quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A cura do ressentimento







A dificuldade de relacionamento e a possibilidade da mágoa não estão ligadas ao fato de sermos mais ou menos santos. Santidade é fruto de superação. Aliás, muitos santos só chegaram ao estágio de santidade exatamente porque conseguiram superar seus problemas de convivência. Ao lermos a vida dos grandes santos vemos como souberam amar, perdoar, relegar, passar por cima, voltar atrás... Foram mestres em relacionamento não porque não tiveram problemas, mas porque aprenderam a superá-los e a resolvê-los de modo correto.





Problemas existem, dificuldades de relacionamento são relativamente normais. Não podemos, sob nenhuma hipótese, permitir que essas dificuldades se transformem em ressentimentos.





Existem situações que fogem ao nosso controle e acabam por gerar desentendimentos. Mas isso jamais pode ser obstáculo para que vivamos como irmãos e nos amemos cada vez mais. O segredo é não deixar o sentimento negativo se transformar em ressentimento. A verdade precisa aparecer sempre.





É preciso aprender a expressar nossos sentimentos positivos e também os negativos. Não adianta querer se martirizar guardando tudo no coração. Mas é preciso aprender a fabulosa arte de se expressar, especialmente quando somos provocados por sentimentos estragados. Se já é difícil expressar os sentimentos bons, quanto mais expressar corretamente os sentimentos estragados. É preciso saber como falar e, acima de tudo, falar com o objetivo de fazer crescer, de desejar a cura do outro e não a sua destruição.





Ninguém está imune ao ressentimento. Ninguém consegue superá-lo só com alguns bons conselhos. O ser humano vive e se abastece pelo diálogo. Esse é o modo natural de comunicação. Mas parece que nos esquecemos de algo tão óbvio e evidente, e, diante dos problemas de relacionamento, nos fechamos num silêncio sepulcral. Sem a coragem de dialogar não existe a menor possibilidade de evitar que os problemas mais comuns do dia a dia acabem por se transformar em ressentimento.





Assim como a oração precisa ser sincera, o diálogo também deve obedecer a essa lei fundamental. Sinceridade significa estar desarmado. Não há como um diálogo ser canal de cura se eu for ao encontro do outro com o oração armado e pronto para criticá-lo, brigar com ele, ofendê-lo e culpá-lo. Isso não é diálogo, é provocação.





No diálogo fraterno e honesto não pode existir a intenção de ofender o outro ou de devolver a ofensa recebida. Se existe essa intenção, é melhor deixar para outra hora. Tudo o que falamos na hora da exaltação e da raiva só ajuda a aumentar o problema e a aprofundar a ferida.





O diálogo só é curador quando ocorre num clima de amizade fraterna, com o objetivo de solucionar o problema; é curador se ajuda quem fala e quem escuta. Ou ajuda a curar os dois envolvidos no processo ou não é cura do ressentimento. 





Por isso, o diálogo curador exige a coragem de ouvir. É preciso se colocar no lugar do outro, tentando enxergar o problema a partir do ponto de vista dele, tentando enxergar o problema a partir do ponto de vista dele, saber como ele está vendo e sentindo a situação.





(Do livro “A cura do ressentimento” do padre Léo)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Vídeos sobre O TERCEIRO SEGREDO DE FATIMA -Raymundo Lopes




O TERCEIRO SEGREDO DE FATIMA REVELADO [parte 01]















O TERCEIRO SEGREDO DE FATIMA REVELADO [parte 02]


















Visita de Dom Raymundo Damasceno Assis ao S.I.M ( Serviço de Informação Mariana)
Visita ilustre do Cardeal e Arcebispo de Aparecida (Dom Raymundo Damasceno Assis) ao Centro Missionário de Catequese (Formação de Catequistas)



Dom Raymundo Damasceno Assis, Presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Cardeal e Arcebispo de Aparecida, visitou a sede dos Missionários do Coração Imaculado, em Belo Horizonte, na rua Alagoas, nº 1460, 9º andar, e compareceu, durante aula de catequese, ministrada pela missionária Maria Alves, no Curso de Formação de Catequistas, no dia 20 de julho de 201 2.
Proferiu palavras de encorajamento e motivação para a empreitada da catequese, além de explanar, correntemente, sobre esse tema, que conhece muito bem.





Visita de Dom Raymundo Damasceno Assis ao S.I.M ( Serviço de Informação Mariana)





Dom Raymundo Damasceno falou, no dia 20, para os participantes do Curso de Formação de Catequistas - 2º Curso, realizado no período de 16 a 24 de julho de 2012.


 Virginia: Esta é a Maria, que é a nossa formadora. Este é o Curso de Formação de Catequistas. O Senhor já recebeu esse material!




 Dom Raymundo: Já, já recebi!




 Virginia: Primeiro eu queria agradecer à Nossa Senhora, porque trouxe o Dom Damasceno aqui. Para a gente é um incentivo muito grande. Eu pedi a ele para ver o trabalho que estamos fazendo e dar uma força para o nosso trabalho, mostrar a importância da catequese na Assembleia de Aparecida, no documento.




Vamos rezar uma Ave-Maria?


 Dom Raymundo: Pois então. Podem assentar-se, eu não posso demorar, porque tenho um voo marcado, tenho que ir lá para Confins.




 Maria Alves: É um prazer receber o Senhor. É um prazer para nós, conhecê-lo. Estamos felizes por esta oportunidade de recebê-lo. Estamos trabalhando sobre as coisas de Deus, tentando entender um pouco. Estamos falando exatamente sobre a Santíssima Trindade.




 Dom Raymundo: O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé. Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo que não seriam conhecidos pela razão humana e sim pela revelação; sem Ele não poderíamos chegar só à existência de um ser supremo, causa, princípio de todas as coisas, mas conhecer o mistério da vida íntima de Deus, como a comunidade de pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, só pela revelação. Jesus nos revelou como Filho, Pai e também nos revelou o Espírito Santo, como fruto da Sua morte e ressurreição. Para a Igreja, para o mundo, de modo que a Trindade é esse modelo também de toda a comunidade, de toda a família, comunidade perfeita no amor.




