quinta-feira, 3 de maio de 2012

Falecimento de Padre Rufus e parte de algumas palestras








Padre Rufus, faleceu na madrugada dessa quarta-feira, 2, de parada
cardíaca durante o sono. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela
secretária do sacerdote, Érika Gibello. 



O sacerdote estava em sua residência em Londres, na Inglaterra, durante
esta semana e aparentava estar bem, segundo divulgou a Irmã Kelly Patrícia, do
Instituto Hesed, em suas redes sociais. A religiosa esteve com ele no último
sábado, 28, e disse que ele "estava radiante, muito
feliz".   



O corpo de padre Rufus permanecerá na Inglaterra até que terminem os
preparativos para levá-lo à Índia, onde será sepultado. A data ainda não foi
divulgada. 



Padre Rufus completaria 79 anos, neste domingo, 6, e era conhecido no
mundo todo por seu ministério de exorcismo. Ele foi vice-presidente da
Associação Internacional dos Exorcistas e iniciou a Associação Internacional
para o ministério de libertação. 



Ele esteve na sede da Comunidade Canção Nova sete vezes, conduzindo
encontros de cura e libertação. "Padre Rufus era um santo, um homem
incansável, pregador do Evangelho, apaixoando por Jesus Cristo e por sua
missão", lembra Vinícius Adamo, tradutor do sacerdote no Brasil.   



Biografia



Padre Rufus foi sacerdote na Arquidiocese de Bombaim, Índia. Estudou
Filosofia, Teologia e Sagrada Escritura em Roma, onde foi também ordenado em
1956. Era doutorado em Teologia Bíblica.



Durante vários anos serviu como diretor de quatro escolas secundárias em
Mumbai. Além de pregador de retiros, conferencista e professor de Bíblia, ele
também era editor da Revista Nacional Carismática da India “Charisindia”. Foi
professor de Sagrada Escritura em cursos de pós-graduação em vários Institutos
Teológicos Pontifícios.



O sacerdote era também presidente da Associação Internacional para o
Ministério de Libertação e vice-presidente da Associação Internacional de
Exorcistas. Publicou numerosos artigos bíblicos e teológicos, especialmente,
sobre evangelização e cura.



Conheceu a Renovação Carismática Católica (RCC), em 1972, logo quando
esse movimento eclesial teve início na Índia. Foi designado pelo Arcebispo
Cardeal Gracias para se dedicar exclusivamente a esse movimento. Desde então
atuava pregando em encontros, retiros e missões por todo o seu país e também
pela Ásia, África, Europa e em alguns lugares na América Latina, como o Brasil,
onde esteve várias vezes, inclusive na Comunidade Canção Nova.



Padre Rufus também foi diretor do Instituto Bíblico Carismático
Católico. E recentemente foi integrado aoInternational Catholic Charismatic
Renewal Services
 (ICCRS), em Roma, como o responsável mundial pelo
ministério de cura e libertação.





Fonte:http://orarerefletir.blogspot.com.br/2012/05/padre-rufus-falecimento.html




O Diário do Nordeste também noticiou o ocorrido. Veja:





Faleceu na madrugada desta quarta-feira (2) enquanto dormia o padre Rufus Pereira. De acordo com a secretaria do sacerdote, Érika Gibello, Padre Rufus sofreu uma parada cardíaca em sua residência em Londres, na Inglaterra.


O sacerdote, natural de Bombaím, na Índia, completaria 79 anos no próximo domingo (6) e era conhecido mundialmente por realizar exorcismos em encontros de cura e libertação. Padre Rufus era presidente da Associação Internacional para o Ministério de Libertação e vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas, além de ter sido nomeado, em Roma, como o responsável mundial pelo ministério de cura e libertação.


De acordo com a Comunidade Católica Canção Nova, o corpo do religioso permanecerá na Inglaterra até que terminem os preparativos para levá-lo à Índia, onde será sepultado. As datas de velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.


Irmã Kelly Patrícia comenta o incidente


O padre esteve em Fortaleza três vezes, sendo a última em março deste ano, onde ministrou uma palestra no III Misericórdia Brasil, evento realizado pelo Instituto Hesed no Ginásio Paulo Sarasate. A irmã Kelly Patrícia, fundadora do Insituto Hesed, esteve com ele no último sábado, 28, e declarou que o padre "estava radiante, muito feliz".


Em nota, Kelly Patrícia comentou a morte de Padre Rufus: "Louor a Deus! Acabamos de receber uma noticia triste e alegre ao mesmo tempo, triste porque se trata de alguém que amamos muito e que nos fez muito bem espiritualmente e nos deixa saudosos, e esse bem não foi feito só a nós, mas também em muitos lugares do mundo por onde ele andou, vivendo literalmente o que Jesus mandou, pregando o Evangelho, curando e expulsando os demônios; alegre porque sabemos que se trata de um santo que agora recebe o seu prêmio, que agora goza da visão de Deus, a alegria infinita, estou falando do nosso amado e querido Pe. Rufus Pereira, que ontem partiu para o céu por causa de ataque cardíaco enquanto dormia. 


Obrigada Bom Deus pelo dom do Padre Rufus durante todos esses anos, pelo privilégio de tê-lo conhecido. Eu e o todo o Instituto Hesed que tivemos a graça de conviver com Ele, estamos convidando você a unir-se a nós em oração por sua bela alma."










A cura no Senhor através do amor 






Padre Rufus


Foto: Robson Siqueira/cancaonova.com


Como eu disse, o Evangelho de Jesus não é um Evangelho de grandes pregações e com alta filosofia, mas sim de exemplos simples, porque o Evangelho foi escrito para os simples.

Há muito anos atrás eu fui visitar a Terra Santa, e quando estávamos caminhando pelas ruas de Jericó, que é a cidade mais antiga do mundo, eu vi um galho grande de uma árvore no meio da rua, e eu perguntei ao guia o que era e o que significava aquele galho e ele a disse que era o galho utilizado por Zaqueu para ver Jesus. E a passagem que acabamos de ouvir veio à minha mente. Portanto, o Evangelho tem histórias muitos simples, mas muito profundas, como de Evangelho de hoje.

Havia uma multidão querendo ouvir e ver Jesus nas ruas daquele vilarejo, mas o Senhor viu que tinha alguém que não estava nas ruas junto com a multidão, mas que estava em uma ávore, procurando ao menos vê-Lo. Toda a multidão estava olhando para Jesus, mas o Senhor estava olhando para Zaqueu e todos sabiam quem este era, um milionário, um homem muito ruim e perverso, mas Cristo não ouviu a murmuração das pessoas, mas somente ouviu a voz de Zaqueu que gritava. Jesus olhou para Zaqueu e disse: "hoje eu quero jantar na sua casa". Zaqueu desceu depressa e deixou o Senhor entrar em sua casa, e quando eles estavam tomando a refeição, ele disse a Jesus que queria mudar de vida, mais que isso: ele queria ter uma vida nova e desfazer todo mal que havia feito.

Ao relatar este fato Jesus quer nos falar que os que vivem como Zaqueu também precisam de cura e libertação e que Ele não veio para os justos, mas para os pecadores. Ele veio salvar os que estavam perdidos e precisando de uma vida nova
.





Para concluir este encontro, gostaria de explicar para vocês que o demônio só ataca dois tipos de pessoas: 

- aquelas que são muitos más, que dão abertura para que o demônio aja nelas. Essas o demônio já as possuem;

- e as pessoas que de fato são muitos boas, boas mesmo, porque elas são um perigo para o demônio. 




Isso talvez não aconteça conosco, mas à medida que você quiser ser realmente santo, talvez esses ataques comecem a acontecer.




Nós precisamos diariamente de cura e libertação. Cura dos ferimentos que outras pessoas causaram em nós, e libertação do mal que possa ter sido jogado em nós, por isso precisamos rezar o Pai-nosso da forma que expliquei, para que verdadeiramente o Senhor nos liberte de todo o mal. Amém! 






O perdão é o caminho para a cura 






Padre Rufus Pereira


Foto: Robson


Vocês sabem que o Evangelho começa com Jesus recebendo o Espírito Santo, Ele também recebe a força do Espírito para realizar as boas obras, como resultado da experiência do batismo no Rio Jordão, Ele foi em todos os lugares e a todas as pessoas que se apresentavam a Ele, dava-lhes a Boa Nova, curava os doentes e os que estavam sobre o poder do mal. 




Fazer o bem, não é só fazer obras sociais. São Pedro diz que Jesus foi a todos fazendo o bem, e lembra que o bem, era curar os que estavam sobre o poder de satanás. Pedro não esquece do segredo de Jesus, Jesus estava com o Pai sempre repleto do Espírito Santo. Se não somos capazes de fazer o que Jesus fazia é porque Deus não está conosco, não estamos repletos do Espírito Santo, essa é a parte central da Boa Nova do Senhor.




No ministério de cura e libertação orientamos o que cada um precisa para experimentar a cura. É preciso viver a vida em maturidade emocional, para que possamos fechar as portas das emoções que abrimos para satanás. Como reconhecer que o inimigo está trabalhando? Nós vemos o inimigo afetando nossa vida em várias áreas, principalmente na nossa vontade para que ela esteja sob a vontade dele com vícios de álcool e droga. São áreas que podem estar sob poder de satanás.




Jesus foi tentado a fugir dos soldados romanos, mas Ele fez uma oração que devemos fazer sempre: “Pai, se é possível que eu não passe por esse sofrimento, mas que não seja feita a minha vontade, mas a Sua vontade”. É a melhor e mais curta oração que podemos fazer. Assim, Jesus pôde se libertar da tentação de satanás que queria dominar a Sua vontade. Jesus nos ensina isso na oração do Pai-nosso. “Que seja feita a vontade de Deus aqui na terra como no céu”, é a melhor oração que podemos fazer. No início de meu ministério eu fazia só oração de exorcismo, e vinha tanta gente que eu não tinha tempo de fazer as orações de exorcismo, e fazia a Oração do Pai-nosso, a melhor oração.








