terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Precisamos aceitar as correções que vem do Senhor

O Senhor ainda nos dá tempo para conversão. É necessário escutar o pastor que quer nos dar a chance de ser feliz. E para nos lapidar nos corrige. Como pai que ama e quer o nosso bem, usa um chicote especial.


É bem verdade, que é um chicote espiritual que na maioria das vezes não aceitamos e como crianças a dar birra, insistimos na ignorância espiritual.


Pirraçamos através da imaturidade espiritual e nos negamos a ouvir o mestre.


As consequências são desastrosas.


Ouçamos a voz de Jesus e nos preparemos.








domingo, 15 de janeiro de 2012

Em busca da Liberdade Interior





shalom- Decidido a encontrar a liberdade interior, o jovem partiu em direção à montanha, levando tudo o que precisaria para a longa jornada: água, alimento, cobertores, equipamento de camping, filtro solar, produtos de higiene. Sua carga era grande, mas parecia-lhe valer a pena suportar seu peso diante do grande prêmio que receberia ao final de sua viagem.



Após cinco semanas de caminhada, avistou a montanha e começou a fazer planos sobre a conversa que teria com o primeiro homem de oração. Já o imaginava: longas barbas brancas, sentado em uma esteira, em profunda oração diante de um belo e raro ícone bizantino, no fundo de uma gruta úmida, iluminada por velas artesanais.



Após horas de subida sob o peso de seu equipamento que unia-se ao sol causticante para queimar-lhe as costas, chegou a uma casa avarandada, cercada de flores multicoloridas. Um homem de calça jeans surrada varria a varanda, assoviando.



– Boa tarde, senhor! O senhor sabe onde posso encontrar por aqui o homem de oração?



– O que você quer com ele?



– Vim de longe. Vou escalar a montanha da liberdade interior e, segundo me orientaram, devo procurá-lo nesta região. Ele orientará minha viagem.



– Ah! Você deve ser o Fares! Venha, entre, entre! – Disse, retirando o boné e recolocando-o, em uma tentativa vã de alinhar os cabelos suados. Depois continuou:



– Estava mesmo esperando por você! Sou o Zeca, o segundo homem de oração que você encontrará em sua jornada! Prazer!



– Segundo?!? – Perguntou o jovem estendendo-lhe a mão, visivelmente surpreso por encontrar um homem de oração com ar jovial, barba feita, fazendo algo tão banal quanto varrer uma varanda.



– Claro! O primeiro é você mesmo! ... Ou não é?



– Sim, claro! – Respondeu Fares, esforçando-se para acompanhar a gargalhada com que o homem de oração finalizara sua frase, batendo-lhe levemente nas costas.



– Vamos lá, sente-se, sente-se! Vou pegar um café para nós e volto já.



Enquanto digeria a surpresa misturada a uma certa decepção com o jeito de ser do homem de oração, o jovem esforçava-se de todo jeito para tirar seu equipamento das costas antes que o anfitrião voltasse. Foi em vão. Deus sabe por que razão, as alças que se lhe prendiam aos ombros, à cintura e às pernas recusavam-se a soltarem-se das presilhas.



– Então, ainda em pé? Sente-se!



– É que estou preso ao equipamento. Será que o senhor pode me ajudar?



– Bem que eu gostaria, mas isso cabe a você. O que tem aí? – Perguntou, sorvendo o café e apontando com a cabeça para o equipamento.



– Água, enlatados, pão, queijo, mortadela, repelente de insetos, filtro solar, lanterna, fogareiro, roupas, coberta, capa para chuva, óculos de sol, tenda, colchonete, faca de ponta, talheres... ahn, o que mais... deixa eu ver, copo...



– Coração – interrompeu o homem de oração.



– Como assim, “coração”?



– O que faria se, hoje à noite, enquanto dorme, todas estas coisas lhe fossem tiradas?



– Ficaria muito frustrado. Teria estragado toda a minha viagem.



O homem de oração sentou-se e, sorvendo o café, ficou olhando ao longe. Fares tentou várias vezes quebrar o silêncio incômodo. Em vão. Fez-lhe perguntas, contou-lhe sua vida, suas motivações para a viagem. Nada. Perguntou-lhe sobre sua família, elogiou a paisagem. Silêncio por resposta. Nada parecia retirar o homem de oração daquele estado. Seus olhos continuavam grudados no vale que se deitava, como um cão fiel, a seus pés.



O silêncio fazia os pés de Fares arderem em suas botinas. Seu relógio equipado com altímetro, bússola e horário de vários países só conseguia passar-lhe uma informação trivial: estava ali, de pé, sob o peso do equipamento, há duas horas e meia. Tentava sentar-se. Impossível. Talvez encostar-se à parede? Só piorava a situação. Sentar-se no chão? Queda certa! Era o jeito esperar. O pior é que ninguém dizia nada. Não agüentava mais! Pensou em ir embora, mas isso seria abandonar todos os seus planos e sonhos. Já escurecia quando Fares, exausto, pediu, quase chorando, ao homem de oração:



– Senhor, por favor, me ajude! Faça o que quiser, mas me ajude!



– E o que você quer que eu lhe faça? – Perguntou o homem, para espanto de Fares: era óbvio que ele queria ajuda! No entanto, a resposta que saiu de sua boca foi uma frase estranha:



– Quero que me liberte – Disse, envergonhado por estar soluçando como uma criança apavorada.

O homem de oração saiu sem pressa e voltou com uma grande tesoura, que entregou a Fares. Em seguida, sentou-se e voltou a olhar Deus sabe para o quê. Fares compreendeu. Tomou a tesoura e cortou as tiras que lhe prendiam as pernas, a cintura, os ombros. O equipamento caiu com um barulho surdo. O homem de oração disse, simplesmente:



– Primeiro passo: liberte-se de tudo o que o distrai, de tudo o que ocupa seu coração. Fique atento ao seu interior, onde você leva somente a Deus e a você mesmo.



Nesse momento, uma menina, com riso límpido, cabelo solto ao ar, passou, dançando, pelo jardim, vinda de nenhum lugar, indo para lugar algum.



Maria Emmir Nogueira


Fonte: Comshalom

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vaticano perdoa os Beatles por se considerarem mais famosos que Jesus

21/11/08 - 18h46 - Atualizado em 21/11/08 - 18h46

No aniversário de 40 anos do lendário 'Álbum branco', Igreja reavalia declaração polêmica de John Lenon

Do EGO, no Rio
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Reprodução /Reprodução

Beatles: perdoados pelo Vaticano

A Igreja Católica anunciou nesta sexta-feira, 21, em seu jornal oficial, “L’Osservatore Romano”, o perdão a John Lennon por ter declarado nos anos 1960 que os Beatles eram mais famosos que Jesus Cisto.


A informação veio em uma reportagem para marcar os 40 anos do lançamento do “Álbum branco” e considera a declaração “a bravata de um jovem da classe trabalhadora inglesa impressionado com o sucesso, após crescer sob o mito de Elvis Presley”.


O artigo reavalia a importância desse disco histórico após recordar seu processo de criação. “O disco nasceu quando o Fab Four estava em crise como grupo”, diz a publicação, que critica música pop de hoje.


“Atualmente, os produtos discográficos são padronizados e estereotipados, muito distantes da criatividade dos Beatles”, afirma a reportagem.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Famoso Exorcista da diocese de Roma, Pe. Gabriele Amorth: A Oração de Libertação no Reavivamento



Segue um texto do mais conhecido exorcista da atualidade, dando todos os direcionamentos sobre esta atividade. Afirmo que estão surgindo casos como nunca, tanto de doenças quanto de distúrbios pessoais, familiares e comentários, que precisam ser analisados por este ângulo.


Os espíritos do mal não perdem uma só oportunidade de manobrar pessoas, animais, plantas e a própria natureza, desde que isso provoque traumas e confusões. Deus permite a eles esta atividade não como demonstração de força deles, mas como motivo de luta aos homens, para que os vençam. A arma única é a ORAÇÃO, com Deus.


Lembrem-se, porém: o exorcismo maior compete apenas aos sacerdotes, que forem nomeados pelos bispos. Como infelizmente muitas dioceses não tem estes padres especializados, hoje e sempre o Céu tem suscitado pessoas com este dom, este carisma, de expulsar demônios. Que ninguém se meta a enfrentar diretamente estes espíritos, embora sempre DEVEMOS e PODEMOS rezar as orações de Cura e libertação. Isso diariamente e até mais vezes ao dia.




PADRE GABRIELE AMORTH




Famoso Exorcista da diocese de Roma.



A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO NO REAVIVAMENTO



A Bíblia diz-nos que a vida do homem sobre a terra é uma luta (Jó 7,1). Contra quem? Paulo é claro: contra os demônios (Ef 6,12). Quanto irá durar esta luta? Também o Vaticano II é claro a este respeito ao resumir os ensinamentos de Jesus: “A história humana na sua globalidade está marcada por uma luta tremenda contra as potências das trevas; luta que começou logo na origem do mundo e que irá durar, como diz o senhor, até ao último dia“ (Gandium et Spes, nº 37).