 Mas eu quero apenas felicitar a vocês por esse trabalho que estão fazendo de formação de Catequistas, que é um serviço, um ministério talvez o mais fundamental.




 Maria Alves: E necessário!




 Dom Raymundo: Necessário, fundamental das nossas paróquias. Nós sabemos que a primeira catequese deve-se fazer na família, os pais são os primeiros catequistas, deveriam ser, mas nós sabemos que com a crise pela qual passa a família, nem sempre a família realiza essa missão. E por isso cabe à Paróquia, à comunidade completar aquilo que é essa deficiência na família.







A Escola Pública antigamente era mais fácil. Hoje, com essa dificuldade da Escola Pública de dar a religião, ou uma religião convencional, torna-se difícil a proposição (proposta, sugestão),  nem se fala de catequese na Escola Pública propriamente dita.


O Ensino Público antigamente era mais fácil. Quando eu era pároco em Brasília, eu ia às escolas da minha paróquia, reunia as professoras, a diretora, que eram praticamente todas católicas, e às vezes uma evangélica, e ali a gente dava textos, orientava, ensinava a catequese, a catequese mesmo na Escola Pública.





Não estou falando das escolas particulares, estas que são católicas deveriam dar por obrigação, mas não estou falando das escolas particulares, mas a Escola Pública era mais fácil. Hoje tem uma certa resistência, o Estado é laico, o Estado está separado da Igreja, de modo que você não pode dar uma religião convencional, porque estaria violentando a consciência das pessoas. Então tem que ser uma aula light, bastante light, onde se fala de tudo e não se fala de nada, baseado na cultura que a gente está vivendo. Enfim, isso é fundamental.





 Maria Alves: Acho que esta catequese tem a função de resgatar essa catequese que ficou abandonada.




 Dom Raymundo: Sem dúvida nenhuma. É claro, claro!




Isso se a gente conseguir formar uma parte dos professores, ou das professoras das Escolas Públicas. Muita coisa elas vão fazer por conta própria. Porque elas têm a sua liberdade na sala de aula de completar a sua missão. Isto, é claro, não é uma aula de Religião propriamente dita, mas ela poderia passar muitas coisas, muitos valores, através de suas disciplinas, se ela tiver uma boa formação.


 Maria Alves: Saber usar o espírito cristão!







 Dom Raymundo: É, o espírito cristão. Eu acho que vocês estão de parabéns, porque a grande dificuldade nossa é formar discípulos, discípulos de Jesus e missionários. O catequista, o que ele é? Ele é um discípulo, é um missionário que vai formar outros discípulos.







 Maria Alves: A ideia nossa é esta, que sejam multiplicadores.




 Dom Raymundo: Este é o sentido da catequese: ajudar as pessoas a seguir Cristo Jesus, a imitá-Lo, a viver Sua palavra na vida e ser missionário, também, e multiplicar. O que você recebe, não guarda, multiplica, em casa primeiramente, na comunidade, na paróquia.




 Maria Alves: Onde se planta a semente.




 Dom Raymundo: Vocês estão de parabéns! Que Deus abençoe este trabalho de vocês!




 Maria Alves: Veja o senhor, acompanhados pela mãe, temos aqui a presença de dois jovens: o Gustavo, a Gabriela…




  Dom Raymundo: Hoje, interessante é que a maioria dos catequistas, nas paróquias, são jovens, não sei se em BH, mas em Aparecida, onde eu estou, e Brasília, é a mesma coisa, a maioria é dos jovens que vão catequizando todos os jovens. Porque não há melhor apóstolo para os jovens que os próprios jovens.







E vocês, é claro, também têm a sua tarefa, quem é mais maduro já tem outra tarefa. Os adultos também precisam, sem dúvida nenhuma.


Porque houve um hiato aí entre as gerações, digamos aí, as gerações de trinta anos, de quarenta anos ficaram sem formação. Depois do Concílio, propriamente dito, ainda havia alguma coisa na família até os anos sessenta, por aí. A família transmitia alguma coisa; mas depois disso houve um processo de secularização muito grande e a família passou por muitas crises, e ainda passa.


 Maria Alves: Houve uma lacuna, não é?




 Dom Raymundo: E aí houve uma lacuna. Os filhos crescem sem nenhuma formação dos pais, em geral; não digo todas as famílias.




 Maria Alves: Nós comentamos aqui exatamente sobre o que o senhor está dizendo, é que o nosso público-alvo, assim de imediato, que a gente pode alcançar, são os jovens, que ainda têm jeito, e os pais que vão preparar os seus filhos. Se atendermos de imediato este público, estaremos atendendo um público maior.







 Dom Raymundo: É, perfeito! E tem a catequese Familiar, que tem uma pedagogia própria, um manual para os pais e para os filhos. Depois o catequista orienta os pais de como dar a catequese em casa. Não sei se vocês conhecem este método. É chamada a Catequese Familiar. Quer dizer, os pais são responsáveis pela catequese de seus filhos. Mas eles recebem um manual próprio dos alunos e dos pais. E há encontros, de vez em quando, com os pais para orientá-los na catequese, avaliar, acompanhar. Eles se tornam catequistas de seus filhos. Isto é interessante, é importante.







 Maria Alves: Outra ideia é a de que os país sejam convidados pela Igreja, para ajudarem os seus filhos naquilo que ela está ensinando.




 Dom Raymundo: É isso mesmo. Informá-los para que eles também ajudem, apoiem pelo menos.




Parabéns a vocês e continuem firmes nessa missão. É essa mesmo, não é? Nossa, não é? Discípulos e missionários. Como disse o documento de Aparecida: Discípulo e missionário de Jesus, no mundo de hoje. “Ninguém pode ser missionário sem ser discípulo; ninguém pode ser discípulo sem ser, também, missionário”.





Como o Papa dizia:


“As duas faces de uma mesma medalha”. Eu sou discípulo, que uma vez enamorado de Jesus quero, também, comunicar aos outros. Eu me torno missionário.


Mas sem este encontro com Jesus Cristo, sem esta paixão por Jesus Cristo não há missionário. Primeiro tem que se imbuir d’Ele, se convencer d’Ele, acreditar n’Ele; fazer d’Ele o centro da minha vida, para depois comunicar aos outros. Não é isso?


