sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Em Defesa da Vida - O Sacramento do Matrimônio










Quando pegamos as Sagradas Escrituras nós vemos várias figuras, personagens, que nos dão a dimensão e importância que tem o matrimônio para Deus.Há livros inteiros na Bíblia que falam do matrimônio. Um deles é o cântico dos cânticos, que é um livro onde todo ele vai sendo falado, mergulhado sobre o amor do esposo com a esposa. Lá no livro tem a figura exata dos noivos e dos esposos. 





Nós sabemos que o livro dos Cânticos tem outra dimensão que é o casamento da Igreja com o seu esposo que é Jesus. Porém, o nosso casamento com o nosso cônjuge, o seu casamento com seu esposo, esposa, na verdade ele espalha esse amor que Deus tem por nós. Se pudéssemos pegar a dimensão do matrimônio e a mensagem de Jesus, os desígnios de Deus para nós através de Jesus e tudo o que Jesus nos dá através da Igreja em Jesus como cabeça, nós vamos perceber que um espelhou-se no outro. O nosso casamento é um espelho, um reflexo do amor de Deus por nós.





O matrimônio quando a gente pega São Paulo, Oséias, quando Deus fala para nós a figura do profeta, que havia constante desentendimento com sua esposa, percebemos que Deus quer levar o nosso casamento, o sacramento do matrimônio, para que seja vivido no Senhor. E iniciemos isso, lembrando a passagem das bodas de Caná. 





E Jesus está naquela belíssima festa de casamento onde já vão sete dias de festa, era assim que os judeus celebravam o casamento, e a uma certa altura acaba o vinho. Todos nós conhecemos esta passagem onde Jesus diz a Maria que não é chegada ainda a sua hora porque ela o está pedindo para solucionar o problema da falta de vinho; ela nem se importa muito com a resposta dele e se vira para os servos dizendo, fazei tudo aquilo que ele vos disser, vos mandar. 





E esse novo vinho que Jesus transforma vem para nos significar hoje, o sabor novo que Deus quer derramar no nosso casamento. É uma figura que sempre a Igreja traz para lembrar que no casamento pode até ter acabado o vinho, mas que, pela graça que há nele, do sacramento que existe nele, esse vinho é renovado e adquire um novo sabor. É um vinho que vem em abundância e com certeza é esse número maravilhoso de casais que estão aqui, é porque na sua vida você já provou desse vinho novo, com certeza. É isso que alegra o nosso coração, é porque vocês bebendo esse vinho que renova o matrimônio, apara as arestas, que nos faz buscar a Jesus Cristo.





Então, tudo começou lá naquele dia em que nós mulheres ficamos belíssimas vestida de branco... A maioria é assim, não é verdade? A maioria é aquela festa bonita, aquele preparo. Então tudo começou na celebração do matrimônio. O sacramento do matrimônio sempre ocorre dentro da santa missa, porque a celebração da ceia do Senhor atrai todos os sacramentos para ela. Dentro dessa missa, quando ocorreu o nosso casamento ocorreu o sacramento, na verdade quem ministrou o sacramento foi você e seu esposo. 





Você e sua esposa. No sacramento da penitência o ministro é o sacerdote que naquela hora representa Cristo. Porém no matrimônio quem ministra não é o padre e sim os noivos que são os ministros principais e o padre e as outras testemunhas e os convidados de uma maneira geral, estão ali para assistir e confirmar aquele sacramento. 





Mas o sacramento é ministrado pelos pelos noivos e daí tem uma importância fundamental do sacramento do matrimônio porque muitas vezes pode acontecer de as pessoas namorarem, noivarem, planejam casar-se, fazem mil planos para casar. Chega o dia do casamento, casam-se, constituem uma família, e muitas vezes passam a vida inteira ao longo do tempo de suas vidas ou muitas vezes passam um pouco de tempo de felicidade desfrutando daquela felicidade e começa a discórdia, e começa marido e mulher a se questionarem: será se era isso que eu queria? Não é bem assim, que estava pensando. Como fulano mudou. Ele não era assim. E muitas vezes não colocaram nem isso para fora verbalmente, mas de outras formas como intrigas, raiva... E às vezes aquilo está acumulado dentro de cada um deles. 





O que é que acontece? Começa desde aí, o ministro desse sacramento fui e o meu esposo. Deus é tão sábio, porque ele pede de nós que é para sempre até que a morte separe, e então desde o começo foi com a minha participação, marido e mulher ministrando aquele sacramento e ali representando a pessoa de Jesus e aí nasce a celebração do matrimônio. Porém, esse, além de ser a união entre marido e mulher para que juntos sirvam melhor a Deus, é também uma união onde marido e mulher vão gerar filhos para Deus. E na dimensão nossa aqui, o matrimônio deixa de ser a busca da minha felicidade individual e passa a ser a busca da vontade de Deus para a minha família e para os meus filhos. O matrimônio, para que aconteça de fato, tem que haver entre marido e mulher o que é chamado de consentimento. Primeiro tem que haver é o consentimento, segundo, a consumação.





O consentimento é o ato humano pelo qual marido e mulher se aceitam mutuamente dizendo aquela fórmula que todos nós já conhecemos na celebração. O casamento tem que ter esta fórmula. Fórmula que o marido diz para a esposa e essa para o marido "eu te aceito livremente como meu esposo para te amar, respeitar, na saúde, na doença, etc... Isso é o consentimento que não pode ser induzido onde não há a liberdade e a total consciência do que se está fazendo. 





Na hora do casamento, o sacramento é tão sério, tão profundo, que, primeiro: a Igreja instituiu que o ministro são os noivos; segundo: tem que ter esse consentimento de maneira livre. Esse consentimento produz o matrimônio, dali em diante estão casados, falta a consumação que se dá pelo ato conjugal. Só vão está casados de fato, quando tiverem o primeiro ato conjugal após o consentimento. Aí, sim, estão casados. Porque a Igreja dá o valor necessário que existe no ato sexual. Tem o seu valor primordial para a Igreja, porque o sacramento do matrimônio, é o único que existe que dá direito a uma pessoa "usar" o corpo da outra santamente. É o único que existe na Igreja, espiritualmente falando, de qualquer maneira, em qualquer linguagem que se fale, só se pode usar o corpo do outro através do sacramento do matrimônio. 





Usar o corpo de outro de qualquer outra forma, seria ilícito. Só podemos usar o corpo do outro através do sacramento do matrimônio, e isso é muito importante. Poderíamos agora falar um pouco da moral, dentro do matrimônio. Aí é o fundamento de tudo. Daí porque a Igreja zela pelo controle da natalidade; daí porque o papa pediu aos médicos cristãos para que encontrassem um método natural de controle da natalidade. Aí surgiu o casal australiano que nos trouxe o método de billings. Porque só o sacramento do matrimônio dá direito ao homem de usar o corpo da mulher santamente e ter prazer e vice-versa. Lógico, não ferindo a moral da Igreja, nem os outros aspectos que envolvem a sexualidade.





Então é importante que percebamos a graça, a dimensão do consentimento. Você consentiu, participou, esteve lá, aos pés do padre e disse: eu te recebo, e é para toda a minha vida! Você disse, eu disse, nós dissemos isso. Aquele padre ouviu isso em nome da Igreja, as testemunhas ouviram isso de nós em nome da sociedade. É como que algo mágico! Aquelas palavras que dissemos produziram o sacramento do matrimônio e esse, com o consentimento e com a consumação, existe para sempre. Porém, dentro do matrimônio tem o elemento essencial e a propriedade essencial. 





O que é o elemento essencial? São dois: primeiro casamos para ter filhos, segundo é um consórcio para toda a vida. Por exemplo, principalmente as mulheres, novas, bonitas, o corpo esbelto, e muitas talvez ouviram, eu já ouvi isso: "eu vou casar, mas vou pensar se eu vou querer ter filhos". "Eu não quero ter filhos, nós não vamos ter filhos". Para um casamento com esse pensamento e se persistir o pensamento, isso é um grave engano e pode ser que esse casamento não tenha existido porque de alguma maneira fere o elemento essencial ou a propriedade essencial, pode ser que o casamento nunca tenha existido. A Igreja não aceita o divórcio. O que acontece em alguns casos que são levados para o tribunal eclesiástico, e esse chega a conclusão de que não houve sacramento.