O cristão moderno, sobretudo, perdeu o sentido desta luta.

Deste modo, acabou por perder o sentido do pecado e atingiu uma imortalidade de vida total, que os cardeais definiram como sendo uma noite ética. Atingiu uma ignorância e uma perda de fé tais que é necessário uma nova evangelização. Já não sabe por onde começar.



Vem em nosso auxílio Paulo VI, no famoso discurso sobre o demônio, de 15 de novembro de 1972. À pergunta: “Que defesa contrapor à ação do demônio?” responde: “Tudo o que nos defende do pecado protege-nos do inimigo invisível. A graça é a defesa decisiva”. E o discurso prossegue sublinhando a importância dos meios comuns da graça.



Mas nós sabemos que não existe apenas a ação ordinária, a tentação, que pode ser vencida mediante a vigilância e a oração. Sabemos que também existe uma ação extraordinária dos espíritos maléficos, que assalta homens, famílias, sociedades inteiras, causando males de vários tipos e mesmo a possessão. Contra esta atividade não são suficientes os meios comuns da graça, que, no entanto, continuam a ser fundamentais. É por isso que o Senhor deu o poder de expulsar os demônios: primeiro aos Apóstolos, depois aos discípulos e, por fim, a todos aqueles que acreditassem nele.


E se recebi do meu bispo inesperadamente a faculdade de exorcizar, não pude fechar os olhos a todo um mundo novo que descobri e às carências pastorais que existiam e que também a mim não me deixavam vê-lo.



Uma destas carências levamos em consideração: o quase desaparecimento do exorcismo. Admiro os nossos bispos que começam a fazer algo, embora se encontrem também eles perante um problema que não foram preparados para enfrentar.


Pelos motivos a que já nos referimos, os bispos encontram-se na condição de nunca terem feito nenhum exorcismo, de nunca terem visto nenhum sendo feito e, sob a influência de algumas correntes muito em voga de acreditarem pouco nele. Há exceções, mas são sempre exceções.



E, no entanto, a nomeação dos exorcistas é exclusivamente responsabilidade dos bispos. Diria que têm o monopólio absoluto numa matéria que não conhecem. Apesar desta situação, e é por isso que os admiro, já foram nomeados, na Itália, nos últimos anos, muitos exorcistas.


Até mesmo em dioceses que nunca tinha ouvido falar de exorcistas e por parte dos bispos que, até há bem pouco tempo , se tinham declarado abertamente contra tais nomeações. Espero também que, a seguir às nomeações, se desenvolva progressivamente a possibilidade de uma adequada formação neste campo. Entretanto, os próprios exorcistas procuram ajudar-se entre si mediante encontros internacionais, nacionais e regionais.



Mas os exorcistas não chegam para cobrir as necessidades deste setor; e quando a Igreja latina instituiu o exorcismo não tencionava retirar do resto dos fiéis aqueles poderes que o Senhor deu aos crentes que atuam com força do seu nome. Eis por que identifico uma segunda lacuna que é necessário preencher: é também a totalidade da comunidade dos fiéis que deve sentir-se empenhada nesta luta.



O próprio Jesus iniciou a luta quando ensinou o Pai-Nosso, em que a última invocação é realmente uma oração de libertação: “Livrai-nos do Mal”. Seria mais exato traduzir: “Livrai-nos do Mal.” O Catecismo, corretamente, escreve a palavra Mal com maiúscula inicial e explica: “Neste pedido, o Mal não é uma abstração; indica , pelo contrário, uma pessoa: Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus”. ( nº2.851).


As orações de libertação têm grandíssima importância. Antes de mais nada, são suficientes para libertarem dos malefícios menores, em que não e necessário recorrer ao exorcismo. Muitas vezes são preciosas para descobrir a existência de um malefício, ou seja, é um precioso auxílio em um primeiro diagnóstico.



Mesmo quando uma pessoa precisa ser exorcizada, as orações de libertação ajudam aos exorcismos, aumentando-lhes a eficácia e estabilizando os resultados. Não podemos deixar de mencionar que os católicos tinham abandonado esta forma de oração e recuperaram-na depois de a verem amplamente praticada com eficácia pelos pentecostais. É sinal de inteligência saber aprender com os outros quanto de bom nos podem ensinar ou mesmo só recordar.


Acrescento que a oração de libertação é uma oração privada (o exorcismo é uma oração pública que envolve a autoridade da Igreja); pode ser feita por todos, indivíduos ou grupos, e sobre todos; não requer nenhuma autorização; enquanto o exorcismo, pelo contrário, mas espero que as disposições mudem, só pode ser administrado pelos bispos ou pelos sacerdotes autorizados pelos bispos.



Mas a oração de libertação também deve ser feita mesmo que não haja esquemas ou fórmulas fixas, por isso, é suficiente observar as normas gerais das orações (é uma oração de intercessão; o Catecismo da Igreja Católica dedica uma parte ampla e verdadeiramente preciosa á oração); é necessário evitar a escassez, alguns dos quais foram postos em evidência pela Congregação para a Doutrina da Fé, na carta enviada aos bispos no dia 29 de outubro de 1985.



Não há dúvida de que a oração de libertação foi, sobretudo divulgada por um dos mais importantes movimentos eclesiais do pós-Concílio, A Renovação Carismática (fala-se de cerca de 85 milhões de aderentes entre os católicos) e muitos de nós exorcistas nos apoiamos em grupos de oração, vista a sua preciosidade e o auxílio que nos facultavam. E não hesito em dizer que é o único grande movimento eclesial sensível a estes problemas e disposto a acolher e a ajudar as pessoas afetadas por este tipo de males.


Por isso, ao escrever este tema, confiei na competência de um dos maiores especialistas e mais conhecido exorcista da Sicília, o padre Matteo La Grua. Há já muito tempo que é membro da Comissão Nacional de Serviço. São preciosas as suas muitas instruções sobre como conduzir as orações de libertação, de cura e, de um modo geral, de intercessão por quem sofre.



A ele devo um especial agradecimento também pela publicação de dois livros riquíssimos de conteúdo e em que a sua experiência é mais do que evidente: La preghiera di liberazione [A oração de libertação] e La preghiera di guarigione [A oração de cura] (Ed. Herbita, Palermo). Duas obras que muito me ajudaram na elaboração dos meus livros anteriores.


Logicamente que o padre La Grua não tem a pretensão de tratar este tema na sua totalidade e variedade. Limita-se a expor como se desenrola a oração de libertação nos grupos de oração. O quanto será exposto é conteúdo de uma conferência que ele proferiu no Congresso Nacional de Exorcistas, que se realizou em Toma, em setembro de 1993. A palavra ao padre La Grua:



Como começamos



Considero que seja mérito dos movimentos carismáticos que apareceram depois do Concilio – e entre eles, do Renovamento no Espírito – o fato de terem chamado atenção para a presença ativa, no mundo de hoje, do diabo, de quem bem poucas pessoas levam a sério as suas manifestações; há uma teologia racionalista e reducionista que relega o demônio e o mundo dos espíritos para a condição de simples etiqueta, que cobre tudo aquilo que ameaça o homem na sua subjetividade. Isto era o que já escrevia o Cardeal Suenens já em 1982, na introdução do livro Rinnovamento e potenza delle tenebre (Renovamento e poder das trevas) (Ed. Paoline).



Depois a vários anos de distância, a situação não melhorou em nada, aliás, piorou. O aumento progressivo do ocultismo e do esoterismo, o proliferar das seitas satânicas, o multiplicar-se de magos e bruxos reforçam pelo mundo o grande inimigo. Esta é uma história que já dura muitas décadas. A tomada de consciência perigosa desde o início, à prática da oração de libertação, que os pentecostais já praticavam, e ainda praticam, em larga medida.


Por outro lado, era dado por adquirido que, com o despertar dos outros carismas (a profecia, as línguas, as curas), também despertaria o carisma da libertação: “Os sinais que acompanharão aqueles que me acreditaram são novas línguas (...); quando colocarem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados” (Mc 16, 17-18).



Mas foi o próprio Espírito, no exercício do carisma das curas e na prática da oração de efusão, a conduzir-nos à oração de libertação. Isto logo desde o início. Ao rezar sobre os doentes pedindo pela sua cura, espiritual e física, apercebemo-nos de que em muitos casos havia um obstáculo que impedia cura; era como se a doença estivesse prisioneira. Pensou-se, então, que seria bom começar com uma oração de libertação, que surtiu efeito: os doentes, depois daquela oração, ficavam mais abertos, mais dispostos a acolherem a graça da cura.



Lembro-me bem desta primeira experiência; poderia citar muitíssimos episódios. O primeiro, a cura instantânea de uma mulher que tinha um câncer num pulmão, um tumor do tamanho de um limão, que lhe tinha sido diagnosticado quer em Palermo quer em Paris. A mulher submeteu-se à oração do grupo. Apercebemo-nos de que havia qualquer coisa que impedia a eficácia da oração. Fiz então uma brevíssima oração de libertação e depois, assim que a mulher ficou libertada do impedimento, dei ao tumor a ordem de desaparecer. E desapareceu neste mesmo instante.