"Antes de rezar pedindo libertação precisamos, acima de tudo, perdoar quem nos feriu" Padre Rufus


Foto: Robson





O inimigo não ataca só a nossa vontade, mas também a nossa mente. Muitas vezes não pensamos como Deus pensa, mas como o inimigo pensa. Pensamos com sentimentos de medo, inveja, e não sentimentos de paz, mas Jesus diz que nos dará a paz. São Paulo diz que Jesus não nos dá somente a paz, mas Ele é a paz. 




O inimigo também pode atacar o nosso corpo. Encontro com pessoas com supostas doenças físicas, mas percebo que muitas das doenças não tem origem física. O que o inimigo mais quer atacar nesses tempos é a família, principalmente pelo pai alcoólatra. O inimigo quer atacar as famílias pelo aborto e abuso sexual de menores. 




Precisamos ter nossas casas abençoadas, usando sal abençoado. E você não pode esquecer as fontes do mal, elas podem nos atingir até através da nossa árvore genealógica. Podem chegar através das pessoas que estão no mesmo ambiente que nós, até da nossa própria família. Não vamos culpar somente os outros, as vezes buscamos ajuda com o inimigo de Deus, porque estávamos em desespero, é falta nossa. Fazendo assim, nos expomos as forças de satanás.








"Muitas vezes não pensamos como Deus pensa, mas como o inimigo pensa", alerta Padre Rufus


Foto: Robson





Como o mal sai do inimigo e chega a mim? Até mesmo com coisa para comer e beber, ou fingindo de bonzinho e nos dando presente, através de imagens compradas em santuário, mas com má intenção. Muitas vezes somos cristãos medíocres, nos comportamos como pagãos, tendo mais fé nas coisas do mundo que nas coisas de Deus. 




Nós padres precisamos pedir ao Senhor o dom da fé para que possamos proporcionar paz e cura ao nosso povo. Jesus deu aos discípulos o segredo do ministério: “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai” (João 14, 12). Eu fico pensando como Jesus fala uma coisa dessa, que faremos coisas maiores que Ele. Ele não é invejoso, que Salvador maravilhoso nós temos, não tem ninguém como ele. 




Antes de rezar pedindo libertação precisamos, acima de tudo, perdoar quem nos feriu, sem isso não acontece a cura, não acontece libertação. E o segundo bloqueio para nossa libertação é quando não arrependemos do mal que fizemos e culpamos outras pessoas. A Bíblia diz que somos todos pecadores e precisamos confessar nossos pecados todos os dias, precisamos pedir perdão a todas as pessoas que ferimos, principalmente os que estão próximo a nós. Arrependimento não é só com Deus, o problema é entre nós, temos que perdoar entre nós. 




E o último bloqueio para a libertação é não ter renunciado as seitas ocultas, esse é maior bloqueio para a libertação, e com frequência as pessoas pensam que não precisam renunciar, e isso é da cultura. Esse é um problema do Brasil, acham que não é necessário e não conseguem renunciar a todas as práticas ocultas que participaram, somente quando remove esse bloqueio, podemos rezar pela libertação. 







O que você quer que eu faça por você? 






Padre Ruffus


Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com


Na verdade, não há necessidade que eu pregue sobre o Evangelho de hoje, porque ele é o melhor sermão que podemos ouvir. Em primeiro lugar, precisamos compreender o cenário onde acontece esta citação do Evangelho. A cidade de Jericó é grande antiga e bonita, e o interessante é que fica abaixo do nível do mar. Jericó e Jerusalém eram cidades próximas, porém, está ultima fica acima do nível do mar.

Neste Evangelho Jesus nos narra uma linda história: “Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas.”(Lucas 18,35-43) O cego, ao ouvir falar que era Jesus se aproximando, começou a gritar:“Jesus Filho de Davi, tende misericórdia de mim,”. Esta frase é usada várias vezes na Bíblia. A palavra “misericórdia”, muitas vezes, não é traduzida corretamente, na verdade, misericórdia é a necessidade de se experimentar do amor de Deus e este deve ser o clamor de todo ser humano. Por isso que na Santa Missa, no momento do ato penitencial, dizemos três vezes: “Senhor, tende misericórdia/piedade de nós.” 






"Jesus está sempre nos ouvindo.


Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com








Ao ver o cego gritar, as pessoas começaram a reprimi-lo, tentando impedi-lo de falar e, muitas vezes, acontece isso conosco, não somos oprimidos pelos demônios, mas pelas pessoas que estão ao nosso redor.




Jesus parou ao ouvi-lo e mandou Seus discípulos buscarem o cego.Jesus está sempre nos ouvindo. Então as pessoas, ao verem que Jesus mandou chamar o cego, dizem a ele: “Você é um cara de sorte!”, mesmo que elas diziam isso de maneira sarcástica, mas disseram: Jesus está te chamando, mesmo que diante do cego as pessoas tenham ficado com inveja, ele jogou o manto e cegamente ele correu em direção à voz de Jesus.




E o Senhor não começou logo rezar pela cura, não, Jesus lhe faz uma pergunta: “Que queres que eu faça por ti?”




Nos Evangelhos há três casos que aparece esta pergunta: “Que queres que eu faça por ti?”. Jesus faz esta pergunta porque Ele quer que a pessoa reflita o que realmente é a necessidade do seu coração. Essa pergunta fez com que este cego pense, talvez ele tenha pensado que Jesus pudesse dar-lhe uma visão além do normal, uma visão emocional, visão espiritual, quem sabe. E quando ele respondeu para Jesus: ”Que eu veja”, Cristo afirma: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. Porque Jesus veio curar os cegos, mas este não é o fim e o Evangelho continua: Jesus veio para fazer algo mais importante do que aquela cura. Veja, depois de ser curado, o ex-cego passou seguir Jesus. Deus deu a ele a visão não somente para ver apenas a natureza, seus familiares e amigos, mas para ver a Deus. E ele poe-se prontamente para seguí-lo rumo a Jerusalém.




Nessa passagem do mundo terreno para o mundo celestial o escritor do Evangelho foi genial, porque ele usa da geografia para nos dizer que precisamos sair do Jericó e ir para Jerusalém celestial.




Somente a Palavra de Deus, nos Evangelhos, nos conduz à verdade. E hoje Jesus mesmo está perguntando para você: “O que você quer que Eu faça por você?” 

Que você hoje possa responder esta pergunta. Amém.





Transcrição e Adaptação: Mariana Lazarin Gabriel









Como o demônio penetra em nossa vida? 






Padre Rufus


Foto: Wesley Almeida


O ministério de cura e a oração de cura interior são importantes. Fico triste ao ver que, apesar de Jesus nos ter dado o segredo de uma vida neste mundo, existe tanto ódio, tanta pobreza. Não podemos culpar Jesus, porque São Pedro afirmou que Cristo ia a toda parte fazendo o bem, não ia só alimentar os pobres; a melhor coisa que o Senhor fazia era curar homens e mulheres.




Muitas vezes, as pessoas têm uma ideia errônea do Cristianismo, do mistério de Jesus Cristo. São Pedro nos diz: “Jesus foi a toda parte, a cada casa, a cada pessoa fazendo o bem”. O Senhor não fez somente um trabalho social, que é importante, mas ia a toda parte curando as pessoas que estavam sob a personificação do mal.




Devemos saber como o inimigo de Deus nos ataca. Precisamos evitar os dois extremos: de ver o demônio em tudo, culpando-o de tudo, porque também muitas coisas ruins acontecem conosco por maldade do outro; e de não acreditar nele.




É muito triste, mas os nossos problemas são muito mais com as pessoas do que com o inimigo de Deus!




Como reconhecer satanás? Em primeiro lugar, precisamos reconhecer as áreas da nossa vida que estão sob o poder de satanás. E quais são as áreas que o inimigo de Deus pode nos atacar: primeiro: a nossa vontade, porque é a parte mais importante da personalidade humana, Deus nos deu a liberdade. Porque dessa forma podemos dizer “não” ao Senhor e Ele não pode fazer nada. Somos responsáveis pelas nossas ações e podemos nos orgulhar das nossas decisões.




De que maneira o demônio influencia a nossa vontade? Com hábitos compulsivos de pecado, chamados pela psicologia de “compulsão”, nos tornamos escravos do mal e não conseguimos sair dessa situação por mais que tentemos. E aí vemos o vício às drogas, ao alcoolismo, à perversão sexual, ao abuso sexual de crianças, e isso tem se tornado uma epidemia. Há também o aborto, que é uma imitação ao ato de Herodes, que matou crianças ingênuas e inocentes.





Precisamos entregar nossas emoções ao poder do Espírito Santo.


Foto: Wesley Almeida







Satanás é muito inteligente e sabe que um canal para prender o homem é pelo seu raciocínio. O maligno trabalha com os nossos jovens com as falsas religiões, com a Nova Era, deixando as mentes cativas. Só Jesus pode manter sua mente cativa.




Outra área que pode estar sob o poder do demônio são as nossas emoções. São Paulo diz: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo” (Efésios 4,26-27).




As pessoas fazem coisas erradas por causa da raiva; por isso São Paulo diz que podemos ficar com raiva, mas não devemos dar oportunidade ao demônio. Com frequência o maligno vai usar sua raiva para matar. As nossas emoções podem ser canais por onde o demônio nos ataca. Precisamos entregar nossas emoções ao poder do Espírito Santo.




O demônio também pode nos atacar no nosso corpo, pois há falsas enfermidades que não vêm de bactérias ou outras coisas. É comum quem vive isso dizer: “Fui ao médico e ele diz que não pode me curar porque não tenho nada”.




Da mesma forma, o inimigo de Deus pode atacar as nossas casas, os nossos quartos. Por isso é bom ter as propriedades protegidas, razão pela qual na Igreja temos o hábito de abençoar as casas.




O inimigo também pode atacar os relacionamentos, principalmente as famílias, porque é o grande desejo de satanás destruí-las.