Então vamos lá. O elemento essencial, casar para ter filhos. Surje um problema de esterelidade ou coisa assim, mas, mesmo assim, há dentro do coração daqueles esposos um desejo de ter filhos. Nós casamos para ter filhos. O consórcio é para a vida toda. Não podemos, dizer de maneira leviana: "Eu vou casar, se não der certo, separo". Pode ser que uma pessoa pensando assim e insistindo nisso, que este casamento não exista, porque eu tenho que ter consciência de que é para sempre e disse lá na Igreja que era na saúde e na doença, na alegria e na tristeza... Acontece que quando vem a primeira doença, as vezes prolongada, começa a surgir o pensamento, ah não, eu casei para ser feliz não foi para se enfermeira, e coisas assim. Mas nós dissemos lá que era na dor, na doença, na tristeza, também. Então é para sempre, até que a morte nos separe.

Tem também no matrimônio a propriedade essencial. Primeiro a unidade dentro do matrimônio tem que ser um homem e uma mulher. Não pode haver entre os dois uma terceira pessoa, ninguém, ninguém interferindo entre os dois. Não quero falar aqui na dimensão das famílias que muitas vezes interferem; sogro, sogra, irmãos, pais... Não deixem ninguém interferir no casamento de vocês. Tem que ter a unidade , nem os filhos podem interferir. Existem muitos casos de esposas quando começam a ter os filhos que esquecem o marido, porque é algo que encanta é um tesouro, é maravilhoso, algo maior que nós. Mas muitas vezes o marido fica jogado em quarto ou quinto plano. 





Até que aquele pimpolhinho maravilhoso deixe de ser isso e fique um pimpolhão, dando trabalho que, aí, a mãe, "fulano, você precisa dar um jeito nesse menino". E o fulano já está para lá de Bagdá, porque enquanto aquele pimpolhinho ficou um pimpolhão, a mulher esquecia totalmente do marido. Então ninguém pode interferir entre marido e mulher, nem mesmo os filhos. Porque nós somos um, é com o esposo e esse é um, é com a esposa. Os filhos são frutos disso. Como tem lá no Salmo, os filhos são como flechas na aljava, vão ser lançados para longe. Tem que ser educados para serem homens e mulheres maduros para decidir a sua vida. Então, a propriedade essencial do matrimônio é a unidade. Mas essa unidade desse homem e dessa mulher, é no sentido de fidelidade. 





Por exemplo, o casal que casa e na época do sacramento, algum dos cônjuges tinha um relacionamento com outra pessoa. Relacionamento íntimo que após o casamento, persiste nessa relação isso não pode existir e acontecer porque quebra a unidade. Dentro do sacramento tem que haver essa dimensão e esse caráter da fidelidade. Esse casamento corre um sério risco de vida porque quando foi instituído o sacramento do matrimônio, quando a Igreja percebeu que existia esse elemento essencial e essas propriedades, à luz do Espírito Santo ela sabia que se não houvesse isso daí, era impossível viver aquela dimensão do matrimônio até que a morte os separe. Porque quem vai separar agora não é mais a morte , mas essa terceira pessoa. Então é a dimensão profunda que Deus quer da fidelidade. Deus mostra profundamente a fidelidade dele para a Igreja.

A outra propriedade essencial é a indissolubilidade. Se o casamento valeu diante de Deus, ele é indissolúvel.

Nada pode dissolver. E nada é nada. É tão nada, que os filósofos pararam para entender o que era o nada. E como não conseguiram entender, decifrar o nada, encontraram um nome bem bonitinho para ele, que é o niilismo. Nada é nada. Então se o casamento valeu, ele é indissolúvel, nada pode dissolver o nosso casamento. Sabe quando é que o nosso casamento se dissolve? Quando um dos dois não acredita no fundo da sua alma, que Deus dá a graça, que o casamento é indissolúvel, que eu assumi um compromisso diante da Trindade e foi um compromisso tão sério que Deus não colocou o padre par se comprometer no meu lugar ou para dizer a fórmula no meu lugar. Fui eu mesma, que ministrei o sacramento. No matrimônio foi você mesmo que quem ministrou o sacramento porque a partir do momento que você diz aquela fórmula, lógico, dentro de todo um contexto espiritual, dentro da celebração eucarística o casamento passou a existir.

Então, essa indissolubilidade muitas vezes dá-se o nome também de vínculo. É um vínculo que existe agora entre os dois. Há muitos casais que, dizem, se parecem até fisicamente, não é verdade? Ao longo do tempo, nós mesmos achamos isso. É um vínculo estreito que existe. É tão forte que os casais que se atreveram a se separar, porque isso é um atrevimento, é ser atrevido diante de Deus, é brincar diante de Deus, foi uma separação com dor, dolorosa, gera traumas. É um vínculo invisível que há. É algo que não podemos apalpar, mas existe. Os casais que se separaram foi a custa de muito trauma, de muita dor. Até mesmo a família... Há todo um contexto de dor, porque querem quebrar, romper um vínculo que Deus colocou. E como não rompe, porque é indissolúvel, há aquele constrangimento. E embora estejam separados fisicamente, e daí para frente decidam sua vida de maneira errada, o vínculo existe. Embora negado, rejeitado, o vínculo está lá. Porque faz parte da propriedade, é a essência do sacramento.

Antes de passar para a segunda parte, eu gostaria de dizer que os casais que percebam que houve algumas dessas coisas que eu coloquei, que são ditas até de maneira vã, basta que os dois, o casal, renovem o consentimento e fazer o compromisso diante de Deus de viverem o seu matrimônio santamente.

Então, quando é que pode acontecer faltar o consentimento? Pode acontecer quando há em um dos noivos a falta do uso da razão. Se houve algum problema de saúde e depois é constatado, aí houve a falta do consentimento, o erro de pessoa. As pessoas namoravam por correspondência e casaram por procuração. Alguns meses depois que vão s encontrar, caem de costas. "não, com essa daí eu não agüento. A vida toda? Não era esse retrato que eu recebia todo mês. Gente isso é real, vocês pensam talvez que eu estou querendo fazer vocês rirem, não é?. Aí manda a foto e fica se correspondendo. "Eu não sou muito maravilhosa, a minha colega aqui é. A gente tem até o mesmo cabelo preto, então me empresta a tua foto. E passa o namoro todo se correspondendo. O outro se empolga e casa por procuração. Isso pode ser causa do casamento não valer porque não houve o consentimento.

Em outros casos a pessoa queria casar com outro, contanto que ele tivesse saúde e quando ela casa, descobre que o marido tem uma doença como a lepra, por exemplo. Isso foi escondido dela propositadamente. Soubesse ela não sabia e ele tão pouco disse que era doente. Alguns que são estéreis e escondem isso, porque o outro deseja muito ter filhos. Nesses casos há aí uma falta do consentimento na hora ele consentia em casar, mas não sabia que estavam escondendo dela esse detalhe. Gente o casamento é para toda a vida e por isso, a Igreja exige que haja essa verdade, essa transparência. Não se pode esconder, simular, induzir a pessoa a ir para o casamento enganada. Ela tem o direito de saber com que está casando. 





Ela tem o direito de saber, quem é a outra pessoa e a partir daí, escolher porque é para toda a vida. Por exemplo, filhos adotados. Alguém quer casar e é filho adotivo. E ela pensa que é legítimo. E depois que casa descobre que foi enganada por aquela família, ele ou ela era adotado. Isso pode acontecer de ter aí a falta do consentimento. Eu dei meu consentimento, mas eu pensei que estivesse casando com filho legítimo. Aí a gente pensa que isso é uma tolice, mas não é, porque o casamento é tão sério que temos que saber com quem estamos casando. Tem que haver essa verdade, essa transparência. 





Tudo isso que estou falando é levado pela simulação. Mas, eles casam, há a consumação e tempo depois aparece uma doença, um fato novo, mas que não era simulação, algo escondido, não é motivo para achar que o casamento não está valendo pois tem que haver essa característica de simulação, de esconder a verdade. Tem que haver entre os noivos a transparência. Com quem eu vou casar, construir meus filhos... Partilhar como é que eu vou educar os meus filhos, haver esse aprofundamento, é toda uma vida que vai ser construída.