 Maria Alves: Que bom, gente, termos um Arcebispo entre nós. Dom Raymundo Damasceno, para nós é uma honra a gente poder receber o Presidente da CNBB. Quem está recebendo uma visita como esta, que veio dar uma palavra tão incentivadora para nós, como recebemos aqui. Para nós é uma honra e um privilégio.







 Dom Raymundo: Muito agradecido. Podem fazer e aproveitem. Aproveitem e sejam semeadores, também. Não é isto?




Muito Obrigado. Que Deus os abençoe e Nossa Senhora proteja vocês!


 Este jovem está aí firme, que bom, ótimo, vai ser apóstolo de outros jovens, não é isso? De sua paróquia, do seu bairro.




 Fica meu abraço a todos. Não vai dar para cumprimentar a todos, mas fica o meu abraço para todos.




Fiquem com Deus. Que Deus abençoe a todos. Muito obrigado.










Como e de que jeito, o Senhor me quer na sua Igreja?






Paulo foi escolhido por Deus, para evangelizar os pagãos. Eles, eram pessoas não cristãs e que não haviam sido batizadas. Veja a beleza e a grandiosidade da missão. Os pagãos eram discriminados pelos cristãos e inclusive os próprios apóstolos achavam que eles não deveriam receber o Espírito Santo.



Talvez por causa da recomendação que Jesus fizera quando estava entre eles: Jesus enviou esses doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aos territórios dos pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! (São Mateus 10,5).



Dá para perceber na própria escritura sagrada, que essa recomendação feita foi tão somente porque não havia chegado a hora dos discípulos evangelizarem os pagãos. Sabemos que o tempo de Deus não é o mesmo nosso. Ele é que sabe o momento ideal de todas as coisas.



Há uma passagem bíblica que Jesus deu uma visão à Pedro e, só assim, o mesmo pode compreender que os pagãos não estavam excluídos do reino de Deus e deveriam ser batizados.



Tanto é verdade, que o Espírito Santo foi derramado sobre eles mesmos, antes de serem batizados, para que dessa forma os apóstolos se convencessem de que eles eram merecedores do Reino e por isso, não deveriam ser excluídos.



"Os fiéis de origem judaica, que tinham vindo com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado também sobre quem era de origem pagã".(Atos 10,45)



Jesus disse: "Eu não vim, para Condenar o mundo mas para salvá-lo".



Vamos analisar o que disse Paulo:"Em alguns trechos desta carta eu vos escrevi com certa ousadia, a fim de vos reavivar a memória, em virtude da graça que Deus me deu: a graça de ser ministro de Jesus Cristo junto aos pagãos, prestando um serviço sacerdotal ao evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceita, santificada no Espírito Santo".(Romanos 15,15)



É verdade, os pagãos, não eram bem aceitos e a missão de Paulo, além de convencer os Cristãos, era de inserir os pagãos na comunidade cristã, era fazer com que eles sentissem o amor de Deus e mudassem de vida.



No decorrer da caminhada religiosa ficou nítido entre os dois discípulos, Pedro e Paulo, o seguinte: "De fato, o mesmo que tinha preparado Pedro para o apostolado entre os judeus preparou também a mim para o apostolado entre os pagãos". (Gálatas 2,8)



É isso mesmo, Aquele que chama, capacita e envia. Nós, também, no decorrer da caminhada vamos sentindo aonde estamos sendo chamados. É preciso ter a sensibilidade do espírito santo para compreender a missão na qual o Senhor nos chama.



E só vamos conseguir apartir de uma entrega confiante em Deus. Fugindo do pecado, como se foge de uma cobra e buscando a liberdade de uma águia. Alçando vôos na vida espiritual, buscando meditar sempre a palavra de Deus, fazendo anotações no caderno, sobre o que Deus falou e buscando fazer a vontade de Deus em tudo e tendo uma vida de oração profunda.



Pedro foi chamado a evangelizar os judeus, Paulo foi chamado a evangelizar os pagãos.



Como e de que jeito, o Senhor me quer na sua Igreja?



É preciso que nos policiemos e abramos o coração, para que Deus possa curar o nosso interior e assim passemos a escutá-lo, fazendo uma caminhada espiritual.



É preciso adentrar no caminho espiritual pois, nossos pensamentos racionais, interferem no nosso intelecto e nos impede de ver e ouvir da forma como Deus quer nos falar.



Que Deus na sua infinita bondade vá nos indicando o caminho a percorrer.



Augusta Moreira dos Santos

Resposta Católica sobre as Aparições Marianas







Resposta Católica sobre as Aparições Marianas





Visão e Aparição são fenômenos semelhantes. Pois, tudo que se vê é porque apareceu, e tudo que aparece é visto. Mas, a título de diferenciação pode-se considerar que aparição é quando o ser celestial está realmente presente no local em que é visto. E visão é quando apenas uma imagem do ser está ali no local, ou é visto em sonhos, por exemplo. 





As visões geralmente se dão em sonhos, mas, também podem acontecer em momentos de profunda oração (estando de olhos abertos ou não). Já as aparições podem acontecer a qualquer momento, mas, geralmente é em momento ligado à oração, espiritualidade, ou tribulação na fé. Sempre são para reforçar nossos ânimos e nossa confiança em Deus. Sempre se dá de olhos abertos.





Visão (o ser não desceu do céu, só é uma imagem visual que o representa e o faz como que estivesse ali): De Daniel, Ezequiel e outros profetas bíblicos (Dn 7, 1-14; Ez 1), Do Anjo a S. José (Mt 1, 20-21), a de Estevão com o Pai e o Filho (At 7, 54-56), de Jesus diante de Paulo (At 9, 1-9), João Evangelista no Apocalipse (Apocalipse todo),demais visões com Maria e Jesus…





Desde a Bíblia, várias são as visões que falam de céu, e de acontecimentos futuros. As aparições e visões de anjos são relativamente freqüentes principalmente no Antigo Testamento, mas também, no Novo Testamento.