De onde vêm os ataques? Desde nossos primeiros pais: Adão e Eva, que foram tentadas por satanás e o efeito do pecado caiu em seus filhos, então Caim matou Abel. O demônio que atacar nossa árvore genealógica.




A outra fonte da reação demoníaca é por intermédio das pessoas ao nosso lado. Não estou falando para ficarmos desconfiados de quem nos cerca, mas precisamos ficar atentos porque o demônio pode nos querer atacar até através de membros da nossa família.




E outra opção que o inimigo usa para nos atacar somos nós mesmos. Se você buscou ajuda em outras religiões, e as pessoas fazem essas coisas porque não encontram outra solução, geralmente estão desesperadas.








"Satanás é muito inteligente e sabe que um canal para prender o homem"


Foto: Wesley Almeida


 Geralmente há uma fonte que o inimigo vem que não é só árvore genealógica, não só por intermédio da pessoa, mas quando as pessoas são boas o demônio as ataca. São João Maria Vianey diz que o demônio se sente incomodado com pessoas muito boas.




O demônio vai usar todos meios para entrar na vida de nossos filhos, um exemplo é pela música. Sou testemunha de que jovens, só por escutar essas músicas, foram contaminados e outros possuídos. Outro meio é por filmes. Cuidado com o que seu filho assiste, já atendi crianças possessas por causa de filme. Outro meio de contaminação é a TV. O inimigo pode nos atacar por outros meios de comunicação, até mesmo pelo e-mail.




E os outros meios são comidas e bebidas. Quantos casos de pessoas que estão sendo afetadas pelo que comeram e beberam. Por isso, sempre abençoe o alimento e a bebida.




E outra forma de o inimigo nos atacar é por meio de presentes que recebemos. Tenho milhares de histórias de vidas destruídas por conta dos presentes recebidos. Abençoe todos presentes que você recebeu. O demônio pode nos atacar usando coisas boas, até mesmo através do objeto religioso.




Quando vamos a santuários há pessoas que vendem rosários e outras coisas. Eu nunca diria isso se não visse o caso: mesmo que você compre medalhas e rosários nesses locais peça ao padre que os abençoe, porque também são fonte de contaminação.


Termino com a afirmação de São João de que o mundo está sob o poder do demônio. Mas Jesus disse: “Nada temas, porque eu venci o mundo”.





Transcrição e adaptação: Elcka Torres



O ministério de Jesus 






Pe. Rufus Pereira


Foto: Robson Siqueira/Cancaonova.com


A parte mais importante das doenças é aquela que afeta o nosso coração. Como sabemos se temos uma doença emocional? E como cuidar?




No Evangelho Jesus disse: “Venha a mim quem tem o coração ferido”. Deus nos quer curados profundamente. Muitos dos nossos problemas estão em nosso inconsciente por causa de situações dolorosas que vivemos. Mas você só vai saber isso se olhar para si mesmo, olhar para os sintomas. E pelos sintomas vemos se precisamos ou não de cura interior.




Os nossos principais problemas estão nos relacionamentos com as pessoas, e um dos sintomas é quando não nos sentimos amados pelas pessoas que amamos.




E quantos problemas estão ligados ao sentimento de culpa. Muitas vezes, não nos achamos dignos do amor dos outros e de Deus porque somos pecadores.




Outro bloqueio para a cura acontecer ocorre pelo sentimento de medo que temos desde a infância. Leve o seu problema à luz de Jesus, vá à raiz dele. É preciso achar a raiz da sua doença. E não é só achar o problema e as causas; também é preciso removê-los. E um dos empecilhos para a cura acontecer é a falta de perdão; é preciso perdoar a quem nos feriu.




Outro bloqueio para nossa cura é a nossa falta de arrependimento do mal que fizemos. Há tantos casos nos quais só a confissão os resolve. O sacramento da confissão é o sacramento da cura total, e começa com a cura espiritual. Temos que levar a sério o que Deus nos diz na Bíblia. 







"A primeira coisa que devemos nos convencer é de que o demônio existe", afirma padre Rufus


Foto: Robson Siqueira/Cancaonova.com




E outro bloqueio [para a cura acontecer] é a falta de renúncia às falsas religiões. As pessoas, muitas vezes, têm vergonha de falar sobre a religião que praticaram no passado, mas só rezo quando dizem a verdade.




Jesus não permitia que as pessoas doentes fossem embora sem ser curadas. Eu acredito que todas pessoas que vão ao grupo de oração precisam ser curadas.




O que o Brasil precisa, mais que outro país, é saber sobre o ministério da libertação. O início do ministério de Jesus e da Igreja é o mesmo.




Jesus foi por toda parte fazendo o bem. Cristo não foi por aí construindo grandes igrejas ou construindo escolas, Ele passou a vida curando as pessoas, curando as que estavam sob o poder de satanás. Esse era o ministério de Jesus, e Ele o levou a sério.




Assim como Jesus chorou na morte do amigo Lázaro, ontem eu também tive vontade de chorar.




Por que precisamos desta oração de libertação para nós e para os outros? Depois precisamos saber como rezar e depois como saber se fomos libertos?


A primeira coisa que devemos nos convencer é de que o demônio existe, e satanás é nosso inimigo, ele gosta de nos ouvir. 
A Bíblia diz que o demônio existe, afirma isso no primeiro livro e em outros. Aquele que nega a existência do demônio é um ateu e não acredita em Deus.





O ensinamento na Igreja é muito claro: ensina que o demônio existe. Paulo VI perguntou, numa das audiências gerais: “Qual é a maior necessidade da Igreja hoje?” E o Sumo Pontífice respondeu isso, não pense que minha resposta é tola ou supersticiosa, a grande necessidade da Igreja é saber como se proteger e se defender do mal, ao qual a Bíblia chama de satanás. Não é o padre Rufus que diz isso, é a Igreja!




A grande necessidade de todos nós é saber como nos defender e nos proteger do demônio; ele que é o nosso inimigo.




Temos um inimigo, que é o demônio. A razão que creio que satanás existe é também por causa do meu ministério, eu vejo os casos.




Nestes dias tive um caso que nunca tive, que me faz acreditar que o demônio existe.







"Temos um inimigo, que é o demônio", ensina padre Rufus


Foto: Robson Siqueira/Cancaonova.com

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.




Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.




Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do Evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho” (Efésios 6:12-19).




Por outro lado, não podemos ver o demônio em todas situações.




O demônio é como um leão que está procurando destruir cada pessoa. E Pedro diz: “Sede vigilantes! E sóbrios”, porque satanás não dorme. Precisamos colocar a nossa confiança em Deus e não ter medo.


Transcrição e adaptação: Elcka Torres 









Orar pela cura como Jesus quer 






Pe. Rufus Pereira


Foto: Robson Siqueira/Cancaonova.com



No dia de hoje, que chamamos dia do Senhor, é o dia de celebrarmos a Ressurreição de Cristo e Sua Ascensão e Glória.

Quero falar-lhes do que aconteceu comigo no ano de 1978, quando eu comecei o meu ministério de cura e libertação. Estávamos tendo um encontro da RCC na Índia, em Bombaim, tendo como palestrante um sacerdote americano, que, na época, era a maior autoridade no ministério de cura na RCC. Este sacerdote e sua equipe de 12 pessoas conduziram todo o encontro de cura.

Havia ali uma freira que ficava de pé a todo momento próxima à porta(Hoje é muito conhecida no ministério de cura interior); ela veio me dizer de uma forma discreta: 'Padre, uma jovem veio até a mim pedindo uma bênção, e eu rezei por ela, e agora ela esta caída e inconsciente já faz 15 minutos'. Eu disse: 'Então vamos trazê-la de volta à consciência', porém eu exortei aquela religiosa a nunca rezar por alguém sem saber a causa e o problema. Então trouxeram a mim esta jovem, rezei e ela retomou a consciência.

No dia seguinte esta freira veio até a mim e me disse que rezou novamente por aquela jovem: 'Padre, sinto muito não ter obedecido, mas eu rezei novamente pela jovem de ontem'. Ao olhar para aquela jovem, que estava na mesa da sacristia, eu percebi o seu corpo tomando uma certa posição, uma posição que é ligada aos deuses dançantes na Índia, eu chamei o sacerdote americano para ver aquilo e lhe disse:'Veja como esta menina parece estar possuída, até mesmo as suas veias, a posição da sua perna.' 

Um membro da equipe do sacerdote norte-americano tomou à frente e usou o óleo sagrado e ungiu aquela jovem e nada aconteceu, então outro membro da sua equipe pegou o sal bento e aspergiu sobre ela e nada aconteceu. Todos os membros dessa equipe tentaram durante todo o dia e nada aconteceu. Também a equipe da Índia rezou por ela e nada aconteceu, também eu rezei por ela e nada aconteceu.

Desculpei-me com os pais daquela menina pela nossa incapacidade de libertá-la, porém pedi que eles a trouxessem a mim na semana seguinte para que eu continuasse a rezar por ela. No entanto, eles não voltaram, depois eu vi que eles a levaram a um psiquiatra e eu fiquei muito triste porque a Igreja havia falhado.

Passados dois meses eu estava pregando um encontro em Bombaim e encontrei novamente aquela família, que me pediu que rezasse mais uma vez pela jovem. E novamente eu me coloquei em oração por ela, não rezei pela cura interior e libertação, comecei a rezar pela palavra de ciência, pedindo ao Senhor que me mostrasse a abertura emocional que a fez ficar daquele modo. Pedi ao Espírito Santo que me mostrasse a maneira de rezar. Isso é muito importante para todos que estão no ministério de cura e libertação, porque quando falhamos é porque não estamos ouvindo a Deus e não estamos em comunhão com a Palavra.