Há também o caso de medo. Isso aconteceu muito tempo atrás. Quem de nós ouviu falar da história do rapaz que casou obrigado, com o revólver. Ele não era livre. Isso pode ser também uma característica de falta de consentimento. Mas, mesmo que tenha acontecido alguns desses fatores na época do casamento, mas os noivos se amam, se querem, basta renovar o consentimento. A graça do matrimônio é imensa, ultrapassa o nosso entendimento. 





Casais onde há muita briga, tem muita dificuldades, tem que procurar alguém que ore por eles, mas é fundamental que renovem em sua vida particular, no seu relacionamento mútuo, aquelas palavras que foram ditas lá no altar e que tem uma graça e uma dimensão de cura interior profunda, porque é através dela que Deus instituiu o sacramento. Podemos até pensar que são palavras a mais, que são ditas ou algo para mexer com os sentimentos. Não é. Assim como a confissão renova as graças santificantes do batismo, renovar esse consentimento é renovar o matrimônio, é como que dar a ambos o começar de novo, resgatar a graça que foi dada no dia do sacramento é um resgate dessa graça.

Muitas pessoas vivem numa imaturidade tão profunda ou numa busca desenfreada de prazer, e num egoísmo tão grande que vemos um caso desses. Isso, infelizmente, é o reflexo da nossa sociedade. Muitas vezes é o reflexo dos nossos filhos que não são preparados, acompanhados e ajudados para tomar decisões na vida. E quem tem mais de 5 anos de casados com certeza sabe disso, que casamento não é brincadeira, é muito difícil, eu me pergunto se não é a vocação mais difícil de levar para Deus, mas não é. Quando queremos levar a coisa a sério diante de Deus começamos a perceber as dificuldades. 





E o casamento é maravilhoso, tem a graça de fazer homem e mulher uma só pessoa é o único sacramento que tem a graça de homem e mulher ser um só, mas tem desafios a vencer, como é que educamos nossos filhos? Acorda de manhã, tem tudo nas mãos, volta do colégio, tem tudo nas mãos. Ah ele não pode passar dificuldades. Na briga do colégio a culpa é do outro, levou, dê duas. Aí fulano pediu meu caderno, para que você emprestou? E vamos criando dentro do lar pessoas egoístas. Vamos vivendo em um ambiente onde os filhos não podem passar sacrifícios. Conheço uma família que eu fiquei abismada, que para fazer os 15 anos da filha, venderam carro, telefone, quando casa dá nisso. Não quer dizer que não houve casamento. É simplesmente fruto da sociedade; de uma má formação, má educação, da busca desenfreada de si mesmo.

Ninguém anula casamento. Não existe casamento anulado. O que existe é o tribunal reconhecer que o casamento nunca existiu. É diferente... Pode acontecer que ele nunca tivesse existido. Em todos os casos quando uma das parte está sofrendo de alguma forma, ela deve ir atrás do tribunal eclesiástico, mas quem vai decidir isso é a Igreja. Eu conheço um casal de perto, acompanhei todo o namoro e todo o noivado. Era um casal exemplar! Quando casaram, todos nós ficamos felizes com o casamento deles. 4 meses depois, se separaram. E realmente todo mundo ficou pasmo. E se questionando como podia acontecer isso... O certo é que depois um deles procurou um tribunal e em todo processo alguns amigos foram chamados para depor. Lá no tribunal foi analisado e é quase certo que o casamento deles nunca existiu. 





O que é que acontecia? Todas as vezes que ele procurava ela para o ato conjugal, ela saia provocando, vomitando, passando mal e tinha horror. E todas as vezes que ele procurava ela de maneira carinhosa, ela não suportava e se separaram. Houve consumação? Não houve. Ninguém pode julgar, falar, ninguém pode. Deus é quem tudo vê e deu à Igreja a sabedoria para analisar cada caso. E quando eu soube desse resultado, eu tive pena mas ao mesmo tempo glorifiquei a Deus. Fiquei realmente com muita compaixão, mas, ao mesmo tempo fiquei feliz porque não era a desestrutura que eu pensava, então cada caso é um caso.

Tudo que falei aqui, gostaria que ficasse fundamentado em nosso coração que temos uma graça muito grande em nosso casamento que é derramada por Deus constantemente. E devemos sim, renovar esta graça constantemente. Repetir a fórmula muitas vezes, na sua oração pessoal, de maneira individual, para nós mesmos. Precisamos alertar o nosso coração o quanto está egoísta, rejeitando o outro. Acontece muitas vezes que esquecemos que é para sempre, até que a morte os separe, porque conduz ao céu. Deus espera isso de nós, porque isso é uma maneira de servir a Deus também, de servir a Jesus.




Lágrimas no Silêncio








O drama das crianças seduzidas e abusadas.


Julio Severo


Recentemente, um jornal da Inglaterra noticiou: “Médico de família enfrenta sentença à prisão por ataques sexuais a pacientes menores e adultos. Timothy Healy, de 56 anos, drogava alguns de seus pacientes e então se filmava abusando deles enquanto estavam inconscientes. As vítimas, todas do sexo masculino, não sabiam que haviam sido abusadas até a policia procurá-las no ano passado. Alguns agora estão passando por aconselhamento”.


Casos assim revoltam. Tal revolta é justificável, pois abusar sexualmente de um adulto já é um crime horrível, mas praticar a pedofilia é um comportamento que chega aos limites do anormal. Pedofilia significa gostar de crianças, num sentido sexual. Já que um menino ou menina não está física, espiritual e emocionalmente preparado para se relacionar sexualmente, qualquer ato que conduza a criança ao sexo ou ao despertamento sexual constitui agressão ao desenvolvimento infantil. No caso do médico inglês, ele sentia atração homossexual pelos pacientes.


Em algumas situações, os pedófilos nem precisam drogar suas vítimas. As crianças de hoje estão tão expostas e acostumadas à nudez e cenas de sexo na TV que o terreno já está preparado para a aproximação de sedutores. Conversei recentemente com uma menina de 4 anos de idade e perguntei sobre as pessoas de quem ela gostava mais. 


Além do pai e da mãe, a resposta trouxe uma marca inconfundível do papel da mídia na vida das famílias: a menina me apontou uma artista de novela como seu alvo de admiração. A novela em questão é, em termos bíblicos e seculares, imprópria até para adultos, por seu desrespeito não só aos valores cristãos, mas também por sua agressão aos valores morais mais básicos. 


Outras meninas que conheço, da mesma idade, assistem à mesma novela e são expostas à sexualidade desenfreada de adultos que ainda não tiveram a oportunidade de ser salvos e transformados. Expor crianças a cenas de sexo também pode ser considerado abuso, num nível psicológico. Tal abuso prejudica o desenvolvimento normal da criança.


Há dois tipos principais de indivíduos que cometem atos sexuais contra crianças. Há os criminosos, que podem pegar qualquer criança desconhecida e violentá-la. E há os casos menos visíveis, onde o crime não é cometido por estranhos, mas por gente da própria família ou amigos íntimos da família.


Se uma menina de 10 anos fosse estuprada ao vir da escola, ela não teria o menor receio de revelar aos pais o que lhe aconteceu. A violência do ato não daria espaço para timidez. Mas as situações em que o estupro ocorre na família deixam a criança confusa e despreparada emocionalmente. 


Diferente do criminoso desconhecido que usa a força e a violência, o indivíduo que deseja sexualmente uma criança da família recorre a seduções e enganos. A sedução também inclui outros atos sexuais, tais como carícias, assédio sexual e exibicionismo, em que o indivíduo tira toda a roupa na frente da criança ou lhe mostra os órgãos sexuais. Todas essas experiências deixam cicatrizes emocionais que acompanharão a criança pelo resto da vida.


Embora o indivíduo que se aproveita de uma criança da família utilize truques de carinho e afeto para conduzir a criança a uma experiência sexual, é preciso esclarecer que a afeição física normal entre os pais e seus filhos não é errado. Segurar a mão, abraçar e beijar no rosto são gestos de amor normais e indispensáveis numa família saudável. Com tal demonstração de afeto, as crianças conseguem aprender a experimentar o acolhimento e segurança que Deus projetou para a família.