Desde Gêneses temos visões e aparições de Anjos aos servos e servas de Deus. Temos as visões celestiais de Isaías (Isaías 6, 1-7) e as visões e aparições a Daniel (Daniel 7, 1-14) e Ezequiel (Ezequiel 1). Existem ainda, as visões do Apóstolo São João Evangelista que são narradas em todo o Apocalipse. São João vê o Inferno Eterno (Apocalipse 20, 10.13-15; 21:8) e vê a Cidade Santa, o Paraíso, ou seja, a Jerusalém Celestial (Apocalipse 21, 9-27; 22, 1-5). Até Moisés contemplava a Glória de Deus (Êxodo 20, 18-22; 24, 15-18; 34, 28-35). Certa vez, ele, junto com Arão e outros anciãos, contemplaram a Glória de Deus (Êxodo 24, 9-11).





O próprio Jesus aparece em Luz Gloriosa a São Paulo (Atos 9, 1-9; 26, 12-16). Daniel teve uma visão com Jesus (Daniel 7, 13-14), e São João Apóstolo teve várias visões de Jesus Glorioso (Apocalipse 1, 10-19; 4, 1-11; 5, 6-10; 14:1; 19, 11-16).





Mas, existem ainda Visões dadas por Jesus, após a conclusão dos Escritos Sagrados, que vêm confirmando, e em nada alterando, as visões bíblicas e suas simbologias, por isso são aceitas pela Igreja Católica (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 67; Joel 3, 1-2; Atos 2, 14-18; Apocalipse 22, 18-19). São as chamadas Revelações Particulares! Particulares porque visam a conversão do próprio vidente e de sua comunidade. Mas, claro, sempre acaba chamando toda a humanidade a conversão.





Na verdade as visões com Maria, a Mãe de Jesus Salvador, começaram desde a Bíblia com o Apóstolo São João Evangelista, que vê a Mãe do Salvador no Céu, glorificada por Deus (vestida de sol) e coroada por Ele (Ap 2:10; 12, 1-17).





Alguns questionamentos básicos sobre as visões e aparições (reconhecidas):





1º - É o demônio disfarçado?





R.: De fato o demônio pode se disfarçar sim de espírito de luz (2 Cor 11:14). Mas, pelo menos nos casos de visões e aparições reconhecidas pela Igreja, isto não aconteceu. Mas, como saber? Um demônio jamais exaltaria a Jesus voluntariamente! As palavras de Maria sempre foram de exaltação a Cristo como Deus e Senhor nosso:





“…A intenção do meu todo-poderoso e Altíssimo Filho…” (Em Caravaggio)





“…Vá antes a Festa da Ascensão de Cristo na capela…” (Nossa Senhora de Montagnaga (Itália)





“Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente…” Palavras do Anjo que precedeu às aparições de Maria em Fátima, aos três pequenos pastores.





“Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.” Trecho da oração deixada por Jesus a Santa Ir. Faustina na Polônia (anos 30)





2º - É invenção da Igreja Católica para seduzir fiéis e lucrar?





R.: Não. Porque a Igreja Católica é a última a reconhecer, e a primeira a não crer logo de imediato, se houve ou não uma manifestação divina em tal local.





3º - É mentira dos videntes?





R.: Com certeza não. Porque suportaram zombarias, perseguições e até ameaças de morte para negar o que estavam afirmando, e mesmo assim não retrocederam. E outra, todas as profecias anunciadas se cumpriram tal qual os videntes diziam que Maria ou Jesus lhes estava dizendo.





4º - São delírios?





R.: Todos os videntes passaram por avaliações rigorosas de psicólogos e psiquiatras céticos (só crêem na ciência). Estes diagnosticaram os videntes como pessoas normais.





5º - São novos ensinamentos (Gl 1:8)?





R.: De forma alguma. Não é ensinada nenhuma Doutrina. Não se muda nada dos ensinamentos bíblicos. São mensagens de conversão, penitência e de acontecimentos futuros que têm ligações diretas com as profecias bíblicas dos fins dos tempos.





manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Dei Verbum, 4). A mesma Igreja aprecia e julga as revelações privadas seguindo o critério de sua conformidade com aquela única Revelação pública.





Assim, se a Igreja aceitou a mensagem de Fátima, é sobretudo porque esta mensagem contém uma verdade e um chamamento que, no seu conteúdo fundamental, são a verdade e o chamamento do Evangelho.»





6º - São para adorar Maria?





R.: Maria não pede que os videntes ou demais presentes a adorem. E nem os videntes fazem isso. Quando ficam de joelhos diante dela é uma atitude em respeito a Mãe do Nosso Salvador. Ajoelhar-se ou prostrar-se com o rosto por terra, diante de pessoas, por respeito, e não por adoração, é prática correta e normal na Bíblia (Gn 18:2; 33:3; 37:9…).





7º - Porque ela aparece em grutas algumas vezes?





R.: A gruta é como se fosse uma capela natural, até mesmo pelo formato natural de áboboda, cúpula. É escura mais com a Luz celeste das visões se ilumina, assim como a vida de muitos. É para lembrarmos que se nossa vida estiver em trevas, a luz de Deus vem para clarear tudo.





Bem, passando por todo o rigor de autenticidade visto acima, se pode dar crédito às mensagens e profecias que geralmente acompanham tais fenômenos divinos, e que nada têm a ver com espiritismo, nem com adivinhação. Deus pode revelar o futuro a seus servos sim, mas, quando Ele quer e quando se trata de assuntos vitais para a humanidade e a Salvação, e que seja sobre o Evangelho e adoração a Deus (CIC 2115).





Fonte: A fé explicada

Almoxarifado da Alma-Como a Cura Interior Acontece








Quando se percebe que há muitas moscas, decorrente ao lixo depositado nas ruas, o que é mais importante: retirar todo o lixo ou espantar as moscas?



Por muito tempo, as pessoas deram maior ênfase às moscas do que ao que as atraía e, assim não era solucionado o problema.



Da mesma forma fazemos na nossa vida. Damos ênfase aos problemas, mas não vamos na raíz do que originou tais problemas.



Passei a observar isso na minha vida e então por um impulso divino comecei a participar de inúmeros retiros de cura interior.



