sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Carisma de fundação das Novas Comunidades -12º Congresso Mundial das Novas Comunidades






Nós estamos vivendo as “dores de parto” de uma nova época. Olhamos o mundo no final do século XX marcado pelas dores da humanidade, e estamos iniciando um novo século com dores e feridas. São “dores de parto” porque nasce um novo tempo. Não nos assustemos, mas respondamos com ousadia a essas dificuldades. 





O Espírito Santo interviu na Igreja e começou a dar um novo vigor a Igreja, uma “nova primavera”, como disse João Paulo II, surgindo assim os novos Movimentos Eclesiais, as Novas Comunidades. 





Nas nossas Comunidades, não pelos nossos méritos, Deus começou a dar uma inspiração nova para darmos uma resposta com ousadia aos desafios dos tempos de hoje. 





Nesse tempo em que a humanidade geme e sofre devemos ser esse sinal luminoso da beleza de Cristo. Onde impera o desamor, Deus fez e faz brotar carismas novos, as Novas Comunidades. 





De onde vem a vida e a força das Novas Comunidades? É o Espírito Santo que dá essa força através do carisma de fundação das Novas Comunidades. 





O que é um carisma de fundação? É aquele carisma que fez nascer, que deu origem à comunidade. E como ele se manifesta? É um dom de Deus, não é dá carne, é Deus quem dá a quem Ele quer de acordo com a necessidade que a Igreja tem para cada tempo. 





Fundador é um dom, uma graça. É Deus que se revela a uma pessoa e ela vai encarnando na vida essa experiência de Deus, esse seguimento a pessoa de Jesus. A maneira com que ele vive essa experiência vai atraindo outras pessoas. Carisma originário é isso, uma forma particular de viver o evangelho que vai gerando um estilo de vida, que trás uma característica diferente, uma forma particular de serviço em favor da Igreja e da humanidade. 





Carisma é novidade, tem sempre uma forma nova, pois Deus não repete. O carisma de cada comunidade é diverso, pois Deus é criativo, faz tudo novo. Essa novidade gera afinidade espiritual e gera a comunidade. 





Nosso Deus é concreto, real, apesar dos nossos limites Deus vai revelando o carisma de fundação. A maioria dos fundadores nunca pensaram em ser fundador, “eu nunca pensei em ser fundador”. Fundador não nasce em gabinete, ele é gerado por Deus. Somos envolvidos por Deus que vai se revelando e pouco a pouco vai gerando fecundidade, paternidade espiritual, como disse João Paulo II. 





O fundador é aquele que inicia dando a sua vida. Quanto mais o fundador e os primeiros dão a sua vida como o mistério da cruz, o carisma vai transbordando e gerando uma família espiritual que vai sendo impulsionado para a missão. Uma Nova Comunidade não existe para si mesma, é gerada por Deus para ir em busca desses jovens que estão feridos, de um povo ferido que desconhece a alegria da vida, que desconhece Jesus Cristo, por isso Deus gera as Comunidades para a missão. 





Uma das características das Novas Comunidades estarem inseridas na Igreja. 





É para isso que fomos visitados, é para isso que nascem comunidades no mundo inteiro, há um propósito divino para as Novas Comunidades, através delas os homens podem fazer um caminho com Cristo que faz gerar famílias novas. É belo ver nas Novas Comunidades os vários estados de vida: famílias novas, sacerdotes novos, celibatários. Deus está gerando homens novos que querem dar suas vidas juntas testemunhando a esse mundo que Cristo está vivo, e que tocamos Jesus. 





Sejamos a luz do carisma recebido, sem querer imitar ninguém, pois o carisma é único. Deus está gerando uma realidade nova para servir a Igreja esse carisma é para o bem da igreja. A comunidade só tem sentido se ela estiver embelezando a Igreja. 





Moysés Azevedo 


Fundador da Comunidade Católica Shalom





Fonte: Canção Nova




Decisão pela amizade com Cristo-Moysés Azevedo









O Papa Bento XVI, quando veio ao Brasil, disse: "Só quem reconhece Deus conhece a realidade e pode responder a ela de modo adequado e realmente humano". Em outra passagem no livro Jesus de Nazaré que ele escreveu, ele diz: "O homem só se entende a partir de Deus e só quando vive na relação com Deus sua vida é correta".