Raramente alguém precisa utilizar a força ou ameaças violentas para se aproveitar de um menino ou menina ou para impedi-los de contar “o segredo”. Embora seja inocente, depois de uma experiência de sedução a criança se sente suja, envergonhada e “estranha”. Ela não entende o que aconteceu, mas sente que há algo muito errado na situação.


Dor e Segredo dentro da Família

Conheci uma jovem que por muitos anos viveu uma vida de confusão e tragédia em seus relacionamentos pessoais. Ela tinha dificuldade de fazer amizades saudáveis, mas não porque tenha nascido desajustada. Todo problema tem uma causa. Quando tinha 11 anos, seus pais, que eram evangélicos, visitaram parentes e, num dia em que foram passear, deixaram a menina com os primos. 


Os pais da menina relutaram, mas acabaram permitindo que sua filha ficasse na casa, com a convicção certa de que entre parentes nada de mal poderia ocorrer. Lamentavelmente, ocorreu. Os dois primos, mais velhos que ela, colocaram em prática sua curiosidade sexual e envolveram a menina em experiências que desviaram completamente sua rota de uma sexualidade saudável. Os rapazes não eram tarados, mas como diz o ditado: “A ocasião faz o ladrão”. A menina não conseguiu reagir com força aos avanços sexuais porque já estava acostumada à nudez. Seus pais, seguindo conselhos de psicólogos, costumavam expor a própria nudez aos filhos.


Sua “iniciação sexual” aos 11 anos a deixou vulnerável e aberta a outros sedutores. Já com 13, ela começou a ser usada sexualmente por homens adultos. Embora tais experiências tenham alterado sua vida para pior, ela nunca revelou aos pais o que aconteceu. O caso dessa jovem representa, de forma real, o drama em que vivem as crianças que são seduzidas por gente da família e depois passam o resto da vida caladas, com seu segredo e dor.


Em geral, as vítimas de abuso sexual dentro da família são meninas de 8 a 12 anos. Nessa idade, a experiência sexual tem conseqüências que duram muitos anos. Em recentes estudos, 70% dos presidiários e 90% das prostitutas afirmaram, em entrevistas numa pesquisa, que haviam sofrido abuso sexual quando eram crianças.


Ainda que as meninas costumem ser o alvo mais comum dos sedutores, os meninos também podem ser vítimas. Uma mãe evangélica foi fazer compras no centro da cidade e deixou seu filho de 8 anos com uma amiga evangélica. Não poderia nem deveria ter ocorrido nada de anormal, pois havia ali uma amizade de confiança. Mas essa amiga tinha um filho maior de 18 anos que levou o menino para passear, seduziu-o e o usou sexualmente. 


Depois de tal experiência, o menino passou a sentir confusão sexual e vergonha e jamais contou aos pais sobre o abuso sofrido. Uma opressão espiritual começou a pressioná-lo em direção ao homossexualismo. Assim como no caso da menina abusada aos 11 anos, o menino também viveu com seu segredo e dor. Ele só não foi arrastado para um estilo de vida homossexual porque teve um encontro forte com Jesus. Mas a menina passou a viver uma vida de desilusões com o sexo masculino.


A maioria esmagadora dos homens e mulheres que carregam na alma as feridas do abuso sexual cometido por amigos ou familiares são vítimas silenciosas. A vergonha e humilhação são tão grandes que muitas vítimas não conseguem procurar socorro. 


É importante compreender que a sedução pode ocorrer de diversas maneiras. Mas em geral a criança ou adolescente é seduzido de algum modo para estimular sexualmente outro indivíduo que é adulto ou consideravelmente mais velho do que a vitima ou alguém que tem algum tipo de controle ou autoridade sobre a vítima. O contato sexual envolve toques físicos que estimulam sexualmente o sedutor ou a vítima. Alguns tipos de abuso:


· Contato sexual direto com a vítima, com ou sem força.

· Atos de carícia, toque e manipulação na área sexual ou nos seios.

· Beijar ou tocar partes do corpo da vítima, com ou sem roupa, para criar estímulo sexual.


Outros tipos de abuso não envolvem toques, mas deixam marcas psicológicas na vitima:


· O sedutor fica deliberadamente observando uma criança ou adolescente sem roupa.

· O sedutor expõe a vítima a imagens sexuais — fotos de pessoas nuas, literatura ou vídeos pornográficos ou a exibição de seu próprio corpo — para quebrar a resistência da criança e provocar estímulo sexual.


As conseqüências atingem as emoções e o corpo, que pode experimentar dor e ferimentos no ato do abuso (sem mencionar doenças venéreas), e podem deixar a vítima seriamente vulnerável a vários tipos de opressão espiritual.


Riscos & Conseqüências

Os fatores de risco para a criança envolvem a ausência de um pai natural em casa, um pai que foi violentado na infância e falta de supervisão dos pais. No entanto, até mesmo crianças criadas por pais atentos num lar saudável podem se tornar vítimas de um parente, vizinho ou outro adulto em quem a família confia.


Uma das tarefas mais delicadas e desagradáveis dos pais é prevenir os filhos a tomarem muito cuidado com os perigos aí fora na rua. Mas como prevenir a criança de que alguns desses mesmos perigos também ocorrem fora das ruas? Para sua própria proteção, a criança precisa ser ensinada que ela não pode confiar em ninguém, mesmo em adultos conhecidos da família e mesmo em homens de quem ela goste. Alguns pedófilos têm um jeito especial com crianças — eles sabem agradar e brincar com elas e sabem como demonstrar afeição e atenção. [3]


O abuso sexual ocorre em famílias de todos os níveis sociais — não só entre as pessoas pobres que não vão à igreja. Não é fácil identificar uma criança abusada, pois a maioria tem medo e vergonha de revelar o que aconteceu, principalmente quando o pedófilo é alguém de confiança da família. Não é fácil também identificar um pedófilo, pois muitos podem parecer gente importante nos meios sociais e na igreja. Em geral, seus atos de sedução ficam escondidos e nunca chegam ao conhecimento das autoridades e dos pais da vítima.


Pessoas que sofreram sedução na infância carregam em segredo feridas na alma. Elas não têm coragem de revelar seus sofrimentos e lutam contra os traumas secretos que interferem com seu crescimento espiritual e relacionamento com outras pessoas. Muitas vítimas, como conseqüência direta de uma experiência de abuso sexual, passam a experimentar:


· Baixa auto-estima e sentimento de vergonha. O sentimento de que elas também são culpadas do que aconteceu. O sentimento de que há sempre algo errado com suas vidas e de que elas são “menos importantes” do que as outras pessoas.


· Vício de drogas e álcool.

· Problemas sexuais, tais como aversão ao sexo ou desejos incontroláveis de ter sexo.

· Problemas para estabelecer relacionamentos saudáveis com outras pessoas e com o cônjuge.

· Depressão.

· Desordens obsessivas/compulsivas, como comer demais, bulimia ou anorexia.

· Facilidade para fazer amizade e ter relacionamento com indivíduos que tiram proveito sexual.


Muitos acham estranho o fato de uma jovem seduzida na infância ter inclinação para se envolver justamente com “amizades” que se aproveitarão dela sexualmente. Como explicar tal inclinação? John Wimber, ex-professor do Seminário Fuller, comenta: “Os demônios ganham um ponto de entrada na vida das pessoas através de várias maneiras. 


Ódio de si mesmo e de outros, vingança, falta de perdão, desejos sexuais descontrolados, pornografia, comportamentos sexuais errados, várias perversões sexuais e abuso de álcool e drogas geralmente abrem a porta para influências demoníacas”. [4] Infelizmente, as conseqüências podem não atingir só os sedutores. Wimber diz: “Provavelmente, [os demônios] ganham acesso a meninos e meninas que são vítimas de abuso”. 


[5] Muito embora não tenham culpa alguma da crueldade que sofreram, as vítimas de abuso passam a viver uma vida de mágoa, revolta e desprezo por si mesmas. Demônios podem se aproveitar dessa situação de trauma e começar a exercer influência de opressão e desestruturação. Isso explicaria o motivo por que muitos jovens violentados na infância acabam se envolvendo em prostituição, vários tipos de comportamentos sexuais errados, bruxaria e relacionamentos prejudiciais. Alguns até passam a cometer os próprios abusos que sofreram.