A cada dia me encantava com a palavra de Deus e, através dela e da adoração ao santíssimo, o Espírito Santo foi iluminando o meu interior e mostrando coisas que antes não percebia.



Tive a ajuda de pessoas amigas e pude voltar a minha história de vida, ir nas feridas dolorosas.



Em Isaías 61,1 diz: "O espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu. Enviou-me para levar a boa nova aos pobres, para curar os de coração aflito anunciar aos cativos a libertação, aos prisioneiros o alvará de soltura;"



Esse versículo, meus irmãos, trata-se da cura da alma ou cura interior. São situações mal resolvidas dentro de nós e que precisamos enfrentar para sermos curados, para termos o alvará de soltura. O direito da liberdade.



Deus quer tratar com situações que estão armazenadas no nosso inconsciente, no nosso consciente e até mesmo no sub-consciente, pois precisamos nascer de novo. Ter uma mente transformada, pois no céu não vai entrar ninguém cheio de defeitos.



Está escrito: nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. (1 Coríntios 2:9).



Para entendermos melhor, o processo de cura que Deus quer realizar em nós, vamos pensar como se fôssemos um computador. É a linguagem atual, para compreendermos, afinal, na época de Jesus, predominava a agricultura e as pastagens, então Ele usava comparações para que as pessoas assimilassem, bom pastor, ovelhas, campos, etc.



E nós vamos usar a linguagem da computação. Vamos lá?  As situações que estão armazenadas no nosso inconsciente, consciente e até mesmo no sub-consciente, são como pastas armazenadas dentro de um HD (linguagem da informática), onde são arquivados.



I  - O QUE É A ALMA



Tomando-se por base as três dimensões do homem: corpo, alma e espírito ( cf. I Tes 5,23), a alma é a parte imaterial do homem, que possuem três portas de entrada denominadas de: Mente, Emoções e Vontade.



Na nossa mente existe uma parte a qual chamamos de consciente, que é a qual temos conhecimento, e uma outra parte inconsciente que corresponde a 90% do seu total.



Então, como pôde perceber recordamos apenas 10% do que acontece conosco, o restante fica arquivado em nossa inconsciente. Podemos dizer que:



a. Na nossa mente (Almoxarifado da Alma); Estão os acontecimentos  registrados de situações que vivenciamos em um determinado período de nossa vida, são lembranças desagradáveis ou não, sonhos bons ou pesadelos, algo que teve origem pela visão, audição tato, paladar olfato; No nosso inconsciente estão situações que não temos conhecimento de ter ocorrido em algum momento de nossa vida.



No consciente, aquilo que lembramos.



No subconsciente; Situações que estão armazenados na mente impossibilitados de ser lembrados, a não ser  através de sonhos ou por uma manifestação espiritual. (Divina ou satânica).



b.  Emoções (Pastas de Armazenamentos) onde estão os sentimentos,  ressentimentos, rejeição, auto-piedade, depressão, culpa, medo, ódio, complexo de inferioridade, auto-condenação, Desanimo, tristeza, e senso de desvalor e etc.



c.   Vontade – é atingida por acontecimentos agravantes como: o abuso sexual, a morte de um querido parente, a separação dos pais, uma doença séria, a perda do emprego, traumas, fracassos e desencontros diversos.



Temos arquivos que precisam ser alterados, editados, etc.



Ex: Quando analisei a vida do meu pai, ele passou de réu para vítima, pois descobri que ele não me deu amor, porque não recebeu, além de ter sido rejeitado no ventre materno, pois minha avó o teve quase aos cinquenta anos e tinha vergonha e papai era mulherengo. Depois de analisar a minha história compreendi.



Então, alterei o arquivo. Ao perdoar papai e compreender o ocorrido, não sinto dor ao lembrar desse  passado.



Assim,  precisamos passar por um processo de cura interior por meio da oração, e de um processo de conscientização da nossa situação, afim de sermos completamente curados.



A pessoa que ainda não passou pelo processo de cura, ela age de forma carnal, é como se estivesse cega e surda.



Por exemplo, já fui muito ambiciosa, tinha dó daquilo que dava para a minha família, já deixei animais em beira da estrada para ficar livre deles. Meu coração estava endurecido. Só via o que me interessava. E mesmo fazendo o mal, não percebia. Não entendia. Por mais que visse bons exemplos, era ambiciosa e avarenta. Só passei a enchergar as coisas claramente quando desejei a cura e gradativamente no decorrer dos anos, ela foi acontecendo na minha vida.



E finalmente, agora, a palavra de Deus, arde dentro de mim. Ela fala comigo e tem me curado. Foi muito importante ter passado por acompanhamentos de pessoas na Igreja, onde me escutaram e Deus foi realizando sua obra.



Os apóstolos não ouviam e nem enxergavam, apesar de ver os milagres, é, que, o Espírito SAnto não tinha sido derramado sobre eles e também, porque ainda não tinham sido provados, para assim, vivenciar e entender o amor do pai. Só depois a compreensão veio. Portanto, somos carnais e precisamos viver as coisas d pai celestial que é Espírito. Deus é espírito e precisamos viver no Espírito, ligado em Deus, para compreender o que Ele fala.



Quando ocorre a cura interior, passamos a orar mais, a vivenciar o evangelho, a compreender a palavra e assim passamos a enxergar coisas que não percebíamos em nós. Aqueles defeitos ocultos nos são revelados e o Senhor vai mudando a nossa história.



Veja a dificuldade dos discípulos: "Jesus os advertia, dizendo: “Atenção! Cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”.Os discípulos começaram então a discutir entre si, porque não tinham pães. Percebendo, Jesus perguntou-lhes: “Por que discutis sobre o fato de não terdes pães? Ainda não entendeis, nem compreendeis? Vosso coração continua incapaz de entender? Tendo olhos, não enxergais, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais?" Jesus, então os recordou da multiplicação dos pães.



 A cura interior é a renovação da vossa mente, das nossas emoções e das nossas vontades.



1-Caracaterísticas de  pessoas que possuem feridas na alma e que têm tendência de:



Racionalizar todas as situações.