Tudo o que é humano e, portanto, a amizade também, só pode ser entendida a partir de Deus. Eu gostaria de falar de duas coisas. Em primeiro lugar, abrir o coração e minha vida, a partir da realidade fundante da minha vida e da amizade.





A minha família era tradicionalmente católica e minha mãe era – e ainda é – uma mulher muito temente a Deus e engajada na Igreja. Minha mãe queria muito ter um filho. E como ela era engajada na Igreja, fez um acordo com Deus: "Senhor, se tu me deres um filho, eu o consagrarei a Ti". 





E então ela teve a primeira gravidez e nasceu uma menina. Ela acolheu alegremente, mas continuou pedindo um homem. Passou-se outro ano, ela engravidou e nasceu a segunda menina. Passaram-se três anos e nasceu a terceira filha. Ela continuou a rezar, e depois de 12 anos engravidou e teve a quarta menina. Um ano depois nasceu a quinta menina. Passaram-se seis anos, ela tinha 43 anos, ela engravidou e eu nasci.





Eu não gostava muito dessa história na minha adolescência, porque por meio de minhas amizades não tão favoráveis comecei a me afastar da Igreja, de Jesus Cristo e a querer ser amigo do mundo. Eu disse a minha mãe: "A promessa é sua, mas a vida é minha". Com um pedido, ela realmente silenciou. 





Eu conheci uma amiga, e ela me disse: "Queria te convidar para a gente passar um final de semana fora". Eu disse: "Vamos, vamos!". Mas ela disse: "É o seguinte; nessa semana é num convento, num retiro de jovens". Eu disse: "Tô fora".





Meus pais permitiram eu me afastar de Deus, mas não permitiram que eu faltasse à Missa: "Enquanto você morar aqui, Missa com a família aos domingos, às 6 horas da manhã". Era o fio invisível que me mantinha unido a Deus. 





Mas quando essa minha amiga insistiu, ela usou de uma sabedoria também. "Moysés, é o seguinte. Esse evento é o máximo. Você tem que preencher uma ficha, e muita gente está buscando participar. Minha ficha, faz um ano que eu a fiz". Ela fez minha ficha, passou-se um ano e na hora do intervalo no colégio, ela me disse: "Você se lembra daquele encontro?". Eu lembrava, mas disse que não. Ela disse que havia chegado a ficha dela. Aí eu disse que lembrava. Era uma segunda-feira. Na quarta-feira, ela me liga: "Você não sabe! Eu falei com o bispo e eu consegui que tua ficha andasse um ano e você vai comigo nesse ano". Constrangido eu disse: "Sim". 





A única coisa que eu conhecia de Igreja era a música "Bendita, louvada seja..." Mas cativado pela perseverança da amiga, eu fui. Ali, eu fui apresentado ao “o amigo”. Aquele que me amou desde toda eternidade. Pude experimentar que Ele me amava de uma maneira única, particular, especial. Aí eu fui e voltei para onde eu nunca deveria ter saído. Para a família dos amigos de Jesus.





Eu comecei minha caminhada de fé na Igreja, mas acontecia que eu tinha feito essa experiência: Jesus disse: "Deixa tua barca e vem para a minha barca". O olhar de Jesus atrai profundamente os corações. Eu disse: "Eu quero sim. Eu vou". Só que eu pus um pé na barca de Jesus e me esqueci de tirar o outro pé da barca do mundo, da minha vida. Determinados círculos de amizade que me levavam ao pecado... Eu achava que dava para conciliar. Jesus disse que só há dois caminhos: o largo que leva a perdição, e o caminho do amigo, o estreito, que leva à salvação. 





Quem está no meio-termo já está há muito tempo no caminho largo e não sabe. Só que a barca de Jesus é muito dinâmica, sempre está em movimento. E não dá para conciliar a barca do mundo com a de Jesus. Ou você põe os dois pés na barca do mundo, ou põe os dois pés na barca de Jesus. 





E quem me levou para Deus? Um amigo, chamado Hugo. Ele me fez tomar uma decisão definitiva por Deus. Eu não sabia nem direito o que era rezar, mas ele me chamava a atenção pela oração, pela Palavra de Deus.