Sinais de Abuso


É fácil ignorar os sinais de que algo pode não estar bem numa criança ou adolescente, mas ignorar a realidade não vai ajudar quem foi prejudicado. Não há a necessidade de suspeitar de tudo e de todos, mas é preciso que sejamos sensíveis e alerta com relação a uma criança ou adolescente em necessidade, pois o problema é tão silencioso que nossa ação pode representar o único modo de a vítima ser liberta e escapar da ameaça de continuar sendo abusada. Cada situação é diferente, mas há indícios que revelam que uma criança pode estar passando por um problema.


· A criança fala ou mostra conhecer coisas de sexo que não é natural para sua idade ou então expressa afeição de um modo que não é normal para uma criança. Se uma criança é pega ensinando outras crianças brincadeiras relacionadas a sexo, ela pode estar apenas repetindo o que ela mesma viveu em alguma situação.


· Depressão, inclusive idéias de suicídio.

· Extrema timidez.

· Problemas para dormir, inclusive pesadelos, que ocorrem com mais freqüência do que seria normal.

· Mudanças repentinas e extremas de comportamento, tais como perda de apetite, isolamento social, problemas nos estudos na escola e medo de adultos, principalmente quando a criança não gosta de ir a determinado lugar ou passar tempo com determinada pessoa.

· Medo de ficar só.


Nossa responsabilidade


Se você sabe ou suspeita de um caso de abuso sexual na sua família ou outro lugar, você precisa agir! Você tem a responsabilidade de levar o caso às autoridades: “Não participem das coisas sem valor que os outros fazem, coisas que pertencem à escuridão. Pelo contrário, tragam todas essas coisas para a luz”. (Efésios 5:11 BLH) Se uma criança lhe contou que foi abusada, é muito importante que você ofereça apoio, amor e segurança. Em primeiro lugar, acredite no que a criança disse. 


As crianças quase nunca mentem sobre essas coisas. Mas tome cuidado com sua reação, pois a criança poderá pensar que sua revolta e choque são contra ela. Diga a ela que ela não fez nada de errado e que você está contente que ela lhe tenha revelado o segredo. Depois de tudo, procure assistência imediatamente. Se o caso não for denunciado, há o sério perigo de que o sedutor venha a fazer outras vítimas. Se você não sabe o que fazer, procure alguém da justiça e peça orientação.


É melhor prevenir do que remediar


O Dr. James Dobson aconselha: “Não acho que seja uma boa idéia deixar seus filhos de ambos os sexos aos cuidados de rapazes adolescentes. Eu também não permitiria que meu filho adolescente cuidasse de alguma criança. Por que não? Porque há tanta coisa ocorrendo sexualmente dentro dos adolescentes do sexo masculino. O impulso sexual nos meninos está no auge da vida entre a idade de 16 e 18. Sob essa influência, crianças já foram gravemente prejudicadas por ‘bons meninos’ que não tinham intenção alguma de fazer mal, mas que foram levados pela curiosidade a experimentar e explorar”.


A chave para proteger seus filhos é se comunicar com eles de modo aberto e sincero em todas as áreas — não só na área sexual. É importante que seus filhos saibam que eles podem vir conversar com você sobre qualquer coisa. Passe tempo diariamente com eles para descobrir como eles estão indo e como estão se sentindo — e deixe-os falar enquanto você presta atenção.


Ensine seus filhos que se alguém lhes disser “Não diga para ninguém”, “A mamãe via ficar furiosa se souber” ou “É um segredo”, eles devem procurar você imediatamente. Ensine que você vai ficar contente quando eles lhe revelarem situações desse tipo e não se esqueça de realmente demonstrar sua alegria quando eles lhe procurarem.


Uma idéia muito boa é você conversar com seus filhos sobre “toques bons”, “toques maus” e “toques que confundem”. Você pode simplesmente explicar: “Toques bons fazem você se sentir bem, como um abraço da mamãe ou segurar a mão do papai. Os toques maus fazem você se sentir mal. Toques que confundem podem parecer bons no começo, mas depois fazem você se sentir mal ou estranho por dentro, como se você estivesse sentado no colo de um homem e ele começasse a tocar em você em lugares de que você não gosta. Ou então no caso de alguém que pede que você lhe toque numa parte do corpo que assusta você”.


Converse com seus filhos calmamente sobre essas coisas. Ensine-lhes que eles sempre devem dizer NÃO e procurar você imediatamente. Uma criança precisa aprender dos pais que Deus criou o corpo dela e que o corpo dela é belo. Mas Deus deu o corpo dela para ela, e ela deve ser ensinada a não deixar ninguém tocar em seu corpo de um modo que a faça se sentir estranha ou com medo ou a faça sentir algo ruim.

Palavras de João Paulo II aos Jovens














“Na realidade, é Jesus quem buscais quando sonhais com a felicidade; é Ele quem vos espera, quando nada do que encontrais vos satisfaz; 


Ele é a beleza que tanto vos atrai; é Ele quem vos provoca com aquela sede de radicalidade que não vos deixa ceder a compromissos; 


é Ele quem vos impele a depor as máscaras que tornam a vida falsa; é Ele quem vos lê no coração as decisões mais verdadeiras que outros quereriam sufocar. 


É Jesus quem suscita em vós o desejo de fazer da vossa vida algo de grande, a vontade de seguir um ideal, a recusa de vos deixardes submergir pela mediocridade, a coragem de vos empenhardes, em humildade e perseverança, no aperfeiçoamento de vós próprios e da sociedade, tornando-a mais humana e fraterna” (João Paulo II).


Fonte: gente de fé

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Será que estamos preparados para Servir?









Vi uma explicação sobre pregadores que muito
me chamou a atenção, através de uma historinha que mostra muito bem o contexto
em que vivemos nas diversas igrejas, sendo uma realidade, que tem ocasionado
tantos conflitos, Eu particularmente, estou a 22 anos tentando prosseguir na
caminhada e sempre o que vi, foi isso.  Analise:





“Imagine
o seguinte cenário. Você está esperando uma cirurgia muito delicada no seu
cérebro. Já procurou um hospital bem conceituado nesse ramo, e consultou um dos
melhores cirurgiões do mundo, quem marcou a cirurgia tão crítica para a sua
vida.





No dia marcado, você já
está na sala de cirurgia, esperando a chegada do cirurgião. De repente, uma
enfermeira entra e explica que o cirurgião passou mal e não poderá realizar a
sua cirurgia. Mas, para não perder a oportunidade, procurariam outro cirurgião
para substituí-lo. Ela pede a sua compreensão, enquanto outra enfermeira
procura alguém para fazer a cirurgia.





Ao
mesmo tempo, a segunda enfermeira interrompe a apresentação de um colega a um
grupo escolar fazendo excursão no hospital. Ela explica aos alunos:
"Olhem, o problema é que Dr. Experiente passou mal, e precisamos de alguém
para fazer a cirurgia no lugar dele. Alguns de vocês certamente já sonharam em
ser grandes médicos.





Alguém quer substituir
o cirurgião hoje?”Um dos alunos levanta a mão e se encaminha para a sala de
cirurgia, disposto a abrir a sua cabeça e começar a cortar o seu cérebro. O que
você faria?





Agora
pode acordar do pesadelo! Nem conseguimos imaginar uma coisa tão absurda. Uma
pessoa totalmente despreparada fazendo cirurgia no cérebro de outra pessoa? Que
idéia ridícula!





O
que parece absolutamente ridículo no contexto de um hospital acontece com
bastante freqüência em muitas igrejas hoje. Pessoas despreparadas são
convidadas a pregar ou ensinar, e acabam assumindo responsabilidades sem ter
condições de cumpri-las. O resultado pode ser pior do que uma cirurgia cerebral
feita por um aluno do ensino médio.





Ensinamento errado, sem base adequada nas
Escrituras, pode ser eternamente fatal. Qualquer pessoa que abre a Bíblia e a
sua própria boca tem a obrigação de se preparar para falar a verdade em amor
(Efésios 4:15-16).


