sábado, 12 de maio de 2012

Das Provações ao Louvor e Adoração









Augusta Moreira dos Santos





Obs: Quero transformar num livro esses escritos, que aliás foi o primogênito e só agora resolvi publicar no blog. Senti a unção do Senhor ao escrever.





Introdução





Devemos levantar nossos braços e louvar o nosso Deus!
Nossa Senhora diz em suas aparições, que ela louva a Deus, a cada instante no
Céu e que os Anjos e Santos nunca se cansam de louvá-lo porque eles sentem o
amor dele o tempo todo e se alegram mais e mais.





Nossa mãe, Maria, nos convida a louvá-lo, pois assim
sentiremos a alegria do Céu em nossos corações. 





Ela nos exorta a glorificar a
Deus, todos os dias, mesmo se a vida continuar a mesma e não nos acontecer
nada, porque assim veremos que não dependemos de coisas materiais para ter a
felicidade.





Que nossas manhãs sejam preenchidas pelo louvor e nossas
noites pelo agradecimento.





Todos os dias, Deus faz o sol nascer para nós.




Glória a Deus! Ele nos dá o alimento, a água, o ar. Louvado
seja Jesus!





Deus cuida de nós durante o dia e vela por nós durante a
noite. Bendito seja o Senhor! Pois só a pessoa que reconhece a bondade do Pai é
que está perto dele e merece ser socorrida em suas necessidades.





A gratidão sempre atrai mais graças. Por isso, devemos
louvar, agradecer, bendizer o pai, que tudo nos dá.





Nossas vidas devem ser construídas dia após dia no hoje e
não pensando no amanhã. Valorizemos cada dia, pois não sabemos até quando
estaremos aqui neste mundo.





Mas muitos não valorizam nem a própria vida, e o pior: não
respeitam a vida dos outros. 





O fato de estarmos construindo as nossas vidas
como casas sobre a areia, sobre as coisas do mundo, é que faz delas rotineiras
e vazias.





Devemos Construir nossas vidas sobre a rocha que é Jesus
Cristo, pois virão problemas e tempestades querendo derrubá-las, mas somente
sobre a rocha que é Jesus permaneceremos firmes.





CAPÍTULO I





 1. O AMOR DE DEUS





Quando se sente
o amor de Deus pela primeira vez é maravilhoso, a gente nunca esquece aquele
dia que de certa forma fomos pegos de surpresa. Fomos fisgados pelo pai.





Podemos até
dizer que fomos seduzidos pelo amor do nosso Criador.





E aí, encantados
com tudo, queremos participar de encontros, sentimos o desejo de participar das
celebrações, temos o desejo de ajudar na comunidade.





A fé começa a
brotar e a crescer nos nossos corações, surge à sede de Deus.





Temos uma sede
tão grande da palavra do Senhor e queremos transmiti-la a todas as pessoas com
o nosso testemunho.





O Senhor vai nos
atraindo para ele e na verdade, gostamos e muito. Sentimos a paz que o mundo
não dá. A alegria que jamais havíamos experimentado antes.





Temos sensações,
mudanças, transformações que sequer entendemos e a partir daí descobrimos que
ocorreu um pentecostes conosco, a efusão do Espírito de Deus.





E diante de
tantas mudanças na vida diária, voltamos para Deus.





Começamos a vencer
a nossa timidez, as nossas dificuldades de comunicação e a partir daí vai
surgindo uma nova criatura.





Começa então, o
início da vida em comunidade.





Aquele desejo
ardente de servir, nos tornou realmente servos.


O Senhor mudou o
nosso viver, agora somos novas criaturas, querendo fazer o bem e ajudar o
próximo.





1.1 As dificuldades na Caminhada





Só que na
caminhada, começam as dificuldades, há um misto de alegria, sofrimento,
vitória, derrota e dor.





Na verdade, há
um sentimento de confusão, vazio interior, mistério e começamos a vagar na
vivência diária da oração e da vida comunitária.





Já não há mais
aquele fervor como antes, já não há mais o amor como autrora.





A gente busca
Deus, mas não o encontra, procura um aconchego no irmão e não é acolhido,
deseja alguém para conversar e fica só. É o período da desolação que falaremos
adiante.





A gente se
encontra perdido. E como fazer para mudar a situação¿


Precisamos nos
conhecer melhor.





À medida que vou
analisando, vou percebendo que o meu amor não foi construído sob uma base
sólida, vou percebendo que Deus me deu oportunidades, mas aquele entusiasmo de
início de caminhada, não me fez perceber que era necessário amadurecer na fé,
buscar conhecimento interior e exterior e que precisava aprofundar na palavra
de Deus. 





E que a palavra é que vai me conduzir pelo caminho certo.





Não, não percebi
que a palavra é a fonte da vida, da alegria, do consolo, que é ela exatamente
ela que vai me orientar para uma vida coerente e sensata, rumo ao céu.





Não quis ouvir
sobre provações, não quis perceber nada sobre os acontecimentos tristes na
vida, porque o entusiasmo fez com que não percebesse que as provações existem
exatamente como um teste, uma prova, o senhor permite que elas ocorram conosco
para que deixemos de teimosia, para que aprendamos a viver segundo o espírito,
abandonando os erros e buscando a santidade.





O senhor ama e
por amar e por amor ele nos corrige, a provação é uma correção do Senhor,
assim, ele de forma amorosa, não poupa a vara ao filho, dá as varadinhas para
aprendermos a amar, para aprendermos a obedecer, para nos educar na fé.





1.2 A busca desmedida dos dons





No início da
Caminhada desejamos e buscamos os dons carismáticos dizendo que queremos
servir.





E vamos à luta,
trabalhando de um lado, de outro, desejando ardentemente os dons, almejando dom
de curas, dom de milagres, dom da palavra e assim deixamos de lado o que é mais
importante, AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A MIM MESMA.





Vou ao início da
caminhada, acumulando ódio, rancores, ressentimentos de irmãos de caminhada,
não percebendo que há disputas internas, para ver quem é o melhor e querendo
ser mesmo o melhor pregador, o melhor orador, o mais ungido e vou muito mais
além, porque na minha cegueira espiritual, vou querendo o dom que o outro tem.





Esqueço assim,
que tenho que ser fiel ao chamado, servindo naquilo que está necessitando
naquele momento. 





Não percebo que Deus me pôs na limpeza, porque já havia um
pregador, já havia o cantor, já havia o orador e ele estava precisando de um
limpador da Igreja, que ele estava precisando de alguém para acolher os irmãos
na entrada, para que sua obra cresça.





Não, não percebo
que não me colocam em determinado ministério porque não possuo aquele dom e
assim, preciso ser fiel no pouco naquilo que necessita para que Deus vá me
dando abundantemente outros dons.





Por isso, o
trabalho missionário às vezes não cresce, porque quero ter o dom que Deus ainda
não me deu e assim, não sirvo naquilo que ele me chamou, buscando fazer a minha
vontade e não a do pai.





Não vejo que
preciso ser fiel naquilo que necessitava, como na limpeza, no acolhimento e
assim devido ao meu sim, ele vai me dando novas oportunidades, me chamando para
o serviço mais e mais, me acumulando de dons.





Mais à frente
vou entender que ao invés de ajudar na obra do senhor estava atrapalhando tudo
aquilo que Deus vinha fazendo.





Pois como posso
tirar aquele que tem o dom da palavra, para ficar no lugar dele, se não tenho
esse dom¿ Seria a mesma coisa de dizer ao tocador de violão, hoje você não
precisa tocar e nem cantar, pois vou te substituir, vou ficar no seu lugar.





Então vou me
tornando um cego e surdo espiritual, não vejo, não enxergo e não percebo que
vai ser através da fidelidade que o senhor me dará outras chances.





Não entendo que
na Igreja o senhor me chamou para servir e não para ser servido.