Um dia, estávamos juntos na Igreja e Hugo estava rezando, na sua amizade com Deus. Meu tempo máximo de oração era 10 minutos. Eu não conseguia mais e disse a ele: "O que é que você tem que eu não tenho?". Ele me disse: "Explica melhor". Eu disse a ele: "Eu sou colega de Deus, mas você é amigo". Ele respondeu: “Você quer mesmo isso? Sem uma decidida decisão não há como construir a amizade”. 





E naquele dia, Hugo me levou para diante do Santíssimo Sacramento e pediu a experiência da efusão da amizade com Deus. No outro dia de manhã, 6 horas, eu despertei com uma sede de Deus, uma sede da Palavra de Deus e fiquei até meio-dia lendo a palavra de Deus e rezando. Quando se passaram 15 minutos eu me assustei, quando se passaram 4 horas eu me assustei mais ainda. 





Eu liguei para ele e perguntei o que ele fez comigo. Ele me disse: "Você foi batizado no Espírito Santo". 





Tudo mais não terá como ser construído se não for na rocha firme que é Ele. Ele providenciará verdadeiros amigos para nos encaminhar n’Ele. Se vamos falar de amizade, de vida e relacionamento humano temos que falar primeiramente de Deus. Sem Deus não há liberdade, sem Deus a amizade é não-autêntica. A amizade espiritual é a verdadeira, porque é fundada em Deus. 





Eu fui caminhando na vida e encontrei outro anjo, chamado o servo de Deus, João Paulo II. Muitos de vocês sabem essa história, mas vou dizer. 





Quando o Papa veio ao Brasil, o bispo pediu que eu levasse um presente e ele. Eu perguntei: "O que eu, um jovem de 20 anos, podia dar de presente ao Papa?" No meu coração, eu tinha recebido a amizade com Jesus Cristo na oração, nos sacramentos, na Igreja. Tudo aquilo me fazia feliz e eu disse: "Não posso reter o que de graça eu recebi". 





Lembro-me bem que na minha angústia de olhar nos olhos dos jovens da minha cidade, eu vinha da faculdade de carro um dia, quando um jovem passava na faixa branca. Parecia que o tempo parava e aquele desejo de eu dar a ele a realidade da amizade com Jesus Cristo tornava-se imperioso para mim.





Todo o meu ser dizia: "Eu sou devedor desse jovem. Jesus Cristo me tirou da morte, me fez amigo. Ele deu-me a conhecer os segredos infinitos do seu coração. O que aquele jovem busca, se não é felicidade? Mas em que caminhos ele está buscando?" 





Quando o bispo me disse que eu é que escolheria o presente que daria ao Papa, eu decidi: nada menos que a minha vida e a minha juventude para fazer os outros felizes. Eu decidi ofertar minha vida nas mãos do Papa em favor dos que estavam longe da amizade com Cristo e com a Igreja. 





O Papa foi aquele anjo, em 9 de julho de 1980, naquela fila. O que foi que eu disse? Nada. Só fiz entregar a minha carta, na qual eu consagrava a minha vida. Eu vi nos olhos dele os olhos de Pedro, de Cristo, que me acolhiam e me abraçavam, me abençoavam e me enviavam para fazer mais e mais amigos para Deus. 





Não vou me esquecer do azul dos olhos de João Paulo II que representava o abismo a misericórdia divina que me abençoava, e as mãos dele que confiavam e acolhiam tudo o que eu trazia no coração. Uma verdadeira amizade nunca e jamais é fechada em si mesma. É um amor aberto que inunda o mundo inteiro.





Moysés Azevedo 


Fundador da Comunidade Católica Shalom





Fonte:Canção Nova

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Se alguém pensa que é religioso e não sabe controlar a língua, está enganando a si mesmo, e sua religião não vale nada. (São Tiago 1,26)






Se alguém pensa que é religioso e não sabe controlar a língua, está enganando a si mesmo, e sua religião não vale nada. (São Tiago 1,26)





A palavra de Deus é muito séria. É ela que abre o nosso entendimento. Nos disciplina quando deixamos.