O mesmo se passou no episódio de libertação de um sacerdote que veio a um retiro em Perugia: tinha o espírito de sodomia. Era um homem enorme que sofria de cancro no reto. Foram necessárias duas horas e meia de exorcismo: a luta foi tremenda, luta corpo a corpo com o demônio, que não queria ir - embora. Aquele homem, assim que acabou o exorcismo, tinha-se tornado numa larva; tinha sido libertado de não sei quantos espíritos, mas o fato é que fisicamente estava muito sem forças.



Num primeiro momento, não conseguia agüentar-se de pé. Conformei-o dizendo-lhe que o diabo já tinha ido embora e que faríamos depois a oração da cura, uma vez que já estava na hora da Missa. Mas durante a Missa foi-me dirigida uma mensagem que dizia: pronuncia imediatamente a ordem de expulsão. Então, pus-me a rezar e depois dei a ordem de expulsão: o homem ficou logo curado do seu cancro. Porquê? Porque o impedimento era provocado pela presença do Maligno.



Também adquiri esta experiência: os tumores, que atualmente tanto afligem a humanidade, estão em grande parte ligados ao Maligno. É claro que, influencia também a poluição atmosférica; mas o demônio vagueia pelo ar, é o príncipe das regiões celestes, manipula aquilo que encontra e inocula germens patogênicos. E mais, é ele quem dá fim à vida familiar, à vida social; cria rancores, ódios, remorsos, depois de ter induzido ao pecado. Como afirmam também alguns médicos americanos, tudo isto favorece o aparecimento de tumores.


Por isso, quando temos que lidar com pessoas com tumores, a primeira coisa que faço não é rezar pela sua cura, mas pela sua libertação. Em muitos casos, existe um nexo entre os dois males: entre a presença e a atividade do Maligno e a da doença.
Assim, o nosso ponto de partida foi-nos sugerido por este fato: durante o exercício da oração de cura notávamos que algumas doenças resistiam, para depois cederem após a oração de libertação.



Houve, depois, um segundo motivo de iniciar com as orações de libertação. Foi a prática da oração para o batismo no Espírito, que nós chamamos efusão do Espírito Santo, pra o distinguir do Sacramento do Batismo, embora esta prática esteja intimamente ligada ao Batismo.


Parece que este rito já se praticava na Igreja desde o século VIII, mas depois perdeu-se. Um recente estudo de teólogos demonstrou que até ao século VIII se praticava a oração de efusão, considerada complementar aos três sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Crisma, Eucaristia). Atualmente, procura-se recuperar esta prática de modo a reforçar o cristão na luta e a inseri-lo no corpo eclesial, para edificação do Corpo Místico de Cristo.



Durante a efusão, nós reparávamos que muitas pessoas não ficavam libertadas; mediante introspecção interior identificávamos que as potências do espírito estavam como que entupidas, havia um bloqueio, uma incapacidade de recepção das moções do Espírito, das iluminações do Espírito. E sem estas iluminações do Espírito o cristão não pode viver plenamente a fé, a esperança e a capacidade; ou seja, a vida de filho de Deus.


Por outro lado, notamos que muitas pessoas tinham freqüentado magos e bruxas; tinham também participado em sessões de espiritismo ou de artes de adivinhação. Em suma, tinham contraído ligações. Por isso, notávamos que havia impedimentos; havia ainda uma atividade do Maligno.



Porque a atividade do Maligno não é tanto aquela que notamos nos possuídos, quanto a mais sutil que o inimigo desenvolve dentro de nós, nas potências do espírito que presidem à nossa vida espiritual.
Então, antes da efusão, começamos a fazer uma oração de libertação. E foram estas as situações que marcaram o nosso começo: a necessidade de iniciar com a oração de libertação antes da oração de cura e da prática da efusão.



Um desenvolvimento progressivo



Como o avançar do tempo, cada vez mais pessoas vinham até nós, pessoas que não estavam muito próximas de Deus e que precisavam de orações de libertação; nos maiores destes grupos, como o que eu oriento, fixamos ministérios estabilizados de libertação. Atualmente, a oração de libertação encontra-se muito difundida; muitos grupos da Renovação constituíram ministérios de libertação das amarras do Maligno naqueles que costumamos considerar casos menores, quer no acompanhamento do sacerdote exorcista no exercício do seu ministério. Temos também serviços coletivos de libertação.



Que estilo de oração praticamos na libertação?



Antes de mais nada, um estilo de oração comunitária; e isto por dois motivos: um teológico e um pastoral. Não preferimos a oração individual, como se costuma fazer no exorcismo. No exorcismo é o exorcista quem atua; na oração de libertação atua a comunidade. Damos grande valor à realidade de Igreja, vivente em cada comunidade de fiéis que se reúnem em redor de Cristo e invocam o Espírito. Na comunidade dos crentes é Cristo quem atua e continua a libertar os irmãos da presença do inimigo.



Por outro lado, consideramos com segurança que a libertação é função do Corpo Místico de Cristo, que deve eliminar do seu seio as infiltrações do Maligno, lá onde elas se manifestarem; porque qualquer manifestação do Maligno pesa sobre o corpo todo e danifica-o. Eis então a idéia de que a Igreja, a comunidade, e em toda a Igreja.



Há também um motivo pastoral, ou, melhor, teológico: a oração comunitária permite a interação dos vários carismas, que, deste modo, melhor iluminam e tornam mais eficaz a oração. Por outro lado, preserva-nos do perigo de sermos confundidos com magos ou curandeiros, que atuam sempre isoladamente. A interação dos carismas é um motivo pastoral: numa comunidade existem diferentes carismas; como a finalidade é livra-se de um mal, um grupo que tem bons carismas obtém mais facilmente a libertação.



Qual é a composição ideal de um grupo?



Tratando-se de um grupo carismático, nós procuramos antes de mais quem tem o carisma da cura. Nos primeiros séculos da Igreja, antes que se instituísse o sacramental do exorcizado, eram os carismáticos que libertavam; ou seja, eram todos os cristãos que exerciam os seus carismas. Também hoje existem pessoas que possuem este carisma; são pessoas que vivem no anonimato, mas que têm poder sobre o Maligno.



Nós apercebemo-nos deste fato porque na sua presença, mesmo quando rezam em silêncio e retirados do grupo, o paciente começa a abanar-se todo. A sua presença é suficiente. São pessoas que, por terem este carisma da cura, asseguram a autoridade carismática do grupo. É uma experiência claríssima que já fizemos.



Utilizamos também o profeta em abundância. Quem é o profeta, o profeta bíblico? É um dom de Deus também presente nos nossos grupos. O profeta é quem recebe uma iluminação do Espírito Santo e nos dá indicações bíblicas. Com o avançar da oração, é que ele quem dá indicações que acertam em cheio o alvo; por isso, a oração é sempre guiada. Descobrimos, por exemplo, a origem de uma doença porque no decurso da oração o Senhor intervém sugerindo texto bíblicos adequados ao caso em questão.



Por exemplo, o profeta sugere: “Vamos ler Isaías 4,4 seguido de Ezequiel 8,2”. É criado um clima que nos orienta sobre como devemos agir. A presença do profeta é muito importante; por vezes, durante a oração, o Senhor conforta-nos, convida-nos a insistir, indica-nos a origem do mal.



Quando é possível, também está presente o Sacerdote que assegura a autoridade eclesiástica com o seu poder ministerial. E também há quem interceda; há pessoas que têm o carisma da intercessão. Quando um grupo é composto desta maneira, com a presença de vários carismas, é um grupo ideal para fazer o discernimento e para orientar a oração. Esta torna-se muito eficaz e nós apercebemos-nos da alegria, da paz e da serenidade que acompanham a libertação.
É claro que, no discernimento, prestamos atenção ao grupo infetado, à identidade dos espíritos do mal que atuam, no nível em que atuam e os objetivos que os movem.



Qual é a força da oração de libertação?




É uma pergunta que já várias vezes me fiz. A oração de libertação muitas vezes chega a substituir o exorcismo. Aliás, em certos caso não convém fazer o exorcismo, que deve reservar-se para as situações mais graves. Nos casos menores, ao contrário, é preferível a oração de libertação.
Exercendo este ministério, reparei na força extraordinária da oração de louvor: liberta uma força poderosíssima. E também reparei na força da Palavra de Deus, sobretudo das palavras de Jesus. Nós baseamo-nos muito nestes dois elementos: a oração e a Palavra.
No exorcismo oficial temos três elementos: a oração, a Palavra, a esconjuração. E, muitas vezes, a conjuração, ou seja, a ordem dirigida ao Maligno é resolutiva. Nos casos mais graves não podemos deixar de nos agarrar a ela, porque é a autoridade da Igreja que intervém.



Na oração da libertação, pelo contrário, a força decisiva é o louvor. É suficiente pensar em alguns casos bíblicos. Durante a batalha contra Amalec, Moisés reza sobre o monte: são os seus braços erguidos em oração que obtêm a vitória.
Jericó era uma cidade bem fortificada; e, no entanto, foi suficiente a oração de louvor a Deus, cantada em redor da cidade, para lhe derrubar as muralhas.