- por Dennis Allan D119”





Essa história meus irmãos,
por mais absurda que seja, é o que ocorre nas nossas


comunidades.





O que fazer diante de
um quadro crítico como esse? O que fazer diante de um erro que tem se
perpetuado? Porque há tanta cegueira espiritual e surdez espiritual? Podemos
atribuir a culpa só ao maligno como muitos preferem dizer? 





Não. Não é isso. Se
analisarmos a história dos apóstolos veremos que eles passaram pelos mesmos
problemas que nós. Com uma única diferença, eles aceitaram a correção do Senhor
e passaram a viver baseados na palavra e não baseados nas suas próprias convicções,
nos seus próprios desejos. Eles deixaram se moldar por Cristo.





É bem verdade, que
temos que verificar o contexto histórico e tantas outras coisas, mas no geral,
eles se renderam ao mestre, tanto que Pedro chegou a dizer que não era digno de
morrer como o mestre. E morreu crucificado de cabeça para baixo.





Achei interessante além
dessa historinha que o mesmo autor escreveu e acho vale para todos nós é sobre
a preparação que devemos ter para servir. Observemos:


“Jesus
Enfatizou a Preparação





Várias
parábolas de Jesus ensinam a importância da preparação. Talvez a mais conhecida
seja a das dez moças que esperavam o noivo chegarem à festa de casamento
(Mateus 25:1-13). As moças insensatas, que não se prepararam adequadamente, não
entraram na festa. As prudentes se equiparam para esperar o tempo necessário, e
tiveram a alegria de participar da festa.





As
ilustrações de construir uma torre ou enfrentar um inimigo em guerra também
mostram a necessidade de se preparar bem para sermos discípulos de Jesus. O
despreparado, muitas vezes, desiste no meio do caminho, e não chega ao seu
destino. Pode até sofrer uma terrível derrota. Leia Lucas 14:25-33.





Além
de suas parábolas, Jesus ensinou sobre a preparação na prática. Alguns dos seus
discípulos o acompanharam constantemente, aprendendo com o Mestre. Desses, ele
escolheu os doze apóstolos que tiveram um treinamento mais intensivo ainda.
Quando procuraram alguém para tomar o lugar de Judas Iscariotes, escolheram
entre os homens que acompanharam a Jesus durante todo o seu ministério (Atos
1:21-22). Os apóstolos foram especialmente qualificados para falarem de Jesus
(Hebreus 2:3-4).





Os
seguidores de Cristo devem se preparar para lhe servir, especialmente para
ensinar o evangelho aos outros. Os que não crescem espiritualmente são
criticados por sua negligência e imaturidade espiritual (Hebreus 5:12 - 6:3).
Ao mesmo tempo, devemos lembrar que Deus não quer servos despreparados
ensinando além do seu conhecimento: 





"Meus
irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber
maior juízo"
 (Tiago 3:1).
Tomando esses versículos juntos, percebemos que Tiago não está dissuadindo
discípulos do trabalho importante de ensinar a palavra. “Ele destaca a
importância de preparação e controle da língua, sempre tendo cuidado de não
ultrapassar a palavra do Senhor (veja 2 João 9).”





Portanto, há uma
necessidade de conscientizarmos que precisamos nos render à misericórdia do pai
e aceitar a correção do Senhor, lembrando que essa correção na maioria das
vezes, vem através do nosso irmão.





Que na maioria das
vezes expulsamos Jesus, na pessoa do irmão, quando essa correção chega, sem
tomar consciência de que aquele mesmo irmão conviveu comigo, ceou comigo e que
de repente inconscientemente e de uma forma “aparentemente” boazinha, expulso
aquele que também é filho de Deus da minha vida, porque Deus o utilizou para me
mostrar quem eu sou. E para isso uso outros recursos que não são os que
normalmente todos fazem, porque afinal sou da Igreja, então uso de uma falsa
humildade interior transparecendo a sabedoria, o amor, a fraternidade, mas
dando tiros com o olhar, dando tiros com a forma de expressar.





Fiquemos atentos para não
cairmos nas tentações dos líderes, fiquemos mais atentos ainda, para perceber
que quando assim agimos estamos ferindo não é o irmão, é o próprio Jesus, que
morreu numa cruz por todos nós e que ele próprio disse a Pedro que se Pedro (o
servo) não deixasse ele (o mestre), lavar os seus pés, não teria parte com ele.





Que quis Jesus dizer
com isso? Sempre olhamos esse texto bíblico do lava pés como um sinal de
humildade. Que há duas parte uma que obedece e outra que manda.





Mas não é só isso, meus
amados, o Senhor com essa passagem nos leva muito mais além, ele aqui nos dá
também uma visão de acolhimento, pois quis também mostrar que quando alguém não
está bem, está nervoso, triste, decepcionado, seja o que for e que por circunstâncias
forem que desviou o seu foco, cabe a outra parte ter compreensão, relevar,
lavar os pés, lavar aquela lama que rodeou o irmão, lavar aquela sujeita, lavar
aquele ferimento e nesta circunstância de desespero do outro não há alternativa
a não ser lavar os pés, é ter uma atitude de servo, mesmo você sendo mestre ou
vice e versa.





Só quem conhece a
palavra pode fazer isso, só quem está no caminho da maturidade pode fazer isso.


Daí a importância de um
coordenador, pois o outro por mais importante que seja numa pastoral, ele
quando perceber o outro o rejeitando, quando perceber o outro lhe dando coices,
quando perceber que não está sendo mais bem vindo pode ter a certeza que ele
vai embora.





Uma forma de um pastor
saber se está conseguindo pastorear da forma correta, é ele saber se as suas
ovelhas o estão seguindo com amor. Se no seu rebanho muitas ovelhas estão
saindo feridas ou não feridas, mas saindo. Analise dentro de você e não se
desespere porque há uma solução.


Jesus é a solução.
Passe a rezar mais, a perguntar ao Senhor qual é a vontade dele e o que ele
faria se estivesse no seu lugar.





O que Jesus faria se
estivesse no meu lugar nessa situação? Não coloque a palavra acho, ou penso.  Seja honesto com você mesmo. Há pessoas que até
nisso tentam tapear.


Vivereis a verdade e
ela vos libertará. Você tem mentido muito? Lembre-se, no céu não entra nenhum
mentiroso.





O Servo
que ama realmente (coração + mente + vontade) ama para sempre e continuará fiel
(não há contradições).









O amor
verdadeiro está sempre crescendo, quanto mais amo o Pai Celestial, mais sinto
necessidade de amar o meu próximo e de forma natural, não forçada.





Precisamos dar um jeito, a coisa é séria! 





Portanto, concluímos que mesmo não estando ainda preparados para servir, é nosso dever buscar a verdade dentre de nós, não desanimarmos e pedir ajuda aos mais experientes, ler mais, rezar mais, para que assim possamos cumprir com êxito a nossa função ou missão comunitária. Que Deus nos conceda a graça de não só
falar sobre o mestre, mas de ter forças para viver e passar pelo mesmo caminho
que Jesus passou. Viver como ele viveu.








Augusta Moreira dos
Santos

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"O Homem a Procura de Seu Deus "




A Resposta do Homem


1. O homem é um ser religioso (um ser que transcende)


O homem, esse ser limitado por aspirações ilimitadas, é uma
pessoa em contínua busca .


Busca de si mesmo -
Se tem a coragem de descobrir a própria identidade, percebe imediatamente a
necessidade de estender para bem mais alto a sua busca. (O homem tem
necessidade de saber que é. Não pode viver, descobre que sentido tem sua vida)


Busca de Deus - O
homem não poderá furtar-se a essa busca constante de Deus. Aliás, foi o próprio
Criador quem depositou no coração do homem esse desejo e essa constância.


Se realmente buscar Deus, não há dúvida de que o homem o
encontrará, porque o próprio Deus irá ao encontro dele...


Dividiremos esse caminho de busca, em três
fases
:(do homem velho p/ o homem novo)


1a. fase - Desestruturante


2a. fase - Subliminal


3a. fase - Reestruturante


Para se estabelecer um relacionamento com Deus é preciso,
antes, estar dispostos a uma ação de desestruturação.