CAPÍTULO II





2 OS DONS EFUSOS E OS DONS INFUSOS





Vou esquecendo
que devo desejar os dons carismáticos (dons efusos), mas são essencialmente
necessários na minha vida os dons infusos ou de santificação, que recebi ao ser
batizada, pois os dons de santificação são instrumentos de Deus para a
construção da santidade em nossas vidas. Já os dons carismáticos nos capacitam
a sermos servos competentes e eficientes.





Precisamos nos
abrir à sua ação tanto nuns quanto nos outros.


Os dons infusos
estão profundamente ligados a mais alta vida espiritual que consiste em
revestir as almas com o desaparecimento do “eu” para que só Deus tome as
iniciativas.





E quais são
esses dons infusos ou de santificação¿ são o Temor de Deus, Piedade, Fortaleza
ou espírito de Fortaleza ou ainda Coragem, Prudência ou espírito de Conselho,
Ciência ou espírito de Ciência, Entendimento ou espírito de Inteligência e
Sabedoria ou espírito de Sabedoria.





DOM DO TEMOR DO SENHOR


Este dom consiste num horror ao
pecado, que diminui os ímpetos desordenados da nossa concupiscência e, nos
impede de provocar desgosto a Deus. A pessoa afasta, com todas as forças, tudo
quanto poderia desagradar a Deus





DOM DA PIEDADE


Este dom produz em nós um amor
de filho para com o pai celestial, adorando-o com amor e fervor, e um amor
verdadeiro para com os irmãos e para com as coisas divinas.

Podemos até dizer e constatar que há frutos alcançados por esse dom: confiança
infinita em Deus e abandono total em suas mãos; fraternidade; capacidade de nos
santificar alegremente nos doando por inteiro, a Deus e ao próximo.





DOM DA FORTALEZA


Este dom faz com que a pessoa
tenha uma força que lhe permite suportar com paciência e alegria, sem
murmuração, por amor a Deus, as maiores dificuldades e tribulações. É uma
constante superação de nós mesmos em meio aos desafios, às tentações, às
provações e dificuldades.





DOM DA PRUDÊNCIA OU ESPÍRITO DE CONSELHO


Na verdade ele é o dom de
governar, pois é muito importante para aqueles que são constituídos em
autoridade, concedendo-lhes um governo prudente, que se preocupa com o bem
espiritual das almas e da glória de Deus.





Este dom nos conduz a viver sob
a orientação do Espírito Santo. O que falar? O que fazer? Devo ficar calado ou
não?A resposta correta para essas perguntas nos é dada por este dom. É
necessário a todas as almas para a perfeita orientação de acordo com a vontade
de Deus.





DOM DE CIÊNCIA OU ESPÍRITO DE CIÊNCIA


Os dons de Ciência, Inteligência
e Sabedoria nos fornecem a intimidade e união com Deus, O dom de ciência nos
faz reconhecer que as coisas criadas são vãs em si mesmas. Descobrimos que Deus
é tudo e nós não somos nada. Percebemos a grandiosidade, a majestade de Deus e
isso vai nos conduzindo a por as coisas e pessoas no seu devido lugar e
importância, porque Deus está em primeiro lugar.





Vou entendendo na caminhada,
através do autoconhecimento, das situações vivenciadas, que há um Deus
maravilhoso, mas que há também, o pai da mentira, querendo perverter as almas.


Assim, vou descobrindo que
satanás existe e que a princípio o ignorava por causa do meu entusiasmo cristão
no início da caminhada e que vou ter que vivenciar as mesmas dificuldades que
os apóstolos passaram.





Vou entendo que os erros
cometidos pelos apóstolos são um consolo no momento que caio. Percebo que
quando Jesus disse para Pedro que satanás queria peneirá-lo como trigo, mas que
ele rogou ao pai para que a fé dele não desfalecesse.





Aí compreendemos que satanás é
uma realidade nas nossas comunidades e quer tirar algo muito precioso de nós
que é a fé, porque sem ela não somos caridosos, sem ela não amamos o nosso
próximo, sem a fé, somos pessoas tristes, sem esperanças, sem a fé, não há
vida, não há ressurreição.


 A partir daí, até temos interesse em ler sobre
as ações do mal para nos precaver, como é o caso dos exercícios espirituais de
Santo Inácio de Loyola sobre o discernimento.





É preciso estar atentos, pois
num de seus exercícios espirituais faz a seguinte menção:





“Porta-se também o demônio como
um general, quando quer apoderar-se duma fortaleza. Pois, à semelhança dum
comandante ou chefe militar que, depois de assentar os arraiais, explora as
fortificações e obras de defesa, para saber qual é a parte mais fraca, para
começar por ela o ataque: assim o maligno espírito anda rondando em volta de
nós para explorar as nossas virtudes teologais, cardeais e morais, a fim de
começar por onde nos achar mais fraco, e nos render”.





Um dos grandes perigos da nossa
vida é nos distrairmos, pois através da distração, nos esquecemos de que nos
tornamos vulneráveis após os momentos de vitória. Um exemplo foi Davi que foi
considerado um homem segundo o coração de Deus, e, após inúmeras vitórias,
cedeu a tentação com a mulher de Urias.


Portanto, precisamos vigiar
estarmos atentos para não cairmos nas ciladas do demônio, podemos até enfatizar
através da espiritualidade inaciana os ensinamentos:





“Examinar com grande cuidado o
curso de nossos pensamentos. Se o princípio, o meio e o fim são bons e tendem
ao bem, é sinal de que vêm do bom anjo; mas se no decurso deles se encontram
alguma coisa má, vã ou diferente do que tínhamos proposto fazer, é sinal
evidente de que tais pensamentos procedem do mau espírito.





Aprofundando ainda mais sobre
esse assunto é preciso termos esperança e conhecimento para aceitar os desafios
e vencê-los como consta nas regras de discernimento sobre o mesmo santo.





“São três as causas
principais por que nos achamos desolados.
A primeira é porque somos
tíbios, preguiçosos ou negligentes em nossos exercícios espirituais e, por
nossas faltas, se afasta de nós a consolação espiritual. A segunda porque Deus
quer ver quanto podemos e até onde chegamos ao seu serviço e louvor sem os
auxílios da consolação. 





A terceira, porque Deus nos quer dar a conhecer que não
está em nosso poder sentir grande devoção, amor intenso, lágrimas, nem qualquer
outra consolação espiritual, mas que tudo é graça de Deus, Nosso Senhor, a fim
de que não nos ensoberbecesse nem envaidecermos atribuindo a nós mesmos a
devoção e outras manifestações da consolação espiritual.”





TIAGO 1:12 - Bem aventurado o
homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da
vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.


TIAGO 1:13 – Ninguém, sendo
tentado, diga: de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal,
e a ninguém tenta.





TIAGO 1:14 – Mas cada um é
tentado quando atraído pela sua própria concupiscência.


Meditemos a palavra de Deus,
pois é ela que nos guia ao caminho correto.





Vamos a partir de agora, amar
como Jesus amou, viver como Jesus viveu, pensar como Jesus pensou sentir como
Jesus sentiu, orar como Jesus, obedecer como Jesus.


Temos armas poderosas, para
enfrentar o mal e precisamos conhecer a palavra e vivenciá-la, para assim,
livrar-mos do mal e não cairmos em tentações.





Que Deus nos conceda a graça da
Vitoria, da perseverança e que percebamos que não é contra homens de carne e
osso que temos de lutar, mas contra o mal que está espalhado até no ar.


Fomos chamados pelo Senhor não
para ser servido para servir, a exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo.





CAPÍTULO III





3. DAS PROVAÇÕES AO VERDADEIRO LOUVOR





Depois de uma vasta caminhada nos caminhos do Senhor até
chegar à parte ao aprendizado, percebemos a real importância do louvor.


O louvor propriamente dito, sentido, desejado e alcançado
ao pai criador de todas as coisas.





Há tantas expressões sobre o louvor, mas o louvor mais
lindo, mais eficaz é aquele que brota da alma.


Quando temos o coração curado, nossa vida se transforma
num grande louvor.


A oração de louvor nos leva a um jeito novo de
viver a vida, de ver as coisas com os olhos de Deus e não com os olhos do
mundo.





No livro do profeta Habacuque, podemos ver o conceito de
louvor sendo usado por ele quando diz: Porque ainda que a figueira não
floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e
os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam
arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR;
exultarei no Deus da minha salvação.





A oração de louvor, nos liberta de tudo aquilo que
nos oprime e precisa se tornar a nossa oração mais rotineira. É pelo louvor
que nos transformamos.





Louvar é reconhecer a Grandeza, a Soberania, a Bondade, a
Justiça, a Força, a Fidelidade, a Misericórdia, a Honra, a Dignidade, a
Majestade e a Santidade de nosso Deus.





Alegro-me no Senhor,


Louvo a Deus com gratidão no meu coração,


Bendirei ao Senhor Eternamente,


O louvor ao Senhor estará sempre na minha boca,


Sim, quero louvar sempre ao Senhor,


Quando penso que Deus me ama e me escolheu,


Que há poder no Nome Santo de Jesus,


E que o Espírito Santo habita em mim,


A minha alma se alegra como é glorioso o nosso Deus.





Deus está no sol que brilha, no vento que sopra, no mar,
nas águas, nas flores, nas plantas, nos animais, no céu, na lua, nas estrelas,
no Universo. Ele está em todos os lugares. Mas o lugar onde Ele mais gosta de
ficar é no nosso coração.





O Todo Poderoso mora dentro de nós. Somos moradas de Deus,
somos templos do Senhor. As flores se abrem para o sol. Devemos nos abrir como
elas para o Senhor. Uma flor não pode viver sem o sol, sem a água e sem a
terra. Nós também, não podemos viver sem a benção de Deus, sem a ajuda de Deus
e sem a fé em Deus.





Proclamo seus altos feitos entre os povos.


Eu vos amo, ó Senhor, és minha força!


O Senhor é o meu rochedo, minha fortaleza e meu
libertador.





Invoco o Senhor, digno de todo louvor, ele é o meu amor, é
a minha alegria.


Os caminhos de Deus são perfeitos, a palavra do Senhor é
pura.


O Senhor é meu pastor, nada me faltará.





Quem está com Ele, tem que estar na alegria. Ele não é
tristeza. Temos que ser felizes com ele que está em nossos corações, mesmo com
as cruzes que temos que carregar.


Temos que agradecer a Deus e louvá-lo.





3.1 Criatividades nas Orações





Precisamos mudar um pouco nossas orações, pois pedimos
graças, perdão e tantas outras coisas, tornando a nossa oração mais de petição
do que de louvor, de agradecimento, de adoração.





Deus tudo quer nos dar e tudo quer perdoar, pois o seu
Coração é infinitamente generoso e sua caridade é sem limites porque Ele é um
pai, mas devemos confiar, deixar o Espírito de Deus agir, mudar nossos hábitos
e fazer elogios ao Senhor que é merecedor de toda glória.





Devemos olhar nossas vidas e reconhecer que tudo o que
temos é o Pai quem nos deu. Tudo é presente de Deus. Não devemos ser ingratos.


Confie no Senhor e transforme a sua oração, o seu prazer,
a sua entrega ao pai.


Em verdes prados o Senhor me faz repousar.





Eterna é a misericórdia de Deus.


Grande é o Senhor nosso e poderosa a sua força; sua
sabedoria não tem limites.


Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo o que nele se
move.


“Jesus disse: Mas à hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai
procura a tais que assim o adorem”.





Sim, precisamos adorar o nosso pai, necessitamos de
mudanças reais e evidentes na nossa vida, queremos ser servos de verdade,
servos curados e transformados para servir.


O Senhor tem pressa, ele quer atingir o coração de todas
as pessoas e para isso é necessário ordem na Igreja, é necessário amor, é
necessário a cura do coração humano.





Servos curados para servir, servos convertidos para
transformar a vida das pessoas.


É verdade, o Senhor nos chama, você quer servi-lo de
verdade? A quem você quer servir?


Louvado seja Deus, pela sua resposta.





 CONCLUSÃO





Concluímos que somos fracos, mas
não estamos sós, que o Espírito de Deus habita em nosso coração, ele é o
prometido de Deus pai, ele é o enviado de Jesus, ele é a nossa força, ele é a
nossa luz e por isso não estamos sozinhos, temos a arma da vitória em nossas
mãos. Somos muito mais que vencedores em Cristo Jesus. Amém. Aleluia.





Augusta Moreira dos Santos









A ignorância sobre a influência do demônio é o grande problema, dizia Padre Rufus










Padre Rufus Pereira




Entrevista feita com Padre Rufus, pela equipe da Canção Nova, numa de suas vindas no Brasil.



"Qualquer
pessoa que não acredite na existência do demônio, não pode dizer-se
católica". É o que aponta o presidente da Associação Internacional para
o Ministério de Libertação da Renovação Carismática Católica (RCC) e
vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas, Padre Rufus
Pereira. 









Para padre Rufus, o motivo pelo qual muitos na Igreja não se preparam para
ajudar os fiéis que sofrem interferência do demônio ocorre pelo fato de nunca
terem tido uma experiência com o sofrimento dos possessos e nem terem visto
como a libertação pode acontecer.











Canção
Nova: A existência do demônio e sua ação sobre o mundo é algo que está
na doutrina da Igreja. Mas por que muitos não acreditam na existência e no
poder dele sobre a humanidade?



Padre Rufus: Bem, por um lado está bem claro em certo entendimento, no
entendimento dos católicos, por meio da Bíblia, de todos os documentos da
Igreja nesses dois mil anos e de todos os ministérios passados, nesses
últimos anos, estão certos de que o demônio existe.





Infelizmente,
muitos professores acadêmicos - tenho medo de que até homens da Igreja -
negam a existência do demônio. Padre Gabrielle Amorth, presidente da
Associação dos Exorcistas, na qual fui vice-presidente por 10 anos, é muito
firme em dizer que qualquer pessoa que não acredite na existência do demônio,
não pode dizer-se católica.





A
razão pela qual eu acredito que muitos neguem a existência do demônio é
porque eles nunca tiveram uma experiência com os sofrimentos de outras
pessoas com relação a isso e nunca viram como elas podem ser libertas. Eu
desafio todos os homens de dentro da Igreja: venham e vejam apenas um caso e
saberão que o inimigo existe e que Jesus é o único que pode libertá-los.




Canção Nova: E a formação dos futuros sacerdotes, em grande parte dos
seminários, que não aborda temas como a ação do demônio e não os ensina a
lidar com este tipo de situação?



Padre Rufus: É muito, muito triste que, – os que estão sendo treinados
para ser soldados de Cristo e alcançar a vitória para o bem de todos –, não
saibam quem é realmente o inimigo de Deus. 





Felizmente, há alguns poucos
lugares nos quais está havendo algumas mudanças. Um exemplo disso é que o
reitor do seminário em Praga, na capital da Tchecoslováquia, convidou-me para
dar um curso de cura e libertação aos seminaristas, como professor
palestrante.



Na Índia, há duas grandes universidades de teologia, onde sou professor
palestrante de teologia bíblica e ensino isto para todos aqueles que estão
fazendo doutorado e PhD, todos os anos. Uma semana falo sobre o ministério de
cura de Jesus; outra, sobre o ministério de libertação de Jesus. Uma pequena
mudança está acontecendo, mas não é rápido o suficiente.





A
Conferência dos Bispos da Itália teve a coragem de escrever uma carta na qual
eles, unanimemente, dizem que os dois grandes problemas enfrentados na Igreja
da Itália é que, de um lado, as pessoas, que se dizem católicas, são muito
supersticiosas; do outro, que os católicos não estão cientes de que estão
buscando ajuda em seitas inimigas.




 
Canção Nova: Qual é a realidade da América
Latina, mais especificamente do Brasil, quanto ao trabalho de ministros de
exorcismo no atendimento às pessoas?





Padre
Rufus: Acredito que esta é uma situação também da América Latina, onde
as pessoas mudam constantemente de religião. Elas são muito supersticiosas,
exemplo disso é que elas acreditam muito em aspectos errados da religião e,
por outro lado, elas estão indo atrás do inimigo. 





De forma que os trabalhos
da Igreja são dois: alertá-las sobre o que Jesus disse sobre o perigo de ir
até o inimigo e, por outro lado, mais importante, é apresentá-las a
alternativa de uma forma poderosa em que Jesus, sozinho, pode resolver todo
problema maligno, curá-las de qualquer doença física ou espiritual,
libertá-las de qualquer opressão, seja ela humana, demoníaca ou de qualquer
outro tipo.



Canção Nova: Qual a contribuição que a Renovação Carismática Católica
(RCC) trouxe para a formação dos sacerdotes ministeriados em cura e
libertação?





Padre
Rufus: Bem, a Renovação Carismática Católica tem realizado duas coisas
maravilhosas, como o ministério de cura, que é um presente da RCC para a
Igreja e também o ministério de libertação. 





Infelizmente, enquanto muitos na
RCC promovem e acreditam no ministério de cura e libertação, muitas coisas
ainda não são feitas – até mesmo pela própria RCC –, para alertar as pessoas
sobre a importância da libertação e para promover esse ministério. 





Então, a RCC,
por si mesma, precisa fazer muito mais para conscientizar as pessoas sobre o
ministério da cura e, especialmente, sobre o ministério de libertação. Eu sou
muito grato porque, aqui no Brasil, a Canção Nova pensa da mesma forma que
eu.






Canção Nova: Qual a recomendação para um padre que se sente despreparado
para lidar com alguém influenciado pelo demônio?





Padre
Rufus: Muitas vezes, as pessoas não têm conhecimento sobre este assunto,
e a primeira coisa a fazer é ler os melhores livros disponíveis para esses
tipos de problema. Um bom exemplo é ler o livro de Frei Francis chamado
"Libertação dos espíritos malignos".





No apêndice desta obra há uma
entrevista que ele fez comigo, há alguns anos. Você também pode ler os meus
pequenos livros sobre alguns artigos sobre a ação do Espírito Santo, que nos
explica que a nossa ignorância sobre o assunto é o grande problema.



Devido à falta de experiência, normalmente, a única forma de saber o que
fazer é estar presente em um caso com um bom exorcista de libertação e ver o
que acontece. 





Muitas pessoas, que fazem parte desses ministérios, como o
padre Manuel Sabino (fiquei sabendo que ele esteve aqui na Canção Nova), me
viram trabalhando com esses casos por dias e semanas, e, agora, estão
caminhando com suas próprias pernas.












Madre Tereza:cada um recebe os funerais conforme sua fé







A
santidade de Madre Teresa de Calcutá nascia, sem dúvida, da sua caridade
heróica, pela qual é universalmente conhecida. Mas havia nela ângulos
escondidos, onde se encontrava secretamente com seu Esposo e que cavavam
abismos de sofrimento íntimo, que ela transformava (e ocultava) no sorriso. Sua
beatificação, dia 19 de outubro, abriu-nos o acesso às várias facetas da sua
personalidade espiritual.








AS
ETAPAS DA VIDA 





26
agosto de 1910: nasce em Skopje, Albânia, última de cinco irmãos.


No
batismo, recebe o nome de Gonxha Agnes.


1915:
Primeira Comunhão


1916:
Crisma


1928:
entra no Instituto das Irmãs de Loreto, na Irlanda, e recebe o nome de Mary
Teresa.


1929:
chega a Calcutá, Índia.


1931:
emite os votos temporários e é enviada a ensinar no colégio St. Mary para
meninas.


1937:
emite os votos perpétuos. Desde aquele dia, é chamada de Madre Teresa.


1944:
torna-se diretora do colégio St. Mary.


10
de setembro de 1946: durante uma viagem de trem, recebe a inspiração de matar a
sede de Jesus pelas almas. Nos meses seguintes, Jesus, por meio de locuções e
visões interiores, revela a Teresa o desejo de seu coração de encontrar
"vítimas de amor", que teriam "irradiado seu amor sobre as
almas". Revela-lhe seu sofrimento em ver o abandono dos pobres e sua dor
por não ser conhecido por eles. Pede-lhe de fundar uma comunidade religiosa, as
Missionárias da Caridade, dedicadas ao serviço dos mais pobres entre os pobres.


17
de agosto de 1948: sai do Instituto das Irmãs de Loreto e veste, pela primeira
vez, o sari branco bordado de azul.


21
de dezembro de 1948: faz a primeira visita à periferia de Calcutá


7
de outubro de 1950: a Congregação das Missionárias da Caridade é reconhecida
oficialmente pelo arcebispo de Calcutá.


1960:
começa a enviar as irmãs para outros lugares da Índia.


1963:
fundação dos Irmãos Missionários da Caridade.


1965:
Paulo VI reconhece a Congregação como de direito pontifício e encoraja Madre
Teresa a abrir uma casa na Venezuela. A partir daí, seguem outras fundações em
todos os continentes.


1973:
recebe o Prêmio Templeton pelo progressoda religião.


1976:
funda o ramo das Irmãs Contemplativas e, em 1979, os Irmãos Contemplativos.
Forma os Colaboradores de Madre Teresa e os Colaboradores Enfermos e
Sofredores, de diferentes credos e nacionalidades, que participam de seu
espírito de oração e de dedicação por amor aos pobres. Nesta linha, funda
também os Missionários da Caridade Leigos.


1979:
recebe o Prêmio Nobel pela Paz e o Prêmio João XXIII pela Paz.


1980:
recebe a mais alta condecoração civil indiana, o Bharat Ratna.


1980-1990:
abre casas em quase todos os países comunistas.


1991:
funda o Movimento Corpus Christipara Sacerdotes.


1997:
passa a direção do Instituto das Missionárias da Caridade a Madre Nirmala
Joshi.


5
setembro 1997: morre e recebe os funerais de Estado do governo indiano.


20
dezembro 2002: João Paulo II aprova os decretos sobre as virtudes heróicas e os
milagres.


19
outubro 2003: João Paulo II beatifica Madre Teresa. As Missionárias da
Caridade, hoje, são 4337, presentes em 127 nações, com 669 casas.


Madre
Teresa em suas visitas na Itália as Irmãs da Imaculada e ao papa João Paulo II





A
revolução de Teresa





por
Bernardo Cervellera





até
agora o papa havia proposto a irmã dos pobres à imitação da Índia; com a
cerimônia de 19 de outubro, Madre Teresa foi apontada como modelo para todos.
Com seu amor pessoal a Cristo e sua proximidade aos mais pobres dos pobres,
Madre Teresa é como o modelo de tudo o que o papa pede aos cristãos de hoje.
Ele vê nesta mulher idosa e enrugada, com o sorriso de criança, um exemplo vivo
de sua proposta à Igreja, bem clara, desde o início de seu pontificado: Cristo
é o caminho da Igreja, o homem é o caminho da Igreja (Redemptor hominis).





Mas
não é meio exagerado propor a Madre de Calcutá como modelo de toda a missão?
Sua tentativa, no fundo, não é só uma, entre mil, de amor aos últimos? E com
toda a complexidade, os desequilíbrios econômicos, as injustiças de um mundo
globalizado, seu exemplo não arrisca ser simplista demais? E numa sociedade
pluralista, com as respostas religiosas mais diferentes, toda essa exibição de
crucifixos e de Nossas Senhoras não corre o risco de prejudicar uma tolerância
já difícil?





APLACAR
A SEDE DE JESUS





Na
realidade, a proposta de João Paulo II responde a uma urgente necessidade: a
missão contemporânea está doente. Na Redemptoris Missio, o papa fala de um
"enfraquecimento" do elã missionário na Igreja, sinal de uma crise de
fé em Jesus Cristo (cf n.º 2). A missão é sermos arrebatados pelo amor de Jesus
Cristo e comunicá-lo a todos os homens, para que conheçam este amor divino,
mais forte do que a morte. Em lugar deste amor vivo, que arrasta e renova, a
missão cristã arrisca a reduzir-se a um impulso moral, generoso ou a organizar
e escorar alguns restos de povo cristão.





 


Madre
Teresa, ao contrário, fala da missão como experiência dramática: é a descoberta
da "sede de Jesus pelas almas", de seu amor e do coração aberto
também diante da indiferença e do desprezo. A missão, portanto, antes de ser
obras a serem feitas, é participar da "sede" de Jesus e tornar
presente e vivo seu amor na vida da testemunha. Madre Teresa repetia todo dia
esta oração do card. John Henry Newman: "Querido Jesus, fica comigo e
então começarei a resplandecer como você resplandece: a resplandecer de maneira
a ser luz para os outros. A luz, ó Jesus, virá toda de você".





Nessa
descoberta dramática, Madre Teresa operou uma revolução: releu a experiência da
Igreja em sentido missionário. A oração e o trabalho como "experiência de
Cristo"; os votos religiosos como dom de Cristo e como nossa resposta ao
seu amor; a vida de comunidade como sinal da presença de Jesus; os sacramentos
e a autoridade como garantia da presença objetiva de Jesus na sua Igreja.





O
SUJEITO DA MISSÃO





Na
redescoberta do sujeito da missão (Jesus Cristo - a testemunha), encontra-se
também o verdadeiro lugar de síntese entre Igreja e mundo, sacramentos e
desenvolvimento, vida de comunidade e compromisso no mundo. Só o sujeito
atravessa e vive todos esses âmbitos em unidade; fora deste ponto de força, a
missão fica incompreensível e pode cair numa ação sem conteúdo. Para Madre
Teresa, ao invés, o Cristo contemplado na Eucaristia e no crucifixo era o mesmo
que ela encontrava nos moribundos ou nos leprosos ("Nós damos o banho em
Cristo, tratamos Cristo, vestimos Cristo...).


 


E
a quem lhe pedia a razão do seu empenho para com os pobres, respondia sempre:
"Nós não somos assistentes sociais. Os operadores sociais agem por um
projeto; nós agimos por alguém". Hoje, há quem afirme que, no contato com
outras religiões e culturas, na missão "não devemos ir incomodar ou mudar
essas culturas: por que não se deixa um budista viver na sua fé? No fundo,
Cristo já salvou a todos!". Madre Teresa testemunhou a todo o mundo que
antes, acima e dentro de cada cultura e religião há, em primeiro lugar, o
homem, que precisa ser amado, acolhido, tratado, lavado.





Esta
posição não leva a um desinteresse pelas culturas e religiões, mas, melhor
ainda, a um respeito maior à religião e à cultura porque são deste homem. A
quem expressava a suspeita de que, através de sua caridade, as irmãs de Madre
Teresa fizessem proselitismo, ela sempre repetiu: "Nunca procuramos
converter ao cristianismo os que acolhemos. De outro lado, com nosso trabalho,
damos testemunho da divina Presença. Se os católicos, os protestantes, os
budistas ou os agnósticos se tornam com isso seres humanos melhores,
simplesmente melhores, estamos satisfeitos".


 


E
como prova do respeito por todos, Madre Teresa lembrava que na casa dos
moribundos, ao lado do templo de Kali, em Calcutá, cada um recebe os funerais
conforme sua fé: o hindu recebe a água do Ganges antes de morrer para ser
depois cremado nos gath; o muçulmano recebe funerais muçulmanos. Quem não tem
ninguém, tem pelo menos as irmãs que honram o cadáver e choram por ele. Quem
dava a preferência à mudança das estruturas para resolver os problemas dos
pobres, acusava Madre Teresa de dar aos pobres os "peixes", mas não
de lhes ensinar "a pescar".





Ela
fazia notar que seus pobres "são tão fracos que nem conseguem segurar na
mão a vara de pesca". Para Madre Teresa, o que importava não era manter a
situação ou resolver os problemas: no centro de tudo estão, sempre e antes de
tudo, as pessoas marcadas pelos problemas e pela situação. Foi obra também de
Madre Teresa ter resgatado - depois de um período de esquecimento - uma
definição profunda e completa de pobreza, não reduzida somente ao elemento
econômico e material. "Hoje os pobres estão famintos de pão e de arroz e
de amor e da Palavra viva de Deus.


 


Estão
doentes, necessitados de curas médicas, mas também de um toque gentil, de um
sorriso cheio de calor...". Essa nova e evangélica qualidade da pobreza
exige uma resposta rápida. A cada um de seus pobres Madre Teresa procurou doar,
"com prontidão", algo para viver. Com prontidão, conforme o exemplo
de Maria que "foi às pressas" à casa de Izabel que estava prestes a
dar à luz o filho. Com prontidão, também sem delegar a uma mudança futura, às
estruturas sociais, aos governos, aos outros, menos que a si mesma.





Com
seu método de recolher os pobres "um por um", criou casas para
moribundos, escolas para crianças abandonadas, aldeias para leprosos, clínicas
para doentes de Aids, casas para idosos, para mães solteiras. Dessa maneira,
Madre Teresa tornou-se o símbolo da "fantasia da caridade", que o
papa pede a todos os cristãos para a missão no terceiro milênio.





O
ícone da compaixão





por
Paul Varghese





Ninguém
na Índia acha estranho ver fotos de Madre Teresa nas casas do povo. Não importa
a religião. Sejam hindus ou muçulmanos, cristãos ou siks, parsis ou budistas,
em todo o país são muitos. Ricos e pobres são orgulhosos de exibir retratos de
Madre Teresa. Ela não tem lugar só nas casas. Abriu uma brecha nos corações de
milhões de indianos.





Quando
era viva e ia às mais de 225 casas de sua congregação na Índia, pessoas de toda
condição social acorriam para o darshan, isto é, a visão de uma pessoa santa.
Milhões de pessoas o fizeram. Graças à maciça cobertura que imprensa e TV
reservam até hoje a Madre Teresa, seis anos depois de sua partida, as conversas
entre amigos, freqüentemente, acabam falando dela. Quando conto as várias
ocasiões em que a encontrei, os meus interlocutores arregalam os olhos,
olhando-me com admiração e temor reverencial.





INDIANA
ENTRE OS INDIANOS





Madre
Teresa chegou à Índia com 18 anos, em janeiro de 1929. Aqui percorreu o
itinerário completo de formação à vida religiosa na congregação das Irmãs de
Loreto. Na Índia também se preparou para ser professora. Justamente durante
este complexo processo formativo e o sucessivo trabalho de professora e
diretora da Loreto Convent School de Calcutá, ir. Teresa tornou-se plenamente
indiana. No Estado do Bengala Ocidental e em toda a Índia, todo mundo a acolheu
e considerou como indiana. Não só o povo simples das ruas, mas também os
poderosos e os de alta condição financeira. Ela expressou sua "indianidade"
de várias maneiras, até no hábito e no estilo de vida simples e sóbrio.





Sua
profunda inserção na sociedade indiana tornou-se ainda mais manifesta em 1948,
com seu ingresso na favela de Calcutá, e culminou com a cidadania indiana em
1962. O povo de Calcutá antes, e o de toda Índia depois, acolheu Madre Teresa
como sua. Essa aceitação se manifestou na cooperação e no apoio que recebeu
antes de se tornar famosa e seu serviço se estendesse em muitas áreas da Índia
e do mundo inteiro. O impacto e o influxo exercidos por Madre Teresa sobre a
sociedade indiana aparecem evidentes no número de ruas, lugares, bairros que
lhe são dedicados.





Outro
significativo testemunho está na outorga à Madre Teresa, em 1980, da mais alta
condecoração civil indiana: o Bharat Ratna. Mas os prêmios e as condecorações
foram muitos e todos conferidos pelas mais diferentes personalidades e
instituições. As duas companhias aéreas nacionais, Indian Airlines e Air India,
manifestavam seu apreço pela obra da Madre, doando-lhe passagens gratuitas para
voar na Índia ou ao exterior. O mesmo vale para as Ferrovias indianas, que
permitiam a Madre Teresa e a suas irmãs viajar gratuitamente.





No
último período da doença que levou a Madre à morte, a cobertura fornecida pela
mídia foi surpreendente. Era o reflexo das orações espontâneas e coletivas pela
sua cura, que se converteram em expressões de luto pela morte. Manifestações
que, pela extensão, não tiveram iguais em toda a história da Índia. Em muitos
lugares do país, foram organizados momentos inter-religiosos de oração para
recordá-la.





OPOSIÇÃO





Devemos
afirmar, porém, que tampouco para Madre Teresa tudo foi fácil. Também na Índia
teve que lutar contra muitos gêneros de oposição e antagonismo. O atual
primeiro ministro indiano Atal Bihari Vajpayee, na época, forte membro da
oposição parlamentar, definiu Madre Teresa como "uma católica
kattarpanthi", isto é, fundamentalista. A definição, pronunciada durante
uma entrevista na TV indiana, foi retomada pelo diário Delhi Midday de 20 de
setembro de 1994. Outro ataque contra Madre Teresa, do jornalista e escritor
inglês Christopher Hitchens, que acusava a religiosa de fazer mais mal do que
bem, teve vasto eco na mídia da Índia.





        


        


        


Madre
Teresa passava do atendimento aos pobres ao testemunho em defesa da vida


No
dia 30 de agosto de 1999, o popular semanário Outlook publicava uma entrevista
a Hitchens, que chegava a afirmar: "Madre Teresa estava a serviço dos
ricos e dos corruptos, enquanto aos pobres pregava resignação e
obediência". Tal como Hitchens, um homem de esquerda, Tariq Ali, foi um
crítico muito determinado de Madre Teresa.





O
documentário O anjo do inferno, escrito por Hitchens e produzido por Tariq Ali,
forneceu ampla publicidade aos dois e a suas acusações. Porém, a ampla maioria
dos indianos ignorou essas críticas malignas, deixando, ao invés, que a
consideração e o amor por Madre Teresa continuassem a crescer.





A
prova maior, quase um milagre, da influência que Madre Teresa exerceu sobre a
consciência do povo indiano é o impressionante incremento numérico de sua
congregação.





Quando
Madre Teresa morreu, The Times of India preanunciou, no editorial de 8 de
setembro de 1997, que a irmã teria se tornado "um ícone do final do
vigésimo século". Para os indianos, ela já é um ícone de amor e compaixão,
especialmente para os mais pobres dos pobres.





Além
da noite da alma





por
Giuseppe Caffulli





E.
Brian Kolodiejchuk, dos Irmãos Missionários da Caridade, é o postulador da
causa de beatificação de Madre Teresa. Ele, nesta entrevista, revela aspectos
da vida da irmã pouco conhecidos e que nos fazem penetrar nas profundezas da
sua alma.





Falou-se
muito, nos últimos meses, de alguns segredos ligados à Madre Teresa ...





-
Os verdadeiros "segredos" - se assim podemos defini-los - são três
extraordinários aspectos de seu relacionamento com Jesus Cristo. O primeiro
refere-se ao voto privado, que Madre Teresa fez em 1942, de não recusar nada a
Deus. O segundo, que é lógica conseqüência do voto, é a decisão, iluminada por
uma série de locuções interiores de Jesus Cristo, de deixar as Irmãs de Loreto
para fundar uma realidade para os mais pobres. Depois de um período de
discernimento, sob a guia do jesuíta, pe. Van Exem, escreveu ao arcebispo de
Calcutá, card. Périer, anunciando o objetivo da nova congregação: saciar a sede
de Jesus na cruz.





Qual
é o terceiro segredo?





-
Uma "noite obscura", que atravessa toda a vida de Madre Teresa. Logo
que ela começou sua missão nas ruas de Calcutá, não sentiu mais a intensa e
consoladora união com Cristo, que tinha experimentado antes. Entrou nela a
dramática sensação de sentir-se separada dele. Nessa experiência, o desejo de
Deus torna-se mais agudo. É a que São João da Cruz chama "noite obscura da
alma". Através dessas provações, Deus purifica a alma e pede uma união
mais íntima com Ele. Nesse contexto, parece que todos os esforços para crer e
amar resultam vãos.





Que
explicação Madre Teresa dava dessa condição interior? E como podia suportá-la?





-
Qual é a maior pobreza? Não é a material, mas não se sentir amados: ser
sozinhos, recusados. A mesma dolorosa solidão de Jesus na cruz, Madre Teresa
viveu essa condição como uma prova de fé, de amor. Ser esposa de Cristo, para
ela, significava também isto: viver a mesma situação de abandono e rejeição
experimentada pelo Filho de Deus. Este, para mim, é o aspecto mais heróico: um
amor que não pede nada em troca.





Às
vezes, o sofrimento de Madre Teresa era tão grande que o comparava ao dos
danados no inferno: "Dizem que no inferno os danados sofrem as penas
eternas por causa da ausência de Deus. Na minha alma, experimento esse mesmo
sofrimento da ausência de Deus: que Deus não me quer, que Deus não é Deus, que
Deus não existe realmente". Apesar disso, ficou sempre nela a total
entrega à vontade de Deus: "A escuridão é assim sombria, o sofrimento é
assim doloroso, mas aceito qualquer coisa que Deus me dê e lhe concedo qualquer
coisa que Ele tome".


 


Um
abandono à vontade de Deus, que é um dos elementos frequentes também nos seus
discursos.





-
E que assume valor ainda maior à luz daquele sofrimento escondido. "Por
favor, rezem especialmente por mim, a fim de que não estrague a obra de
Deus", dizia muitas vezes. Madre Teresa nos ensinou a ver a mão de Deus em
tudo o que acontecia dentro e ao redor dela. Considerava-se só um "pequeno
lápis nas mãos dele". Depois de mais de dez anos de luta e de escuridão
interior, o encontro com o padre jesuíta Joseph Neuner lhe ofereceu apoio e
novos elementos de compreensão.





"Cheguei
a amar a escuridão, porque creio, agora, que seja uma parte, uma pequeníssima
parte da escuridão e do sofrimento de Jesus sobre a terra". É estranho que
quase ninguém, também entre os mais íntimos colaboradores de Madre Teresa,
percebeu esta dramática luta. Também nos momentos mais negros da escuridão
interior, Madre Teresa sabia irradiar alegria. Nas dificuldades, seu sorriso
era ainda mais luminoso. Ela tinha-se prefixado o objetivo de se tornar
"uma apóstola da alegria", para difundir a alegria de Cristo em
qualquer lugar a que ela fosse.





Não
só aceitava a cruz, mas desejava fazê-lo com alegria. Escrevia: "Desejo
consolar o Coração de Jesus mediante a alegria. Por favor, peça a Maria de me
doar seu Coração, para que eu possa mais facilmente realizar seu desejo para
mim. Quero sorrir até a Jesus, de maneira a ocultar também a Ele, se for
possível, o sofrimento e a escuridão de minha alma".





Alguns
Endereços das comunidades


das
Missionárias da Caridade no Brasil





Avenida
Brasil n.º 4947 - Bonsucesso


Rio
de Janeiro - RJ - 2040-360   


Rua
Francisco Arcuri n.º 149 - Jd. Peri


São
Paulo - SP - 02650-010





Creche
Alto das Malvinas


Fazenda
Coutos n.º 3 - Etapa Paripe


Salvador
- BA - 40760-560          QS n.º 405
Conjunto I - lote 1/4


Brasília
- DF - 72319-579


Paróquia
Nossa Senhora do Bom Socorro


Barreirinha
- AM - 69160-000




sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mãe, Jesus foi o primogênito de uma multidão de filhos











Comemorar o dia das mães, é maravilhoso, mesmo porque nós, filhos, na nossa imperfeição, não damos o devido valor às nossas mães, no dia a dia, sendo uma forma até mesmo de reparar  alguns erros e demonstrar um pouco do grande amor que temos por elas.





Alguns até dão valor nas mães e outros pensam que dão, mas na verdade, os de fora, é que percebem, quanta injustiça cometemos com as mães, no geral.





Elas, tudo engolem, tudo sofrem, por amor. Por amor, esqueceram as dores do parto, por amor, deixaram muitos planos pessoais por nós. Por amor, deixaram de viver para nos dar mais vida ainda.





Na verdade, os que já perderam as suas mães, ficam indignados, quando vêm um filho não dando o devido valor a mãe, pois por já ter perdido a sua, pode reavaliar a sua vida e verificar o quanto injusto foi.





Outros ficam indignados com a teimosia dos filhos, pois ao perder a sua mãe, percebeu quanto foi indisciplinado. Enfim, na maioria das vezes valorizamos mais algo ou alguém, depois que perdemos.




Há mães pobres, ricas, pretas, brancas, simples, sofisticadas, amorosas ou não, mas todas as mães, têm um significado imenso na vida do filho, quer admita ou não. Mãe, um nome gostoso de pronunciar. 





Há uma mãe, em especial, que não podemos e nem devemos deixar de mencionar, que é Nossa Senhora, a mãe do salvador e também nossa mãe.





Com Maria, conhecemos o verdadeiro exemplo de mãe. Com ela aprendemos a guardar "todas as coisas" no nosso coração. 





Com Nossa Senhora conhecemos a serva fiel e obediente, que aceitou a vontade de Deus, sabendo que poderia ser apedrejada por todos da sua terra, que o marido  José,  a podia rejeitar, que os seus pais a poderiam colocar para fora de casa. 





Mas Maria, como serva de Deus, aceitou o seu pedido. E o Espírito Santo desceu sobre ela e fê-la conceber sem perder a sua virgindade.





Nossa Senhora é modelo de mãe, de esposa, de serva do Senhor. 





Um exemplo de fé. Uma mulher que ouviu, pensou e agiu. E assim, a obra de salvação iniciou.





Quando Jesus nos seus momentos finais de vida, entregou sua mãe para João, dizendo: eis aí tua mãe e quando ressuscitou apareceu a Maria Madalena dizendo: Diga aos meus irmãos, que vou para Deus e vosso Deus, para meu pai e vosso pai, ele assim, quis mostrar para toda a humanidade, que ele foi o primogênito de uma multidão de filhos que Nossa Senhora teve.





Neste dia das mães, quero agradecer a Nossa Senhora, por nos amar tanto. 




A maternidade é tão linda, que notamos a diferença até nos animais que criam. Eles defendem e protegem sua cria e dão carinho.




Mãe é um mistério. Mãe é amor. Mãe é proteção.





Louvo e bendigo ao Senhor por minha mãe terrena e a minha mãe celestial.




Fiz um clip em homenagem à minha mãe, que está com 76 anos. Uma mulher que viveu em função dos filhos e se preciso fosse daria a sua própria vida por qualquer um dos seus filhos, disso não tenho dúvidas.




Obrigada Senhor, pelas mães vivas e falecidas do mundo inteiro.





Augusta Moreira dos Santos





Não vim para condenar-te mas para salvar-te,









Olá!




Amados irmãos, estamos num período em que as graças são derramadas abundantemente. Não podemos perder tempo, é necessário anunciar Jesus ao maior número de pessoas.





Há alguns versículos bíblicos que me tocam de uma forma extraordinária. Por exemplo, o que abaixo vou mencionar, cheguei até a chorar ao meditá-lo, no Retiro Inaciano, que fiz . Foi uma moção muito forte, em João 12.





Quando Jesus diz: vv 47 "Eu não condeno quem ouve as minhas palavras e não obedece a elas, porque eu não vim para condenar o mundo, mas para salvar o mundo". 





Veja a preciosidade do que acaba de dizer Jesus. É como se ele dissesse para cada um de nós. Vim com uma missão específica neste mundo. Vim com a  finalidade de salvar o mundo, é para isso que meu pai me enviou. 





Então, não estou aqui para fazer qualquer espécie de Julgamento. Estou aqui para pregar a palavra de Deus, pois falo aquilo que o pai me manda e não cabe a mim, fazer o julgamento dessas pessoas que insistem em não me ouvir. 





Afinal, estou aqui para ser crucificado. É o projeto do meu pai, que eu morra por cada um de vocês, que seja esmagado pelo sofrimento como está em Isaías 53.





Jesus vai muito mais além, quando diz em João 12,48 "Quem me rejeita e não aceita minhas palavras, já tem o seu juiz: a palavra que eu falei será o seu juiz no último dia.





Assim, percebemos que Jesus quer dar uma chance a todos até o último momento.  Pois, quantos negaram cristo e hoje o testemunham. Quantos que fizeram coisas erradas e sentiram o amor de Deus e hoje proclamam esse amor.





Quantos, fizeram muito mal a muita gente e hoje tentam se redimir fazendo o bem.  




Podemos perceber que Jesus não veio para os sãos mas para os doentes, ao dizer que não veio para condenar o mundo mas para salvar o mundo. 





É como se dissesse: Venha você que é prostituta, venha você que é drogado, venha você que é alcóolatra, venha você que é ladrão, assassino, etc.





Venham, todos vocês, porque quero que vocês sintam o meu amor e se salvem, quero que sintam o meu amor e mudem de vida. 




Sim, quero que vocês sintam o meu amor e ajudem na conversão de outros com o seu testemunho. Venham todos vocês.





Portanto, temos o entendimento de que Jesus é o próprio amor e veio para cumprir a vontade de Deus, ou seja, salvar a humanidade.





Augusta Moreira dos Santos

Quem ama intercede







Hoje, ao acordar e passados alguns minutos, fiquei admirada com o poder da intercessão. É que ontem, ao deitar, após orar em línguas, me veio à mente uma pessoa que já fazia muitos anos não via e nem conversava. É certo que tinha uma restrição com essa pessoa. Diria até algo maléfico.





Na verdade, via nela coisas que hoje para mim são insignificantes, mas que naquela época, me horrorizavam.  Então comecei a interceder por ela, pedindo a Deus a graça de a abençoar. Pedi perdão a Deus pelo fato de não tê-la aceitado na minha vida e nem tê-la compreendido. Enfim, intercedi com amor. 





Tal foi a minha surpresa, que hoje de manhã, ao abrir o portão de minha casa, para retirar o carro, foi a primeira pessoa que vi, e que me perguntava sobre a minha irmã.





Pude então notar, que não havia mais nenhum ressentimento, nenhuma mágoa. E o que de ruim que via nela, não existia. Na verdade, era uma imaturidade espiritual minha.





Então, meus amados, percebo que o mais importante é interceder pelas pessoas e Deus nos mostra a importância de pedir pelo outro, principalmente por aquele que não nos é querido.





Experimente por exemplo a rezar por aqueles que te fazem mal, ou que você tem algo contra ele. Ao fazê-lo a raiva passa. Tanto a raiva que você sente quanto a daquela pessoa. É impressionante. Já ocorreu muitas vezes comigo.





Vejas alguns versículos bíblicos sobre a importância da intercessão:







Da mesma forma, o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. (Romanos 8,26)





Abraão intercedeu por Abimelec, e Deus curou Abimelec, sua mulher e suas servas, para poderem ter filhos. (Gênesis 20,17)





O povo pediu socorro a Moisés, que intercedeu junto do SENHOR, e o fogo se apagou. (Números 11,2)





O povo dirigiu-se a Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o SENHOR e contra ti. Roga ao SENHOR que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, (Números 21,7)





Então o SENHOR mudou a sorte de Jó, quando este intercedeu por seus amigos, e restituiu-lhe todos os bens, o dobro do que antes possuía. (Jó 42,10)





Quem honra seu pai intercederá pelos pecados, * { evitará cair neles e será ouvido na oração quotidiana. } (Eclesiástico 3,4)





Não há sequer o que comentar sobre esses versículos, pois são muito esclarecedores. Aliás, como sempre digo, a bíblia é a fonte de água viva para nós. Nela encontramos a solução para os nossos problemas e as repostas para nossas indagações.





Que possamos interceder por aquele que necessita da nossa oração, independente de ser parente ou conhecido.




Que passemos a acreditar no poder da intercessão. Que lembremos de interceder pela nossa igreja, pelos nossos padres, etc.




Ao invés de falarmos mal de um padre, vamos interceder naquela necessidade dele. Se ele está passando por problemas com o álcool, ou não consegue viver a castidade, ou se ele te julga, seja o que você achar que o padre ou outro tenha feito de errado, não deixe de orar por ele. Todos necessitamos de intercessão. 




A nossa natureza é pecadora e assim muitas vezes cometemos injustiças e erramos, então é preciso que aqueles que notam que estou errado ou errada, orem para que abandone o erro.




A nossa intercessão é muito importante. Quem ama lembra de interceder.




Portanto, somos do entendimento de que quem intercede é porque ama ou tem a intenção de amar e que essa oração chega até Deus.





Que Deus nos conceda a graça de sermos intercessores.





Augusta Moreira dos Santos

Padre Rufus: Como um santo deve ser










Foto: Canção Nova
Foto: Canção Nova


“Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho único,para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna” (Jo 3, 16). Este era um trecho bíblico que não podia faltar as pregações do sacerdote.





Não havia uma pregação do Pe. Rufus em que ele não citasse esta passagem que lhe era tão cara. Segundo o padre, se todas as Bíblias se perdessem e só restasse este versículo, tudo estava salvo e a Boa Nova estava preservada. Conheci o Pe. Rufus no I Misericórdia Brasil, em 2009. 





A convite das irmãs do Instituto Hesed, organizadoras do evento e minhas amigas espirituais, fui chamada a prestar assistência nas traduções junto ao padre durante sua primeira visita a Fortaleza. 





Confesso que não tinha muito conhecimento sobre quem ele era e só depois percebi que se tratava de uma sumidade internacional em matéria de libertação, cura e exorcismo. Descobri isso não por causa das multidões que ele atraia, ou por causa do elevado posto que exercia na Associação Internacional de Exorcistas e na Associação Internacional do Ministério de Libertação, mas através do grande poder que vinha de sua pregação e do ódio que o demônio tinha dele.





Sendo ele também Doutor em Teologia Bíblica, o Pe. Rufus trazia em seus lábios e no cotidiano de sua vida a Palavra de Deus sempre viva e eficaz. Foi isso o que mais me inquietou e edificou em nosso primeiro contato. Ele tinha um ar tímido, sua pregação era simples, sem muita complexidade teológica, por vezes repetitiva e sem novidade aparente. 





Mas tinha poder! Não cansava. Parecia ser a primeira vez que se estava ouvindo o que ele tinha a dizer. Todos os que já o ouviram podem dar este testemunho. Foi o poder do Espírito Santo contido nas palavras do Pe. Rufus que geraram uma nova conversão em meu coração. Quando ele dizia “Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho único...” era como se ouvíssemos o próprio Jesus a falar. É verdade que os amigos, depois de tanto conviverem, começam a se parecer um com o outro. É inegável as semelhanças entre o Pe. Rufus e seu amigo Jesus. Era assim que ele mesmo dizia “eu só tenho um amigo: Jesus”.





Às vezes fico pensando como os santos dos dias de hoje se comportariam diante das situações mais absurdas que lemos todos os dias nos jornais e que vemos nas ruas. Diante do escândalo do aborto, das apelações sexuais na TV e meios de comunicação, da busca desenfreada pelo ocultismo e seitas, diante do sofrimento das pessoas... Vendo a vida do Pe. Rufus, hoje tenho uma boa imagem de como um santo deve ser: alegre, servidor, anunciador da verdade, denunciador da mentira, zeloso pelas coisas de Deus, piedoso, uma pessoa que pauta sua vida inteiramente no Evangelho, amigo de Jesus. Vejo que a via da santidade não é uma via inalcançável, mas é possível, está logo ali.





Recordo quando certa vez perguntei ao padre porque ele acabava sempre falando as mesmas coisas em suas pregações. Ao que ele me perguntou já com um sorriso no rosto “e sobre o que é que eu falo?”. Respondi “sobre o amor de Deus”. Ela abriu ainda mais o sorriso, levantou os ombros, abriu as mãos e disse “e tem outra coisa para falar além disso?”. Essa era a sua simplicidade. Seus exemplos, seus testemunhos, sua pregação sempre o remetia à Palavra de Deus. “Está tudo lá!”, dizia o padre se referindo às Escrituras e ao fato de que a resposta para todas as situações da nossa vida estão lá.





Conheci também a face do pastor zeloso, de Jesus quando expulsa os vendilhões do Templo. Descobri que os santos também não se alegram com a injustiça (I Cor 12,6), mas ao contrário, se irritam com o descaso com as ovelhas. Só havia um momento em que víamos o padre irritado: quando ele via o sofrimento das pessoas e as via “como ovelhas sem pastor”. Ele perguntava “onde estão os ministérios de libertação e cura? Onde está o pároco desta pessoa? Onde estão os padres desta cidade? Há quanto tempo esta pessoa está sofrendo assim e sem ninguém para ajudá-la?”.





Ele dizia que quando se tornou padre e, especialmente depois que o Senhor confiou a ele este ministério, comprometeu-se de servir 24 horas, 365 dias por ano sem parar. Ele atendia confissões 24 horas por dia. Recebia pessoas de outros países em sua paróquia a hora que fosse e dizia que havia colocado cadeiras para as pessoas se sentarem próximo à porta de seu quarto. Orientava seus irmãos no sacerdócio a se colocarem sempre disponíveis aos fiéis, pois dizia que as pessoas estão sofrendo e que só eles poderiam lhes dar o consolo da reconciliação. Essa é a face de um bom pastor. Após os inúmeros casos de exorcismo e libertação ministrados por ele, o grande sinal de que a pessoa estava liberta, segundo ele, era o sorriso e o abraço que davam no padre. De fato, a ovelha conhece a voz do pastor.





Eu poderia citar inúmeros outros casos e situações que tive a graça de presenciar ao lado do Pe Rufus. Resta apenas dizer que meu relacionamento com a Palavra de Deus, com os Sacramentos, com a Oração Pessoal e com o próprio Jesus não é mais o mesmo desde que o conheci. Agora treme o inferno pelo poder e a força de intercessão de mais um santo no Céu. Agora sim, recorramos mais ainda à ele, agora face a face com Jesus, e peçamos por milagres de libertação. Se algum dia nos depararmos com uma situação de aparente vitória do poder do mal e das insídias do demônio e se após muitas orações não obtivermos êxito, façamos o que o padre certa vez disse “diga ao demônio que é melhor ele ir embora, porque vocês são amigos do padre Rufus”.





Obrigada Jesus, por nos ter apresentado teu amigo Rufus!





Emanuela Cardoso
Membro da Comunidade Católica Shalom






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por
Comunidade Católica Shalom