"Quando falhamos é porque não estamos ouvindo a Deus", afirma padre Rufus


Foto: Robson Siqueira/Cancaonova.com











Então rezei pedindo a Deus que me revelasse o porquê da possessão.Não podemos confiar nos métodos humanos, no conhecimento humano, quando eu rezei aquela jovem me disse que a mãe tinha ido a Dubai a trabalho, e pediu à filha, que era a mais velha de seis outros filhos, que cuidasse da família. A mãe vinha de tempos em tempos e, em vez de agradecer, ela [mãe] ia apenas encontrando falhas. Tudo o que estava errado na família ela apontava como culpa daquela jovem. Ela me dizia que não pôde apreciar sua infância, seu coração estava ferido. 




Ela me disse que num determinado dia, ao olhar para um quadro, viu um bebê sorridente, tocando flauta, ao ver aquela cena ela disse: 'Eu desejo ser feliz como aquele bebê'. Naquele momento ela foi possuída pelo mal. Eu não estou dizendo que aquela imagem era o demônio, mas quando rendemos a criaturas a honra que devemos dar a Deus, abrindo-nos ao poder das trevas, estamos deixando-nos possuir pelo mal. Naquele momento rezei por ela e ela foi instantaneamente liberta.




Estou dizendo isso para explicar que os grandes homens da Igreja não podem fazer nada sem Espírito Santo. Eu precisei ter a humildade de perguntar a Jesus o que fazer. É dessa forma que libertação acontece.




Deus nos dá, pelo seu Espírito Santo, os carismas, inclusive é sobre isso que eu vou falar a vocês amanhã. Sobre os carismas que nos conduzem ao discernimento e à sabedoria do que fazer.




Vamos rezar para que o Senhor use a cada um de nós, para que assim possamos levar cura aos que estão ao nosso lado, pois aquilo que é impossível ao homem se torna possível àqueles que se submetem ao Espírito Santo de Deus. 









Pai-nosso, a chave da cura total 






Padre Ruffus


Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com


A agradecemos a Deus em antecipação pelo o que Ele vai fazer agora. O Senhor ama a todos. Jesus disse que veio para curar a todos não somente o físico, mas principalmente nosso coração. O Senhor quer que sejamos curados inteira e profundamente. Então Deus o fará porque Ele é um Deus fiel. 




Não se esqueça do que São Paulo disse: “Deus o fará”. A cura interior é importante porque todos nós precisamos dela, nossa enfermidade não está somente no físico, em nossa alma, mas também na nossa vida emocional por causa de nossas feridas. A cura é tão importante também por causa da inadequação dos tratamentos médicos, que também são um dom de Deus. Não somos contra o uso de medicamentos, Deus nos deu os médicos e medicamentos como presente, mas o que queremos dizer é que quando nos confrontamos com as limitações dos tratamentos médicos e psicológicos então Deus entra com Seu controle. Como digo sempre, eu ouço duas afirmações, quando sempre pergunto: “você já esteve no médico?”. As pessoas respondem: “Sim” e quando eu faço a outra pergunta, respondem o médico disse: “eu não posso curá-lo, eu não sei qual é o seu problema”, então Deus toma o controle.




Deus não é um substituto, Ele completa o trabalho do homem. E a razão pela qual nós precisamos de cura interior é pelas coisas que aconteceram na nossa vida e na de nossos ancestrais. E o efeito aparece em nós, e nos afetamos fazendo que façamos coisas erradas que não queremos e impedindo que façamos coisas boas que queríamos. São Paulo disse isso: “Me vejo fazendo o mal que não queria e não fazendo o bem que queria.”




Agora temos que ser práticos e saber se estamos feridos emocionalmente. Descobrir onde precisamos de cura interior e como precisamos. O procedimento é o mesmo de quando vamos ao médico. A primeira coisa que o médico faz não é dar o remédio, ele primeiro vai tentar descobrir se a pessoa está realmente doente e qual é a doença. Segundo ele vai observá-la para identificar os sintomas, e então ele formará uma decisão a partir de sua enfermidade. O médico precisa fazer um diagnóstico bem cuidadoso, e em terceiro: descobrir por que essa pessoa está doente, o que está acontecendo com ela. É exatamente o que precisamos fazer na oração de curar interior. Observar os sintomas, descobrir as causas da dor. Eu pergunto sempre: "O que você sente? Há quanto tempo se sente assim?" E a pessoa responde: "Eu sinto muita raiva", ou então: "Eu falo muitas mentiras", ou "Eu tenho relacionamentos errados".




Este primeiro passo é muito importante, identificar e estudar os sintomas da pessoa. Depois precisamos descobrir qual é o problema da pessoa, qual é a sua doença emocional. 














"A cura interior é importante porque todos nós precisamos dela", ensina padre Rufus


Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com











:: O primeiro problema emocional é que muitos se sentem rejeitados, desprezados. Temos um Deus maravilhoso e a Palavra diz que “Pode uma mãe esquecer seu filho em seu ventre? Mesmo se ela esquecer, Eu nunca os esquecerei. Eu os trago no meu coração. Eu escrevi vosso nome na palma de minha mão.” “Eu estou o tempo todo pensando em você” Temos um Deus maravilhoso, como uma mãe.




:: O segundo problema que temos é o sentimento de inferioridade, quando a pessoa sente que não é tão esperta quanto seu amigo ou não é tão bonita quanto sua irmã. Esse é um problema emocional que todos temos, grande ou pequeno. A Bíblia diz que ninguém precisa se sentir inferior, pois Deus nos criou à Sua imagem e semelhança. Se você se olhar no espelho estará vendo Deus. Você não precisa se sentir inferior. Deus diz: Vocês são meus filhos. Isso é lindo!




:: O terceiro problema é o sentimento de culpa que temos quando fazemos algo errado e sentimos que Deus nos condena e iremos para o inferno. O peso da culpa é terrível. Com os religiosos acontece muito isso, mesmo os menores erros eles se sentem culpados e acham que o Senhor os mandará para o inferno. Mas Deus diz : “Eu perdoo os pecados dos meus filhos”. Nós não somos inimigos do Senhor, somos filhos d'Ele. “E nunca mais me lembrarei do que fizeram”. O Todo-poderoso não apenas perdoa os nossos pecados, mas também os esquece. Você só encontrará isso na Bíblia.




:: O quarto problema emocional é o medo; todos nós sentimos medo.Medos sem razão, medo do escuro, de multidões, de ficar só, de Deus. São medos que não têm razão de ser, mas acontecem e podem nos ferir muito. E a resposta do Senhor é: “Não tenhais medo”. 366 vezes está escrito na Bíblia: “Não tenhais medo”, uma para cada dia do ano, incluindo o ano bissexto.




Esses são os principais problemas emocionais, mas precisamos ir além dos sintomas para encontrar a causa do problema. Eu não presenciei nenhuma cura cuja raiz não tenha sido encontrada. E quando encontramos a raiz, mais profunda é a cura. Portanto, a coisa mais importante na cura interior é encontrar a causa, a raiz do meu problema. 




Como encontrar a raiz da causa do meu problema? Precisamos refletir sobre nossa vida passada, não por um sentimento de culpa, mas com um sentimento de alegria, na certeza de que Jesus vai nos ajudar a encontrar a raiz do nosso problema. Você precisa de um papel e caneta para escrever as coisas que o feriram, precisamos da ajuda de Deus, precisamos orar ao Espírito Santo. O Paráclito não é somente Aquele que nos revela Deus de uma maneira pessoal, mas aquilo que interiormente nós temos. Precisamos rezar como se tudo dependesse do Espírito Santo, mas também como se tudo dependesse de nós.




O passo mais importante é descobrir a causa-raiz. E então apresentar ao Senhor. 















Os bloqueios para nossa cura:




:: Falta de perdão às pessoas, Jesus nos ensinou a rezar e quando vocês rezam tudo acontece. Jesus disse aos apóstolos que eles estavam rezando errado e que iria lhes ensinar a rezar. E Jesus nos ensinou a oração do Pai-nosso, uma oração de cura muito eficaz. Muits vezes eu não tenho tempo de fazer uma longa oração de exorcismo, então eu faço a oração de Jesus, que começa dizendo que Deus é nosso Pai e que queremos fazer a Sua vontade. E que pede que nos liberte do mal. Jesus nos ensina como rezar e dizendo “Pai, perdoa nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido”.




O primeiro bloqueio é não perdoar quem nos feriu, e se não perdoamos, Deus não pode nos perdoar. Se você não perdoar, como pode Deus lhe perdoar? Essa é a oportunidade que o Senhor dá a você, traga à tona todas as pessoas que o feriram e verdadeiramente as perdoe. Como parte desse retiro, escreva num papel todos os nomes das pessoas que o feriram e diga a Deus que quer realmente perdoá-las. Deus quer nos perdoar, o problema somos nós que não queremos perdoar aos outros.




:: O segundo bloqueio é a falta de arrependimento. Se não houver arrependimento não acontece a cura. Quando rezamos o Pai-nosso e pedimos “Pai, dá-nos o pão de cada dia”, pedimos ao Senhor tudo aquilo que precisamos e Ele quer nos dar tudo aquilo de que precisamos. As mãos do Senhor estão estendidas, mas precisamos também estender as nossas. O braço direito do perdão às pessoas e o braço esquerdo de arrependimento do mal que fizemos. Também precisamos trazer à mente todas as pessoas que ofendemos e orar por elas. Essa é chave da cura total, a oração do Pai-nosso.










Jesus começa a oração pedindo "dai-nos o pão nosso de cada dia" e termina pedindo que "nos livre de todo mal", mas isso não acontecerá se não perdoarmos e nos arrependermos no mal que fizemos. Isso é o segredo da cura.




:: O terceiro bloqueio é não renunciar ao mal e às práticas ocultas.Preciso não só me arrepender, mas renunciar ao mal, a todas as práticas ocultas, e essa é a maior necessidade no Brasil. Este é o grande bloqueio para minha cura, porque talvez fomos a essas práticas ocultas e parece que nada aconteceu, então vamos ao padre e pedimos que ele reze por nós e pensamos que alguma coisa vai acontecer, mas se não der certo voltaremos ao local que fomos antes. Jesus diz claramente no Pai-nosso: "Não deixeis que caiamos em tentação". 