O Segundo Livro das Crônicas informa-nos sobre os israelitas que partiram para o deserto do Tecoa; Josafat colocou os cantores do Senhor, vestidos de paramentos sagrados, à frente dos homens, para que louvassem a Deus dizendo: “Louvai o Senhor porque a sua graça dura para sempre”. Assim que começaram os cânticos de júbilo de louvor, o Senhor preparou uma armadilha contra os inimigos de Israel, que foram derrotados.



A oração é forte, sobretudo no Novo Testamento. Cristo obteve a vitória decisiva sobre o Maligno e a oração de louvor, com esta vitória, reordena o universo perturbado pelo pecado. O Maligno tinha tentado apagar o louvor no céu, arrastando os anjos rebeldes para o inferno. Tentou, depois, interromper o louvor de Adão, o homem que devia fazer-se voz do universo e louvar o Criador.


Agora, cada vez que o inimigo ouve a oração de louvor, escuta a vitória de Cristo vitorioso sobre a morte, sobre o pecado e sobre os demônios. E Satanás sente uma inveja fortíssima, porque agora é o homem quem louva a Deus; no lugar que ele ocupava, agora, está o homem que se une aos Anjos e louva o Senhor. O Maligno sente-se frustrado na sua pessoa e nas suas obras; por isso reage com tanta veemência à oração de louvor.



A oração de intercessão também é muito potente. Constatamos isso no livro dos Atos, quando os Apóstolos estão na prisão e a Igreja reza por eles e se dá a libertação. Do mesmo modo, pouco depois, quando Pedro está preso, a Igreja reza; e Deus envia o anjo para libertar o Seu Apóstolo.

Também nas nossas orações, constatamos que o Maligno fica furioso, sobretudo, durante a oração de libertação e, freqüentemente, é durante esta oração que foge.



Sublinho, igualmente, a força de Palavra. Nós não esconjuramos, a não ser que esteja sempre um Sacerdote autorizado; mas atribuímos muita força à Palavra de Deus; experimentamos esta força e usamo-la largamente. Têm especial eficácia as palavras de Jesus e as outras citações bíblicas que nos são sugeridas. A palavra de Jesus derrota o inimigo. Quando fazemos a oração de libertação, pronunciamos lentamente as palavras de Jesus, escolhendo um dos vários episódios em que ele expulsa o demônio.


Trata-se de apresentar de novo a Jesus, de o fazer reviver naquela cena, de introduzir Jesus, o libertador. As palavras de Jesus pronunciadas nesse momento, com a força de Espírito, derrotam o inimigo, que grita e vai-se embora; e vai-se embora também quando é desmascarado por uma indicação bíblica.



Tal como o cântico de louvor, também a Palavra de Deus consola os aflitos, cura os corações dilacerados, cuida das feridas, infunde esperança, faz com que o paciente experimente pessoalmente a presença do seu libertador.


Já falamos da oração de louvor, da palavra de Jesus. Gostaria de acrescentar mais alguma coisa sobre o modo como estruturamos a oração. Existe uma libertação de (ou seja, uma libertação da presença do Maligno; por isso olha-se para ele) e uma libertação para (vantagem de; e, por isso, olha-se para a pessoa).


Mais importante do que libertar de, é libertar para. Privilegiamos a libertação para enquanto trabalhamos pela libertação de. Ou seja, interessa-nos mais o irmão perturbado que o inimigo; a atenção vai toda para o irmão. E é por isso que solicitamos a sua colaboração de todas as maneiras. Em vez de expulsar o inimigo, procuramos resgatar-lhe o paciente.



A libertação pode ocorrer de duas maneiras. Imaginemos uma sala sem que esteja presente o Maligno e o paciente. Um método é o de apanhar o Maligno e expulsá-lo dali; se se consegue, o método é bom. Mas também já vimos que é mais fácil um outro método: aquele de agarrar o paciente e levá-lo para outro lugar, fora da sala, onde esteja em segurança. É o método que preferimos, interessa-nos mais o paciente do que o inimigo.



Interessarmo-nos pelo paciente significa estimulá-lo a rezar, solicitar a graça de Deus sobre ele e fortalecê-lo com os sacramentos, ajudá-lo a tomar consciência da sua situação para que saia dela. Vimos que, desta maneira, a libertação é mais fácil, pois transforma-se o homem infestado pelo Maligno num homem capaz de viver com o filho de Deus.



Com efeito, qual é a finalidade do Maligno?



É destruir o homem-cristão, o homem na sua identidade de filho de Deus. Nós, então, temos de o tornar capaz de viver a sua vida filial no Espírito Santo. Por isso, logo de imediato, invocamos sobre ele o Espírito Santo, para que preencha os espaços vazios, para que o corrobore de maneira a que, com a força do Espírito, possa arrepender-se e viver plenamente a proposta de vida cristã na fé, na esperança, na caridade.



Também tem muito peso a fé o amor daqueles que intervêm. Nós pedimos sempre ao Senhor uma grande fé; o nosso ministério exige muita fé; o Evangelho é claro. A nossa força é a fé de quem reza e a caridade para com Deus e para com o próximo.


A fé e a caridade ajudam-me reciprocamente muito bem. São Gregório Magno, falando acerca da pregação, afirmava que ninguém pode exercer este ministério se não tiver caridade para com o próximo. Nós dizemos o mesmo a respeito do ministério da libertação. O espírito maléfico não resiste ao amor; ele, que é fogo, tem medo do fogo do amor. Por isso, nós procuramos amar o doente, amar quem está infestado, para além de nos amarmos uns aos outros no grupo. Se não existe amor não se avança, porque o amor derrota o inimigo.



O esquema da oração.




O livro de Salvucci, indicazioni pastorali di um esorcista (Indicações pastorais de um exorcista) (Ed. Ancora), apresenta um plano muito bom. Nós o seguimos há já muito tempo.



1- A primeira coisa, a mais importante para começar, é a invocação do Espírito Santo: Veni, Creator Spiritus.



2- depois, fazemos o discernimento dos espíritos; também é um aspecto muito importante, que nunca podemos omitir. Pois, a tarefa mais difícil que o exorcista tem de desempenhar, mais ainda do que o próprio exorcismo é o diagnóstico.


É necessário identificar a maneira de atuar dos espíritos malignos também nos casos menos graves: tentação, vexação, sedução, infestação, circuncessão (de que se fala pouco). Estes modos de atuar apresentam constantes e diferenças, conforme a pessoa, o seu estado, a sua cultura e ambiente.



Uma das constantes é que, freqüentemente, os espíritos agrupam-se e unem-se uns aos outros. Se existe um espírito de ódio, facilmente entra também o espírito da ira e da vingança; o espírito de gula chama o espírito da luxúria e da indolência; o espírito da inveja é sempre seguido por um espírito de soberba. Estes espíritos podem camuflar-se sob a forma de presenças pessoais, que apenas são projeções da pessoa ou personalidades fictícias, sob a ação do espírito.



Outra constante é a sucessão dos espíritos.

Ao espírito que induz ao pecado segue-se um espírito de desespero, de depressão, de suicídio.
Ao espírito da gnose, que é muito freqüente e que diz respeito ao conhecimento das coisas ocultas, segue-se o espírito de confusão mental e de aberração, que altera o campo das idéias e das convicções.


Em conclusão, é necessário discernimento para identificar os espíritos que estão em atividade. Isto deve ser feito em relação às simples tentações, seduções, vexações; são os casos mais comuns e mais perigosos porque são obstáculos à vida cristã.



3- Após este discernimento e depois de verificar quais os objetivos ou direções de atividade que perseguem estes espíritos, prossegue-se com o esquema; cuidamos do doente através da oração. Segue-se uma brevíssima evangelização, em que apresentamos Jesus, o libertador; a finalidade é pôr em contato o paciente com aquele que liberta.


Chegamos a este ponto, todos intervêm com uma oração livre, sem esquema. E é bom que não se siga nenhum esquema porque cada caso é diferente dos outros. Intervém o profeta e lê-se a Palavra de Deus sugerida. Quando nos apercebemos de que algo começa a mudar na pessoa sobre quem reza, procuramos dar maior intensidade à oração, mediante a oração de intercessão.



Uma coisa importante para nós, antes de avançar para a oração de libertação, é assegurar-nos da presença de Cristo no meio de nós, porque quem liberta é Jesus. Não é difícil porque foi ele próprio quem disse: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20).


É nossa missão sentirmo-nos, ou seja, querermos estar reunidos em seu Nome. Experimentamos uma sensação de amor, alegria, de paz; parece quase que sentimos a presença operante do Senhor e, então, rezamos realmente com fé. Confiamos fortemente na Palavra de Deus, como nos é repetidamente indicado pelo profeta. Deste modo, prosseguimos com a oração até ao fim, sem nenhuma outra preocupação.



4- Assim que a libertação ocorre fica ainda algo por fazer. Seria um erro abandonar o doente após a libertação; libertar não é fácil, manter a pessoa livre é ainda mais difícil.


Todos os exorcistas já fizeram experiência de tantos casos de recaídas; e a causa, muitas vezes, é ter abandonado a pessoa após a libertação do maligno.

