árvore!”.


Depois eu encontrei aquela criança e vi que ela realmente havia retomado sua visão. Em Medjugorje podemos presenciar algumas pessoas que ficam com os olhos fixos na presença de Nossa Senhora – que aparece por lá – mas ali eram milhares de pessoas a olhar para Maria que havia aparecido.


No outro dia era domingo e estava eu lá pregando quando novamente as pessoas voltaram a ver Nossa Senhora. Eu pensei, Maria pode aparecer no sábado que é o dia dedicado a ela, mas no domingo não. Domingo é o dia do Senhor, pensei sorridente. Então fui convidado por muitos para pregar em outras dioceses daquele país, pois esperavam que onde eu fosse Nossa Senhora apareceria. Fui visitar aquela árvore e vi que tiraram todas as folhas e cascas para levarem para casa como lembrança. Porque será que Maria tem aparecido em vários lugares?


Me veio a história da visitação de Maria a sua prima Isabel, não somente ela, pois ela já trazia Jesus em seu ventre e Isabel diz a ela: “Como pode a mãe do meu Senhor vir até a mim visitar a minha casa?” e aquilo que Maria fez, aquela visita que ela fez não somente a Isabel, ela quer fazer hoje a nós, ela tem aparecido em muitos lugares, em Lourdes, em Fátima e em tantos outros lugares e na nossa mente só pode acontecer a mesma admiração que teve Isabel. Maria é a mãe da Igreja, ela é nossa mãe!


Em um retiro de irmãs e professoras, uma das professoras veio falar comigo e me contou que seu marido – que era um grande professor de uma escola Jesuíta – tinha estendido sua permanência, dando aulas e não havia sido pago por isso. Então ele se revoltou contra a escola, contra a Igreja e perturbava sua mulher. Aquela mulher veio ao retiro só para rezar pelo seu marido. Ela me disse que estava sofrendo com uma dor no ombro e disse que ia em um centro de tratamento para tratar daquela dor, mas então eu rezei por ela e no outro dia ela estava sem a dor.


Ela me pediu para trazer seu filho que tinha dez anos e que tinha um comportamento estranho, quando olhava para a luz ele batia na testa, ela me contou que uma professora em sua infância havia batido na testa dele sem querer. Então ele repetia isso toda vez que era exposto à luz, teve que sair da escola e achavam que ele estava ficando louco e teve que ser mantido em um quarto escuro.


Maria é a mulher da Palavra
Foto: Robson Siqueira/Fotos CN
Me lembrei que naquele convento em que eu estava havia uma estátua de Nossa Senhora das dores e eu percebi que naquela situação havia uma outra mãe como Maria cheia de dores, só uma mãe que tem filhos com problemas é quem sabe o que é esta dor. Uma mãe que tem filho com problema mental, só ela sabe pela dor que passa.


Pois então pedi que aquela mulher trouxesse seu filho. Os pais me trouxeram aquele rapaz e então pensei, vou pedir que as irmãs rezem por este menino, mas fui verificar primeiro se realmente procedia aquilo que me contaram e levei-o para o sol e vi que havia um grande calo em sua testa de tanto que ele batia. Peguei em sua cabeça e dirigi sua cabeça para sol e ele novamente começou a bater na testa, percebi que ele realmente tinha um grande problema e então pensei não vou levá-lo às irmãs para que rezem por ele, só vou pedir que elas intercedam por ele, enquanto rezo por ele.


Levei-o em uma capela daquele lugar onde havia um outro quadro, de Maria mãe das Misericórdias e quando olhei para aquele quadro, eu logo entreguei aquele menino a Maria dizendo: “Maria te entrego este menino, pois tu é mulher e mãe e pode imaginar pelo sofrimento que ele e sua mãe passam”.


Levei ele junto com seus pais e uma irmã dele em um lugar silencioso e ungi a testa dele com óleo e perguntei se ele sentia algo e ele disse que sentia dores e rezei de novo e ele me disse que estava melhor. Rezei mais uma vez e ele me disse que estava se sentindo leve, antes ele dizia que estava se sentindo pesado. Eu tinha tanta confiança que eu acreditava que Nossa Senhora estava olhando para o sofrimento daquela mãe, levei ele novamente para frente do sol e vi que ele estava completamente curado.