2.1 - Desestruturação:


para depois iniciar de verdade um processo de conversão.
(Morte do homem velho).


O que é:


* Quer dizer tirar os fundamentos, fazer uma derrubada
radical. ( Mt 9,16-17; Mt 16,24-26; Mt 19,16-22 ).


* Não colocar vinho novo em odre velhos.


* Não teimar em remendas, durante toda a vida, roupa velha
e esfarrapada.


* Ter coragem de despojar-se das idéias erradas que temos
sobre Deus e sobre o relacionamento com Ele ( tirar todas as ilusões ), para
depois iniciar de verdade um processo de conversão.


2.1.1 - As
ilusões na Vida Espiritual
: despojar-se das idéias erradas que temos sobre
Deus e sobre o relacionamento que temos com Ele.


Nesta busca de Deus o homem poderá chamar "deus"
o que é ídolo ou poderá iludir-se de estar buscando Deus.





Cada um de nós imagina Deus de uma forma. Todavia, temos
certeza de que essa imagem é a verdadeira? Podemos nos enganar também quanto à
experiência que desejamos fazer de Deus? É possível enganar-se. Todavia, a
Palavra de Deus nos oferece também o modo de sair desse engano.





Jesus respondeu ao escriba que o interrogava acerca do 1o.
Mandamento.


Mc 12,30-31 - "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças e
amarás o teu próximo como a ti mesmo".


Para fazer uma experiência autêntica de Deus requer-se o
homem total:





A harmonia interior com:


- seu coração


- sua mente unificação do homem todo


- sua vontade


Todas as faculdades humanas devem ser mobilizadas, e no
grau máximo.


2.2 - A profundidade da própria experiência: é preciso amar Deus com a "totalidade" do
nosso ser, comprometendo nossa mesma vida por Ele.


Estas duas condições estão intimamente interligadas (uma é
a causa da outra). Só é possível amar Deus com todo o coração, se também as
demais faculdades se dispõem, juntas, a abrir-se para o amor.





Quando há bloqueio em um dos dois movimentos, o outro
também fica bloqueado e surgem, então, os enganos" acerca de Deus.
(Procura-se aquele Deus que satisfaz o coração ou recompensa a vontade, ou
ainda, convence a mente)


Ilusões que podemos ter:


1. A ilusão sentimental


2. A ilusão moral


3. A ilusão intelectual





Ilusão sentimental - (todo coração)


- É típica de quem acredita ser suficiente ou sobremaneira
importante para conhecer a Deus, senti-lo interiormente.


- Absolutiza-se o dado sentimental


- Reduz-se o amor a uma emoção agradável.





Conseqüências:


1a. - A experiência com Deus será instável:


- Momentos de grandes entusiasmos com outros de frieza e de
descompromisso, com pouca capacidade de reação desta forma.





- A pessoa acredita que reza bem apenas quando experimenta
certo gosto, quando experimenta a presença de Deus, por isto será levada a
rezar somente quando "tem vontade".





- Poderá até chegar a confundir as suas sensações com
experiências místicas ou quase místicas, e, as vezes, até pretendê-las.





Devemos procurar o Autor das Consolações e não as
consolações simplesmente.


Mt 26,41 - Orai e vigiai ( não só quando se gosta )


I Tess 5, 16-17 - Orai sem cessar


- Não suporta os silêncios e as ausências de Deus. Não
entende que é bom para ela Deus se ocultar, de vez em quando (Jo 16,7), ou
finja que se vai (Lc 24,28), ou ainda, não se deixe encontrar onde ele teima ou
sonha querer encontrá-lo (Mt 16,21-23). Não consegue viver tais momentos como
tempo favorável de purificação de seu desejo de Deus.





2a. Será uma experiência ilusória:


Mt 7,21 - "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor,
entrará no Reino dos céus".


A vontade e a mente não tomam parte, praticamente, desse
monólogo sentimental.





3a. Será uma experiência contraditória:


Porque não só não provoca a conversão da vontade e
da mente, como nem mesmo conduz a umverdadeiro e apaixonado amor a
Deus (significa envolvimento total).


Amor verdadeiro é infinitamente muito mais
de uma simples emoção fugaz e superficial.


Quem ama realmente (coração + mente + vontade) ama para
sempre e permanece fiel ( não existem contradições).





Esse amor verdadeiro é sempre crescente, quanto mais se ama
a Deus, mas se sente como um dever, como uma coisa natural amar o próximo. (
amor platônico )


Quem ama dependente só dos sentimentos ama pouco a Deus
porque este amor é platônico e inconsistente e consequentemente nem terá um
grande amor ao próximo. Pouco ama porque se refugia noespiritualismo
desencarnado.





Ilude-se que ama a todos mas na realidade não ama a ninguém
ou se ama é com interesse por alguma coisa ( ama de forma insistiva, esperando
obter afeto ).


Mt 19,20 ( jovem rico ) - O que mais me falta?


Ilusão moral


A vontade é absolutizada. Para se ter uma experiência com
Deus basta realizar determinadas coisas, observar um determinado código de
comportamento moral, celebrar certos atos de culto, impor-se uma ascese...


Este é um relacionamento invertido homem __________ Deus. O
verdadeiro relacionamento é


Deus ___________ homem, o Criador voltado para sua
criatura. (É apenas um dom de Deus )





Ninguém alcança Deus pelas suas próprias forças. O homem
não pode fazer tudo sozinho. O homem só pode dispor-se a receber Deus com
gratidão, com plena consciência dos seus limites e com alegria pelo perdão
recebido.


Conseqüências:


1a. Não sabe agradecer,
porque acredita que tudo o que possui é fruto de seus esforços e de suas
renúncias.


Deseja ser santo para espelhar-se numa imagem positiva de
si mesmo e obter salvação.


Faz de sua virtude (verdadeira ou presumida ):


- um ídolo do qual se vangloria (Lc 18,9-17);





- um título merecido para se sentir bem com Deus e superior
aos irmãos (auto-justificação e não auto-transcedência);


- observa só a regra (legalista-perfeccionista);


- não se gasta, e mesmo que o faça é apenas para sentir-se
um herói ou uma vítima;


- Deus é aquele que premia ou castiga de acordo com rígidos
critérios de justiça (humana), bem (Lc 15,11-22; Mt 20,1-16) diferente do Pai
amoroso do Filho Pródigo.





2a. É incapaz de reconhecer as próprias limitações (porque se acha muito capaz).


- tenta negá-las, minimizá-las, projetá-las sobre outra
pessoa ou até de eliminá-las;


- não sabe descobrir:


- nem seu pecado


- nem a misericórdia gratuita de Deus





- não consegue experimentar a graça de Deus, a paternidade
de Deus


- acha absurdo viver a pobreza como ocasião de graça, em
que poderia sentir-se amado, remido, perdoado pela ternura infinita do Pai (em
1, 99 justos)


3a. Insiste continuamente e com força cada vez maior, sobre
o fato de observar a lei à risca, tornando-se legalista-perfeccionista, o que
acarreta:


- ser rígido consigo mesmo e com os outros (externamente),
porém não sente nem amor, nem entusiasmo (internamente);





- a sua frieza o torna incapaz de usufruir da vida;


- sua opção vocacional é uma triste rotina, porque não
consegue apaixonar-se nem viver uma intimidade profunda com o que tem valor
verdadeiro;


- prefere esquivar-se do sentimento e não deixa sua mente
se envolver ( julga-se um tipo realista, com os pés no chão);





- celebra os atos de culto sem penetrar no mistério que
celebra;


- não permite que sua mente e seu coração se envolvam muito
(Mt 15,8);


- seu contato com Deus é superficial, porque honra-o com os
lábios, mas seu coração continua "distante" (Mt 15,8);


- não há má vontade, mas só excesso de vontade
(voluntarismo);





- só a boa vontade não basta: é muito difícil que alguém
possa prosseguir no trabalho espiritual, fazendo apenas porque deve ou quer
fazer. Desistirá mais cedo ou mais tarde.


- precisamos dar espaço também para os outros componentes
da alma humana.





Ilusão intelectual (Racionalista - todo mente)


Para este tipo de pessoa conhecer a Deus é uma questão da
lógica, da razão. Se torna inume da contaminação do sentimento e das imposições
da vontade (Deus é reduzido a puro objeto de conhecimento, contido dentro de
pobres e humanos esquemas de conhecimento).