Por isso, convém que a oração de libertação seja seguida por um período de convalescença, quase uma terapia de recuperação. É absolutamente necessário.



O Evangelho fala-nos do espírito maligno que, assim que sai de uma pessoa, durante algum tempo anda errante por lugares desertos, depois procura outros sete espíritos piores do que ele e regressa à mesma pessoa, fazendo com que a situação desta fique pior que antes (cf. Mt 12,43-45).


Dá-nos o que pensar: é melhor não fazer a libertação se depois não se consegue assegurar um período adequado de convalescença. É necessário não só curar um paciente, mas também assegurar-lhe uma libertação completa e consolidada.



Compreendemos então por que razão para nós é muito importante esse segundo período. Foi com esta finalidade que instituímos serviços coletivos de cura e libertação; assegurando-los três vezes por semana; duram duas a três horas; com a participação de muita gente. Procuramos que todas as pessoas libertadas ou curadas intervenham nestes serviços.


A nossa maneira de proceder é a seguinte: Antes de mais nada um encontro sacramental com Jesus; preparamos as pessoas para a confissão antes da Missa, porque tem grande importância a purificação sacramental. Quando começa a Missa, iniciamos com a aspersão da água, ou seja, de novo com um rito de purificação que se apela ao Batismo. Na homilia, sublinhamos de novo o encontro com Jesus, presente na sua Palavra.



A oração do “Livrai-me” é solene: é o momento litúrgico da libertação. Neste momento tão especial pedimos de novo ao Pai, por Jesus presente na Eucaristia, a libertação moral e psicológica do espírito do mal, se ainda lá estiver.


Segue-se a comunhão; e, depois, os doentes, em procissão, dirigem-se para um amplo salão em que, de novo, apresentamos Jesus, o libertador. Ritos de purificação, invocações ao Espírito Santo, cânticos: deste modo, a ser acompanhado pela comunidade, e não deixado sozinho, após a libertação ou cura.



Assim, temos uma comunidade terapêutica, um comunidade de cura, onde todos aqueles que foram curados ou libertados participam e encontram, na comunidade que reza, o ambiente adequado para consolidar a libertação ou cura obtida.

 
Publicado: http://www.arcanjomiguel.net  Extraido:[ Fonte ]

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Como Descobrir Minha Vocação?







Hoje em dia pensar em vocação é um tema adormecido ou esquecido para muitas pessoas. Isso ocorre porque há na cultura moderna, uma tendência maior de olhar mais para fora de si do que para dentro de si e a vocação é algo escondido no profundo do nosso ser, diz respeito a nossa própria existência.


Podemos dizer que a vocação está em cada um como um mistério a ser decifrado. Cada pessoa precisa no decorrer da sua vida trilhar o caminho que a ajude a decifrar o mistério contido em si mesma e aí descobrir a sua vocação, o seu chamado essencial de ser e agir, que é único e irrepetível. “O homem é ontologicamente mistério… a vocação é um modo de aceitar essa realidade tentando corresponder a ela, como pode ser o ingresso no Mistério, um dar espaço para Deus na própria vida a fim de que o próprio mistério pessoal se torne decifrável. (…) A vocação, entendida segundo a doutrina cristã é, ao mesmo tempo, revelação e dilatação do próprio mistério.” (Amedeo Cencini - Redescobrindo o Mistério p. 10). Em função disso fica evidente que a perda do senso de mistério gera uma cultura e uma atitude antivocacionais.


Alguns acham que vocação é algo restrito para quem tem um chamado especial, como para ser padre ou religioso. Isso é um engano, pois a vocação faz parte da vida de todo homem. Cada pessoa humana foi criada por Deus com uma vocação específica. Cada ser humano traz em si, na sua essência mais profunda, um chamado que dá sentido a sua existência, um chamado a ser de determinado modo e de realizar algo, isso é vocação. A vocação é um chamado à liberdade.


A vocação toca a pessoa no modo como ela deve viver a vida cristã, o seu batismo - como leigo, leigo consagrado, religioso ou sacerdote - e também se relaciona ao seu estado de vida - o chamado ao matrimônio, à castidade consagrada ou o sacerdócio. Os modos de viver o batismo e o estados de vida estão logicamente correlacionados, dizem respeito a uma única vocação da pessoa e são coerentes entre si. Cada pessoa deveria descobrir primeiramente sua vocação (o modo de viver o batismo) e a partir dela o seu estado de vida.


Mas a vocação atinge ainda de modo mais profundo a vida de cada um. Deus quer fazer de cada filho seu uma obra de arte e obra de arte é coisa única. A partir do momento em que a pessoa descobre a sua vocação, dentro deste chamado específico encontrará um chamado mais profundo que revela algo de muito pessoal sobre como ela deve ser e agir na sua própria vocação, ou seja, cada pessoa leiga que vive o matrimônio terá um chamado específico dentro desta realidade, algo de único e irrepetível; também um leigo consagrado seja no matrimônio ou no celibato terá um chamado pessoal específico na vivência da sua consagração que só ele poderá realizar; o mesmo se dá para o religioso ou sacerdote.


É comum chamarmos esse chamado mais profundo e específico, que existe na vocação de cada pessoa, de missão pessoal. É um chamado que Deus faz a cada um na particularidade da sua vida mesmo dentro de uma comunidade ou de um carisma. A realização da missão pessoal acontece no dia-a-dia nas decisões, na história, no trabalho etc. É portanto imprescindível que cada pessoa descubra o ponto irrepetível que Deus colocou em sua vida, algo que já está presente dentro de si e é revelado pelas circunstâncias.


Tudo isso é muito importante porque o fato da vocação e missão pessoal serem únicos para cada ser humano, de darem sentido à vida de cada pessoa, significa que a realização plena de cada um e a sua felicidade dependem da vivência desta vocação. Contudo para vivê-la é preciso antes encontrá-la.


Encontrar a vocação é descobrir para que viemos ao mundo, para que Deus nos criou, se descobrirmos isso, descobriremos o sentido do nosso existir e o caminho da nossa mais plena realização. Muitas pessoas vivem frustradas, sem sentido, sem realização porque se deixaram levar pela vida e não chegaram a fazer essa descoberta da própria vocação.


Alguns até fizeram, mas pararam aí sem chegar a aprofundar a descoberta para encontrar o seu chamado único e irrepetível, o que também gera frustração e desilusão. A auto-realização plena verdadeira é aquela que coincide com o projeto de Deus para a vida de cada um (esse projeto é o chamado, a vocação e missão pessoal) pois só nele a pessoa pode comprometer-se e dar o melhor de si mesma, e alcançar o maior grau de santidade.


Para chegar à maturidade da fé é fundamental alcançar a maturidade da vocação. Aquele que não descobre, não abraça e não se entrega à sua vocação não consegue atingir a maturidade da fé. Por isso também é que cada pessoa precisa descobrir e aceitar a sua vocação.


O processo de descoberta da vocação deveria acompanhar o desenvolvimento humano de cada pessoa. Uma preparação que se inicia desde a infância no seio da família; depois segue adiante na pré-adolescência com a descoberta da identidade pessoal e com os anseios, sonhos e expectativas para a vida adulta, este é o momento de encontrar modelos e de se deixar atrair por eles.


Na adolescência, uma fase de crises, esse processo continua, é momento de descobrir que é preciso assumir a responsabilidade com a própria. Chegando à juventude amadurecem as escolhas da vida, este é o tempo determinante na descoberta da vocação, em que o jovem deveria se questionar de modo mais intenso sobre os seus anseios, seus dons e fraquezas, sua disponibilidade de servir, para chegar num ponto preciso e perceber a responsabilidade necessária para assumir o chamado.


A partir da descoberta da vocação, na fase adulta, é momento da definição do estado de vida, que deve ser coerente com a própria vocação. À medida que a pessoa assume sua vocação e estado de vida ela começa a trilhar um caminho de aprofundamento na vivência destas escolhas que levará a descobrir o ponto irrepetível que Deus colocou em sua vida, a missão pessoal. Em todo esse processo se faz necessário um acompanhamento pessoal com um orientador ou diretor espiritual. Essa ajuda é importantíssima para compreender a própria vocação.


Mas nem sempre isso acontece dessa forma. São poucos os que trilham um caminho vocacional desde a pré-adolescência. Muitas vezes as pessoas vão se despertar para a vocação já na juventude ou fase adulta, sem nunca ter se questionado sobre isso anteriormente. Nestes casos uma etapa importante ficou para trás, mas é possível retomar o caminho e começar a busca pela vocação de um modo autêntico.


Descobrir a própria vocação implica em viver o seu mistério de modo autêntico. “O mistério de cada pessoa é concomitantemente aberto ao infinito e encarnado no tempo e no espaço por meio de formas e limites que a história original de cada indivíduo contribui para traçar e fixar” (Amedeo Cencini - Redescobrindo o Mistério p. 10). Viver o mistério de modo autêntico é, na verdade, decifrá-lo no decorrer do progresso da própria vida, a partir dos pontos fundamentais da nossa história de forma a aceitar a própria vocação. Quem não sabe se abrir para o mistério contido em si, fecha-se também para algo que proporciona o conhecimento pleno de si (das suas aspirações e vulnerabilidades) e da própria vocação.