E quando a gente vê esse versículo de que nossa religião de nada vale se não controlarmos a  nossa língua, então há uma necessidade de mudança urgente.





Façamos o seguinte questionamento: O que é um fofoqueiro? Quais os danos que causam? Fofoqueiro é aquele que gosta de fofoca que por sua vez é um  ato de querer saber para ir contar a outrem.Eu diria que é um assassino através das palavras. No salmo 41,7 diz: “Se alguém me visita, fala com fingimento, enche o coração de malícia e, ao sair, é disso que fala”.





O fofoqueiro pode ser um membro de uma igreja, ser da sua família, dos seus amigos mais íntimos e ele destrói amizades, divide igrejas e devasta os lares, fazendo um estrago por onde vai.. 





Davi teve Absalão, seu filho, que morreu pendurado numa árvore.  Jesus teve Judas (era o tesoureiro), que se enforcou. Paulo teve Demas, que amou mais o mundo e abandonou o apóstolo. Deus teve satanás (o anjo luz), o traidor que estava próximo Dele. 





Busque a verdade, pois o método bíblico para lidar com um fofoqueiro é verificar se o que ele está dizendo é a verdade ou não. E mesmo sendo verdade, o bom senso cabe em toda parte, pois devemos saber a hora de falarmos e de calarmos.





Os danos que ele pode causar são imensuráveis em termos de reputações destruídas e corações despedaçados. Não espalhe fofocas sobre outras pessoas ao contrário fale do amor e o que Deus pode fazer em nossas vidas.





Eles afiam sua língua como espada, e atiram, como flecha, a palavra venenosa, (Salmos 64,4)





Vários versículos bíblicos relatam sobre o veneno da língua entre eles:





“A garganta deles é um túmulo aberto, com a língua planejam trapaças; em seus lábios há veneno de cobra”. (Romanos 3,13)





Não há como um fofoqueiro ser feliz. Observe:





De fato, aquele que ama a vida e deseja ver dias felizes guarde sua língua do mal e seus lábios de proferir mentiras; (I São Pedro 3,10)





Portanto, somos do entendimento de que para ser cristão de verdade é necessário observar a palavra de Deus e principalmente disciplinar o que falar e como falar, pois caso contrário a nossa fé de nada valerá, pois até os demônios crêm e tremem.





Augusta Moreira dos Santos


Grupo de Oração São Francisco de Assis.

Quem teme ao Senhor tem amigos verdadeiros, pois tal e qual ele é, assim será o seu amigo.(Eclo 6,17)






Temos tendências a florear nossas amizades. A princípio tudo é maravilhoso porque não conhecemos a outra pessoa como ela realmente é. E o que de fato somos? Somos pessoas fracas e egoístas, por causa da nossa natureza pecadora e precisamos de cura interior para deixar de nos centralizarmos, e assim, não buscar só os nossos próprios interesses.





Até o meu amigo, em que eu confiava e que comia do meu pão, foi o primeiro a trair-me. (Salmos 41,10)





Quem fez o que está escrito acima foi Pedro ao negar e consequentemente trair Jesus. No entanto, o amor de Jesus não era vingativo e perdoou Pedro, porque Ele se arrependeu e chorou amargamente pelo que fizera.





Não podemos esquecer que Pedro apesar de suas falhas era amigo verdadeiro de Jesus, tanto que morreu crucificado de cabeça para baixo, dizendo que não merecia morrer como o seu mestre.





Há amigos verdadeiros que cometem falhas. Então precisamos distinguir o amigo verdadeiro, do amigo interesseiro, do amigo egoísta, do amigo falso.





Não troque um amigo por dinheiro, nem o irmão fiel pelo ouro mais precioso. (Eclesiástico 7,18)





Lamentavelmente o que mais ocorre nas amizades é o comércio. A maioria tem amizade interesseira,  para suprir a própria solidão, ganhar algo, satisfazer o seu ego, obter alguma vantagem e por aí vai.





Minha experiência pessoal me fez perder diversos amigos. Porque queria tudo certinho e ficava indignada de me usarem, de me fazerem de trouxa. Houve um período até que fiquei rodeada de amigos, infelizmente por motivos interesseiros.