Depois encontrei aquela família novamente e perguntei: “onde esta o seu filho?” a mãe me respondeu ele está aqui e percebi que não havia mais nenhum calombo na testa daquele menino, depois eu ficara sabendo que seus pais tinham se tornado grandes evangelizadores e aquele menino voltou a estudar e se tornou um ótimo aluno. Algum tempo depois encontrei aquele garoto e pude perceber o quanto Maria pôde fazer por aquele garoto e por aquela família.


Maria não é somente uma intercessora nossa, mas é para nós uma mãe, um modelo, a mulher que traz a nós a Palavra de Deus, a mulher do Espirito Santo, a mulher presente na cruz, ela é para nós presença e uma lembrança do que Jesus trouxe para nós. Como começa o Evangelho de São João, começa com as bodas de Canaã e o que diz ele, “Maria estava lá”, e este mesmo Evangelho termina com Jesus na cruz dizendo que “Maria estava lá” aos pés da cruz. Maria é a mulher da Palavra, é um sinal do que deve ser um cristão.


Somente quatro vezes nos lemos sobre Maria nos Evangelhos. A primeira vez é quando Maria diz ao Anjo Gabriel: “seja feita segundo a vossa Palavra” e ela diz: “quero fazer sua vontade exatamente como ela é e como foi dita”. Segundo, quando Maria entra na casa de Isabel e Isabel diz: “Maria tu és abençoada ainda mais, porque acreditou na Palavra do Senhor!”.


Terceiro, no Evangelho de São Lucas capitulo 8, quando a mãe de Jesus estão procurando por Ele, dizem a Ele que sua mãe e seus irmãos estão procurando por Ele. Jesus diz para seus discípulos: “Vocês são tão preciosos para mim quanto minha mãe, pois assim como minha mãe ouve a Palavra de Deus, vocês também a ouvem. Quem são minha mãe e meus irmãos? Vocês são! Se ouvirem e obedecê-la!”.


Maria não é somente uma intercessora nossa, mas é para nós uma mãe
Foto: Robson Siqueira/Fotos CN
Em Lucas capitulo 11, depois que Jesus ensina seus discípulos a rezarem, uma mulher vai dizer: “Bem aventurada é sua mãe, bem aventurado o ventre que te concebeu e os seios que te amamentaram”. Jesus diz: “Eu é que sou bem aventurado por ter uma mãe como ela”. Bem aventurados são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a guarda no coração! Eu não posso entender aqueles que tem uma grande devoção a Maria e não lêem a Bíblia.


Maria é a mulher do Espírito Santo e o que foi concebido em seu ventre era fruto do Espírito Santo, por isso Isabel diz a ela que quando a encontrou o filho que esta em seu ventre se estremeceu de alegria e onde Maria passava é como se acontecesse uma epidemia do Espirito Santo, por isso não posso acreditar quando uma pessoa se diz devota de Maria, mas não querem o batismo do Espirito Santo, por isso agradeço a Deus pelo dom da Renovação Carismática na Igreja. Agradeçamos pelo nosso Papa que diz que toda Igreja precisa ser batizada pelo Espírito Santo.


Finalmente Maria é mãe das dores, é a mãe da cruz e a vida dela foi feita de sofrimentos e dores, desde o momento da concepção de Jesus ela sofria, pois José teve uma desconfiança e a pior coisa de um relacionamento é a falta de confiança. Então o anjo disse a José em sonho: “Não tema em recebê-la por esposa”.


Ela teve que dar a luz em um estábulo e logo depois Herodes ameaçava Jesus de morte. Depois Jesus se perde de seus pais, a pior coisa não é uma mãe saber se seu filho esta morto ou doente, a pior dor é saber que seu filho está perdido. Depois Simeão diz a ela que seu filho seria causa de sofrimento a ela e provavelmente durante o ministério de Jesus muitas outras pessoas vinham falar que Jesus estava quebrando todos os mandamentos da lei judaica, mas Maria sabia quem era Jesus seu filho e o grande final é quando Jesus está na cruz e Maria esta ali aos pés da cruz com seu filho.


Na minha oração de hoje peço que Maria esteja sempre ao seu lado, ao lado dos casais, dos filhos, chamando você a olhar para o coração de Jesus, sabendo que ela é a mãe das misericórdias e o Pai do céu, é o Pai das misericórdias e Jesus é a divina misericórdia em pessoa, eles esperam que nos voltemos a eles, assim como eles nos prometeram grandes curas, como diz o tema deste encontro.


Padre Rufus Pereira
Sacerdote da Arquidiocese de Mumbai (Índia). Vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas
Fonte: Portal Canção Nova