Jesus rezou ao Pai: “Pai, protege-os do mal”. Nunca esqueça a última oração de Jesus: “Pai, proteja-os do espírito do mal”. Não pede: "Proteja-os de pessoas", mas sim do inimigo de Deus. Jesus diz que só temos um inimigo, o demônio. E assim também só temos um Amigo e seu nome é Jesus.








Transcrição e adaptação: Regiane Calixto








Assumir que precisamos de cura interior 






Padre Rufus Pereira


Foto: Wesley Almeida



É bom que compreendamos o que aconteceu ontem. No dia anterior, eu focalizei mais sobre a importância de ouvirmos a Palavra de Deus.




Com frequência as pessoas cometem um engano quando são chamadas a orar por alguém. Elas começam logo por impor as mãos sobre as pessoas e começam a rezar. E isso é contrário ao que Jesus e os apóstolos fizeram. Jesus não foi por toda a parte impondo as mãos sobre as pessoas. Por isso que é importante ler a Bíblia, ler os Evangelhos, antes de se iniciar qualquer ministério. E eu usei o dia de ontem para partilhar com você sobre a importância do Evangelho.




Lamentavelmente, temos deixado a Palavra de Deus para o final dos nossos momentos de oração. A nossa fé cristã descreve Jesus como sendo o Verbo, a Palavra de Deus. O nosso foco deve ser em vir aqui e ouvir a Deus que nos fala através de Seu Filho, a Palavra Viva. Eu dizia sobre a importância da Palavra de João 3,16. Jesus ensinou a Nicodemos sobre a necessidade de um novo nascimento. E este novo nascimento não é segundo a carne, mas sim pela força do Espírito Santo.




O Cristianismo é a religião do amor. E, para São João, a única maneira de se definir a Deus não é por meio de uma grande tese ou livro, mas sim através de uma única frase: “Deus é amor”.




Se vocês estivessem acompanhando o caso que atendíamos ontem, vocês veriam que foi o caso mais difícil que já atendi até hoje! Daí, vocês perceberiam que o demônio realmente existe. A Bíblia o chama como o nosso inimigo. Por outro lado, Jesus não nos chama mais de servos, mas de amigos. Somos amigos de Jesus! Aplaudamos ao Senhor por esta maravilhosa notícia!




Ontem, quatro homens estavam segurando aquela pessoa. Nunca havia visto uma manifestação demoníaca como a que vi ontem! Mas, para encurtar a história, depois eu estava segurando na mão desta pessoa, que agora estava liberta e com um semblante angelical.Portanto, eu nunca me cansarei de repetir sobre o poder de Deus. Tudo é possível a Ele!




Jesus diz a mim e a você: “O meu trabalho está completo. Agora Eu volto para o meu Pai. E vocês devem continuar a minha missão. Levar a cura e a libertação a todos os povos e proclamando a Palavra de Deus”. Isso está nas Sagradas Escrituras. E o inimigo de Deus não gosta que eu fale sobre isso. Mas é a verdade, meus irmãos! Isso está na Bíblia.




Nós fazemos a pregação. Preparamos o caminho, mas é Deus quem cura, meus irmãos. Eu gostaria muito que os padres do Brasil estivessem comigo na sala que eu estava ontem. Daí veriam a tremenda força do inimigo. E veriam também a força infinitamente maior do Espírito Santo de Deus!




Quero enfocar algo muito importante: os Evangelhos não são teorias. Não são simples filosofias. São histórias concretas, meus irmãos. Em primeiro lugar, Jesus veio para curar os doentes de qualquer enfermidade. E, diante destas diversas enfermidades, há a necessidade da cura emocional ou cura interior.





"A cura interior é a cura mais importante para nós", assegura padre Rufus em sua pregação


Foto: Wesley Almeida









Se você tem um problema pequeno, uma oração é suficiente. Mas se o problema é maior, você precisa de um atendimento com alguém. E, se o problema é ainda maior e você precisa de tempo para esta cura, então você precisa de um retiro de cura interior como este. Eu fico muito feliz em constatar que vocês vieram de vários lugares do Brasil para este encontro. Em muitos lugares, as pessoas logo vão embora. Aqui na Canção Nova, entretanto, as pessoas sempre estão chegando. Louvado seja Deus por isso!




A Palavra de Deus nos cura. Nunca se esqueça disso! Ela tem o poder para nos curar. Também é preciso acolher a pregação da Palavra. Mais importante do que ouvir a Palavra é refletir sobre ela. Por isso que eu sempre convido as pessoas a trazer um caderno e anotar aquilo que Deus foi falando ao seu coração para, depois, meditar sobre a Palavra de Deus.




Quando estamos presentes num grande encontro como esse, percebemos que não estamos sozinhos. Existem pessoas que também estão sofrendo, assim como nós. E, quando escutamos o grito, o clamor, o choro das pessoas, precisamos nos colocar em oração por elas. Rezar por elas no silêncio do nosso coração. Num encontro como esse, tocamos no poder da intercessão. E quando oramos uns pelos outros, Deus vai nos curando em primeiro lugar.




Agora quero dizer a vocês porque um retiro de cura interior é tão importante: em primeiro lugar, porque se estamos doentes fisicamente precisamos de cura física, se estamos oprimidos precisamos de libertação e se estamos emocionalmente machucados precisamos de cura interior. E esta é a cura mais importante. Nosso Deus é o Deus da paz. Ele não é o Deus da guerra. São Paulo nos diz que “O Deus da paz vos cure completamente”. Esta é a vontade de Deus: que sejamos interiormente restaurados, curados. O Senhor quer nos curar profundamente. Ele quer que fiquemos sem nenhuma falha. Perfeitos. Aplaudamos ao Senhor por isso também!


A segunda razão é porque precisamos dessa graça. Sabemos que Jesus veio para nos libertar do poder de satanás. E Ele veio também para nos curar emocionalmente. É Cristo que nos convida: “Vinde a Mim!” Ele quer nos curar de nossas feridas emocionais.




O Senhor quer nos curar dos hábitos compulsivos de pecado, como os vícios do álcool e das drogas. Desde o momento em que fomos concebidos coisas foram acontecendo conosco. E os efeitos disso estão influenciando a nossa vida de uma maneira muito ruim. São Paulo também viveu esta luta ao afirmar: “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero!” E não é o que acontece conosco? Também nós, todos os dias, não conseguimos fazer o bem que quereríamos fazer.




Os grandes milagres que tenho visto não são de cura física, espiritual ou de libertação. Mas sim os milagres de cura interior. E você não pode achar que você simplesmente pode continuar caminhando assim, sem necessidade de uma cura interior.




Certa vez, estava pregando na África para os sacerdotes de uma grande diocese e um grupo de religiosas trouxeram uma menina até mim. Ela deveria ter uns 14 anos de idade. E eu perguntei a ela: “O que você quer?” E ela me respondeu: “Quero uma bênção!” E eu respondi:“Não dou bênção nem maldições. Apenas rezo por problemas. Você tem algum problema?” E ela me disse: “Não tenho nenhum problema. Quero apenas uma bênção”. E eu disse: “Todo o mundo tem problemas. Eu tenho problemas! Você não tem problemas?” E ela continuou afirmando que não tinha nenhum problema e que queria apenas uma bênção. Contra minha vontade, coloquei minhas mãos sobre ela e, nesse momento, senti a sua garganta se mexendo e ela ficou muda.




Como ela não conseguisse falar, eu lhe dei um papel e caneta para que ela pudesse expressar o seu problema. E aquela menina escreveu no papel: "Eu não tenho problema". E eu insisti com ela: “Você tem um problema, sim! Pelo menos este problema da sua mudez”. Achei aquilo estranho. Pedi então que as irmãs a levassem para fora e conversassem com ela para que ela pudesse dizer ao Senhor sobre os seus problemas. Então, novamente, ela veio até mim e escreveu no papel: "Sim, eu tenho um problema". E, no momento em que ela colocou o ponto final em sua frase, voltou a falar.





Fonte de todos os textos: canção nova








quarta-feira, 2 de maio de 2012

Os milagres na Igreja Católica: uma questão apologética?







Reporter: Frei Erick Ramon 





Por Fr. Alexandre Patucci de Lima, OFM Conv





Por vezes, os evangélicos afirmam que na Igreja Católica não há milagres como em suas igrejas e nos seus cultos. Esses protestantes afirmam que nos cultos ocorrem muitas curas e milagres e que na missa católica nada disso acontece, sinal de que Deus estaria agindo nas igrejas protestantes.





O que nós católicos podemos dizer diante desses questionamentos?





Primeiro, e digo isso com toda certeza, a maioria dessas curas ocorridas nessas igrejas não são milagres. Vou me explicar. Hoje a medicina e a ciência sabem que mais de 80% das doenças são de origem psicossomática, ou seja tais doenças têm sua origem na psique (“Mente”) humana. Essas doenças de origem psíquica tornam-se doenças orgânicas. Sendo assim, ocorre que muitas vezes, uma pessoa doente ao manifestar uma confiança alta em um curandeiro ou pregador, pode obter sua cura devido a um processo conhecido como sugestão psíquica. A própria mente da pessoa possui capacidades curativas que podem curar um sistema doente se essa doença possui origem psíquica. Essas curas são reais, mas não são milagres. 





"Uma recente tese de medicina afirma: 'Não se pode mais ignorar os fatores psíquicos na etiologia de muitas perturbações funcionais, quer se trate de problemas cardíacos, digestivos respiratórios, urinários, sexuais e dermatológicos, entre outros. Também não há nenhuma dúvida de que certas doenças, como hipertensão arterial, asma, doenças coronárias, psoríase, ulcera digestiva, e tantas outras resultam de componentes psicológicos dominantes, de interações emocionais que produzem, seguramente conseqüências fisiológicas" (Chiron, Yves, Os milagres de Lourdes, p. 38, 2002). Existem portanto muitas doenças em que a verdadeira causa é psicológica ou psíquica (Até alguns tipos de câncer pode ter origem psíquica). Quando a pessoa consegue reverter tal processo psicológico, ela pode ser curada. Isso não depende exclusivamente de Deus e de nenhuma religião.