Tive e tenho pessoas que considero como amigos, embora quase não os encontre. Mas são pessoas extremamente especiais. Que sei se um dia precisar deles poderei contar.Òbvio que posso contar nos dedos.





Mas, ainda sonho com o amigo bíblico, tal como está aí:Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro.(Eclo 6,14)





Esse eu sonho ter. Talvez não tenha encontrado e o erro seja meu. Quem sabe na minha imaturidade não consegui enxergar esse tesouro, por causa até daqueles amigos que eram diamantes falsificados.





Tenha muitos conhecidos, mas um só confidente entre mil. (Eclo 6,6)





Pois, é, amados, existem pessoas que não conseguem guardar segredos, não conseguem refrear a sua língua, esse não merece ser seu amigo, porque quem é amigo, tem que ser capaz de dominar a própria língua quando necessário.





"Se se rebaixa em tua presença e se retrai diante de ti, terás aí, na união dos corações, uma excelente amizade"..





O verdadeiro amigo não manipula o outro, as vezes até se rebaixa, se cala, em determinados momentos, respeitando o outro. Amizade é coisa séria e maravilhosa.




Na palavra diz que devemos provar o nosso amigo. Mas a gente não prova o amigo com coisas sem nexo ou sem sentido. Provar é passar no teste.





Por exemplo,há um tempo atrás tive um grande prejuízo por culpa de um favor que uma amiga me pediu. Ela em nenhum momento, mesmo tendo condições de me repor pelo prejuízo obtido sequer propôs em me ajudar, fiquei extremamente triste não com o dinheiro perdido mas de saber que ela não foi minha amiga.





Ela sempre me procurava só quando precisava de mim. Pensei em afastar dela, depois pensei, quantas vezes temos que perdoar alguém?  Daí, cheguei a conclusão, pois era uma pessoa de Igreja, que ia manter o convívio, porém, sabendo que não poderia contar com ela, pois me deu inúmeras provas de que não era minha amiga, só eu era amiga dela.



E hoje, embora os que me usam e pensam que não percebo, eles estão enganados, porque sei pela misericórdia de Deus quem é, e quem não é amigo. Temos que aprender a conviver. São pessoas boas mas que não enxergam o que estão fazendo. Então temos que conviver, porém, sabendo que no momento realmente que precisar você não pode contar com ele, devido ao seu egoísmo e falsidade.





Jesus sabia que Judas não era seu amigo. Porém, soube lidar com ele, até o fim. Então, temos que saber lidar com as pessoas, conhecer um por um que anda com a gente.





Não podemos ser radicais ao ponto de excluir as pessoas das nossas vidas, mas temos que saber quem no momento realmente difícil nos ajudará.





Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável.(Eclo 6,15)





Há amigo que se transforma em inimigo, e te envergonhará, revelando as tuas fraquezas(Eclo 6,9), por isso que temos que escolher entre mil em quem confiaremos os nossos segredos, o nosso coração.





Há aqueles que não espalham o seu segredo, mas que também não é seu amigo. Porque todo aquele que aproveita de você nunca foi e nunca será seu amigo.





Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem o Senhor encontrá-lo-ão(Eclo 6,15)



Infelizmente, esse remédio tão desejado, poucos têm, mas tem uma promessa de Deus que os que o temem vão encontrá-lo. Que maravilha!




Quem teme ao Senhor tem amigos verdadeiros, pois tal e qual ele é, assim será o seu amigo.(Eclo 6,17)





É maravilhoso o versículo acima, pois o seu amigo, nada mais nada menos vai ser você. Quem teme o senhor terá um amigo igual a ele. Uma amizade alicerçada em Deus, é uma amizade justa, não explora, não usa e sim compartilha. Sente a dor do outro é solidário em tudo.





Evite erros grandes e pequenos, e de amigo não se transforme em inimigo. (Eclesiástico 5,15)


O zelo é fundamental na amizade.





Porque existe amigo de ocasião, que não será fiel quando você estiver na pior. (Eclesiástico 6,8).


Disso não tenho dúvidas e sou uma prova viva disso. Pois fali e não obtive ajuda daqueles que estavam por perto. Fugiram. Minha família é que foi minha aliada nestes momentos difíceis.