Conseqüências negativas:


1a. Não tem sentido da transcendência, e muito menos do
mistério (Lc 1,34-38), porque ele reduz tudo ao próprio pensamento e aos
próprios projetos. É muito humilhante para ele duvidar e admitir que não
entende uma coisa. Por isso, para ele tudo é evidente. No entanto o mistério de
Deus supera de muito nossas capacidades de entendimento, com um significado que
transcende a mera existência (Lc 1,38). O homem realmente religioso descobre em
sua vida uma presença divina, evidente e oculta, envolvida num mistério que
supera de muito suas capacidades de conhecimento.


- sabe tudo sobre Deus;


- nunca teve dúvidas de fé;





- está sempre pronto para achar explicações ( ainda que não
consiga convencer ninguém, porque tem horror que ficamos diante do
inexplicável, de coisas e situações que fogem a nossa lógica. O homem começa a
relacionar-se com Deus quando reconhece a própria incapacidade de entender,
conserva no coração o que entende e aceita o mistério como Maria (Lc 2,19-51).





2a. Tem dificuldade de adorar e se entregar a Deus, não
consegue descobrir Deus no coração e a Ele se entregar.


- quem não adora, não pode conhecer a Deus, nem se deixar
amar por Ele;


- não aceita o passado, procura controlar o futuro (Mt
6,25);


- tudo o que tem sabor de incerteza é para ele um problema:
gostaria de saber e de entender para poder programar e prever (corre e fica
ansioso);





- não tem o sentido do abandono;


- controla muito bem a própria vida e a cerca de uma
espessa rede de segurança. Deus é uma certeza teórica que satisfaz a mente, mas
que deixa vazio o coração e que pouco exige da vontade.


- a fé desse tipo de pessoa é sincera, forte, mas
igualmente mesquinha."





Fonte: http://www.comshalom.org/formacao/

Quando Cristo ficar maior do que nós.
























Qual é o maior prêmio do Cristão?
Ter a si mesmo. Ter a liberdade. É não ser escravo de nada, dentro de si.





E isso só vai acontecer conosco,
quando Cristo ficar maior do que nós.





Quem não se tem não se possui.





Sabem por que precisamos de
formação?Porque não mergulhamos na palavra do Senhor.


Conheço Deus é pela bíblia.
Quando a gente recebe o Dom de Deus os olhos se abrem.


Aquele que não viver a palavra e
encarná-la vai voltar ao homem velho.





O cristão consciente ele não
importa se está sentindo ou não Deus. No momento ele faz é o que Deus manda. Não para mim, para o que "eu" quero e sim o que Deus quer.





Por isso a responsabilidade é
maior daqueles que estão à frente, coordenando os trabalhos, representando os
interesses de Deus.





Quando assumo uma pastoral, um
grupo, para fazer a vontade de Deus, é como se pegasse uma procuração do próprio
pai celestial, onde ele nos dá poderes para que uma obra aconteça.





Quando essa obra não ocorre, você
pode ter a certeza, que ele cobrará mais é daquele que assumiu aquela
responsabilidade. Porque ele não foi obrigado, ninguém espetou um revólver
nele, para assinar aquela procuração.





Ele aceitou aquela função porque
achou que poderia fazer a vontade de Deus. Se assim não o fosse não teria
pegado tal incumbência.





E nós, meus irmãos, nunca paramos
para imaginar isso, que quando assumimos uma responsabilidade comunitária temos
que ter o zelo, de não mais pensar nos meus projetos, naquilo que “eu” quero,
naquilo que “eu” desejo, mas sim, aquilo que o pai quer que façamos.





Quando tomamos nossas atitudes
com clareza, o nosso rosto brilha mesmo no sofrimento ele é capaz de brilhar,
de transfigurar, como ocorreu com Cristo.





Quando tomamos atitudes de forma
humana ou diabólica o nosso rosto se transfigura em trevas, ele fica feio, ele
se decompõe. Porque ainda não estamos livres e ainda não sabemos lidar com
determinadas situações.





É assim, meus irmãos que ocorre
conosco. Ainda não conseguimos a liberdade interior, a liberdade de filhos de
Deus, que toma decisões sem escravizar.





Um dia ouvi alguém dizendo assim:
“Posso não estar num momento bom, mas tenho paz.”





Quando você vai ajudar alguém e
ela se afasta pode ter certeza que isso não vem de Deus.





Somos um povo doente porque não
guardamos o silêncio. O silêncio é a unidade da nossa vida com a de Jesus.





O silêncio acalma, cura, repousa,
esclarece e revitaliza.





A maioria dos cristãos não se
conhecem porque não fazem silêncio.





Em Isaías diz que toda manhã o
Senhor desperta os meus ouvidos para que como bom discípulo eu preste atenção.





É necessário o silêncio, pois
como Deus me despertará se não me silencio para escutar?





O SILÊNCIO É TÃO IMPORTANTE
QUANTO COMER E RESPIRAR.





Quando penso que está tudo bem e
depois vem um maremoto, é porque Deus quer derrubar aquilo que você imagina
construído.





Paulo Caiu por terra e ficou
cego, ao acontecer isso veio à luz interior. E ele decidiu se abrir ao Senhor
mesmo na fraqueza.





Se há uma desestrutura em várias áreas
é porque ele quer tudo novo. Na desestruturação precisa de ajuda, pois a pessoa tende a cair por
mentiras, pecados, erros. Tem que cair tudo por terra para vestir roupa nova. E
o que está afligido, errado, o Senhor o transforma.





Aquilo que está certo pode vir um
vendaval que há tranquilidade.





Quando alguém começa a se elogiar
não está fazendo por Deus. O elogio é bom para afirmação, mas não podemos
depender dele.





Tudo é transitório o amor não. Conversão
é mudança de direção temos que escolher um caminho.





Fase subliminal: é a superação de
certos entraves que colocamos na nossa vida espiritual. A fase subliminal nos
leva ao encontro com a verdade para não refazer o edifício que foi destruído na
mentira. Deus nos põe a prova  para me
falar ao coração.





O amor lança fora o temor. (São
João da Cruz)





Quem teme não é perfeito no amor.





Um dia escrevi assim: Sou o
reflexo da falta de base da minha família.





Precisamos desvencilhar daquilo que nos entrava, nos atrapalha e só Deus, pela sua graça pode fazer isso em nós. Sozinhos não conseguimos.





Deus nos esvazia tirando nossas
potencialidades para sair da auto-suficiência. Temos que tentar fazer o melhor.





O Espírito Santo não prende você,
ele abre. Como pode ser conduzido pelo espírito se não abre? E quando ele
começa a abrir a tendência é querer calar o outro, porque?



Temos que tomar cuidado. Há dois tipos de pregadores na Igreja aquele que fala com unção e aquele que fala humanamente.





Se você quer saber se você está
agradando é se tiver unção. Quando a pessoa está ungida ela faz  a vontade de Deus. Quando ela não está ungida ela faz é a sua própria vontade.





Onde há pessoas ungidas o povo
está. A unção vem da oração, vem da misericórdia de Deus, vem da abertura de
coração, vem do desejo de querer fazer para Deus e não para si, vem do Espírito
Santo.





Deus quer dar o Espírito Santo a
todos. E ele o dá. Para você sentir um pouquinho da beleza do Céu. Mas chega um
momento que ele vai cobrar nas nossas atitudes, porque no
céu não vai entrar ninguém com defeito.


.


Deus quer derrubar aquilo que
imaginamos construído na nossa vida, para sermos verdadeiros.





Já repararam o quanto mentimos? Temos
que ficar espertos. Aprendemos a mentir com a maior “cara de pau”. Por várias
vezes conversei com pessoas, que diziam que tinham a maior facilidade para
perdoar. Elas falavam uma coisa e o rosto refletia outro.





Por isso, que aquele que não
consegue olhar nos seus olhos com ternura, ele não perdoou.





Portanto, quando cristo fica maior do que nós, podemos ajudar a transformar o mundo.








É pela graça dele que estou escrevendo aqui. Amém.



Augusta Moreira dos Santos