Sentir prazer no infortúnio do outro,desqualificar o sucesso do outro,não ter sonhos, aspirações,desconfiar sempre e de todos, ser viciado em remédio, ciumento, triste ser risonho demais, comprar compulsivamente, possuir dinheiro e não usufruir dele,gastar o que não tem,ter dificuldade para dizer não, sentir-se sem mérito, diante de elogios, viver sob angústia, ter vontade enfraquecida, pensar que o mundo arquiteta contra si, ter timidez exagerada,não ter prazer sexual no casamento,masturbar-se compulsivamente,ter rejeição, etc...



Talvez a mãe ou o pai tenha lançado palavras de maldição sobre os filhos, chamando-os de burro(a), prostituta, gay; dizendo que os filhos não deveriam ter nascido, não prestavam para nada, não valiam nada, não iam dar para nada.



Palavras geram traumas. Palavras são sementes que  uma vez semeadas pela nossa família ou autoridade, começam a crescer e a dar frutos através de nós. Palavras que amaldiçoam: Você nunca vai prestar pra nada, Você é pobre, nunca vamos sair desta. Você é um burro, nunca vai conseguir nada. Você vai virar uma prostituta se continuar assim. Você e um drogado e vai morrer assim.



Talvez tenha carência afetiva. O pai e/ou a mãe nunca lhe disseram que o amava, nunca lhe fizeram carinho e centenas de outros casos.



2- Temos a tendência a ter mecanismos de defesa quando estamos feridos. Ex:



Isolamento: Tenta viver sozinho no meio da multidão.



Projeção: Quando a pessoa atribui os aspectos ou qualidades que possui para outra, por não querer reconhecer ou puxar o fato para si mesmo. Por exemplo, a crítica, a desqualificação, a culpa aos outros.

Baixa auto-estima, sentimentos de desconfiança, sentimentos negativos profundo sentimento de culpa, etc.

Esconder os próprios defeitos: Olhar para o pecado dos outros pode ser indício de esconder o próprio.



Negar o perdão de Deus: Muitas pessoas, depois de confessar os seus pecados, continuam pensando que Deus não as perdoou. Os erros do passado voltam de vez em quando as suas mentes.



Como curar essas feridas?



Na verdade, irmãos, a cura interior acontece quando a gente se converte. Quando decide por Cristo. Quando já não quer mais saber de vida velha. Quer mudar, ser transformado. Aí sim, as coisas mudam.



Pois o coração deste povo se endureceu, e eles ouviram com o ouvido indisposto. Fecharam os seus olhos, para não verem com os olhos, para não ouvirem com os ouvidos, nem entenderem com o coração, nem se converterem para que eu os pudesse curar’. (São Mateus 13,15).



Pois, é, precisamos querer a a cura, querer uma vida renovada e transformada!



Admitindo que precisa de cura, acreditar que qualquer comportamento limitador pode ser modificado, entrando em contato com as lembranças dolorosas. - Externar lembranças dolorosas e comportamentos limitadores.



A porta para a cura é o perdão.Sem perdão não há cura interior.



Em João 8:32 "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".



Portanto, somos do entendimento, após passar por vários retiros, como o Curados para Amar, Tecendo o Fio de Ouro e tantos outros, de que devemos analisar a história de nossa vida, descongelando o passado e ordenando para o amor.



Que Deus conceda a graça, a cada um de nós, do autoconhecimento e da cura interior.



Augusta Moreira dos Santos

Grupo de Oração São Francisco de Assis

Vazante-MG




segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Vocês sabem como Jesus pregava?

Reflexões Franciscanas



(...) "Não há um modo de pregar a Palavra de Deus. Não existe. Disse: “Ah, pregue como Jesus”. Vocês sabem como Jesus pregava? Não sabem. E nós sabemos, tentamos ser um eco dele. Pregar como São Paulo pregava. Ele, aliás, não era grande orador, mas um grande comunicador. Apolo que era também pregador do seu tempo, era bem melhor. 





Mas pregar como Paulo, como? Catorze cartas ou escritas por ele ou de alguém do lado dele. Mas de qualquer forma catorze cartas. 





Pedro que pregava do jeito dele, medroso, pescador ruim, nunca pegou nada. Toda vez que Jesus pedia o peixe, ele dizia “não pegamos nem rabinho” (risos). Ainda bem que ele não era pescador mentiroso. Para o mentiroso, sempre o maior peixe escapa. ... né? (risos). Na força da palavra de Jesus é que ele conseguia pregar. 





Quando veio o Espírito Santo, Pedro mudou, mas se converteu de uma tal forma, que era quase impossível pensar que fosse o mesmo Pedro que estivesse lá falando. E era. Morreu do mesmo jeito que Jesus. Crucificado em Roma. Ele sendo judeu foi morrer naquele tempo no centro de maior convergência da cultura da época.





Nossa Senhora pregou muito pouco. Mais como exemplos do que palavras, sendo Mãe de Jesus. Nós conhecemos a linda fala dela no Magnificat: “Minha alma engrandece o Senhor...”. Conhecemos alguns outros dizeres dela: “fazei tudo o que Ele vos disser”; “filho por que fizestes isso conosco? Nós te procurávamos. 





Estávamos tristes”; “eis aqui a escrava do Senhor...”; aquela que quer servir somente. E terminou-se a pregação dela no exemplo. No exemplo de estar junto de Jesus em todos os momentos importantes, inclusive da sua crucificação e morte.





 Então, hoje, meus caros freis franciscanos cabe a levar essa missão de pregar a Palavra, mas com a Palavra vem a sede de conseguir o que ela promete, que é a graça, assistência, o alimento espiritual de que nós precisamos dia e noite: o perdão. 





O perdão é a maior graça que Deus nos possa conceder. E o padre diz: eu, em nome de Cristo, ou nome da Trindade mesmo, te perdôo. Aliás, ele diz: “em nome, pela força, pela autoridade do Pai, do Filho, assim te abençôo, assim vos uno em matrimônio, e assim vos unjo para retornarem à saúde ou para se poderem apresentar santos diante de Deus.