Precisamos, portanto, separar o que seja cura e o que seja milagre. Toda religião se preocupa com a cura e a saúde das pessoas. As orações de cura são praticadas pelas igrejas evangélicas e é praticada também pela Igreja Católica (unção dos enfermos, e grupos de oração da RCC, novenas, etc..). Essas orações podem obter muitas curas, porém tais curas, na maioria das vezes, não são milagres propriamente ditos. Convém lembrar, no entanto, que mesmo que tais curas não sejam consideradas milagres, que Deus pode agir por meios naturais para curar o homem. O poder da oração, nesses casos, é próprio da própria constituição psíquica do homem. A nossa mente tem poder de causar doença (doenças psicossomáticas) e poder de curar, e a oração é também um meio eficaz de ajuda psíquica que pode auxiliar na cura, e então, mesmo que dissermos que tal cura não é milagre, não significa dizer que Deus não possa ter agido ai. Deus age também por meios naturais. 





Hoje a psicologia e a ciência reconhecem que pessoas que oram podem desenvolver uma vida psíquica equilibrada evitando certos tipos de doença e possuindo uma força maior para enfrentar outras doenças. Além desse equilíbrio psíquico causado pela oração, hoje a ciência reconhece que muitas curas realizadas em certas igrejas na verdade são curas devidas à sugestão psíquica, e não milagres. Podemos facilmente observar que em toda religião há relatos de curas: nas igrejas evangélicas, nos grupos carismáticos, nos centros espíritas, nos centros de umbanda, nas religiões esotéricas, nos santuários marianos etc... Eu poderia citar aqui relatos de curas em todas religiões, inclusive de cegos, paralíticos, cancerosos, etc.... (Deixo para um outro momento escrever sobre essas curas). Repito que tais curas não são milagres, mas são ocasionadas pelo próprio “poder da mente”, isso devido ao fato de que a maioria das doenças são de origem psíquica, são psicossomáticas. 





É fácil observar como a mente tem poder sobre o organismo: Uma pessoa envergonhada fica com a pele vermelha. É o próprio inconsciente que age. É ação da mente sobre o corpo. Uma pessoa com inicio de depressão, ou uma pessoa nervosa facilmente tem o estomago atingido. Problemas estomacais e problemas de pele são muitas vezes de origem psíquicas! Eu poderia citar muitas outras doenças de origem psíquica e descrever seu mecanismo, já que a própria ciência tem estudado estes fenômenos, porém vou passar à avaliação do que seria então verdadeiros milagres, para mostrar que eles de fato ocorrem na Igreja Católica, mas são muito raros, sendo porém sinais de Deus.





A Igreja católica tem muito cuidado em afirmar a existência de milagres, pois ela sabe muito bem que não é qualquer cura que pode ser tida por milagre. Vou dar um exemplo: Existe em Lourdes na França, um santuário dedicado a Nossa Senhora de Lourdes. Neste Santuário, desde o inicio, vários médicos acompanharam os doentes e logo depois foi construído um Centro de Constatações Médicas, onde vários médicos estudam os casos de milagres. Pois bem, desde 1884 mais ou menos até hoje esse Centro de Constatações Médicas reuniu mais de 7000 casos de curas e desses 7000 casos somente 67 foram reconhecidos como milagres! Isso para se ver que não é qualquer cura que é tida por milagre, pois num processo de cura podem ocorrer muitos mecanismos psíquicos que explicam tal cura. Eu garanto que esses milagres não reconhecidos em Lourdes são mais “sensacionais” do que aqueles que vemos por ai em certas “igrejas” que não possuem nenhum acompanhamento cientifico sério.





Um exemplo de uma cura reconhecida pode nos ajudar a perceber a seriedade da Igreja e o que de fato é e pode ser um verdadeiro milagre. Cito o exemplo da cura de Pierre de Rudder. Não vou entrar nos detalhes da história do caso, mas apenas citá-lo rapidamente. Pierre de Rudder sofreu uma fratura exposta na tíbia e no perônio, abaixo do joelho. Por oito anos Pierre de Rudder sofreu com essa lesão e os médicos já cogitavam amputar a perna, pois a chaga estava necrosada e expelia pus e um cheiro horrível. Nesse estado, Pierre de Rudder foi a um Santuário de Lourdes erguido na Bélgica. Instantaneamente De Rudder foi curado. 





A fratura exposta e a chaga fecharam instantaneamente. Diversos médicos haviam examinado De Rudder, e comprovaram o milagre. Até hoje o osso da perna de Rudder esta exposto na Universidade de Louvain como sinal de tal milagre. (Posteriormente escreverei sobre este caso com mais detalhes). Essa cura realmente é um milagre, pois se trata de uma doença orgânica e não psicossomática, por isso uma sugestão psíquica qualquer que fosse não realizaria esse milagre! A Igreja, para definir um milagre precisa comprovar que a doença não era psíquica para provar que a cura também não fora de origem psíquica! Que outra instituição religiosa examina tão bem os casos de cura para comprovar um milagre? Nenhuma! E lanço ainda outro desafio: que encontrem um caso de milagre como este de De Rudder em outro ambiente religioso! Eu ainda não conheço!.





A Igreja Católica, para canonizar um santo, pede a confirmação de dois milagres. Ora, sabemos, que todo ano a Igreja católica canoniza santos, isso significa que constantemente ocorrem milagres na Igreja católica, milagres estes reconhecidos por inúmeros médicos, já que a Igreja pede que os médicos e cientistas avaliem tais fatos! Não é a igreja que reconhece os milagres, mas os médicos e cientistas que estudam atentamente tais fatos, e não basta a opinião de um médico só! Cabe ressaltar que a ciência nunca se pronuncia dizendo que um fato é milagre. O que a ciência diz é: esse fato ou essa cura, não possui explicação! 





Acontece que muitas vezes vários médicos não sabem explicar uma cura. É preciso a avaliação de diversos especialistas, pois os mecanismos psicossomáticos são complexos. Por isso a Igreja demora para canonizar um santo, pois os estudos sobre os milagres são complexos. 





As curas que vemos ocorrer nessas igrejas evangélicas não se equiparam aos casos de milagres verdadeiros, reconhecidos pela igreja católica. Infelizmente esses fatos, os milagres na Igreja católica, são pouco conhecidos, mas esse sinais confirmam a nossa fé e possuem mensagens especiais para a nossa vida. Os milagres são raros, mas lembremos que Deus não é um milagreiro, e lembremos que Ele não tirou Jesus da cruz!), por isso, mais do que buscar milagres, devemos buscar o Deus que é capaz de realizar milagres, mesmo que Ele nunca faça um milagre “físico” na minha vida. A própria vida já é um grande “milagre” de Deus





Existem inúmeros milagres católicos belíssimos e pouco conhecidos, milagres de cura e outros tipos de milagre. Vou citar uma pequena lista com alguns milagres:





1. Milagres de cura em Lourdes. São reconhecidos em Lourdes 67 milagres de curas, entre outros de fratura exposta, de cicatrizações instantâneas, de cegueira orgânica, de esclerose múltipla, etc...





2. O Santo Sudário: O pano que cobriu o corpo de Cristo. Neste pano esta gravado a imagem de Cristo, e esta imagem é inexplicável.





3. O Milagre de Lanciano. Um padre duvidou da eucaristia, e na hora da missa o pão de transformou em carne e o vinho em sangue. A carne e o sangue estão ate hoje na cidade de Lanciano na Itália e a ciência não explica a conservação desta carne e deste sangue. O Tipo sanguíneo da milagre de Lanciano é o mesmo do do santo sudário!





4. O sangue de São Genaro. Há em Nápoles na Itália uma ampola com o sangue de São Genaro. Esse sangue de São Genaro está coagulado, mas no dia da festa do santo, o sangue se liquidifica. A ciência sabe que sangue coagulado jamais ss lidifica, por isso, a ciência não explica esse fenômeno. 





5. O sangue do santo Espinho. Há em Andria na Itália um espinho da cruz de Cristo. Neste espinho há um coágulo do sangue de Cristo. Esse sangue se lidifica toda vez que o dia 25 de Março cai na sexta feira Santa





6. Os corpos incorruptos. Há em vários lugares corpos de santos que não se corromperam. É verdade que pode acontecer que devido ao lugar de enterro ou a algum tipo de remédio usado, o corpo demore a apodrecer, mas os corpos de alguns santos permaneceram incorruptos, flexíveis e exalando bom odor (odor de santidade). Um exemplo moderno: o corpo de São Charbel de Makhluf. São Charbel foi enterrado direto na terra sem caixão. Seu corpo “transpirava” um liquido vermelho e de bom odor, e isso ocorreu por mais de 50 anos! A ciência não explica de onde vinha esse liquido e porque o corpo não secou permanecendo perfeito! Inúmeras curas ocorreram no tumulo de são Charbel, inclusive curas de reparação óssea!





7. A língua incorrupta de santo Antonio. Quando foram exumar o corpo de Santo Antonio encontraram os ossos e no meio dos ossos estava a língua perfeitamente incorrupta de Santo Antonio! Vale lembrar que a língua é um dos órgãos que primeiro se decompõe. Porém Santo Antonio foi um grande pregador, e Deus assinou com este milagre a pregação de santo Antonio contra os hereges!





8. Há ainda varias partes de corpos de Santos incorruptos, por exemplo o coração de Santa Teresa De Ávila, o coração de São Francisco de Sales, a língua de São João Nepomuceno, e outros.