Temos também um amigo que não é humano fisicamente, trata-se da sabedoria que pode se tornar uma amiga maravilhosa para nós. Veja: A sabedoria é um espírito amigo dos homens, mas não deixa impune quem blasfema com os lábios, porque Deus é testemunha de seus sentimentos, observa de fato a sua consciência e ouve as palavras de sua boca. (Sabedoria 1,6)




Assim, meus irmãos, precisamos adquirir maturidade nos nossos relacionamentos, aprender a viver, para não escravizar aqueles que têm tudo para nos dar uma amizade rica de amor.





O amigo verdadeiro não mente para você. Não te explora, não te usa. Na palavra diz que é bom que a gente adquira um amigo na provação. Porque aquele que te ajuda no momento de sofrimento esse não tem interesse a não ser em você. 





Mas mesmo assim tenha cuidado, porque há aqueles que vêm fingindo de amigos. Então, precisamos estar atentos e pedir a sabedoria a Deus para reconhecer quem é amigo de verdade.





Não conte nada para o seu amigo ou inimigo; só o faça quando o silêncio se torna cumplicidade. (Eclesiástico 19,8)





´É fascinante saber que o silêncio de duas pessoas que se respeitam é capaz de falar. Há pessoas que com o olhar comunica com você. Amigo é aquele que sabe conversar em silêncio, ouvir em silêncio, olhar em silêncio e mesmo assim a comunicação é 100%.





Bem o versículo abaixo ocorreu comigo, então posso dizer que é assim mesmo. E vou mais além, ocorreu tanto na vida profisional  religiosa.





Na vida religiosa tinha consciência de que ocorreria. Mas pensei comigo, o importante é que Cristo seja anunciado. Se ouviu ou não os meus conselhos prestará contas com o altíssimo, pois expliquei muito bem e mesmo assim deixou satanás agir. Aliás a arte dele é misturar meias verdades, para que a pessoa acredite e caia na silada dele.





“Não o coloque ao seu lado, para que ele não empurre você e ocupe o seu lugar; não o coloque sentado à sua direita, para que ele não procure ocupar a sua cadeira. Caso contrário, tarde demais você verá que eu tenho razão, e ficará arrependido por não ter ouvido os meus conselhos”. (eclesiástico12,12)





Não podemos confundir amizade com afinidade. Há pessoas que gostamos de estar perto delas, mas que não são amigas, então precisamos nos livrar da dependência afetiva.





Ainda que já tenha aberto a boca contra o amigo, não se apavore, porque pode haver reconciliação. Mas o ultraje, a arrogância, a violação de segredos e a traição são coisas que fazem o amigo fugir. (Eclesiástico 22,22)





Pois é, amizade é uma arte, cujos traços vamos marcando com a convivência.





Pessoas que sofreram rejeição consciente ou inconsciente de pai e mãe, que não tiveram o amor necessário quando crianças, tornam-se dependentes. Procuram no outro aquilo que não tiveram. Então é preciso trabalhar a cura interior para ficarem livres da escravidão da dependência.





Portanto, somos do entendimento que temos de amar as pessoas mas ser dependentes delas para sermos felizes é um sofrimento muito grande e Deus não quer isso, pois temos que depender é de Deus para a nossa felicidade.





Augusta Moreira dos Santos




sábado, 5 de janeiro de 2013

E quem é o meu próximo?








Existem textos bíblicos que falam por si e esse é um deles. Duvido que tenha alguém que não consiga entender o que é o próximo depois deste exemplo tão claro dado por Jesus.





E quem é o meu próximo? Jesus então contou: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, Retiraram-se, deixando-o meio morto. Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante. Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão. Aproximando-se, atou-lhe a ferida, deitando nelas azeite e vinho; colocouo sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei. Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões? Respondeu o doutor: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: Vai, e faze tu o mesmo" (Lc 10, 25-37).





Diante de tal clareza admito que não amo o meu próximo como gostaria. Tomei consciência disso agora. Na verdade, quero amar é desta forma exposta por Jesus, porque aí sim é amor de verdade.





Há momentos que tenho gestos de amor, mas não é esse amor aí, acima dele está o meu eu. Então, meus amados, apartir de agora, vou refletir mais sobre esse texto, porque há a necessidade de ruminarmos a palavra. Ela de uma forma especial me falou fortíssimo nesta noite. Não tinha parado para pensar sobre o meu próximo desta forma.





"Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas" (Mt 22, 36-40). 





Era para ser algo tão simples, viver isso aí, mas não o é devido a nossa natureza pecadora, os nossos costumes familiares, o egocentrismo e tantos outros fatores.



Fico a pensar, nas cidades grandes, o que mais se vê são pessoas necessitadas, jogadas, fedendo e, ninguém está nem aí. Parece que todo mundo adormeceu o coração.



Quantos saem pedindo e a gente não dá importância porque acha que vão fazer mal uso do dinheiro ou coisas, enfim julgamos. Ao passo que deveríamos ajudar.





A única solução para nós é deixar a palavra de Deus encarnar em nós. Só assim poderemos ser transformados, ou seja, pela palavra de Deus.





É ela que age em nós que acreditamos e devemos recebê-la como palavra de Deus, que nos exorta, nos consola, nos edifica, nos instrui de todas as formas.





Louvado seja Deus por ter me instruído no dia de hoje, quem é o meu próximo.O meu próximo é aquele que está precisando de mim, seja gente, seja animal, é quem precisa. Isso é amor.





Augusta Moreira dos Santos


Grupo de Oração São FRancisco de Assis-Vazante-MG

A inteligência espiritual: o ponto de Deus no cérebro humano




Vou transcrever um artigo, que é curioso, mas antes quero mostrar dois versículos bíblicos:É preciso que vocês se renovem pela transformação espiritual da inteligência, e se revistam do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santidade que vem da verdade.(Efésios 4,23-24)





Agora, sim, vou postar o artigo, cuja fonte é o site católico:





No início do século XX, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Na década de 90, a descoberta da inteligência emocional (QE) mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções. No novo milênio as descobertas da ciência apontam para a Inteligência Espiritual (QS), responsável pelo significado da existência humana.





Essa tese vem demonstrada por Danah Zohar física e filósofa americana juntamente com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, no livro "A Inteligência Espiritual", (QS = do inglês Spiritual Quocient), no qual demonstram o "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. Danah tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Por isso, está surgindo um novo tipo de empresa, que se preocupa sim, com o lucro, mas quer ganhar dinheiro para desenvolver as comunidades em que atua, proteger o meio ambiente, propagar educação e saúde.





O que seria a Inteligência Espiritual? Danah afirma "é a terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tomando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações".





Danah demonstra que somente agora o mundo corporativo se preocupou com o QS, porque o mundo dos negócios atravessa uma crise de sustentabilidade e a causa dessa crise na vida corporativa provém do fato de que desde o surgimento do capitalismo só quer dinheiro e lucro. Mas dinheiro e lucro para quê e para quem? Trabalha-se para consumir. É uma vida sem sentido, afirma.





Danah mostra, além disso, que "o líder espiritualmente inteligente é uma pessoa responsável por trazer visão e valores. É uma pessoa que inspira as outras, do tipo de Dalai Lama, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi e outros". Cita, ao mesmo tempo, várias companhias e empresários que buscam mais sentido em seu trabalho, como a British Petroleum, que adotou um novo slogan, "Além do Petróleo", pois está colocando o grosso de seus fundos de pesquisa no desenvolvimento de tecnologias energéticas alternativas, menos agressivas ao meio ambiente.





Na experiência de Danah, a inteligência espiritual pode ser desenvolvida, propondo para cultivá-la dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Praticam o autoconhecimento profundo; são levadas por valores; têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade; são holísticas; celebram a diversidade; têm independência; perguntam sempre o "por quê?" das coisas; têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo; têm espontaneidade e compaixão.





A tese da Inteligência Espiritual (QS) vem comprovar a tese de que homem é espiritual, queira ou não queira, pois existe em seu coração um mistério que é maior do que ele mesmo e, em seu cérebro, o "Ponto de Deus". Deste modo, o homem jamais deixará de espiritual, jamais deixará de ser religioso, isto é de "religar-se" a algo ou Alguém que o transcende.