Para descobrir a própria vocação é preciso trilhar um caminho de discernimento. É preciso entender que vocação não se dá por acaso na vida de alguém e também não é uma escolha aleatória que se faz diante de várias alternativas, mas está escrita no coração de cada pessoa desde o momento no qual Deus a criou. Por isso para encontrar a própria vocação é preciso cavar dentro da sua própria história e ir descobrindo o fio que liga os fatos da sua vida, as intervenções e manifestações de Deus que apontam para algo específico. É reconhecer, dentro da própria história, o projeto de Deus que lhe chama para uma missão.


Colocar-se diante do próprio mistério é o primeiro passo para um discernimento vocacional. Significa ler o Mistério do amor de Deus dentro do mistério da própria existência. Mas para isso é preciso identificar as formas pelas quais o mistério pessoal se serve para revelar-se. Nossa vida está repleta de sinais e de símbolos que nos introduzem no mistério de nós mesmos, ou que apontam para ele.


O mistério está sempre dentro de nós e se torna perceptível de vários modos: nos atos informais, como um jogo, um momento de descontração, a forma de rir etc; nos momentos em que nos deparamos com a dor, o sofrimento, a perda, o luto que podem despertar atitudes de fuga, resignação, distância, luta, aceitação etc; também nos momentos de solidão e no modo de vivermos a intimidade e a relação conosco e com os outros; e principalmente nos critérios que cada um estabelece para sua satisfação ou insatisfação, aquilo que nos torna felizes ou infelizes.


Há também uma atitude existencial muito significativa que ajuda a revelar o mistério do próprio eu: deixar emergir aquela pergunta que habita e ressoa no seu íntimo, mas que nem sempre se sabe formular de modo adequado. Identificar essa pergunta, que cada um traz dentro de si significa entender o porquê de certo caminho ou de certa busca.


Ela revela o que realmente o coração anseia. Diante disso num processo de descoberta da vocação é muito importante se questionar, sabendo fazer as perguntas certas e dando a elas uma relação de continuidade, formando uma cadeia de interrogações que conduzam a raiz daquilo que se está procurando. Saber isso é fundamental para uma decisão vocacional, essa é a primeira pergunta que devemos responder a Deus quando começamos a buscar a nossa vocação: O que procuramos? Foi a pergunta de Jesus para André e Felipe que o seguiam: “O que procurais”, e eles responderam “Rabi, onde moras?”.


A descoberta da vocação é um trabalho de construção de si mesmo, da sua própria identidade. Um trabalho que exige atenção, escuta, paciência, docilidade para acolher a palavra de Deus, sensibilidade e também a ajuda de um orientador ou diretor espiritual. O orientador é quem ensina distinguir a voz de Deus e também a responder ao chamado que Ele faz, assim como foi a ajuda de Heli para Samuel (cf Sm 3, 3-19).


Neste processo, para ouvir o chamado é preciso estar atento como Samuel que repousava junto a arca. Faz-se necessário estar na presença de Deus, o que acontece por uma vida de oração fecunda. Também é preciso desejar acolher a vontade de Deus para poder ouvi-lo. “Fala, Senhor, que teu servo escuta”O chamado é entendido e decifrado a partir de uma “experiência pessoal com Deus”.


Nessa experiência Ele revela o seu projeto para nós, assim como fez com Moisés (cf Ex 3; 4) e Pedro (Jo 21,15-19). Para atender a esse chamado é preciso tirar as sandálias, ou seja, se despir dos próprios medos, incertezas, preconceitos, inseguranças e também da vontade de querer controlar e conduzir a própria vida por si mesmo. É preciso despir-se da lógica humana para entender as coisas de Deus pela sabedoria do Espírito.


Diante de um chamado é natural ter dúvidas, medo das conseqüências e tentar esquivar-se. Moisés também passou por isso. É a força da experiência de Deus que dá coragem para vencer o medo e responder ao chamado. Pedro também teve medo das conseqüências de seguir Jesus e por isso O negou três vezes (Jo 18,17. 25-26), mas depois da experiência do olhar de Jesus entendeu o Seu amor e, então, deu sua resposta assumindo sua vocação (Jo 21, 15-19).


A vocação autêntica nasce no terreno da gratidão, pois a vocação é uma resposta, não é uma iniciativa da pessoa. O trabalho de leitura da própria vida deve levar precisamente, a essa atitude interior de gratidão.


Pois deve levar a pessoa a reconhecer todo bem que recebeu - bens dados por Deus e também benefícios recebidos por tantas mediações humanas que são utilizadas por Deus - e chegar a consciência de que (em qualquer caso ou situação da sua vida, por pior que tenha sido) esse bem é sempre muito maior que tudo aquilo de negativo que faz parte da sua própria história.


Essa descoberta desperta a pessoa a conceber a oferta de si própria dentro da opção vocacional como uma conseqüência lógica e inevitável, como um ato livre porque é determinado pelo amor, mas também como um dever porque se posiciona diante do amor de Deus que a chama e a impele a dar uma resposta: o dom de si.


Elba Ramalho e a Experiência com Nossa Senhora-Veja o vídeo

Você terá agora, oportunidade de ver dois vídeos, um do incrível testemunho de fé de Elba Ramalho em relação à Nossa Senhora e o outro sobre uma dúvida que a maioria dos Cristãos, têm, que é de dar ou não dar esmolas. O Padre Paulo Ricardo, esclarece.




“Homossexuais podem mudar”- A psicóloga repreendida pelo conselho federal

Entrevista com Psicóloga Censurada.

Entrevista: Rozângela Alves Justino feita à revista “Veja”

A psicóloga repreendida pelo conselho federal por anunciar que muda a orientação sexual de gays diz que ela é quem está sendo discriminada.



Ernani d’Almeida

William R. Voss


“Preciso continuar a atender as

pessoas que voluntariamente desejam

deixar a atração pelo mesmo sexo”


Aceitar as diferenças e entender as variações da sexualidade são traços comuns das sociedades contemporâneas civilizadas. A psicóloga Rozângela Alves Justino, 50, faz exatamente o contrário. Formada em 1981 pelo Centro Universitário Celso Lisboa, do Rio de Janeiro, com especialização em psicologia clínica e escolar, ela considera a homossexualidade um transtorno para o qual oferece terapia de cura.


Na semana passada, foi censurada publicamente pelo Conselho Federal de Psicologia (formado, segundo ela, por muitos homossexuais “deliberando em causa própria”) e impedida de aceitar pacientes em busca do “tratamento”. Solteira, dedicada à profissão e fiel da Igreja Batista, Rozângela diz que ouviu um chamado divino num disco de Chico Buarque e compara a militância homossexual ao nazismo. Só se deixa fotografar disfarçada, por se sentir ameaçada, e faz uma defesa veemente de suas opiniões.


A senhora acha que os homossexuais sofrem de algum distúrbio psicológico?
O Conselho Federal de Psicologia não quer que eu fale sobre isso. Estou amordaçada, não posso me pronunciar. O que posso dizer é que eu acho o mesmo que a Organização Mundial de Saúde. Ela fala que existe a orientação sexual egodistônica, que é aquela em que a preferência sexual da pessoa não está em sintonia com o eu dela. Essa pessoa queria que fosse diferente, e a OMS diz que ela pode procurar tratamento para alterar sua preferência. A OMS diz que a homossexualidade pode ser um transtorno, e eu acredito nisso.






“Conheço pessoas que

deixaram as práticas

homossexuais. E isso lhes

trouxe conforto. Perderam

a atração homossexual,

que foi se minimizando. Deixaram de sentir o

desejo por intermédio

da psicoterapia e

por outros meios”
O que é não estar em sintonia com o seu eu, no caso dos homossexuais?
É não estar satisfeito, sentir-se sofrido com o estado homossexual. Normalmente, as pessoas que me procuram para alterar a orientação sexual homossexual são aquelas que estão insatisfeitas.


Muitas, depois de uma relação homossexual, sentem-se mal consigo mesmas. Elas podem até sentir alguma forma de prazer no ato sexual, mas depois ficam incomodadas. Aí vão procurar tratamento. Além disso, transtornos sexuais nunca vêm de forma isolada. Muitas pessoas que têm sofrimento sexual também têm um transtorno obsessivo-compulsivo ou um transtorno de preferência sexual, como o sadomasoquismo, em que sentem prazer com uma dor que o outro provoca nelas e que elas provocam no outro.


A própria pedofilia, o exibicionismo, o voyeurismo podem vir atrelados ao homossexualismo. E têm tratamento. Quando utilizamos as técnicas para minimizar esses problemas, a questão homossexual fica mínima, acaba regredindo.


Há estudos que mostram que ser gay não é escolha, é uma questão constitutiva da sexualidade. A senhora acha mesmo possível mudar essa condição?
Cada um faz a mudança que deseja na sua vida. Não sou eu a responsável pela mudança. Conheço pessoas que deixaram as práticas homossexuais. E isso lhes trouxe conforto. Conheço gente que também perdeu a atração homossexual. Essa atração foi se minimizando ao longo dos anos. Essas pessoas deixaram de sentir o desejo por intermédio da psicoterapia e por outros meios também. A motivação é o principal fator para mudar o que quiser na vida.