9. Há ainda inúmeros milagres de cura reconhecidos pela Igreja para a canonização dos santos





Aqui fiz apenas um apanhado geral sobre tais milagres. Seria importante descrever cada um deles para verificarmos a grandiosa ação de Deus na nossa igreja, confirmando nossa fé, e a mensagem que eles possuem. Todo milagre aponta para o Deus de Jesus Cristo que nos já encontramos nas Santas Escrituras e na Igreja. Por isso, não necessitamos de milagres para crer. Porém esses milagres aconteceram e acontecem, assim, devemos buscar compreender esses sinais, compreender o que eles querem nos dizer. 





Diante da acusação de alguns protestantes pentecostais de que na Igreja católica não há milagres, deveríamos reconhecer que as curas das quais eles falam que ocorrem em seus cultos não são milagres, sem contar que nessas igrejas não existem estudos mais sérios sobre essas curas. Deveríamos citar com precisão os milagres verdadeiros e grandiosos realizados na Igreja católica. Basta comparar os milagres da Igreja Católica e as curas que existem em todas as religiões para ver uma grande diferença. Não há comparação, e pelos verdadeiros milagres ocorridos na Igreja Católica, temos um argumento apologético que também pode nos ajudar. Um exemplo é o milagre de Lanciano. Não acreditamos na Eucaristia por causa do milagre de Lanciano, mas este milagre é um sinal daquilo que cremos!!





É necessário divulgar esses milagres da nossa Igreja, para aprofundarmos também o conhecimento da nossa fé e da ação de Deus na Igreja. Diante da falsa acusação de que não há milagres na Igreja católica, saibamos reconhecer que nós seguimos o Cristo Crucificado e Ressuscitado, que mais do que milagres, quer o nosso coração. O cristão não pode viver em busca de milagres, pois assumiu carregar a Cruz. Porém na nossa caminhada, sabemos que Deus pode realizar milagres e prodígios, e isso Ele tem realizado. Conhecer esses prodígios nos ajudam a ver quão falsa são as acusações daqueles que afirmam que não há milagres na nossa Igreja. 





Esses sinais também nos ajudam a reconhecer a grandeza do nosso Deus. Na Bíblia, principalmente nos salmos, vemos que o povo de Deus sempre louva o Senhor pelos prodígios que Ele realizou, mesmo nos momentos de sofrimentos. Por isso, saibamos cantar as maravilhas de Deus na história e na nossa vida. A nossa própria vida deve ser manifestação de Deus pelo amor. Os milagres também são sinais do amor de Deus por nós! 





“Quanto a eles, saíram a pregar por toda a parte: o Senhor agia com eles, e confirmava a Palavra por meio de Sinais que a acompanhavam” (Mc 16, 20). 





Devemos conhecer esses sinais para confirmarmos mais ainda nossa fé, dando a todos que nos perguntarem a razão de nossa esperança, e a glória devida á Deus.





“De uma geração a outra enaltecerão tuas obras,





proclamarão tuas façanhas.





Repetirei o relato dos teus milagres,





A glória retumbante do teu esplendor.





Narrar-se-á o poder dos teus prodígios





E eu contarei os teus grandes feitos”. SL 145 (144), 4-6






O Purgatório e a Oração pelos Mortos








Reporter: Frei Erick Ramon 






Os protestantes dizem que não adianta orar pelos mortos, pois a oração deve ser somente por aqueles que estão em vida. Para entender melhor vamos fazer um resumo do que acontece com os que morrem. Vejamos bem: Os que morrem na graça de Deus se salvam. Vão diretamente ao Céu. Os que rejeitam a Deus como Criador e a Jesus como Salvador durante esta vida e morrem em pecado mortal se condenam. Esta resposta é clara entre Católicos e protestantes.


Mas o que acontece com os que morrem em pecado venial ou que não satisfizeram plenamente por seus pecados? Aí está a diferença entre Católicos e protestantes. Os Católicos acreditam no Purgatório que é um estado por meio do qual, em atenção aos méritos de Cristo, se purificam as almas dos que morreram na graça de Deus, mas que ainda não satisfizeram plenamente por seus pecados.


O Purgatório não é um estado definitivo mas temporário. E ficam neste estado aqueles que ao morrer não estão plenamente purificados das impurezas do pecado, já que no Céu não pode entrar nada que seja impuro (Ap 21, 27). No Purgatório, Deus em sua misericórdia infinita, purificará suas almas. Um exemplo bem claro desta purificação está em(Malaquias 3, 1- 4) onde diz: "Vou mandar o meu mensageiro para preparar o meu caminho. E imediatamente virá ao seu templo o Senhor que buscais, o anjo da aliança que desejais. Ei-lo que vem - diz o Senhor dos exércitos. Quem estará seguro no dia de sua vinda? Quem poderá resistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor, como a lixívia dos lavadeiros. Sentar-se-á para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata; então eles serão para o Senhor aqueles que apresentarão as ofertas como convêm. E a oblação de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos anos de outrora". Se isso não é o Purgatório, o que é então?


Um outro texto Bíblico é o de (1 Pedro 3, 19 ? 20) onde diz: "É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes, quando Deus aguardava com paciência, enquanto se edificava a arca, na qual poucas pessoas, isto é, apenas oito se salvaram através da água". Eis aí o Purgatório novamente!


Mais outro texto é o de (1 Cor 3, 11 ? 15) onde diz: "Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso daquele que já foi posto: Jesus Cristo". "Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento) demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo".


Quanto à duração do Purgatório podemos dizer que depois que Jesus vier pela segunda vez e se puser fim à história da humanidade, o Purgatório deixará de existir e só haverá Céu e Inferno.


Para os Católicos pode-se oferecer orações, sacrifícios e Missas pelos mortos, para que suas almas sejam purificadas de seus pecados e possam entrar quanto antes na glória e gozar da presença Divina. Um outro exemplo que está na Bíblia é o de (2 Macabeus 12, 43-46) onde se diz: "Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas".


Mesmo mostrando dentro da Bíblia que existe o purgatório, os protestantes insistem em que esta palavra é uma invenção da Igreja Católica. Nós argumentamos que tampouco está na Bíblia a palavra "ENCARNAÇÃO" e, no entanto, todos cremos nela. Tampouco está a palavra "TRINDADE" e todos, Católicos e Protestantes, crêem neste Mistério. Portanto a argumentação dos protestantes que não existe a palavra "Purgatório" está equivocada.


Em definitivo, o porque desta diferença é muito simples. Eles só admitem a Bíblia, em compensação para os Católicos, a Bíblia não é a única fonte de revelação. Os Católicos tem a Bíblia e a Tradição,isto é, se uma verdade foi acreditada de modo sustentado e ininterrupto desde Jesus Cristo até nossos dias é que é dogma de fé e porque o povo de Deus em sua totalidade não pode equivocar-se em matéria de fé, porque o Senhor se comprometeu com sua assistência. Uma prova disso, é que, podemos mostrar que a partir dos primeiros Cristãos do Século I em diante, eles já oravam por seus mortos. É só verificar nas catacumbas ou cemitérios dos primeiros Cristãos os escritos esculpidos com muitas orações pelos falecidos.


Caríssimos irmãos! Podemos e devemos fazer orações e sacrifícios pelos mortos. Devemos rezar por todas as almas , porque não sabemos com certeza, quais estejam realmente precisando, e em condições de receber o mérito impretatório das nossas orações e sacrifícios oferecidos a Deus por elas. Estes, e sobretudo as Santas Missas que fizemos celebrar, não ficarão sem efeito. Pois Deus saberá aplicá-los às almas que mais estiverem precisando, além de ser para nós, ocasião de prestarmos a Deus as homenagens que Lhe devemos.



Para entender a libertação ou Exorcismo , preecisamos entender o misterio da Iniquidade







Reporter: Frei Erick Ramon 





Os Anjos estão presente em todo transcurso da história da salvação: alguns executando o plano de Deus e prestando continuamente celeste e poderosa ajuda à Igreja; alguns, decaídos, chamados demônios, que, opondo-se a Deus, à sua vontade de salvação e ao cumprimento da obra em Cristo, tentam associar o homem à própria rebelião contra Deus. 





Na Sagrada Escritura, o Diabo e os demônios são identificados com vários nomes, alguns dos quais, de certa forma, indicam sua natureza e função. O Diabo, chamado, Satanás, antiga serpente e dragão, aquele que seduz o mundo todo e luta contra os que observam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus(Ap 12,8-9) é designado adversário dos homens1Pd 5,8) e homicida desde o princípio( Jo,8,44), porque, pelo pecado, tornou o homem sujeito à morte. Já que por suas insídias provoca o homem a desobedecer a Deus, o mau é chamado de Tentador(Mt 4,3), de mentiroso e pai da mentira(Jo 8,44), que age sagaz e falsamente, como prova a sedução de nossos pais (Gn 3,4.13), que se esforçou por desviar a Jesus da missão recebida do Pai (Mt,4,1-11 ; Mc 1,13) e, por fim, sua transfiguração em anjo da Luz (2Cor 11,14). 





Chama-se ainda príncipe deste mundo (Jo 12,31), isto é, do mundo que está sob o poder do maligno (1 Jo, 5,19) e que não conheceu a verdadeira luz. Enfim, seu poder é indicado como poder das trevas (Lc 22,53), pois odeia a Luz, que é Cristo, e arrasta os homens para as próprias trevas. Os demônios, porém, que com o Diabo não observam a autoridade de Deus (Jd 6), foram condenados (2Pd 2,4) e constituem os espíritos malignos (Ef 6,12), pois os que pecaram foram criados, como espíritos, e são chamados anjos de Satanás (2Cor 12,7; Ap 12,7), o que também pode significar que a missão lhes tenha sida confiada por seu maligno príncipe. 





A vitória do Filho de Deus destruiu (1Jo3,8) os atos de todos esses espíritos imundos e sedutores (Mt 10,1; Mc 5,8,Lc 6,18). Embora “uma árdua luta contra as forças das trevas perpasses toda a história dos homens, luta que há de continuar até o último dia”. Cristo, por seu mistério pascal de morte e ressurreição, nos arrancou da servidão do Diabo e do pecado, destruindo o seu poder e libertando todas as coisas da influência maligna. Mas como ação prejudicial e contrária do Diabo e dos demônios atinge as pessoas, as coisas e os lugares e se manifesta de forma diversa, a Igreja, ciente de que “os dias são maus (Ef 5,16), sempre orou e ora para que os homens libertem das insídias do Diabo.