Por isso, toda obra educativa marista, na sua proposta de uma educação integral, assume o compromisso de criar condições para que em todos os momentos e lugares e por todos os professores, seja cultivada, em três níveis da dimensão espiritual do aluno. No primeiro nível através da "educação para o transcender" ultrapassando o "o que ensinar" e o "como ensinar, a fim de chegar ao "para que" de cada matéria e atividade. O segundo nível seria através da "educação para a Transcendência" educando a religiosidade e para a religiosidade em vista do Deus de toda e qualquer religião. E, no terceiro nível, promovendo a "educação religiosa cristã" oferecida a todos pelo clima cristão existente no colégio e para os que quiserem, pela catequese, que visa aprofundar e viver os ensinamento de Jesus Cristo, o Deus Transcendente e Imanente, o Deus encarnado e presente entre nós.





Deste modo, toda a obra marista assegura aos seus alunos, além da excelência acadêmica em vista de profissionais competentes, o cultivo da dimensão espiritual para que sejam pessoas seguras e felizes. Pessoas competentes e felizes, eis a solução acertada para o sonho que tanto desejamos: a construção de uma sociedade cada vez mais justa, fraterna e solidária.





* Ir. Panini é Diretor Geral do Colégio Marista Arquidiocesano


Fonte:http://www.universocatolico.com.br/index.php?/a-inteligencia-espiritual-o-ponto-de-deus-no-cerebro-humano.html







"Mentirinha" ou "mentirona", tudo é mentira, é transgressão.



Olá!






Vamos refletir sobre a palavra e ao mesmo tempo questionar: Porque as pessoas mentem tanto? Será que pensam que nos convencemos da mentira? 





Hoje, é raridade ver quem não mente e isso é muito triste, quando vi até eu estava entrando no sistema, pondo a mentirinha como algo normal. E não é normal. A mentira é do malígno. Ele é o pai da mentira. 





Então todas as vezes que minto estou me assemelhando não a Deus e sim ao demônio que é o que propaga a mentira.






Não importa o tamanho, "mentirinha" ou "mentirona", tudo é pecado. E estamos transgredindo a palavra de Deus que diz para não mentirmos.



E ainda justificamos: falei aquela mentirinha para não magoar. Não está certo! Temos que pedir a Deus a graça de falar com amor, com sabedoria, para não magoar o irmão, porém, falar a verdade.






Vivereis a verdade e ela vos libertará(João 8,32). É a verdade que nos liberta. Enquanto mentirmos seremos prisioneiros de nós mesmos.






Pensem nas coisas do alto, e não nas coisas da terra.(Colossenses 3,2)





e se revistam do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santidade que vem da verdade. (Efésios 4,24)





e se revestiram do homem novo que, através do conhecimento, vai se renovando à imagem do seu Criador. (Colossenses 3,10)





“Vocês devem deixar de viver como viviam antes, como homem velho que se corrompe com paixões enganadoras.É preciso que vocês se renovem pela transformação espiritual da inteligência,e se revistam do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santidade que vem da verdade.Por isso, abandonem a mentira: cada um diga a verdade ao seu próximo, pois somos membros uns dos outros.Vocês estão com raiva? Não pequem; o sol não se ponha sobre o ressentimento de vocês.Não dêem ocasião ao diabo.Quem roubava, não roube mais; ao contrário, ocupe-se trabalhando com as próprias mãos em algo útil, e tenha assim o que repartir com os pobres.Que nenhuma palavra inconveniente saia da boca de vocês; ao contrário, se for necessário, digam boa palavra, que seja capaz de edificar e fazer o bem aos que ouvem.Não entristeçam o Espírito Santo, com que Deus marcou vocês para o dia da libertação.Afastem de vocês qualquer aspereza, desdém, raiva, gritaria, insulto, e todo tipo de maldade.Sejam bons e compreensivos uns com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou a vocês em Cristo”.(Efésios 4,22-32)





É preciso que nos renovemos pela transformação espiritual da inteligência,e sejamos revestidos do homem novo,da mulher nova,  criados segundo Deus na justiça e na santidade que vem da verdade.





Então, chega de mentira, vamos fazer um propósito de não mentir, para que sejamos transformados. Afinal, a justiça e a santidade vem através da verdade.





“Cristo é a nossa paz. De dois povos, ele fez um só. