quinta-feira, 17 de maio de 2012

As mensagens, da Virgem Santíssima, eram escritas no ar.



OLÁ!





Queridos leitores, estamos muito felizes por um ano da construção deste blog, com um número de acessos que superou todas as nossas expectativas, evangelizando pela internet, para a glória de Deus. É o que nós queremos e o Senhor nos tem modelado, dia após dia, para que a glória seja realmente dele.




É preciso que eu diminua para que Cristo cresça. 




É Ele que nos capacita, é Ele que nos dá criatividade. Não seríamos absolutamente nada sem o nosso Deus, que é maravilhoso. Digno de todo louvor, de toda honra e de toda glória.





E, hoje, em especial, quero chamar a atenção, para uma Cidade em torno de 5000 habitantes, que é Piedade dos Gerais, localizada à mais ou menos 100 km da Cidade de Belo Horizonte.





Me lembro ainda jovenzinha de uma reportagem, na rede globo, sobre as Aparições da Imaculada Conceição. 




Mais adiante vou relatar sobre o que ocorre em Piedades dos Gerais. 




Quero, agora, relatar sobre a mensagem de Nossa Senhora, que inclusive filmei e expus no blog, o anexo está ao final do texto, cujo conteúdo quis aqui relatar, digo relatar, porque não transcrevi a mensagem, mas peguei os pontos principais da mesma.







Convido você, caro leitor, a prestar atenção no convite de conversão que Nossa Senhora nos faz. Veja:





O silêncio precisa habitar em nossas almas, em nossas vidas, para vivenciarmos a graça de Jesus em nós.





Uma das atitudes mais lindas do homem é a busca e a luta pela santidade e quando decide a ser santo, sendo humilde, simples e verdadeiro, ele é capaz de vencer o maligno.





Se as pessoas vivessem os mandamentos seriam as pessoas mais felizes da terra e só não o são, porque o pecado está consumindo a humanidade.





Tudo que Deus quis mostrar a cada um, diante da essência fundamental da vida, ele deixou no conteúdo dos 10 mandamentos.





Hoje, a humanidade não fala mais nos dez mandamentos, na vivência e no conteúdo deles. Quer ser feliz e nunca teve tão triste, quer a liberdade e nunca foi tão escrava, do sofrimento, da dor, do pecado, do egoísmo, do orgulho e da vaidade.





A vaidade hoje é principalmente a falta de aceitar a necessidade da santidade, esquecendo que a santidade se faz diante das coisas pequenas e simples e assim, com a vaidade, as pessoas estão se acabando, sendo destruídas e consumidas.





É necessário viver a misericórdia, pensando não só na misericórdia, mas pensando na justiça de Deus.





Saiba que se você olha ao seu redor e começa a ver espinhos, entenda que é isso que você plantou, é a dor que você plantou.





Ninguém aqui na terra, vai colher flores, se planta dor. A nossa missão e responsabilidade são sérias.





Vamos pedir o Espírito Santo para as mães, principalmente para aquelas que estão sendo mães, sem amadurecimento.





Devemos zelar pela infância, juventude e família, pois é responsabilidade de todos nós. Se não zelarmos, não cuidarmos, o que vai ser da terra?





O homem preocupa tanto com aquilo que está por vir e o que é que vai ser se não tiverem uma busca de atitudes santas? Virá a dor.





São os espinhos de nossos atos, porque quando  contrariamos a vontade de Deus, colhemos sofrimento amargo, necessitando assumir o compromisso de olhar para a caminhada hoje, tendo uma CONVERSÃO  urgente.





Devemos refletir quando estamos pecando, praticando atos que machucam Jesus, afinal ele morreu por amor a nós, assumindo toda espécie de sofrimento.





Jesus nos chama a Conversão e Ele pede que sejamos capazes de ver no nosso meio, dentro de nossas famílias, da nossa comunidade, no Brasil e no mundo, a nossa necessidade de mudança de vida e oração. Uma vida nova, na presença do Espírito Santo transformador.





Então quando a gente habita sob a presença do Espírito Santo podemos ver o quanto a nossa caminhada é séria, o quanto a nossa missão é de responsabilidade.





As pessoas têm que viver a realidade e não ficar sonhando. Não queira justificar os erros. Vamos colocar no coração de Jesus misericordioso uma vida nova, uma vida de conversão, uma vida transformadora, é isso que Jesus quer dar para nós neste ano da misericórdia, da unidade.





Jesus disse claramente que Deus detesta o pecado, nunca se esqueça disso. Às vezes a gente vai ao sentido de Deus amar o pecador, mas ele detesta o pecado, então quando pecamos e magoamos o coração de Deus, ficamos longe Dele.





É como você ver uma ferida na Carne e dizer que ferida grande, mas daí você vê a alma linda e diz que misericórdia infinita e aí, você sobrevive a essa ferida.





Temos que vencer o pecado. Por mais que seja prazeroso o caminho largo temos que vencer, com o coração, com dignidade e respeito, porque o tempo que nós estamos vivendo hoje, ele é abençoado e sagrado, então não podemos desperdiçar o tempo.





Um homem zelador hoje, ele preocupa em acolher cada gota de bênçãos do céu, faz do seu coração uma forma de acolher todas as coisas construtivas e boas. Então não podemos jogar fora os nossos dons, ciência, o Espírito Santo e o batismo.





O homem hoje quer justificar os seus erros com doenças espirituais, porque eu sou deprimido, porque tenho mágoa, mas Jesus diz o Espírito Santo é a Cura.





Não questione suas fragilidades, encontre a sua força, o Espírito Santo é a sua força.





É isso que precisamos fazer, lançar dignamente na presença do Espírito Santo e ser forte, porque é Jesus que está pedindo para nós essa vida nova, esta vida fortalecida na fé e na Caridade.





Glória a Deus, por tudo que Nossa Senhora me falou, por toda mensagem que você está tirando e mais ainda, glória a Deus pela sua bondade para conosco.





Deus tem feito de Nossa Senhora, uma profetisa nos tempos atuais para dar mais uma oportunidade a cada um de nós, de mudança. Que saibamos aproveitar essa chance que ele nos dá.





Para chamar a sua atenção ao acontecimento que é inédito, veja o vídeo de 03 minutos, é o primeiro.






Vídeo:   dá um clic e veja: http://www.valedaimaculada.blogspot.com.br/    depois de verificar o vídeo, retornem.




Daquelas crianças que aparecem no vídeo, só uma continua a ver Nossa Senhora, que é a Marilda, hoje ela é casada, possui uma filhinha linda.




Elba Ramalho já esteve lá, pude ver uma foto dela com a Marilda.





Conversei com Marilda Santana, foi uma breve conversa. Já estive em Piedade, duas vezes antes. Fiquei encantada e senti uma paz imensa.




Digo, a vocês, que já passei muito da época em que buscava sinais para alimentar a minha fé. Não necessito mais de sinais miraculosos, para a Glória de Deus.





Chega um período que vamos no decorrer dos anos adquirindo a maturidade espiritual e isso faz parte da nossa vida, não havendo a necessidade do extraordinário para acreditar.




Sei que a Igreja é muito cautelosa em falar sobre as aparições e tem toda a razão, pois a nossa mente é muito fértil, o nosso inconsciente muito audacioso e muita das vezes nos engana.





Quem já fez Retiro de Santo Inácio de Loyola, sabe muito bem do que estou falando. Sabe, também, aqueles que lêem sobre o discernimento espiritual e a própria bíblia nos adverte sobre o poder enganador do maligno.





Mas, é pelos frutos que conhecereis a árvore. E os frutos estão ali, em Piedade e não dá para negar. São praticamente 25 anos de aparições, pois a primeira foi em 1987.





Fiquei encantada ao olhar aquele vídeo de três minutos daquelas crianças, simples e ingênuas e a gente vê o desenvolvimento e a humildade da vidente Marilda.





Ela, hoje, formada em administração de empresas, conserva uma simplicidade impressionante. O pai dela, só de olhar para ele a gente percebe a fidelidade dele a Deus.





Sempre trabalhando, cuidando da família, vivendo a religiosidade. Um homem que vale a pena conhecer.





Que posso dizer? Que filmei uma das mensagens e que agora vou passar o vídeo para vocês dessa mensagem, que é do dia 15-05-2012, só eu, estava com filmadora lá, a mensagem foi pouco mais de meio dia, durante a recitação do terço.





E você tire as suas próprias conclusões.




Eu acredito nas aparições de Nossa Senhora lá, pelo conteúdo das mensagens, pela obra que está sendo realizada lá e pela própria doação do Sr. Antônio, que doou o terreno para que fiéis construíssem suas casas. Ele deu tudo o que tinha.




Na mensagem, Nossa Senhora fala que devemos pedir o derramamento do Espírito Santo nas mães.




Diz também, que se as pessoas vivessem os dez mandamentos seriam felizes.




Ela fala que não é para esquecermos que Jesus é misericordioso, mas que age com justiça.




Menciona também, que as pessoas tem colhido o que plantam.




Acredito também, porque não contradiz as escrituras e pela fidelidade à Igreja.




Em silêncio, vivenciam a fé.




Augusta Moreira dos Santos











Efetuei as filmagens da Mensagem de Nossa Senhora através de Marilda no dia 15.05.2012


(Piedade dos Gerais)










Vale a Pena ver a Gruta-Efetuei as filmagens e fiz alguns comentários


Augusta Moreira dos Santos






























































































A Primeira Aparição Era uma
linda tarde de sábado, 19 de setembro de 1987. Iniciava-se a primavera e um
novo tempo de revelações e bênçãos celestiais. 




Na tranqüila Fazenda Barro Vermelho, onde viviam o Sr. Antônio, sua esposa
Maria José (D. Tilica), e seus 7 filhos: Irene (Noca), Geraldo (Ladinho),
Irenize (Nizinha), Marilda, Euclides (Digão), Juliana e Antônio Augusto
(Toninho).





Tudo transcorria costumeiramente
normal. Os filhos mais velhos trabalhavam, e os mais novos brincavam juntamente
com os primos: Íris, José Mário, Inezinha e Fabiana. Euclides e José Mário
haviam saído para pescar. 




Por volta das 14h30, a Marilda, a Íris, a Inezinha e a Fabiana estavam
brincando num valo próximo à casa cercado de gigantescas árvores, que exibiam
cipós de todos os tamanhos. 




Elas ouviram fortes badaladas de sinos, e percebendo uma grande mudança no
local, que havia se escurecido como para um forte temporal, saíram em direção à
casa.




Ao se afastarem do valo, elas viram o sol a brilhar intensamente e chamaram a
Juliana, que estava na varanda da casa para ver o que estava acontecendo.Quando
entraram novamente no valo, a Marilda, a Íris e a Juliana se assustaram ao ver,
segundo elas, um fantasma flutuando no ar.Correram a chamar pelo pai que, com
uma foice na mão, percorreu minuciosamente o local sem nada encontrar.




As crianças, ao serem repreendidas pelo Sr. Antônio relataram o seguinte: a
sobrinha Íris disse que sua vestimenta era branquinha. Juliana, por sua vez
disse que Ela tinha a cabeça branca. E a Marilda viu que seus pés estavam descalços
e não tocavam o chão, mas sim uma pequena nuvem como que de algodão. A Fabiana
e a Inezinha nada tinham visto.




Orientadas pelo pai, retornaram ao local juntamente com Irenize - uma irmã mais
velha - para rezar e pedir a Deus proteção.




Quando iniciaram a oração do Pai Nosso, Juliana, Íris e Marilda exclamaram
juntas: “Estou vendo uma linda mulher no céu.” Irenize prostrou-se por terra a
dizer: “Eu não vejo porque sou pecadora!”




O Sr. Antônio aproximando-se, tomou Juliana nos braços, que lhe disse: “Ela é
linda demais , eu não consigo olhar para Ela sem chorar! O senhor não está
vendo porque está cego!”




A mulher neste momento colocou a mão esquerda no coração e com a outra chamava
as crianças para si.




Ainda com a Juliana nos braços, o Sr. Antônio tentou se aproximar da mulher
que, afastando-se e elevando-se, sumiu no céu. 




No dia seguinte, após ajudar na Santa Missa, o Sr. Antônio. contou o acontecido
ao Pároco Frei Joaquim, que dele recebeu a seguinte orientação: “Reze e deixe
que as coisas aconteçam naturalmente. Não conte para ninguém e procure observar
se a tal mulher trás consigo um véu, porque o véu é o símbolo da virgindade de
Nossa Senhora.




Mas uma das sobrinhas do Sr. Antônio, contou para uma amiga, que contou para
uma prima... 




A notícia se espalhou por toda redondeza e a rotina da família nunca mais foi a
mesma. Muitos fatos extraordinários aconteceram, principalmente nos corações
daquela humilde família que, sem saber, se abria para o maior acontecimento de
suas vidas. 




Marilda Cleonice de Santana, tinha por ocasião desta primeira aparição 12 anos,
sua irmã Maria Juliana Xavier de Santana tinha 8 anos e sua prima Íris 10 anos.




Nossa Senhora nada disse nesta primeira aparição, somente chamava com gestos as
crianças para o seu coração.




A Segunda Aparição Acontecimentos após a primeira manifestação da Virgem
Maria.




Orante e silenciosa, a família observara os conselhos do pároco Frei Joaquim.
Cada qual na sua humildade, nas suas tarefas diárias aguardava a realização do
Plano de Deus, sem sequer imaginar a sua grandiosidade.




Nada era igual na fazenda, a natureza parecia festejar. Até o cantar dos
pássaros era diferente. Todos notavam.




Estando a família na varanda da casa, Marilda e a Juliana avistaram bem no alto
do monte - onde posteriormente veio a ser o local das aparições - Maria
Santíssima, com uma vela acesa na mão. Atrás dela havia um cruzeiro luminoso, e
muitos carneirinhos em volta.




Ao narrarem essa visão, Sr. Antônio confiante colocou a sua vontade nas mãos de
Deus e os dias foram passando.




No sábado seguinte - 26 de setembro de 1987 - veio a D. Terezinha, mãe da Íris,
conversar pessoalmente com a família do Sr. Antônio sobre os acontecimentos do
sábado anterior.




Enquanto conversavam, Maria Santíssima apareceu sentada no ar com um terço nas
mãos e uma linda criancinha em seus braços.




Imediatamente a Marilda, a Juliana e a Íris saíram correndo como se não
existisse nenhum obstáculo e chegaram ao local em que se dava a aparição.




Cuidadosamente as três perguntaram: “Quem é a Senhora?”




Maria Santíssima deu um sorriso e disse: “Sou a Mãe de vocês!”




Sem entender o sentido destas palavras, perguntaram novamente: “Qual é o seu
nome?”




Neste momento a criança desapareceu de seus braços e com uma varinha prateada
escreveu no ar com letras brilhantes: “EU SOU A IMACULADA CONCEIÇÃO, A MÃE DE
JESUS! SOU NOSSA SENHORA!”




As crianças perguntaram então o que Ela desejava, e aí apareceu em suas mãos
uma bola escura. Por cima da bola havia uma cruz brilhante. Depois Ela mostrou
uma vela acesa e um buquê de rosas brancas, com uma única rosa vermelha ao
centro. Ela pediu que fossem à missa e rezassem muito, e que estivessem naquele
local todos os sábados às 14:30 horas.




No principio as mensagens eram escritas no ar pela Virgem Santíssima. A Marilda
e a Íris apontando com o dedo iam lendo. Como a Juliana não sabia ler, ela
escutava e transmitia a mensagem ao povo juntamente com a irmã Marilda e a
prima Íris.




Assim as aparições começaram a acontecer todos os sábados, posteriormente
passando também aos domingos, até chegarem a ser diariamente.




Com as mensagens veio a explicação dos símbolos da segunda aparição: A bola
negra representa o mundo nas trevas; a cruz brilhante por cima nos lembra que
Jesus deu a sua vida por nós; a vela acesa nos diz que somente a Luz de Cristo
pode salvar a humanidade. O buquê de rosas brancas com uma rosa vermelha no
centro quer dizer que todos têm o mesmo sangue do seu Filho Jesus. A criança
nos braços representa todos os filhos de Deus. E o terço, pedido urgente de
oração e de conversão.




Comemoração das ApariçõesLouvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!Eis que o céu
se abre e nos envia a Imaculada Conceição, a Mãe de Jesus!




No dia 10 ao dia 18 de setembro, realiza-se uma novena em honra a Nossa Senhora
Mãe de Piedade acompanhada por muitos peregrinos. A comemoração das
aparições de Nossa Senhora em Piedade dos Gerais é realizada no dia 19 de
setembro com muita fé e louvor à Maria Mãe de Jesus. Neste dia muitos
peregrinos vem das localidades mais próximas  caminhando e também alguns
em romaria de outras cidades como: Belo Horizonte, Sete Lagoas, Divinópolis,
Conselheiro Lafaiete, Juiz de Fora, Recreio, Carmópolis, Bom Despacho, Rio de
Janeiro, Goiânia, Fortaleza e outros.




Desde 1987 a jovem Marilda Cleunice de Santana transmite a mensagem diariamente
para os que aqui vêm a procura de paz e conversão. Comemorado no Vale da
Imaculada Conceição esta festa religiosa atrai todos os anos milhares de
romeiros de diversos lugares do país e do mundo.




Num espirito de fé os jovens visitantes participam de palestras, vigílias,
louvores e da santa missa da cidade.  




Para esperar a chegada deste lindo dia romeiros permanecem unidos em vigília
até as primeiras horas de 19 de setembro, louvando,rezando e no final saudando
a Virgem Maria com uma salva de palmas. Os peregrinos sobem o monte que dá
acesso ao local das aparições, unidos, fazendo a Via-Sacra.







“Levante os seus olhos. E bem lá dentro do seu coração, veja Jesus sorrindo
para você, e dizendo:Eu sou a misericórdia! Todo aquele que vem a mim,
terá a vida eterna!” (Trecho da Mensagem 14/09/2002) .




 Que todos aqueles que aqui vierem possam encontrar a calma e a
tranqüilidade e levar a paz a todos que necessitam.




 “ . . . as mais belas coisas da vida não são vistas nem tocadas, mas
sentidas com o coração . . . ”




Contato com a Comunidade do Vale da Imaculada Conceição pelo telefone
comunitário (31) 3578-1167




Mais informações acesse o site www.aparicoes.com.br

Fonte:http://www.descubraminas.com.br/Turismo/DestinoPagina.aspx?cod_destino=534&cod_pgi=2308



TESTEMUNHO DE UM PADRE








Testemunho do Pe. José Mota, S.D.B.

Sobre  as mensagens de Nossa Senhora em Piedade dos Gerais - MG



 “Eu vi Deus na pessoa de uma jovem”


Nos dias 08 e 09 de fevereiro de 1996,
visitei o Vale da Imaculada Conceição, em Piedade dos Gerais, juntamente com
alguns parentes.





Neste período participei de todos os
momentos de fé que ali foram realizados - não só dos momentos de orações
comunitárias, mas também das mensagens.





Logo no primeiro dia, por volta das
21:10 horas, ouvimos a primeira mensagem.





            Reunimo-nos
na capela pequena. Todos os habitantes do Vale ali estavam em companhia de
alguns romeiros.





Num determinado momento, a vidente ajoelhou-se.
Era sinal de que Nossa Senhora estava presente e ia transmitir a mensagem. A
vidente, chamada Marilda, que já via Nossa Senhora a mais de oito anos,
transmitiu a mensagem da Virgem a todos. Ela procedia como se Nossa Senhora
falasse por sua boca.





A mensagem foi gravada em vídeo e fita
cassete. Isso não intimidou nem condicionou a vidente. Ela falava com
desenvoltura na sua linguagem simples, não excluiu erros de sintaxe e de
concordância gramatical. Mas a mensagem corria normal e lógica, sem erros de
teologia e de uma maneira a ser entendida por todos.





Era a mãe que falava a seus filhos,
recomendando-lhes obediência aos mandamentos de Deus, aos ensinamentos do seu
Filho e docilidade aos dons do Espírito Santo.





Após a mensagem houve outra reza do
terço e, depois, todos se recolheram aos seus aposentos.


No dia seguinte ouvi o sino tocar às
6:00 horas. Levantei-me e fui participar da reza das orações matinais às 6:30
horas, onde todos rezavam de mãos dadas, na capela pequena.





Logo em seguida ao café da manhã, todos
subiram até o lugar onde aconteceram as primeiras aparições, e ali cantaram
louvores e rezaram um terço.





Era sexta-feira, dia do jejum. Até as
crianças participavam dele.


Como deveríamos voltar a Ouro Preto, o
Clésio, meu sobrinho, conseguiu, juntamente com a Marilda, antecipar a
mensagem, que seria dada à noite, para as 15:00 horas.





A mensagem foi após a reza do terço da
misericórdia. Pediram-me que ficasse ao lado da vidente. Não pus dificuldade.
Senti foi uma inveja dela, vendo que Nossa Senhora ia aparecer para ela, e não
para mim, que sou sacerdote do Altíssimo.





Nós, que estudamos filosofia e teologia,
estamos acostumados a raciocínios com silogismos e sofismas, ao passo que Deus
e a Santíssima Virgem têm predileção pelos simples e pelos humildes.





Há pessoas que se sentem inibidas pela
presença de uma pessoa importante ou de um padre, porém, a vidente não ficou
constrangida por estar ao meu lado. Ajoelhou-se.





Foi o sinal da presença da virgem. Falou
em nome dela, fazendo um belo elogio à oração, a qual nos torna fortes contra
os ataques do demônio e o perigo do pecado. Falou da eficácia do jejum e para
nos tornarmos fortes contra as tentações da carne. As palavras brotavam
espontaneamente e num discurso concatenado, numa lógica impecável.





Para falar daquela maneira, eu, que
tenho 40 anos de sacerdócio, tenho que ler uma porção de livros e revistas, e
fazer um plano de pregação que me roubaria muitas horas de preparação.


Durante a mensagem todos ficam atentos,
e o silêncio é rompido apenas pelo alarido das crianças, que continuam alheias
aos acontecimentos.





Eu me enriqueci com as mensagens que
escutei. O entusiasmo daquele povo é grande!





Diante de tudo isso, eu quero dar o meu
testemunho de sacerdote que se considera miraculado de Lourdes, pois fui curado
de um tumor maligno no colo ascendente do intestino grosso, e que já esteve em
Aparecida, Lourdes, Lujan e S. Nicolas de los Arroyos, na Argentina, onde se
presume que Nossa Senhora transmite suas mensagens a uma vidente daquela cidade.





Eu posso, em síntese, fazer uma
afirmação categórica: "O que acontece em Piedade dos Gerais não é obra do
demônio, mas do Espírito Santo." E mais, o que disse alguém de Ars:
"Eu vi o Deus na pessoa de uma jovem."





Seria um erro teológico pensar que Nossa
Senhora esteja em vários lugares no mesmo instante, uma vez que admitimos que
ela fale ao mesmo tempo em Piedade, em Medjugorje e no Japão.





Mas como Nossa Senhora está na luz de
Deus, ela pode estar refletida em Deus, que está presente em toda parte ao
mesmo tempo. A fé, como de São Francisco de Sales, consiste em ver Deus em
todas as coisas e todas as coisas em Deus.





Eu dou assim o meu testemunho como
sacerdote e gostaria que a autoridade Eclesiástica responsável pela área do
Vale analisasse com carinho o que lá está acontecendo, e facilitasse a
celebração da Santa Missa no local, bem como a administração dos sacramentos,
sobretudo o da confissão e o da comunhão, para premiar o fervor daquela
comunidade, que aceita com humildade as decisões das autoridades religiosas, e
também para premiar os peregrinos que ali acorrem impelidos pela fé.





Eu concebi, certa vez, uma comunidade
como o Vale, pensando em uma cidade ideal, à qual daria o nome de Mariápolis
(cidade de Maria). Ora, eu encontrei ali a concretização do que idealizei, vendo
que lá se reúnem pessoas que comungam dos mesmos ideais, e vivem como os
primeiros cristãos, que tinham tudo em comum.





Admirou-me ver todos se dirigirem ao
refeitório comunitário, a trabalharem unidos pelo bem comum, formando um só
coração e uma só alma.





Eu diria às autoridades eclesiásticas, a
quem compete aprovar ou não essas mensagens, que já duram vários anos, o que
disse Gamaliel, nos Atos dos Apóstolos: "Se a obra for dos homens, ela
acabará por si mesma; mas se for de Deus, nenhuma força do mundo poderá acabar
com ela."





Pe. José Mota, S.D.B.





TESTEMUNHO DE UMA IRMÃ:























Primeira
Parte 



A Cura do Coração 

“Foi um verdadeiro milagre”



            Meu
nome é Valteíce Maria Teixeira. Nasci em 14 de junho de 1943, e atualmente
tenho 58 anos. Sou da Ordem das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula
desde 1965, e sou formada em Enfermagem e Administração de Empresas.





            No
ano de 1984 fui operada do coração, devido ao atrofiamento de uma artéria,
colocando uma ponte de safena. Correu tudo bem, graças a Deus, e continuei
normalmente a minha vida de religiosa.





            Em
abril de 1995, requeri da Santa Madre Igreja uma licença para afastamento da
ordem por tempo indeterminado - processo feito junto à “Sagrada Congregação dos
Religiosos” - pois desejava ardentemente acompanhar as aparições de Nossa
Senhora em Piedade dos Gerais.





            Após
1 ano de espera, recebi um ofício notificando minha licença. Isto permitia que
eu pudesse dedicar minha vida à Comunidade Fraterna do Vale da Imaculada
Conceição, fazendo parte do Grupo da Fraternidade. Assim, desde o dia 21 de
junho de 1996 estou a acompanhar a catequese espiritual trazida pela Virgem
Maria, a Imaculada Conceição.





            Transcorridos
2 anos que eu já estava em Piedade, comecei a sentir falta de ar e dor
precordial, que se prolongou por 6 meses e que se agravava cada vez mais, de
tal forma que eu já nem podia caminhar, nem fazer esforço físico. Ficava
ofegante e também com um pouco de cianose. E cada vez mais eu sentia que meu
estado se agravava.





           
Eu havia combinado com Jesus que eu nunca mais iria operar do coração, pois
sofri muito na primeira cirurgia. Por isso eu não queria voltar ao médico.
Estava com trauma de cirurgia. Então eu disse a Jesus que eu preferia morrer
com um segundo enfarte a ter que operar do coração novamente.





Na
noite de 14 de outubro de 1998, acordei de madrugada com muita falta de ar e
não podia respirar. Levantei-me às pressas, abri a janela, fui à cozinha e
peguei um copo com água para tomar, mas a água não passou. Sentia uma pressão
dentro do peito que eu não agüentava.





Voltei
para o quarto e me deitei novamente com uma dor mais forte, e senti que eu iria
morrer, pois a dor só aumentava. Sentia também um formigamento no corpo todo,
como se fosse uma dormência. A dor era muito forte.





Quando
eu achei que ia morrer, chamei a Marina, que é enfermeira, e que estava
dormindo comigo no quarto, e disse a ela: “Tem remédio na gaveta, mas eu estou
morrendo!”





Ela
pegou 4 comprimidos de Sustaste – que é um medicamento para cardíacos - e
colocou debaixo da minha língua. E eu disse: “Pode rezar o terço, porque eu
estou morrendo!”





Depois
disso perdi a fala e minha língua se enrolou. Eu não conseguia mais falar e sentia
cada vez mais que eu estava morrendo.





Eu
fiquei bem quieta em minha cama. Na medida em que foi passando o tempo, o
remédio foi me aliviando, juntamente com a oração do terço que Marina estava
rezando.





Às
6:00 horas da manhã, quando ela estava terminando a oração do terço, eu já
conseguia falar.





Depois
de breves preparativos, levaram-me para o hospital da cidade de Barbacena.
Chegando lá, o médico fez eletrocardiograma e os exames de sangue, comprovando
assim a pouca oxigenação do meu sangue e a reincidência de problemas nas
coronárias.


Passei
8 dias no hospital em repouso, tomando medicamentos para novamente fazer um
cateterismo, e ver o que estava acontecendo com o meu coração.





Depois
deste período, passei mais 20 dias de repouso absoluto na casa da Marina, em
Barbacena,  recuperando-me e aguardando para fazer o exame.





           
O exame seria no hospital Socor, em Belo Horizonte. Eu desejava muito ir a
Piedade, porém, o médico me aconselhou a seguir viagem diretamente para o
hospital. Mas eu insisti e disse: “Eu vou passar em Piedade para receber a
bênção de Nossa Senhora, para eu morrer bem!”





           
Eu sentia que ia morrer, pois o meu estado era muito grave. Além disso, o exame
de cateterismo é muito doloroso. No primeiro cateterismo que fiz, sofri muito,
por ser um exame complicado, principalmente para aqueles que não se encontram
em bom estado de saúde, podendo até morrer durante o exame. Por isso, eu queria
receber a bênção da Mãe Celeste, pensando realmente que iria morrer.





Fomos
então a Piedade dos Gerais, eu e a Marina. Chegamos no Vale da Imaculada
Conceição à tardinha, e pretendíamos sair bem cedo no dia seguinte.





Fui
quase totalmente privada de visitas, para evitar quaisquer esforços e emoções.





Logo
pela manhã, recebi uma visita inesperada: a mensageira de Nossa Senhora entrou
em meu quarto e disse que a Mãe do Céu vinha me visitar e deixar uma mensagem.





Éramos
três pessoas na casa durante esta aparição: Marilda, a porta voz de Nossa
Senhora; Marina, a minha amiga e enfermeira; e eu. A Marina pegou rapidamente o
gravador e gravou a mensagem. 


A
partir daquele momento em que a Virgem Maria se manifestou, eu não senti mais
nada. Mais nada! Depois disso, segui o meu caminho para Belo Horizonte, onde eu
ia fazer o exame de cateterismo.





Após
fazer o exame que, graças a Deus, transcorreu muito bem, foi constatado que a
ponte de safena havia colabado – fechado - e, para surpresa de todos, a minha
artéria anterior, que tinha sido operada, estava funcionando na sua capacidade
total, cem por cento. O meu coração estava igual ao coração de uma criança.





Quando
eu levei para o meu médico o resultado - médico com o qual faço tratamento há
16 anos – ele me disse: “Foi um verdadeiro milagre! Porque não existe na
história da medicina que uma artéria que houvesse colabada e obstruída,
voltasse ao seu funcionamento normal! Irmã, o que a senhora fez para que isso
acontecesse?”





Eu
respondi: “Eu não fiz nada, quem fez foi Nossa Senhora que pediu a Jesus a
minha cura.”





Disse
o médico: “Irmã, isso não acontece. A senhora pode ir até no Papa que ele vai
dizer que não é verdade. Porque a artéria, uma vez colabada e obstruída, jamais
voltará ao seu funcionamento normal.”


Para
constatar tenho todos os exames feitos. Um foi realizado antes da cirurgia e
outro posteriormente, ambos com fotos. E tenho também exames mostrando a
complicação nas coronárias, e os exames de sangue que medem a capacidade de
oxigenação do coração.





Estes
meus exames feitos antes de alcançar a cura milagrosa mostram a séria
complicação em que se encontrava meu coração, porque a ponte colabou.





Quanto
à mensagem tão especial e importante para a minha vida, eu nunca mais a ouvi.
Algumas pessoas da Comunidade tiveram a oportunidade de ouvi-la depois, mas
ninguém copiou a fita com a mensagem e sem saber como eu a perdi. 




Vale da Imaculada Conceição, 25 de maio de 2002








Colóquios de Antônio Jota  com Frei Joaquim,  a partir de Outubro de 1987.









            Meu nome é Antônio Batista Jota.
Mudei-me para a cidade de Piedade dos Gerais, em 1948, e vim trabalhar aqui.


Em
1950 eu me casei, e me mudei em 1955 para Belo Horizonte. De vez em quanto eu
vinha a Piedade dos Gerais para rever os amigos.


Em
setembro de 1987, meu filho me disse que ficou sabendo que Nossa Senhora estava
aparecendo em Piedade, mas não era para espalhar a notícia, porque os moradores
estavam achando que era mentira. De imediato, senti vontade de ir até lá
pessoalmente para saber o que estava acontecendo, mas me demorei um pouco
devido à aposentadoria que estava para sair.


Quando
foi no mês seguinte, logo que surgiu uma folga eu vim. Era outubro de 1987. Sempre
que chego aqui, tenho o costume de visitar a Igreja onde meu irmão, Padre Mário
Jota, foi vigário por muitos anos.


Ao
chegar na Igreja, o Frei Joaquim (então pároco de Piedade) estava lá rezando.
Eu terminei de rezar e ele também. Quando saí ele foi me acompanhando, me
chamou e disse:


-
Antônio, você veio aqui por causa do que está acontecendo na casa do Antônio da
Côla? (Côla é a mãe de sr.Antônio)


-
Sim, Frei Joaquim, eu vim aqui por causa disto! - Respondi.


-
Não tem nada lá não! - Disse-me ele.


-
O senhor me garante que não tem nada? – a esta pergunta ele deu de ombros e eu
respondi:


-
Se o senhor não me garante, eu vou lá ver!


Ele
não me proibiu e nada disse. Então eu segui o meu caminho.






A
HISTÓRIA DO CANECO

 


Deus quis provar se a família escolhida para
receber a Rainha do Céu estava apta para a grandiosa graça, e enviou uma visita
inesperada...





Estando o Sr. Antônio e o seu filho Geraldo a
capinar a fazenda, avistaram uma mulher, sentada perto da fonte de água.
Aproximaram-se dela até uma certa distância, e começaram a conversar...





Ela disse que vinha da Bahia e que estava
fazendo uma caminhada a pé, para a Cidade de Aparecida, ao Norte de São Paulo.
E que não seguiria viagem, sem conhecer Piedade dos Gerais. Relatou ser mãe de
dois filhos, um grande e outro pequeno.





Ao ser repreendida por não conseguir chegar ao
seu destino, devido à longa distância, ela deu a seguinte resposta: “Vou meu
filho, porque confio em Deus, e com Deus a gente vai longe! Eu ando devagar,
mas não me canso. Nossa Senhora Aparecida é muito milagrosa, e eu quero
alcançar a graça de curar a minha vista. Meu filho, a coisa mais triste é a
gente não enxergar a luz do dia.”





Segundo ela, seu Marido, o Mírio, estava
limpando um lote na casa do Padre. Seu modo de falar era muito diferente, assim
como as palavras: pareciam ter outro sentido.





Ela procurava por água corrente, para lavar suas
vasilhas, disse ela: “A pobreza Deus ama, mas a sujeira Deus detesta.”





Ela encontrou a água como queria, mas segundo
ela, mais importante do que lavar as suas vasilhas era aquele acontecimento,
aquele encontro, e aquela acolhida da família.





A seguir, ela caminhou em direção à fonte, e
tomou daquela água. Seu caminhar era sereno e delicado. Não se podia notar o
mover de seus passos.





Ela pediu ao Sr. Antônio uma vasilha, para que
pudesse levar e continuar tomando daquela água. Então o Sr. Antônio trouxe
água, biscoitos e um caneco com café e leite.





Ela agradeceu: “Como você é caridoso e sabe
partilhar o que tem!”


Enquanto tomava o café com leite, ela fez
algumas revelações a respeito da descendência do Sr. Antônio e da sua família.





Ao se despedir, agradeceu a todos, pegando na
mão de cada um, e disse: “Eu agradeço muito este tempo que vocês estiveram aqui
comigo, foi de uma importância muito grande, fui muito bem recebida! Eu não vou
me esquecer de vocês, e quero que vocês não se esqueçam de mim.”





Pensando o Sr. Antônio em se tratar de uma
leprosa, resolveu inutilizar o caneco. E na cidade confirmou com várias pessoas
a passagem da desconhecida. Todos confirmaram ser ela uma índia leprosa.





 Mas as
suas vestes eram diferentes em cada lugar por onde havia passado. Porém, com a
mesma serenidade, por eles nunca vista. Ela pegou na mão de algumas pessoas e
disse a elas que estavam abençoadas.





Na casa paroquial, também foi confirmada a
passagem da andarilha. Só que lá ela não tinha nenhuma bagagem, por isso ganhou
um par de chinelas.


E o nome que foi dado pelas crianças à
andarilha: 
 é “MÍRIA”, a mulher do Mírio! 





Algum tempo depois, Deus enviou Nossa Senhora a
essa mesma família: humilde, simples e acolhedora. Família capaz de acolher sem
distinção a todos os que procuram, como a Míria, “água corrente.”





Em uma aparição, Sr. Antônio pediu à vidente,
que perguntasse à Nossa Senhora pela pobre Míria. Nossa Senhora deu a seguinte
resposta: “Aquela pobre que esteve aqui, esteve a mandado de Deus. Se ela não
tivesse sido acolhida, aqui ela ia morrer. 





Mas como o pai destas crianças foi
acolhedor, ela pôde sobreviver e seguir a caminhada até Crucilândia, onde
morreu. Então o anjo Gabriel disse para Deus: “Na entrada de 
 Crucilândia tem uma
pobre morta”. Deus disse: “Traga-a para o Céu.





” Hoje ela está no Céu, e é a
Santa Rosa Míria. Dê um recado a seu pai: Aquele caneco, onde aquela pobre
tomou café com leite e ele não usa, diz a ele que pode usar porque não faz mal
nenhum.”





Uma parábola acompanha suas explicações, porém
não estão contidas neste pequeno resumo. Abra seu coração que o bom Deus lhe
mostrará.





O caneco ainda hoje existe, embora um pouco
amassado, gasto pelo tempo e pelas pessoas que pedem para tomar água no mesmo
caneco que a pobre Míria tomou.





A
ESCOLHA DIVINA





Desde toda a eternidade, Deus quer a salvação da
humanidade. Esta deve se voltar completamente para Ele, através de uma
verdadeira conversão e da vivência do Santo Evangelho.





Para que isso aconteça, será necessária uma
restauração nos corações dos homens, para a segunda e definitiva vinda de Jesus
Cristo ao mundo.





Então Deus olhou em todos os cantos da terra,
sondou cada coração e escolheu um lugar, uma nação, uma cidadezinha e uma família
para colaborar na preparação da humanidade para este
acontecimento.           


                                     


O lugar deveria ser simples, humilde e rico de
amor. As pessoas deveriam estar aptas para acolher cada semelhante como o
próprio Cristo e, acima de tudo, serem muito tementes a Deus.





Assim, uma região montanhosa das Minas Gerais
foi escolhida para dar lugar a tal privilégio: Piedade dos Gerais, uma cidade
com aproximadamente 1.200 habitantes, afastada das agitações das grandes
metrópoles e escondida entre os encantos da natureza.





A 2 Km da cidade, na Fazenda Barro Vermelho,
vivia o casal Antônio Xavier de Santana e Maria José Diniz de Santana, ao qual
Deus concedeu sete filhos. São eles: Irene, Geraldo, Irenize, Marilda,
Euclides, Juliana e Antônio Augusto.





A família predestinada vivia humildemente nos
afazeres cotidianos. E com muito sacrifício lavrava 
 a terra, pastoreava o
gado e cuidava do avô viúvo Sr. Euclides (atualmente falecido, pai do Sr.
Antônio). A Santa Missa dominical sempre foi Sagrada. 





O catecismo, a oração e
os encontros promovidos pela paróquia, cada vez mais proporcionavam à família o
crescimento e a instrução na fé, a fortaleza e uma maior união. Desta forma,
tinham o pão espiritual tão necessário aos filhos de Deus.





Assim, o Senhor Deus em sua infinita graça e
sabedoria escolheu o Brasil, o estado de Minas Gerais, a pequena cidade de
Piedade dos Gerais e a humilde família Xavier de Santana para manifestar ao
mundo a sua misericórdia.





Segundo a Santíssima Virgem Maria, Deus escolheu
o Brasil por ser uma nação perseguida pelas nações ricas. O Brasil será o
primeiro país a se transformar. Do Brasil jorrará a Misericórdia para o mundo
inteiro.





O motivo da escolha da família Santana, Ela
disse: “É um designo de Deus desde toda eternidade!”











Fonte:http://valedaimaculada.blogspot.com.br/p/fotos.html

domingo, 13 de maio de 2012

MÉDICOS DEFENDEM A CURA PELA FÉ- Depressão e Cura













O
renomado psicanalista, escritor e fundador do Espaço Brasileiro de Estudos
Psicanalíticos, com sede no Rio de Janeiro, Dr. Joel Birman diz: “O vazio se
manifesta em reclamações vagas e aflitos, em que o sujeito se sente engolfado e
impotente, como as depressões, a chamada “síndrome do pânico” e as compulsões
em geral. 





Na compulsão, o sujeito tenta se livrar do desamparo insuportável
preenchendo-o com drogas ilegais ou legais os psicotrópicos de tarja preta,
comida, sexo, consumo desenfreado, internet. Nada disso funciona, o vazio só
aumenta, mas ele insiste” (1).



Ficar triste devido á morte de um parente ou amigo, á perda do emprego, fim do
namoro ou simplesmente por que algo saiu errado é um estado emocional
transitório e perfeitamente normal. 





Diferente, portanto, da depressão, doença
caracterizada quando esses sentimentos negativos se tornam tão fortes e constantes
que incapacitam o individuo para atividades cotidianas, como trabalho e estudo,
e impedem os relacionamentos sociais e afetivos. 





A depressão tem componentes
hereditários, mas também pode ser desencadeada por fatores psicossociais, como
disfunções hormonais, ataque cardíaco, câncer e por alguns remédios.





A
depressão pode ser explicada por uma pequena queda nos níveis de serotonina e
dopamina no cérebro, neurotransmissores relacionados ao equilíbrio emocional.
Dependendo da intensidade dessa diminuição, e dos tipos de neurotransmissores
afetados, a doença se torna mais ou menos grave. 





O distúrbio pode se manifestar
de diversas maneiras, mas são três os tipos mais comuns. A depressão maior
combina sintomas como ansiedade, pessimismo falta de energia para atividades
cotidianas, diminuição do desejo sexual, fadiga, irritabilidade etc. 





Pode
ocorrer somente uma vez ou repertir-se durante toda a vida. Uma variação mais
leve é a destemer, também conhecida como a doença do mau humor, já que os
sintomas típicos são irritabilidade, desanimo e falta de sociabilidade. 





A forma
menos freqüente de depressão é a desordem bipolar, também chamada de distúrbio
maníaco-depressivo, que leva o individuo a flutuações de humor, rápidas ou
graduais. A doença também pode desencadear distúrbios de sono e de apetite,
perda de memória, dores de cabeça, problemas digestivos e, nos casos mais
graves, até pensamentos suicidas.




Considerando o quarto maior problema de saúde pública do mundo, a depressão
atinge 121 milhões de pessoas de todos os sexos e em todas as faixas etárias –
inclusive crianças pequenas. Desse total, menos de 25% tem acesso a tratamentos
efetivos, com antidepressivos. Pior ainda: de acordo com o Psiquiatra Ricardo
Moreno, coordenador do Grupo de Doenças Afetivas do Hospital das Clínicas de
São Paulo, a depressão não tem cura. 





Dr. Moreno apresenta algumas estatísticas
nada animadoras. De 15% a 20% da população devem apresentar pelo menos um
episódio de depressão durante a vida. Quem sofre a primeira ocorrência tem 50% de
chance de reincidência. Após o segundo episódio, a probabilidade sobe para 70%
e a partir do terceiro pula para 90%. “O que os remédios fazem é ajudar a
controlar a duração desses episódios depressivos, que podem se prolongar de
seis a oito meses se não forem tratados”, afirma (2).





Os
tipos mais comuns



Depressão melancólica

É a doença em sua forma clássica – tristeza falta de energia, perda de apetite
e raciocínio lento. Em torno de 65% dos doentes tem insônia. Os sintomas
manifestam-se, sobretudo pela manhã.






Depressão atípica

O deprimido atípico sente mais fome e mais sono. A letargia e a angústia pioram
no fim da tarde e a noite.






Depressão ansiosa

Os sintomas vêm acompanhados de inquietação e desconforto. A pessoa não se
sente à vontade em lugar nenhum, tem a sensação de que algo ruim vai lhe
acontecer a qualquer momento e pode apresentar sintomas físicos de ansiedade,
como taquicardia e sudorese.






Depressão psicótica

O deprimido tem delírios e alucinações. Num dos quadros mais graves, acredita
que seu organismo está se deteriorando e chega a sentir o cheiro da degradação.






Depressão pós-parto

Acomete 12% das mulheres, que, além dos sintomas comuns da depressão, sentem
medo, sobretudo de não conseguir cuidar do bebe.



Depressão sazonal




Mais comum nos países nórdicos, manifesta-se principalmente no outono e no
inverno, estações caracterizadas por longos períodos de baixa luminosidade.


Os
sintomas





Na
depressão os sinais listados a seguir ocorrem ao longo de, no mínimo, duas
semanas.



Abatimento

• Perda do interesse ou do prazer

• Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta

• Insônia ou sono em excesso

• Agitação ou lentidão dos movimentos

• Fadiga ou perda de energia

• Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva

• Redução da capacidade de raciocinar, concentrar-se e tomar decisões

• Pensamentos de morte recorrentes e tentativa de suicídio (3).





SAÚDE
MENTAL


“Apesar
de impressionantes avanços médicos em muitas áreas da saúde”, diz um artigo no
boletim Synergy, da Sociedade Canadense para a Saúde Internacional, “as
perspectivas mundiais para a saúde mental são sombrias”.

Um relatório concluiu que 1 em cada 4 pessoas no mundo sofre de distúrbios
mentais, emocionais ou comportamentais. 





Outro estudo indicou que 1 de cada 3
pacientes que consultam um profissional da área de saúde sofre de depressão ou
ansiedade. E segundo os pesquisadores, esses números estão aumentando.




Por que? Um estudo realizado pelo Departamento de Medicina na Social da
Universidade de Havard diz que está aumentando o número de doenças como
depressão clínica, esquizofrenia e demência porque “mais pessoas vivem até
certa idade de risco”. Mas viver mais tempo não é a única razão. Os problemas
econômicos também são culpados, assim como o aumento do estresse na vida
moderna.




Como mudar esse quadro desanimador? Entre os muitos aspectos envolvidos nos
cuidados da saúde, dizem os especialistas, deve-se dar prioridade á saúde
mental porque ela “representa uma das últimas fronteiras humana”.


“Uma
pesquisa mostrou que 17,5% dos chineses adultos sofrem de distúrbios mentais…
as mulheres têm mais probabilidade de apresentar transtornos de humor e de
ansiedade.” (China Daily, China, 2011).





O
Brasil está a frente de países como Inglaterra, Irlanda e Alemanha em
ocorrência de transtornos psiquiátricos em menores de idade. Nosso “país tem
1,8 milhoes de portadores de doenças mentais e novos 50 mil casos são diagnosticados
anualmente”, afirma o Dr. Fabio Barbirato, psiquiatra infanto-juvenil e
professor na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (O Globo, 20/03/2010,
p.7).





MÉDICOS
DEFENDEM A CURA PELA FÉ


A
eterna luta entre a ciência e a fé perdeu a força nos últimos tempos. Os
médicos admitem a influência das crenças no processo de cura e usam suas idéias
religiosas como referencia durante a prática.




A tese é defendida pelo médico Farr Curlin, da Universidade de Chicago, que
conduziu um estudo publicado na revista Archives of Internal Medicine. Curlin
entrevistou 1.150 médicos em atividade nos EUA. Destes, 56% disseram que a
crença influencia na saúde do paciente. Em relatório anterior, o cientista já
havia descoberto que 76% dos médicos acreditam em Deus e que 55% diziam que as
crenças influenciam sua pratica.




- A religião altera a forma como os médicos respondem aos pacientes e
interpretam dados – analisa Curlim, que ainda pretende examinar como a
influencia se dá, sobretudo em áreas como as sexuais, reprodutivas e terminais.




No estudo atual, 75% dos pesquisados responderam que a espiritualidade ajuda os
pacientes a cooperar e os tornam mais positivos e 54% acreditam que ás vezes
uma força sobrenatural intervém no tratamento. Em contraposição, 7% acreditam
que as crenças causam emoções negativas, como culpa e ansiedade, e outros 4%
acham que os pacientes usam a espiritualidade para não assumir responsabilidade
sobre sua saúde. Os médicos mais religiosos reportam que os pacientes tratam
destes assuntos nas consultas.




José Luiz do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira, concorda que a
religião é um aliado forte da medicina no tratamento das doenças. Para o
médico, as convicções religiosas confortam, diminuem a dimensão do sofrimento
(já que na perspectiva da eternidade, a mortalidade passa a ser algo pequeno) e
renovam as forças e combate á doença: “Os médicos com seus tratamentos
respondem por entre 5 e 10% da cura da doenças. O resto é de responsabilidade
do paciente, que encontrado um alento na religião poderá fazer muito mais”,
opina Amaral.




O médico duvida que a religião influencie nas escolhas de terapias do médico e
nem que o torne mais otimista, já que para ele a característica é independente
da crença religiosa (4).





O
AMOR COMO CURA


Dr.
Dean Ornish, médico e escritor americano disse: “o amor e intimidade são
fatores estreitamente ligados a saúde e a doença, a tristeza, e a alegria, ao
sofrimento e a cura. Se um remédio novo tivesse o mesmo efeito, praticamente
todos os médicos no pais o recomendariam aos seus pacientes. Seria negligencia
não o receitar.”





AMOR,
FARTURA E SUCESSO


Uma
mulher saiu de sua casa e viu três homens de longas barbas brancas sentados em
frente ao seu quintal. Ela não os reconheceu. Depois de observar por muito
tempo, disse-lhes:


-
Acho que não os conheço, mas devem estar com fome. Por favor, entrem e comam
algo.





-
O homem da casa esta? – perguntaram.

- Não ela disse – está fora

- Então, não podemos entrar – eles responderam.


À
noite, quando o marido chegou, ela contou-lhe o que acontecera.


-
Vá, e diga a eles que estou em casa e convide-os para entrar.


A
mulher saiu e convidou-os para entrar.


-
Não podemos entrar juntos – responderam.




- Por que? – ela quis saber.


Um
dos velhos explicou-lhe, apontando um de seus amigos:


-
Seu nome é Fartura. Mostrando o outro, falou:

- Ele é Sucesso e eu sou o Amor.





E
completou:

- Agora vá e discuta com o seu marido qual de nós quer em sua casa.


A
mulher entrou e contou ao marido o que lhe fora dito. Ele ficou arrebatado e
disse:


-
Que bom! Neste caso vamos convidar a Fartura. Deixe-o vir e encher nossa casa
de fartura


A
esposa discordou:


-
Meu querido, porque não chamamos o Sucesso?


A
filha do casal, que ouvia da sala, apresentou sua sugestão:


-
Não seria melhor chamar o Amor? Nossa casa estará cheia de amor

- Atendemos pelo conselho de nossa filha – disse o marido á esposa. – Vá lá
fora e chame o Amor para ser nosso convidado.





A
mulher saiu e perguntou aos três homens:


-
Qual de vocês é o Amor? Por favor, entre e seja nosso convidado.


O
Amor levantou-se e seguiu em direção á casa. Os outros dois levantaram-se e
seguiram-no. Surpresa, a senhora perguntou-lhes:


-
Apenas convidei o Amor, por que vocês entraram?


Os
homens responderam juntos:





-Se
você convidasse o Fartura ou o Sucesso, os outros dois esperariam aqui fora,
mas você convidou o Amor; onde ele for iremos com ele. Onde há amor, há também
fartura e sucesso!


“Amor
é a única maneira de captar outro ser humano no íntimo de sua personalidade”.
“Ninguém consegue ter consciência plena da essência última de outro ser humano
sem amá-lo”, afirma de forma colossal o psiquiatra austríaco Viktor Emil
Frankl.





CIÊNCIA,
FÉ E CURA


“Há
muitas evidências científicas de que a fé e método como a oração ajudam na
melhora clínica do indivíduos”, afirma o médico Thomas McCormick, do
Departamento de Historia e ética da Universidade de Washington, EUA.

Desde a década de 80, inúmeros estudos e pesquisas sobre a grande importância
da meditação, da oração e da fé para cura dos pacientes.




O conceituado neuropsiquiatra francês Dr. David Servar Schreiber afirma: “O
corpo e o cérebro têm seus próprios mecanismos de cura”. Sobre o amor diz ele:
“O amor é uma necessidade biológica e o corpo responde a ele. O amor acalma,
tranqüiliza e deixa a pessoa bem-humorada, fazendo com que o coração funcione
melhor” (5).




É bastante salutar lembrar aquela fala que aparece em Prometeu Acorrentado, do
dramaturgo grego Ésquilo (c. 525-456 a.C.), quando Oceano pergunta a Prometeu:
“Não sabes, Prometeu, que as palavras são médicos capazes de curar teu mal,
este rancor?”




A palavra positiva, a oração e o amor são determinantes para cura. Tudo isso
tem muito poder de libertação e milagres.

“A boca do justo é fonte de vida. Há “quem tenha a língua como espada, mas a
língua dos sábios cura” (Pr 10,11; 12,18).




“O justo vivera pela fé. Ao teu alcance esta a palavra, em tua boca e em teu
coração; a saber, a palavra da fé que nos pregamos” (Rm 1,16 ; 10,8).

“Ânimo, filha! A tua fé te curou” (Mt 9,22).





CONCLUSÃO


Junto
com o tratamento com profissionais especializados, deve-se procurar viver uma
espiritualidade saudável. Conhecer profundamente os retiros espirituais em
mosteiro, conventos e no Foyer de Charité. Visitar os santuários e receber um
despertamento renovado da fé pelos sinais, prodígio e milagres ali recebidos e
agradecidos. Buscar momentos de silêncio com consigo mesmo e com Deus.




Sabemos que para o Todo-Poderoso nada é impossível (Lc 1,47). Tudo é possível
àquele que crê! (Mc 9,23). Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome ele vos dê
(Jo 15,16). Tudo posso naquele que me fortalece (Fl 4,13). Não vos inquieteis
com nada; mas apresentai a Deus todas as vossas necessidades pela oração e pela
súplica, em ação de graças. Então a paz de Deus, que excede toda a compreensão,
guardará os vossos corações e pensamentos, em Cristo Jesus (Fl 4,6.7).




O poder do perdão (Mt 6,12 ; Ef 4,32), da oração (At 4, 24-31) e do amor (Jo
3,16 ; 1 Cor 13,1-13) são monumentais para grandes transformações.

Da mesma forma que existem exercícios para o corpo, também existem, para o
cérebro. Assim como o exercício fortalece os músculos, o treinamento mental
condiciona o cérebro. Para estimular o cérebro, é preciso fazer coisas novas.





Por exemplo: conhecer pessoas, lugares e objetos; aprender outros idiomas e
instrumentos musicais; praticar esporte; ler bons livros; ouvir música;
assistir programas na TV que fortaleçam o poder da mente e da fé e viajar no
melhor do mundo maravilhosamente pela internet.




Lembre-se: “em Cristo você é uma nova criatura” (2 Cor 5,17).





Pe.
Inácio José do Vale

Escritor e Conferencista

Professor de Historia da Igreja

Mestre em Psicanálise Educacional

Especialista em Ciência Social da Religião

E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com

Segundo legistas, todas as feridas visíveis no Sudário foram produzidas em vida




O Santo Sudário - conclusão








'La Santa Sindone', pintura do século XVIII atribuída aGiovanni Batista Tiepolo (clique sobre a imagem para ampliar)


A comunidade científica reagiu rapidamente à divulgação da descoberta do fotógrafo Secondo Pia em 1898, acusando-o de ter criado uma fraude. - Naquela época já se sabia, com certeza, que o tecido era oriundo da Idade Média ou de uma época anterior, pois existiam registros históricos mencionando a sua existência desde pelo menos 1536, quando um cruzado chamado Geoffroy de Charny o entregou aos cônegos de Lirey, cidade próxima a Troyes, França[1]





Segundo os registros, Geoffroy declarou, à época, que a relíquia estivera aos seus cuidados por três anos. - Uma peça tão antiga não poderia, portanto, conter um negativo fotográfico como Pia alegava. E os cientistas, é claro, estavam certos. A não ser...

A não ser que a imagem tivesse sido formada miraculosamente. E foi exatamente essa possibilidade fantástica que acabou por atear fogo em toda a discussão acerca do Sudário. 





– Nos anos seguintes, a partir de 1931, foi permitido a Giuseppe Enrie fotografar novamente o Sudário, com equipamento mais avançado e sem ter que bater as chapas através de um vidro protetor. Estas fotografias enfatizaram com mais detalhes e mais dramaticamente o homem crucificado do que as imagens obtidas por Pia. E, sim, confirmaram que a imagem possuía todas as características de um negativo fotográfico!

Anos depois, autoridades médicas que efetuaram avaliações com o auxílio de análises de cadáveres constataram que as imagens eram totalmente consistentes com a crucificação. Mas foi somente em 1973 que o Vaticano permitiu que se extraísse uma minúscula amostra do tecido para avaliação. 





As análises microscópicas confirmaram que o Sudário era feito de puro linho, tecido em padrão espinha-de-peixe 3x1, perfeitamente compatível com a época de Cristo, mas que só poderia ter sido adquirido por um homem rico, - assim como José de Arimatéia nos relatos dos Evangelhos.





 - Somando-se a tudo isso às pesquisas do Dr. Max Frei-Sulzer (vistas na postagem anterior), que ao analisar partículas de pó e pólen extraídas da superfície do Sudário encontrou material exclusivo das regiões em torno do Mar Morto, os cientistas, finalmente, se convenceram de que valia a pena aprofundar os estudos a respeito do chamado Santo Sudário.

Assim foi formada a equipe do ‘Projeto de Pesquisa do Sudário de Turim’, o PPST, num esforço para avaliar o Sudário sistematicamente e segundo a metodologia científica avançada. Os resultados finais do estudo da equipe PPST foram publicados em 1981. As conclusões oficiais daquele relatório foram as seguintes[2]:



"Não foram encontradas pinturas, tinturas ou manchas nas fibras. Radiografia, fluorescência e microquímica aplicadas às fibras excluíram a possibilidade de pintura como método de criação da imagem. Avaliação por raios ultravioleta e infravermelhos confirmaram estes estudos".

"A definição da imagem por computador e as análises pelo analisador de imagem VP-8 revelaram que a imagem tem codificada, em si, informação tridimensional, uma característica sem paralelo em nenhum outro artefato submetido a análise científica até o dia de hoje".

"A avaliação microquímica não indicou qualquer evidência de especiarias, óleos ou elementos bioquímicos conhecidos. Está claro que houve um contato direto do Sudário com um corpo humano, o que explica certas características, como marcas de açoite e de sangue ".

"Entretanto, enquanto este tipo de contato poderia explicar algumas das características do torso, é totalmente incapaz de explicar a imagem da face com a alta resolução amplamente demonstrada através de fotografia".

"O problema básico, do ponto-de-vista científico, é que algumas explicações sustentáveis do ponto-de-vista químico são impedidas pela Física. Ao reverso, certas explicações físicas que seriam consideradas adequandas são impedidas pela Química. Uma explicação satisfatória para a imagem do Sudário tem que ser cientificamente razoável dos pontos de vista físico, químico, biológico e médico. No presente, esse tipo de solução não está ao alcance da equipe que estuda o Sudário. 





As experiências realizadas em física e química com linho velho não foram capazes de reproduzir adequadamente o fenômeno do Sudário de Turim. O consenso científico é que a imagem foi produzida por algo que resultou em oxidação, desidratação e conjugação da estrutura polissacarídica das microfibras do próprio linho. 




Tais mudanças podem ser reproduzidas no laboratório por certos processos químicos e físicos. Um tipo semelhante de mudança em linho pode ser obtido com ácido sulfúrico ou calor intenso. Porém, nenhum método químico ou físico conhecido pode responder pela totalidade da imagem, nem o pode qualquer combinação de circunstâncias físicas, químicas, biológicas ou médicas adequadamente".

"Assim, a resposta para a pergunta de como a imagem foi produzida ou o que produziu a imagem permanece um mistério. Podemos concluir, por ora, que a imagem do Sudário é a real forma humana de um homem açoitado e crucificado. Não é o produto de um artista. As manchas de sangue são compostas de hemoglobina e também foram positivadas em teste para albumina de soro. A imagem é um mistério contínuo e até que sejam feitos estudos químicos adicionais, talvez por este mesmo grupo ou por cientistas do futuro, o problema permanece não solucionado ".




Depois dessas conclusões no mínimo espetaculares (se você pulou a parte acima e não leu os resultados das análises do PPST, volte e leia, porque vale a pena ;





D) , não havia como a comunidade científica não mudar sua postura. Muitos céticos passaram a se interessar pelo Sudário: estavam diante de um dos maiores enigmas de todos os tempos. 





O fato de haver questões religiosas envolvidas, o que em princípio afastou muitos cientistas arreligiosos, já não era mais suficiente para impedir a curiosidade e o interesse numa pesquisa tão importante. 





Muitos especialistas ateus de diversas áreas se interessaram na pesquisa do Sudário, até com o objetivo de desmistificá-lo ou tentar derrubar a hipótese de autenticidade. Um desses cientistas céticos e profundamente agnóstico era o Dr. Raymond Rogers, que acabaria assumindo importância fundamental na história toda, como veremos a seguir.

O fato de haver soro (invisível a olho nu) ao redor das manchas de sangue no Sudário, por exemplo, era algo que não poderia ter sido produzido por nenhum falsificador. - Ocorre que, sob tortura, as paredes dos glóbulos vermelhos do sangue se rompem, liberando bilirrubina, presente nessas áreas do tecido. 





Como explicar isso? Assim como concluiu o Dr. Barriem Schwortz, membro da equipe PPST, um absurdo muito maior do que considerar o Sudário autêntico seria imaginar que um falsificador da Idade Média esconderia manchas invisíveis no tecido para que os cientistas, 700 anos depois, a encontrassem utilizando equipamentos que ele nunca poderia sonhar existir...

As evidências em favor da autenticidade do Sudário eram muitas, e tudo parecia caminhar para a inacreditável comprovação, não só da veracidade das narrativas evangélicas, como também (o mais impressionante) do caráter supernatural de algum fato inexplicável ocorrido após a morte daquele crucificado (como veremos adiante)... Isso até o malfadado teste de datação por Carbono 14 realizado em 1988: a maior pedra no sapato dos que defendiam a autenticidade da relíquia, tanto religiosos quanto cientistas...

Como visto, os testes de datação concluíram que o linho do Sudário só poderia ter sido produzido numa data entre 1260 e 1390 dC. Ateus ativistas festejaram, mas muitos cientistas respeitados ficaram perplexos. Como conciliar tantas evidências pró com uma única, mas contundente, prova contra a autenticidade da mortalha? O mundo científico estava diante de um enigma gigantesco. E cientista que é cientista ama o desafio.

A partir daí, as mais estapafúrdias hipóteses passaram a ser levantadas: surgiu inclusive a teoria de que algum coitado teria sido capturado e torturado, submetido aos mesmos sofrimentos de Jesus, espancado, flagelado, ‘coroado’ com espinhos, crucificado e morto, depois perfurado com uma lança, tudo para depois ser envolvido num tecido e assim produzir uma relíquia falsa, há 700 anos...

O fato é que se o Sudário fosse uma falsificação medieval, teria que ter sido produzida por um grande gênio, daí alguns palpiteiros sensacionalistas terem levantado a fantástica hipótese de a mortalha ter sido produzida por ninguém menos que Leonardo da Vinci... Mas, bem, isso equivale a acusar o mestre renascentista de ser um assassino cruel e sádico. 





Além disso, o único motivo para se produzir tal falsificação seria o lucro, e sabemos que Da Vinci foi um homem rico e prestigiado, um gênio internacionalmente reconhecido, - e também um homem profundamente religioso, inclusive com fortes tendências místicas. - Seria um absurdo completo imaginar que tal homem seria capaz de capturar e torturar um inocente, das maneiras mais horríveis, até a morte, somente para produzir uma falsa relíquia.

Mas a hipótese de alguém ter sido submetido às mesmas torturas e à mesma morte que Jesus para se produzir o Sudário, apesar de fantástica, não poderia ser considerada impossível; - se não fossem as incríveis particularidades da relíquia em questão. - Como por exemplo a perfeita conformidade entre o tamanho da lança que perfurou o flanco do crucificado e as que eram usadas pelos soldados romanos na época de Jesus. Ou as feridas perfeitamente condizentes com as que seriam provocadas pelo flagelum romano no mesmo período histórico. Ou inúmeros outros detalhes que o Sudário revela (que veremos mais adiante), e que ninguém, nem mesmo o maior de todos os gênios poderia conceber, na Idade Média.


O maior dos enigmas: o Sudário é uma prova física da Ressurreição?
De todas as questões trazidas à baila pelo estudo do Sudário, sem dúvida o que mais impressiona é o fato de a sua ‘impressão’, - que não apresenta nenhum sinal de produção por mão humana, - ser superficial, isto é, a coloração que forma a imagem não penetra os fios. A imagem toca apenas as fibras superiores da trama do lençol, sobre uma profundidade de aproximadamente 40 microns[2]





Isso exclui qualquer aplicação de líquidos e qualquer outra técnica de impregnação de imagem. A impressão é composta apenas por ‘fibrilas amarelas’, e a coloração que compõe a imagem é produto de uma desidratação da celulose de origem desconhecida; uma espécie de queimadura, que só poderia ter sido provocada por calor intenso ou pela exposição à uma fonte de luz extremamente intensa(!).

Explicando melhor: a imagem visível do Sudário é uma espécie de chamuscado sem impregnação, como somente uma queimadura poderia provocar. É esse queimado aparente do tecido que constitui a imagem, principal característica visual do Sudário, que não chegou a afetar as fibras dos fios, mas apenas, e de maneira seletiva, as fibrilas. Mais: essa marca da Imagem não existe sob as partes manchadas de sangue, como se o sangue tivesse protegido o tecido. 





A imagem não atravessa a 'tela' de lado lado. Sobre uma única face do Sudário é que está a imagem frontal e dorsal de um homem em rigor mortis. De fato, ali se encontram, - e isso não é matéria de fé, - registros até hoje inexplicados de uma forma de ‘radiação’ ou energia similar desconhecida, gerada misteriosamente no momento exato da formação, por inteiro, da imagem no Sudário.

Por mais céticos que sejamos, por mais contestador e ‘pé-no-chão’ que alguém seja, não há como deixar de reconhecer que a explicação mais perfeita para a formação da imagem seria o fenômeno descrito pelos evangelistas como 'Ressurreição'. A Bíblia diz que Jesus, quando se manifestava em sua Glória divina, "brilhava mais que o sol". Um brilho assim intenso seria não só a mais perfeita como a única explicação possível para a imagem que existe no Sudário de Turim(!).



Elaborações de como seria a face do 'Homem do Sudário'
(clique sobre as imagens para ampliar)


Mas ainda restava o problema da datação por carbono 14 

Depois da divulgação dos resultados dos testes por C-14, não demoraram a pipocar por toda parte as mais diversas tentativas de 'explicação' por parte de devotos inconformados. Crentes do mundo inteiro se recusavam a admitir a hipótese de uma simples falsificação. Não poucas pessoas precisavam crer nisso, e não seria um grupo de antipáticos metidos em jalecos brancos que iria desencorajá-los. 





Esse é o problema da fé. E é por isso que eu gosto do termo “buscador da Verdade”: um buscador da Verdade precisa ser como um cientista. Ele não pode fazer escolhas, acreditar naquilo que lhe 'faz bem' ou no que está em conformidade com o que diz a sua religião. Ele não deve aceitar nem mesmo o que diz o bom senso. 





- Ele precisa aceitar o que é. - Não é a Verdade que se adapta ao que pensa o buscador, mas sim o buscador deve se aperfeiçoar na Arte de se moldar à Verdade, 'ser um com' a Verdade. Mas os reais buscadores são uma pequena minoria, e não faltaram tentativas ridículas de desacreditar os testes do C-14:

# Disseram que as amostras retiradas estavam impregnadas por uma grande quantidade de poeira, acumulada no decorrer dos séculos, o que havia comprometido os resultados. - Tolice. Os testes por C-14 não são prejudicados nem alterados por poeira, e materiais muito mais antigos já foram perfeitamente datados por esse método. Além disso, antes de submeter as amostras ao teste, elas foram devidamente tratadas por um meticuloso processo de remoção de impurezas.

Disseram que o calor a que o Sudário fora submetido por ocasião do incêndio de 1532 na Capela de Chambery, onde estivera guardado, teria provocado alterações no resultado dos testes. - Mais uma tentativa frustrada: esse tipo de calor não seria suficiente para confundir o teste por carbono.

# E quanto às amostras de pólem encontradas pelo Dr. Frei-Sulzer? Bem, a única coisa que essas amostras poderiam comprovar é que o linho do Sudário era proveniente da região da Palestina onde Jesus foi sepultado. Constatação incrível, sem dúvida, mas o falsificador poderia ser alguém extremamente meticuloso...


Vitória definitiva dos céticos? Tudo indicava que sim, até... 

“Graças te dou, ó Pai, porque revelastes estas coisas aos pequeninos e as escondestes dos doutores e entendidos...” - Jesus Cristo (Evangelho segundo Mateus 11,25)

Em 2000, um casal de leigos sem nenhuma formação científica fez a descoberta de algo que até então nenhum dos muitos doutores e homens da ciência envolvidos nos projetos de estudo do Sudário havia percebido. 





Joseph Marino e Susan Benford, através de simples exame visual em imagens do Sudário disponibilizadas pelo PPST na internet, notaram que havia uma espécie de ‘remendo invisível’ exatamente na parte do Sudário recortada pelos cientistas para análise. 





Aprofundaram-se então na pesquisa e descobriram que esse tipo de remendo era muito utilizado na Idade Média para reforçar tecidos de valor, e era conhecido como ‘retecelagem francesa’. 





Maravilhados, perceberam que estavam diante de uma grandiosa descoberta: a análise por C-14 poderia ter sido feita numa parte remendada do tecido, o que teria sem dúvida introduzido uma grande margem de erro na datação! Procuraram então o Beta Analytic





- o maior laboratório de datação por Carbono-14 do mundo – que sustentou que, sim, uma mistura próxima a 60% de remendos do ano de 1500 ou posterior, com cerca de 40% de tecido do século I, causaria uma falsa datação do século XIII. – Exatamente os resultados obtidos pelo PPST! - Mais ainda: o casal de pesquisadores sabia que o período entre 1500 e 1600 foi a época em que mais comumente se usou a técnica da retecelagem...

Tudo se encaixava. Joseph Marino e Sue Benford mal podiam acreditar em sua incrível descoberta. Resolveram então procurar ajuda direta dos membros do PPST, mas foram prontamente rechaçados e até ridicularizados por cientistas céticos como o respeitadíssimo paleontólogo Dr. Ray Rogers, citado acima. 





Como dois leigos sem formação acadêmica poderiam contestar os resultados obtidos por uma equipe científica tão abalizada? Depois de muita insistência, porém, e depois de apresentarem diversas e fortes evidências em favor de sua teoria, conseguiram a preciosa colaboração de um outro membro do PPST: o Dr. Barriem Schwortz em pessoa.

O próximo passo foi submeter reproduções ampliadas das fotografias das amostras do Sudário que haviam sido datadas pelo C-14 à apreciação de diversos especialistas em tecidos antigos, - sem revelar que se tratava da trama do tecido do Sudário. - O resultado foi a opinião unânime de que aquela amostra parecia mesmo ter sido retecida!

Tais evidências levaram o Dr. Barriem Schwortz a reexaminar as imagens das amostras microscopicamente, e foi assim que ele comprovou que ali, diferente de todo o tecido do Sudário, havia sinais de algodão com pigmentação e resina. Além disso, as fotografias com ultrafluorescência que ele havia tirado décadas antes mostravam que naquela área específica havia um contraste completamente diferente de todo o restante do material, o que demonstrava uma clara adulteração. 





Dr. Barriem começava mais uma vez a se empolgar com a incrível e real possibilidade de o Sudário ser mesmo a mortalha que envolveu o corpo de Jesus Cristo. Tal fato, independente de questões religiosas, seria a mais inacreditável descoberta arqueológica de todos os tempos! – Resolveu então, pessoalmente, pedir ajuda ao seu irascível colega, que ainda tinha em seu poder alguns preciosos fios do material coletado do Sudário: ninguém menos que o cético convicto Dr. Raymond Rogers.

O Dr. Rogers, conhecido pela truculência e ironia com que costumava receber as contestações aos resultados obtidos pelo C-14, mal pode acreditar no que lhe pedia o colega cientista. Segundo o Dr. Barriem, Dr. Rogers assim reagiu ao seu telefonema:“Ora, isso é mais uma tolice dos crédulos que não aceitam a simples verdade dos fatos. 





Eu não acredito que você esteja me perturbando com essa história. Me dê quinze minutos e eu lhe provo que essa história não passa de mais baboseira”[3]... Ainda segundo o seu relado, o Dr. Barriem apenas respondeu: “Fique à vontade, Ray...”[4]

Muito à contragosto, o Dr. Ray Rogers localizou os pequenos fragmentos de fios que tinha guardado da amostra do Sudário de Turim, para examiná-los sob o potente microscópico do seu laboratório particular. E o que descobriu o deixou pasmo. Esse breve exame fez com que ele mudasse completamente a sua atitude cética e se tornasse um dos maiores defensores da necessidade de um novo teste de datação. 





O que o Dr. Rogers viu, sob a poderosa lente de aumento, naquele fio do chamado Santo Sudário, foi a presença inequívoca de microfragmentos de algodão juntamente com vestígios de... pigmentação e resinas! - Elementos que não existem em nenhuma outra parte do Sudário, como visto feito de puro linho! - Uma prova incontestável de que, sim, a parte do tecido retirada para datação devia estar contaminada por material não original. Em outras palavras, ele acabava de comprovar por si mesmo que a tese da retecelagem era não só perfeitamente plausível como evidente!

Levando-se em conta a hipótese da retecelagem, todas as lacunas encontradas no estudo do Sudário passariam a ser perfeitamente preenchidas, como por exemplo, a margem de erro de praticamente 200 anos entre um resultado e outro. – A saber, os resultados da datação foram os seguintes:

Universidade do Arizona teste 1: datou a amostra como sendo do ano de 1238;Universidade de Oxford: datou a amostra como sendo do ano de 1246; Instituto Tecnológico de Zurich: datou a amostra como sendo do ano de 1376; Universidade do Arizona teste 2: datou a amostra como sendo do ano de 1430.

Os resultados obtidos por C-14 costumam ser específicos (a margem de erro aceitável é de 30 anos para mais ou para menos), mas nesse caso em particular, estranhamente, há uma variação de 192 anos(!) entre um resultado e outro. Anomalia esta perfeitamente explicada pela tese da retecelagem, pois em diferentes partes da amostra retirada haveria maior ou menor quantidade do tecido de remendo misturado ao tecido original do Sudário, pela própria maneira como a técnica é empregada.

Tudo que envolve a história do Santo Sudário é envolto por fatos marcantes e emblemáticos, como os estranhos incêndios que ocorrem nos lugares onde ele é guardado. – Além do incêndio na Catedral de Chapelle (Chambery, França) em 4 de Dezembro de 1532, no dia 11 de Abril de 1997 também a Catedral de Turim, onde a relíquia estava guardada, pegou fogo: o Sudário foi salvo espetacularmente por um bombeiro devoto e muito corajoso; fato este que, por si só, está cercado de particulares mistérios: na ocasião do incêndio, o Sudário estava protegido por um fortíssimo vidro à prova de balas e ataques, mas o valente oficial conseguiu quebrá-lo sem dificuldades, salvando o manto do perigo, levando-o nas costas até o exterior do templo.

Outro fato marcante é que o Dr. Rogers, que agora havia voltado a acreditar, nessa época lutava contra a morte, acometido por um câncer fatal, e cada novo dia de vida era para ele uma batalha. A essa altura, ele desejava muito vir a conhecer a possibilidade da autenticidade do Sudário, antes de morrer. 





Logo após a sua incrível descoberta de materiais estranhos na amostra coletada para datação, enviou seus fragmentos de fios ao seu colega microscopista Dr. Robert Vilarreal, que tinha acesso a equipamentos muito mais avançados para análise do material. Mas quando o resultado das análises saiu, o Dr. Rogers já havia falecido, vencido pelo câncer. - 





Assim como Moisés, que conduziu o povo hebreu à Terra Prometida mas não pode entrar nela. - Ele nunca soube que as amostras do fiapo demonstraram que ele era constituído, na verdade, por duas fibras de materiais diferentes entrelaçadas, coladas e tingidas para tornar o remendo invisível. Estavam definitivamente derrubados, afinal, os polêmicos resultados da datação de 1988.


Então, o Sudário é mesmo santo (autêntico)? 
Ainda não podemos ter absoluta certeza sobre a autenticidade do Sudário, até que novos testes com C-14 sejam realizados, dessa vez com material válido. Particularmente não afirmo que o Sudário seja autêntico, embora acredite nisso. Assim como Susan Benford, a simpática pesquisadora independente que fez a maior descoberta a respeito do Sudário até hoje, eu também 'sinto' que ele é autêntico. 





Mas isso é só a minha opinião e eu posso me enganar, como já me enganei outras vezes. Digo, porém, que é assim que Deus costuma agir sempre: deixa pistas, mas não se mostra claramente. Acho que faz parte da nossa missão encontrá-Lo, oculto por trás das aparências. Se o Sudário não for o pano que envolveu o corpo de Jesus Cristo após a morte, isso não muda em nada a minha fé. Mas, se for... 





Ele é sem dúvida o objeto mais sagrado do mundo em todos os tempos. Principalmente porque ele pode ser a prova viva de que um fenômeno inexplicável aconteceu aquele corpo, guardado num túmulo escuro há dois mil anos. A imagem do Sudário é feita por marcas de queimadura que só poderiam ter sido provocadas por um intenso calor ou por um brilho extremo. Isso não é pouca coisa.


“O problema é que, como há correlação com a figura histórica de Jesus, sentimentos religiosos e emocionais sempre afetam a pesquisa. Os crédulos querem acreditar e se recusam a aceitar qualquer explicação que não seja miraculosa. Enquanto isso, os céticos insistem em fechar os olhos para todas as muitas e sólidas evidências em favor da autenticidade.”
Joseph Marino 



Imagens tridimensionais do Sudário obtidas com o analisador V-P8.
Nenhuma outra imagem bidmensional analisada por esse equipamento
obteve resultados semelhantes (clique sobre as imagens para ampliar).


Algumas curiosidades sobre o Santo Sudário 

# Em duas décadas de estudos, 23 cientistas do PPST e de outros grupos de pesquisa morreram precocemente. O último deles foi Raymond Rogers, do Laboratório Nacional de Los Alamos, em 2003.

# A Igreja decidiu antecipar a próxima exibição pública do Santo Sudário, que estava prevista para 2025, para 2010 (pretendo estar lá, se Deus quiser!).

# O trabalho do Dr. Rogers foi publicado em 2005 no periódico científico Thermochimica Acta, que emprega o sistema peer review (revisão por pares, uma espécie de controle de qualidade feita por especialistas independentes dos autores do estudo em causa).

# O Homem do Sudário foi coroado com uma espécie de chapéu completo feito de espinhos. - Todas as imagens da Idade Média retratavam a coroa de espinhos em forma de aro. Além disso, as marcas de pregos estão localizadas nos pulsos e não nas palmas das mãos, como nas imagens clássicas. Tais características são mais evidências em favor da autenticidade, pois um falsificador jamais iria contrariar algum detalhe popularmente aceito como certo.

# Os Evangelhos falam dos panos que envolveram o corpo de Jesus, - às pressas, para não quebrar o descanso sabático judaico (a crucificação e o falecimento foram numa sexta-feira). Os judeus envolviam os cadáveres com bandagens, mas com Cristo não tiveram tempo, porque morreu às três horas da tarde e era necessário terminar a sepultura antes da noite, quando era proibido qualquer tipo de trabalho. 





José de Arimatéia deveria pedir autorização a Pilatos para levar o cadáver, obter instrumentos e descer Jesus da cruz. A tarde terminava e deveriam enterrá-lo rapidamente, cobrindo-o com um sudário. É por isso que, segundo os Evangelhos, após o sábado foram as mulheres terminar a sepultura e prestar suas últimas homenagens. - Quando encontraram no sepulcro apenas os panos e faixas.

# O Sudário apresenta sangue que corresponde ao grupo AB, o mais frequente entre os hebreus.

# Segundo legistas, todas as feridas visíveis no Sudário foram produzidas em vida, com exceção da lançada no flanco direito, que chegou a aurícula direita do coração.

# O evangelista Mateus diz que José de Arimatéia tomou o corpo de Jesus e o envolveu num lençol limpo, colocando-o num túmulo novo (Mt 27,29-60). Marcos e Lucas referem-se ao fato, usando a expressão "envolveu-o no lençol" (Mc 15,46; Lc 23,53).