O Demônio Existe



Reporter: Frei Erick Ramon





Que diz a Igreja sobre a sua existência? A julgar pela atitude da mídia e de certas correntes filosóficas e teológicas contemporâneas, "também o diabo está (ou parece) morto". Contudo, não é esta a posição do Papa Paulo VI ou João Paulo II, do Catecismo da Igreja Católica. Se não, vejamos 





O último pedido do Pai Nosso "Mas livrai-nos do mal" faz parte da oração sacerdotal de Jesus (Jo 17,15): "Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno". O Catecismo da Igreja Católica (nº2850) diz que o "nós" do Pai Nosso lembra a solidariedade para o bem e para o mal existentes entre os filhos do mesmo Pai. 





O Papa Paulo VI, na audiência pública de 15 de novembro de 1972, esclarece sobre sinais da presença da ação diabólica. Embora às vezes pareçam tornar-se evidentes, é necessário ter muito cuidado no discernimento. Acrescenta ele: "Podemos admitir a sua ação sinistra onde a negação de Deus se torna radical, sutil ou absurda; onde o engano se revela hipócrita, contra a evidência da verdade; onde o amor é anulado por um egoísmo frio e cruel; o nome de Cristo é empregado com ódio consciente e rebelde; onde o espírito do Evangelho é falsificado e desmentido; onde o desespero se manifesta como a última palavra etc". 





A afirmação da existência de espíritos decaídos, demônios, Satanás só tem sentido em um contexto mais amplo. A presença de anjos e demônios jamais será aceita à margem da fé cristã. A oposição a essa crença tradicional da Igreja surge, com certo tipo da História da Religião, dentro de um ambiente racionalista e iluminista. A argumentação daí resultante é alimentada pelas doutrinas propagadas por povos vizinhos aos judeus. 





Os relatos do Antigo Testamento, segundo eles, não trazem uma revelação, mas simplesmente reproduzem mitos das culturas pagãs. Nessa linha de pensamento, o conhecido exegeta protestante, Rudolf Bultmann em sua obra "Kerygma e Mythos", sentencia: "Já não é possível usar luz elétrica e rádio (...) e ao mesmo tempo acreditar no mundo de espíritos e milagres do Novo Testamento". Interessante observar que são exatamente teólogos e pensadores protestantes de renome, como Karl Barth, que tem outra posição "por causa da tradição bíblica e por causa do seu valor na piedade do povo cristão", o tema dos anjos não pode ser preterido pela teologia. Contudo, isso não impede que alguns teólogos católicos continuem numa profunda reticência, temerosos talvez, de serem taxados de "tradicionalistas" caso tratem, dentro da nossa crença, o tema de anjos e demônios. 





Ao falar em Satanás é importante evitar dois erros: o de absolutizar o maligno, como se fosse uma terrível ameaça, em cada momento, a cada pessoa mesmo reta, verdadeira, humilde e fiel. O demônio pode influenciar através das faculdades mentais, e das tendências da natureza. Ele, contudo, não tem poder sobre o íntimo da pessoa, pois sua liberdade, sua consciência pertencem diretamente a Deus. Uma pessoa generosa, que procura guardar a retidão e pureza de seu modo de agir, e mesmo a criança que reza com amor e confiança é mais forte do que Satanás. De outro lado, há o erro do racionalismo, supondo não existir aquilo que não podemos ver e experimentar com nossos sentidos. Nesse caso está o Demônio. 





O Novo Testamento fala freqüentemente no Diabo ou Satanás e em demônios. E mostra seu lugar na história da salvação, tanto no evento central da vida de Jesus Cristo, como na Igreja. O anjo decaído não pode ver Deus em Jesus; só pode constatar com pavor e horror que este "profeta", superior a todos os outros, é o perigo definitivo para as aspirações do inferno. Jesus é apresentado como Aquele que venceu Satanás. 





O maligno derrotado consegue ainda atrapalhar e seduzir. O Novo Testamento não manifesta interesse especulativo algum em descrever dramaticamente o universo dos demônios, como o faziam certos livros apócrifos. Não existe uma "demonologia". O Novo Testamento tem, entretanto, um forte interesse em demonstrar que Satanás e seus espíritos subalternos se apresentam no mundo como adversários da salvação, de Jesus e de seus fiéis. Seu nome é "Diabo e Satanás" (Mt 4,1), "inimigo e tentador", "Maligno" (Mt 13,19; Ef 6,16), "príncipe do mundo" (Jo 12,31), "acusador" (Ap 12,10), "dragão", "serpente" (Ap 12), "chefe dos demônios" (Mc 3,22) e assim por diante. 





Jesus não é um exorcista, mas o iniciador do Reino do Pai e do seu poder. Ele é a imagem de Deus. A luta contra Satanás e a vitória definitiva sobre ele, é parte constitutiva deste anúncio. Cristo, ele mesmo interpreta sua presença assim: "O príncipe deste mundo está sendo jogado fora" (Jo 12,31). É claro que nesses acontecimentos existem também elementos de doença. 





O Magistério da Igreja procurou sempre manter um equilíbrio entre tendências de absolutizar o Maligno e, hoje, de considerá-lo insignificante. O Concílio Vaticano II não tratou o assunto de modo explícito; somente citou-o de passagem dizendo que em Cristo "Deus nos reconciliou consigo e entre nós, arrancando-nos da servidão do diabo e do pecado" ("Gaudium et Spes" 22.3; 2.2); e o maligno continua nos tentando ("Lumen Gentium" 16; 48,4; "Ad Gentes" 9). 





Importa observar que os demônios não são apenas um poder anônimo, impessoal. Mas são espíritos criados, pessoas. Por isso, e só por isso, o Concílio pode dizer deles: "Segundo sua natureza, criados por Deus como bons, mas por si próprios se tornaram maus". Na doutrina sobre o demônio, a Igreja sublinha de um lado a infinita bondade de Deus Criador. E, de outro lado, mostra a grandeza da liberdade da criatura que sendo imagem de Deus, é exatamente por esse motivo, submetida a provas e tentações. É insistente a palavra de Jesus a todos nós: "Vigiai, porque não conheceis nem o dia nem a hora" (Mt 25,13; 13,35. 37). 





Em conclusão, devem se erradicar dois comportamentos errôneos: o que faz do diabo um mito e aquele outro que o vê em toda parte. 





Fonte: Comunidade Católica Beatitudes do Coração de Jesus






São Miguel Arcanjo



Reporter: Frei Erick Ramon 




A Igreja Católica tem em alto conceito a devoção aos Santos Anjos. Acredita na sua existência que é provada por muitas citações bíblicas, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Sabe e ensina, que os anjos, como Santos mensageiros de Deus, desempenham uma missão especial em nosso favor. São defensores, do corpo e da alma, em todos os perigos, principalmente na hora da morte.





Como um dos primeiros, senão o primeiro e mais eminente dos espíritos celestiais, os livros sagrados nos apresentam S. Miguel. O profeta Daniel dá a S. Miguel o título de Príncipe dos Anjos, e a Igreja enumera-o entre os arcanjos. Seu nome tem o significado de “Quem é como Deus ?” pois foi S. Miguel que se pôs à frente dos anjos fiéis contra Lúcifer, o chefe dos anjos rebeldes, em defesa da autoridade de Deus. S. Miguel, por tanto, é um espírito guerreiro, arauto de Deus, e Príncipe dos exércitos celestiais. A arte cristã o apresenta como tal, em armadura brilhante, com lança e espada, em vôo como de mergulho se precipitando sobre o dragão infernal, e, fortemente o investindo, fazendo-o sentir o vigor irresistível do pé vitorioso, arremessa-o às profundezas do inferno.





S. Miguel pelos judeus era havido como protetor do povo eleito. Segundo o Apóstolo S. Judas (v. 9.) o cadáver de Moisés estava entregue aos cuidados do arcanjo. Foi este mesmo arcanjo, quem apareceu a Josué antes da tomada de Jericó e lhe prometeu seu auxílio; foi S. Miguel que defendeu os israelitas contra as hostes de Senacherib, desbaratando-as; foi ainda S. Miguel, quem se opôs a Balaam, quando ia amaldiçoar o povo de Deus. Heliodoro experimentou a força vingadora do arcanjo, quando se aparelhou para praticar o roubo sacrílego do templo. (2. mac. 3, 25).





Da sinagoga e do povo eleito a missão de S. Miguel se transferiu à Igreja de Cristo. Numerosas são as suas aparições registradas na história da Igreja. Seu nome é mencionado várias vezes no sacrifício da Santa Missa. No “Confiteor” o sacerdote se dirige ao arcanjo S. Miguel, e invoca sua intercessão junto de Deus. Sobre o incenso, na missa solene é invocado seu nome. Ao Santo anjo, isto é, a S. Miguel o sacerdote logo depois da consagração se dirige, com o pedido de levar o santo sacrifício ao altar sublime de Deus. 





Terminada a missa rezada, em uma oração especial o povo pede a S. Miguel que o defenda no combate; cubra-o com o seu escudo contra os embustes e ciladas do demônio; precipite ao inferno a Satanás e aos outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. S. Miguel é ainda o patrono dos agonizantes, o guia das almas dos defuntos para o céu, como faz lembrar o texto do ofertório da missa de “Requiem”.





Na história da Igreja são mencionadas duas aparições de S. Miguel: Uma ao Papa Gelásio I no monte Gargano. A festa de hoje é a comemoração deste fato e da consagração da Igreja de S. Miguel naquele lugar. Mais conhecida é a outra, de que foi dignado o Papa S. Gregório, o Grande, em ocasião de em Roma grassar a peste.