Enfim, o nosso querido pároco, o vigário paroquial e seu auxiliar, o nosso caro Frei Plínio, não estão aqui fazendo experiências – a experiência eles já trazem da sua vida, já trazem da confiança do próprio Ministro Provincial, que neles confiou –, mas a trazem do exercício anterior e trazem especialmente daquilo que nós chamamos de carisma franciscano. 





Eu não vou explicar para vocês o que é o carisma franciscano. Por que é aquilo que faz um franciscano ser parecido com São Francisco. Não só no hábito. Porque São Francisco parece que se vestia mais ou menos desse jeito. Mas em todo caso é um desejo de imitar São Francisco. 





Imagine imitar Santo Antônio, pregador dos maiores de todos os tempos! O próprio São Boaventura, quando ele traça o itinerário da mente até Deus, é a coisa maior que a pessoa pode chegar na sua aspiração humana. E são esses os mestres deles! Depois de Cristo e de Nossa Senhora, que nos aqui chamamos de Boa Viagem. E não é Boa Viagem para atravessar a Rocinha, mas para chegar no céu. Essa aqui (Rocinha), também, atravessando por ela chegar ao céu.





Então, eles trazem essa espiritualidade, que chamamos também de franciscana e vão contagiar vocês!. Vocês vão ficar todos afranciscanados (risos). Ou enfranciscanados. Olha, maior elogio que se poderia dar a este povo. Já são parecidos com São Francisco, porque aprenderam dos seus mestres, dos seus diretores espirituais, do seu pároco e do seus auxiliares.(...)





Parte da Homilia do Cardeal Dom Eusébio Scheid


http://www.franciscanos.org.br/noticias/noticias_especiais/rocinha_011007/01.php

O que é o "Carisma Franciscano"? Por Frei Carlos Guimarães, OFMConv.



Reflexões Franciscanas



Quando se fala de Carisma, antes de qualquer outra coisa, deve-se necessariamente reportar a São Paulo (1Cor 12-13), a partir do qual se pode estabelecer que os carismas são dons do Espírito Santo conferidos aos eleitos, ou seja, aos batizados, para que a Igreja, ao longo dos tempos, possa eficazmente realizar a sua finalidade principal: levar os homens à salvação e ser uma presença clara e atuante de Jesus Cristo no mundo.



E o valor destes dons é sempre o bem comunitário posto a serviço de todo o Corpo Místico, de forma que cada um de seus membros recebe, além da justificação batismal, uma graça destinada a torná-lo co-responsável por sua atividade pessoal, pela salvação de todo o corpo: “carismas diferentes, de acordo com a graça que Deus concedeu a cada um... e conforme o impulso da fé” (Rm 12, 6).



Assim sendo, cada batizado possui a capacidade para ser transformado em instrumento do e pelo Espírito Santo, para cumprir uma tarefa específica na manifestação do Reino de Deus e edificação/ atualização da vida de sua Igreja, em tempos determinados, atendendo a necessidades determinadas do povo de Deus.



Conformando-se às disposições humanas de cada batizado, o Espírito Santo orienta a vocação geral de todo cristão para a santidade e para o apostolado, para este ou aquele serviço; e isto se dá no momento propício – geralmente marcado por uma mudança radical e dolorosa de vida: a conversão – em que o cristão se abre plenamente à graça do mesmo Espírito que o conduz a uma missão importante e única a favor de toda Igreja.



Em certos momentos da história da humanidade, o Espírito suscita pessoas específicas para, por meio de uma profunda experiência com Deus, trazer vida nova para a sua Igreja e para o mundo, relembrando-os de algo esquecido ou chamando sua atenção para um aspecto novo ou negligenciado de sua caminhada.



A partir deste ponto, o convertido realiza uma singular experiência evangélica que o faz abandonar tudo que antes lhe era agradável, para se conformar com os apelos que o Espírito faz em seu interior. E isto ocorre com tal intensidade que seu novo modo de viver e agir e seu exemplo vibram como uma nova proclamação do Evangelho, uma nova visão da Palavra de Deus, que transcende os limites pessoais e afetam as pessoas a sua volta, convocando-as a fazer a mesma experiência.



O convertido consegue fazer com que o grupo participe de seu carisma pessoal que, desde este momento, passou a ser meta e orientação para o próprio grupo. O convertido transforma-se em referencial para toda uma geração de seguidores, converte-se em fundador de toda uma maneira própria de ver o homem e o mundo.



É nesta dinâmica que se dá e que se deve procurar apreender a experiência pessoal de São Francisco de Assis, que culmina na gênese e na construção do Carisma Franciscano.



Fonte: http://www.reflexoesfranciscanas.com.br/2011/07/o-que-e-o-carisma-franciscano.html





Há muitas pessoas que guardam ira e raiva de si mesmas.







RAIVA CONTRA MIM MESMO


Há muitas pessoas que guardam ira e raiva de si mesmas. 





Essa raiva impede, literalmente, de que elas sejam felizes. Essa raiva pode ter origem em várias coisas, como por exemplo: alguém que tem complexo de inferioridade ou complexo de feiúra; pessoas que tem uma baixa auto-estima; pessoas autopunitivas; pessoas que exigem excessivamente de si no processo de santidade, mas que caem frequentemente no pecado etc. 





Todas essas situações podem gerar no portador uma grande ira por si mesmo. 





Se não for detectada e curada, essa ira colocará em risco todo o projeto de amor que Deus tem para essa pessoa. Quando Satanás descobre que temos essa raiva e revolta contra nós, ele começa a ser o nosso conselheiro. 





Veja quais são os seus conselhos: se você tem complexo e raiva por se achar feio, ele diz: “você é feio mesmo”, “todos estão te olhando e rindo de você”, “ninguém quer namorar contigo” etc; se você tem uma baixa auto-estima, ele te diz: “você não conseguirá”, “você é um(a) fracassado(a)”, “você é inferior” etc; se você vive com raiva de si mesmo porque tenta fazer a vontade do Senhor, mas acaba caindo novamente no pecado, ele te aconselha: “você nunca vai conseguir”, “você não merece perdão”, “para você não tem mais jeito” etc. 





É assim que ele age. Ele usa sua raiva e sua fraqueza contra você mesmo. 