A senhora é heterossexual?
Sou.


Pela sua lógica, seria razoável dizer que, se a senhora quisesse virar homossexual, poderia fazê-lo.
Eu não tenho essa vivência. O que eu observei ao longo destes vinte anos de trabalho foram pessoas que estavam motivadas a deixar a homossexualidade e deixaram. Eu conheço gente que mudou a orientação sem nem precisar de psicólogo.


Elas procuraram grupos de ajuda e amigos e conseguiram deixar o comportamento indesejado. Mas, sem dúvida, quem conta com um profissional da área de psicologia tem um conforto maior. Eu sempre digo que é um mimo você ter um psicólogo para ajudá-lo a fazer essa revisão de vida. As pessoas se sentem muito aliviadas.


Esse alívio não seria maior se a senhora as ajudasse a aceitar sua condição sexual?
Esse discurso está por aí, mas não faz parte do grupo de pessoas que eu atendo. Normalmente, elas vêm com um pedido de mudança de vida.


Se um homem entrar no seu consultório e disser que sabe que é gay, sente desejo por outros homens, só precisa de ajuda para assumir perante a família e os amigos, a senhora vai ajudá-lo?
Ele não vai me procurar. Eu escolho os pacientes que vou atender de acordo com minhas possibilidades. Então, um caso como esse, eu encaminharia a outros colegas.


Não é cruel achar que os gays têm alguma coisa errada?
O que eu acho cruel é ser uma profissional que quer ajudar e ser amordaçada, não poder acolher as pessoas que vêm com uma queixa e com um desejo de mudança. Isso é crueldade. Eu estou me sentindo discriminada. Há diversos abaixo-assinados de muitas pessoas que acham que eu preciso continuar a atender quem voluntariamente deseja deixar a atração pelo mesmo sexo.


Por que a senhora acha que o Conselho Federal de Psicologia está errado e a senhora está certa?
Há no conselho muitos homossexuais, e eles estão deliberando em causa própria. O conselho não é do agrado de todos os profissionais. Amanhã ele muda. Eu mesma posso me candidatar e ser presidente do Conselho de Psicologia. Além disso, esse conselho fez aliança com um movimento politicamente organizado que busca a heterodestruição e a desconstrução social através do movimento feminista e do movimento pró-homossexualista, formados por pessoas que trabalham contra as normas e os valores sociais.


Gays existem desde que o mundo é mundo. Aparecem em todas as civilizações. Isso não indica que é um comportamento inerente a uma parcela da humanidade e não deve ser objeto de preconceito?
Olha, eu também estou sendo discriminada. Estou sofrendo preconceito. Será que não precisaria haver mais aceitação da minha pessoa? Há discriminação contra todos. Em 2002, fiz uma pesquisa para verificar as violências que as pessoas costumam sofrer, e o segundo maior número de respostas foi para discriminação e preconceito. As pessoas são discriminadas porque têm cabelo pixaim, porque são negras, porque são gordas. Você nunca foi discriminada?


Não como os gays são.
Não? Nunca ninguém a chamou de nariguda? De dentuça? De magrela? O que quero dizer é que as pessoas que estão homossexuais sofrem discriminação como todas as outras. Eu tenho trabalhado pelos que estão homossexuais. Estar homossexual é um estado. As pessoas são mulheres, são homens, e algumas estão homossexuais.


Isso não é discriminação contra os que são homossexuais e gostam de ser assim?
Isso é o que você está dizendo, não é o que a ciência diz. Não há tratados científicos que digam que eles existem. Eu não rotulo as pessoas, não chamo ninguém de neurótico, de esquizofrênico. Digo que estão esquizofrênicos, que estão depressivos. A homossexualidade é algo que pode passar. Há um livro do autor Claudemiro Soares que mostra que muitas pessoas famosas acreditam que é possível mudar a sexualidade. Entre eles Marta Suplicy, Luiz Mott e até Michel Foucault, todos historicamente ligados à militância gay.


Quantas pessoas a senhora já ajudou a mudar de orientação sexual?
Nunca me preocupei com isso. Psicólogo não está preocupado com números. Eu vou fazer isso a partir de agora. Vou procurar a academia novamente. Vou fazer mestrado e doutorado. Até hoje, eu só me preocupei em acolher pessoas.


O que a senhora faria se tivesse um filho gay?
Eu não teria um filho homossexual. Eu teria um filho. Eu iria escutá-lo e tentaria entender o que aconteceu com ele. Os pais devem orientar os filhos segundo seus conceitos. É um direito dos pais. Olha, eu quero dizer que geralmente as pessoas que vivenciam a homossexualidade gostam muito de mim. E também quero dizer que não sou só eu que defendo essa tese. Apenas estou sendo protagonista neste momento da história.


A senhora se considera uma visionária?
Não. Eu sou uma pessoa comum, talvez a mais simplesinha. Não tenho nenhum desejo de ficar famosa. Nunca almejei ir para a mídia, ser artista, ser fotografada.


A senhora já declarou que a maior parte dos homossexuais é assim porque foi abusada na infância. Em que a senhora se baseou?
É fato que a maioria dos meus pacientes que vivenciam a homossexualidade foi abusada, sim. Enquanto nós conversamos aqui, milhares de crianças são abusadas sexualmente. Os estudos mostram que os abusos, especialmente entre os meninos, são muito comuns. Aquelas brincadeiras entre meninos também podem ser consideradas abusos. O que vemos é que o sadomasoquismo começa aí, porque o menino acaba se acostumando àquelas dores. O homossexualismo também.


A senhora é evangélica. Sua religião não entra em atrito com sua profissão?
Não. Sou evangélica desde 1983. Nos anos 70, aconteceu algo muito estranho na minha vida. Eu comprei um disco do Chico Buarque. De um lado estavam as músicas normais dele. Do outro, em vez de tocar Carolina, vinha um chamamento. Eram todas canções evangélicas. Falavam da criação de Deus e do chamamento da ovelha perdida. Fui tentar trocar o LP e, na loja, vi que todos os discos estavam certinhos, menos o meu. Fiquei pensando se Deus estava falando comigo.


O espírito cristão não requer que os discriminados sejam tratados com maior compreensão ainda?
Se eu não amasse as pessoas que estão homossexuais, jamais trabalharia com elas. Até mesmo os ativistas do movimento pró-homossexualismo reconhecem o meu amor por eles. Sempre os tratei muito bem. Sempre os cumprimentei. Na verdade, eles me admiram.


Por que a senhora se disfarça para ser fotografada?
Um dos motivos é que eu não quero entrar no meu prédio e ter o porteiro e os vizinhos achando que eu tenho algum problema ligado à sexualidade. Além disso, quero ser discreta para proteger a privacidade dos meus pacientes. Por fim, há ativistas que têm muita raiva de mim. Eu recebo vários xingamentos; eles me chamam de velha, feia, demente, idiota. Trabalho num clima de medo, clandestinamente, porque sou muito ameaçada. Aliás, estou fazendo esta entrevista e nem sei se você não está a serviço dos ativistas pró-homossexualimo. Eu estou correndo risco.






“O ativismo pró-homossexualismo está diretamente ligado ao nazismo. Todos os movimentos de desconstrução social estudam o nazismo, porque compartilham um ideal de domínio político e econômico mundial”
Que poder exatamente a senhora atribui a esses ativistas pró-homossexualismo?
O ativismo pró-homossexualismo está diretamente ligado ao nazismo. Escrevi um artigo em que mostro que os dois movimentos têm coisas em comum. Todos os movimentos de desconstrução social estudaram o nazismo profundamente, porque compartilham um ideal de domínio político e econômico mundial. As políticas públicas pró-homossexualismo querem, por exemplo, criar uma nova raça e eliminar pessoas. Por que hoje um ovo de tartaruga vale mais do que um embrião humano?


Por que se fala tanto em leis para assassinar crianças dentro do ventre da mãe? Porque existe uma política de controle de população que tem por objetivo eliminar uma parte significativa da nação brasileira. Quanto mais práticas de liberação sexual, mais doenças sexualmente transmissíveis e mais gente morrendo.


Essas políticas públicas todas acabam contribuindo para o extermínio da população. Essas pessoas que estão homossexuais estão ligadas a todo um poder nazista de controle mundial.


Não há certo exagero em comparar a militância homossexual ao nazismo?
Bom, se você acha que isso pode me prejudicar, então tire da entrevista. Mas é a realidade.


http://blog.cancaonova.com/vidanova/2009/08/12/entrevista-com-psicologa-censurada/

Tempo de crescer

 









“Crê em Deus, e ele cuidará de ti; espera nele, e dirigirá os teus caminhos; conserva seu temor, e nele permanece até à velhice (…).” (Eclo 2,1-6)


Ao acalmar a tempestade, Ele se direciona para os discípulos e ali mesmo proporciona a eles uma formação. Faz uma pergunta: “Por que sois tão medroso?”