Mas veja o que Deus diz ante os nossos complexos: “você não é feio, pois você foi criado a minha imagem e semelhança”, “não és inferior, pois por ti eu troco reinos porque és precioso aos meus olhos”, “se caíste mil vezes, mas estais arrependido, então mil vezes eu te levantarei, pois foi para isso que vim”. Essas são as Palavras do Senhor. Palavras de ânimo e de Cura.





Postado por Comunidade Católica Renascidos em Cristo 

domingo, 12 de agosto de 2012

Homenagem que Edna & Cida Moreira fazem no dia dos Pais

Minhas duas irmãs, Edna e Cida Moreira, juntamente com meu sobrinho Heber, filho de uma delas, a Cida, homenageiam nosso pai, Mário Moreira dos Santos, com uma música que ele gostava muito. Ele já faleceu e faz 09 anos. Augusta(criadora do blog São Francisco)



Ouçam:






Dia dos Pais!De réu, papai passou para vítima no processo que abri da minha vida.









Hoje, dia dos pais, fiquei a pensar que deveria escrever um artigo a respeito, mesmo porque tenho escrito tanto e não poderia deixar um dia como este passar em branco. Mas, escrever o quê? 





Isso me assustou, porque normalmente escrevo o que sinto e o que sinto no momento não é saudade e nem tristeza, nem tampouco alegria. Me sinto normal. 





Normal? Vede, o meu inconsciente está me enganando. Sinto, que poderia sentir saudade, ou que poderia ter sido muito amada pelo meu pai. Sinto que minha história de vida do passado poderia ter sido diferente se tivesse tido o abraço caloroso de meu pai, se tivesse recebido a correção explicativa na minha vida do meu pai. Mais uma coisa é certa não sinto mais dor por não ter recebido uma vida paterna coerente com o projeto de Deus na vida de meu pai e na minha.





Hoje, percebo que ordenei o meu passado paterno para o amor.





Meu pai, faleceu à 09 anos atrás. No dia do seu entenrro prestei vestibular. E passei em penúltimo lugar. Era um dia chuvoso, mas centenas de pessoas foram ao velório dele. As pessoas estranharam aquele fato. 





Como pode alguém prestar vestibular no dia do enterro do pai? Eu podia, porque a minha história com papai tinha sido quase resolvida. Eu o havia perdoado! Sim, foi uma decisão de perdoá-lo, para ser feliz e para ter a consciência tranquila. Afinal, uma serva do Senhor, não poderia deixar de perdoar alguém, senão estaria jogando todo o trabalho missionário fora.





Havia depois de 12 anos de caminhada religiosa, perdoado papai. Naqueles doze anos fui passando mertiolate na ferida, dia após dia. Dando testemunhos nos encontros de casais, nos encontros de jovens, na renovação. As pessoas choravam comigo. Me emocionava demais ao dar o testemunho.





Hoje, sequer falo sobre isso, aliás, depois de anos, estou escrevendo, porque parei de falar, simplesmente pelo fato de que já não mais incomoda.





Papai era mulherengo! Eu com 15 anos de idade comecei a fazer a despesa de toda a família. Tive uma infância muito pobre. Aos nove já trabalhava de doméstica e comprava meu material escolar. E não tivemos brinquedos, não tivemos o afeto como gostaríamos, afinal éramos nove irmãos.





Faltou carinho, faltou brinquedos, faltou comida. Faltou diálogo. Mas isso realmente hoje não me incomoda. Foi um processo diário de cura. É óbvio que não estou totalmente curada, mas não sinto dor pelo meu passado e isso é excelente. A cura é até o final da vida.





Como disse anteriormente havia perdoado papai, mas não entendia porque ele não agiu corretamente com a gente. E um dia fazendo um REtiro "Tecendo o Fio de Ouro", entendi. É que meu pai não foi amado quando criança. Sua mãe o teve quase aos 50 anos de idade. E naquela época era vergonhoso ter filhos quando idosa. 





Então vovó escondia a barriga. Ela rejeitou os dois filhos no ventre(eram gêmeos). Daí meu pai por ter sido rejeitado, não soube ser um pai carinhoso, um pai responsável. E procurou em outras mulheres, aquela mãe que o havia rejeitado.





Finalmente depois de anos, analisando a vida do meu pai, o Espírito Santo me revelou que o papai foi uma vítima de sua própria história. Papai, de réu passou para vítima. E pude declarar meu pai absolvido.





Senti muito alívio e neste dia dos pais, testemunho isso. Sim, dou meu testemunho! Ninguém pode dar aquilo que não tem. Como meu pai me daria amor se não recebeu?





Hoje, não sinto dor. Foi anulada essa sentença negativa na minha vida. De réu, papai passou para vítima no processo que abri da minha vida.





Por isso, não podemos congelar o nosso passado. Aliás, é preciso abrir um processo e analisar o passado da nossa vida. E através da luz do Espírito Santo, ao descongelar esse passado, vamos descobrindo o que de fato ocorreu e assim podemos mudar a sentença da nossa vida, ordenando a vida de sofrimento para o amor.





Li no blog da Canção Nova o seguinte: "A experiência positiva com o pai é libertadora, gera vida, esperança, destemor. Quem pôde experimentar o amor atuante - mas ao mesmo tempo exigente - de um pai testemunha que [amor paterno] é fonte segura de coragem e ousadia para seguir rumos aos desafios da vida".



Li também:"As lições de vida, as histórias dos antepassados, os casos contados em família são algumas das lembranças positivas que permanecem na mente de quem já não pode dar um abraço em seu pai, no dia que é dedicado a ele. Saudade é sinal de que houve amor, doação, presença e, por isso, também é bem-vinda".



Por isso, é importante, fazermos o processo da nossa vida. Ordenar o passado para o amor, para que a gente não faça outros pessoas sofrerem.





Viva o dia dos pais. Viva o meu pai, que ia aos domingos no azilo visitar os velhinhos. Que ficava no alpendre cantando, com o seu violão e toda criança que via na rua presenteava com uma balinha. Eram qualidades, que todos reconheciam nele e hoje, reconheço também.





Louvado seja Deus!





Augusta Moreira dos Santos


Vazante-MG