O medo nasce automaticamente no coração de quem se vê sozinho, desamparado, e se sente “órfão do Pai do céu”. Aqueles discípulos estavam apavorados porque ainda não haviam encontrado Jesus na parte de trás do barco. Eles até sabiam “teoricamente” da presença de Jesus no barco, mas, de fato, precisavam fazer uma experiência da presença ativa de Jesus e do seu Senhorio em suas vidas.


É incompreensível que ainda hoje muitos cristãos vivam sua fé apenas na teoria, sem ter um encontro pessoal com Jesus, que pode sustentá-los no tempo de tribulação.


Para o cristão, a passagem pela tribulação é uma oportunidade de vivenciar uma conversão pessoal, a partir de um esvaziamento de si mesmo (processo kenótico), para estar cheio de Deus. Aprender a lidar com as tribulações e sofrimentos é um credenciamento necessário para o seguimento de Cristo. Ele disse: “Se alguém que vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me” (Lc 9,23).


Trata-se de uma exigência do Senhor para os que querem segui-Lo; e Ele não abre exceção para ninguém,


 “Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meus discípulo”(Lc 14,27). Jesus não fez propaganda enganosa de um “cristianismo light e frouxo”, e sim deixou claro que deveríamos tomar a cruz a cada dia; aquela cruz que tantas vezes é motivo de reclamação, mas que Ele mesmo avisou que existiria.


Perceba que os ensinamentos de Jesus são válidos até hoje para mim e para você. Ele não enganou ninguém a respeito das exigências necessárias para ser um discípulo, um verdadeiro cristão.


É admirável a capacidade de sacrifício voluntário de tantas pessoas que possuem o objetivo de ganhar uma corrida, uma partida de futebol , um concurso de beleza, não medindo esforços para isso.


Entretanto, quando esse mesmo empenho é exigido na sua fé, as desculpas sempre aparecem, e ainda há quem diga que muita dedicação é sinal de fanatismo, o que nunca é dito quando se trata de novelas, barzinhos, jogos, Internet, carros, cosméticos e tantas outras coisas. Jesus, porém, proporcionou aos Seus discípulos segurança para o enfrentamento dessas realidades tão exigentes.


Um das frases mais repetidas por Jesus aos Seus discípulos, quando lhes ministrava um ensinamento, foi:


“Não tenhais medo”. Foi assim que Jesus exortou Pedro a ter coragem de caminhar sobre as águas do mar em tempestade:
“Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma!” E gritaram de medo.


Mas Jesus logo lhes falou: “Coragem! Sou eu, não tenhais medo!” (Mt, 14,26).


Trecho do livro “Fortes na Tribulação” de Padre Fabrício.
(Canção Nova – www.cancaonova.com)

sábado, 24 de dezembro de 2011

A impressionante vida de Padre Pio



 
Padre Pio, batizado com o nome de Francisco, nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina, aldeia situada a treze quilômetros da capital e da arquidiocese de Benevento, na Itália. Foi o quarto filho do casal Grazio Forgione e Maria Giuseppa Di Nunzio. Recebeu juntos os sacramentos da Crisma e da Primeira Comunhão, quando estava com doze anos.


Desde criança já fazia penitência voluntária, raramente brincava com os amigos, pois eles sempre falavam blasfêmias e isso doía muito em seu coração, então preferia ficar rezando em algum lugar mais escondido. Desde cedo sua aspiração de santidade foi de travar grandes batalhas entre a carne e o demônio, que já na infância lhe aparecia em sonhos de formas horríveis. Mais tarde, ao longo de sua vida, o demônio lhe aparecia de maneira direta.


Foi crescendo sendo muito amado pelos pais, irmãos, parentes e vizinhos. Entrou no noviciado aos dezesseis anos, no dia 06 de janeiro de 1903, na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone. No dia 22 do mesmo mês, vestiu o hábito de franciscano e passou a se chamar Frei Pio de Pietrelcina. Em 27 de janeiro de 1907 fez a profissão dos votos solenes.


Sua ordenação ocorreu em 10 de agosto de 1910, em Benevento. No ano de 1916 precisou, por motivos de saúde, ir para San Giovanni Rotondo onde permaneceu até sua morte.


Sua vida foi dedicada à redenção das almas, sendo quase constante sua permanência no confessionário por aproximadamente treze horas consecutivas, atendendo piedosamente aos fiéis que vinham até ele para se confessarem, muitas vezes vindos de muito longe.


Era extremamente caridoso, preocupava-se com os famintos, levando pão para eles, esforçava para aliviar os sofrimentos alheios e além de tudo, por ter vivido em época de guerra, e ter visto muitas pessoas mutiladas, doentes, decidiu arrecadar doações e fundar a Casa Sollievo Della Sofferenza (Casa Alívio do Sofrimento), um dos maiores hospitais do Sul da Itália, que foi inaugurado em 05 de maio de 1956, e existe até o dia de hoje, sendo mantido milagrosamente através de doações.


Padre Pio foi testemunha viva do extraordinário, pois além de dons preciosíssimos que recebera de Deus, como o Dom da Bilocação, o dom de conhecer o pensamento das pessoas, entre outros, recebera em seu próprio corpo os estigmas do Senhor. Por cinquenta anos trouxe em seu corpo as chagas visíveis de Cristo. Tudo suportava pela salvação das almas, unindo suas dores às de Jesus na cruz, por amor.


Notavam-se porém fatos importantes: o sangue que saía era de um agradável perfume e não coagulava e os médicos e estudiosos diziam que sua chagas eram sobrenaturais, pois não causavam infecção, não cicatrizavam e não aumentavam ou diminuíam de tamanho.


Sofreu insultos, calúnias, foi investigado, até proibido de celebrar Missas para os fiéis. Os médicos realizaram exames em suas chagas e disseram que se tratava de algo sobrenatural. Suportou com serenidade o sofrimento respondendo com silêncio às afrontas que lhe faziam, recorrendo à mortificação e a longas horas de oração. Dizia: “Se ao menos quisessem aproveitas as graças pelas minhas dores, se soubessem o preço que pago para resgatar tantas almas”.


Padre Pio tinha grande devoção pelos santos, em particular por São Miguel Arcanjo. Quando alguns de seus filhos espirituais e outras pessoas precisavam enviar mensagens com urgência e era difícil chegar junto ao Padre Pio, faziam o que este dizia: “Manda-me o teu anjo da guarda com a mensagem”. Os anjos eram visíveis para Padre Pio, assim como Jesus e Nossa Senhora, e por meio deles enviava as respostas de que seus filhos precisavam.


Foi um filho fiel à sua mãe igreja, amando-a com todo ardor e dando-lhe muitos presentes, entre eles, os primeiros grupos de oração, que em pouco tempo se espalharam pela Itália e posteriormente por todo o mundo.


Padre Pio tinha um desejo que sempre apresentava a Deus em suas orações: que todas as pessoas se salvassem, especialmente seus filhos espirituais e todas as pessoas que haviam buscado a sua cura sacerdotal.


Morreu no dia 23 de setembro de 1968 com oitenta e um anos e no dia 02 de maio de 1999 foi beatificado por João Paulo II, na Praça São Pedro, em Roma, onde também foi canonizado em 16 de junho de 2002, também por João Paulo II.


Os restos mortais de Padre Pio foram exumados no dia 03 de março de 2008, e foi constatado que seu corpo está quase intacto, sendo assim permitida a exposição do corpo e a visitação dos fiéis.




quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Incrível - Ex-atriz de Hollywood hoje religiosa de clausura compartilha história de fé



Em poucas semanas, os católicos da Califórnia poderão conhecer ao vivo o testemunho da Madre Dolores Hart, quem trocou sua ascendente carreira como atriz em Hollywood nos anos 60 por ingressar em um convento beneditino de clausura.



A Madre Dolores oferecerá a conferência central no Encontro Eucarístico Mariano da Califórnia a ser celebrado em Paso Robles nos dias 14 e 15 de janeiro do próximo ano.



A religiosa é uma premiada ex-atriz que participou de dois conhecidos filmes de Elvis Presley e ainda é membro votante da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a mesma que decide os prêmios Oscar.



"Sentimo-nos muito abençoados por sua vinda", afirmou o organizador da conferência, Pat Borba. "É um milagre tê-la. Pensamos que por ser de clausura isso jamais aconteceria".



O tema do evento é "A fé que move montanhas" no qual a religiosa oferecerá duas exposições tituladas "Como uma carreira em Hollywood me levou a fé" e "O ouvido do coração: Quando o Mestre Fala o discípulo escuta".



Em sua juventude, Dolores Hart foi uma conhecida atriz de teatro e cinema. Atuou na década de 1960 nos clássicos "Where the Boys Are", e interpretou Santa Clara no filme "Francisco de Assis" em 1961. Também interpretou o papel principal no filme "O Inspetor".



Ganhou um Prêmio Theatre World 1959 e uma nominação ao prêmio Tony por seu papel na produção de Broadway "O prazer de sua companhia." Segue sendo membro da Academia e é atualmente a única religiosa que vota nos prêmios Oscar. 
 Fonte:shalom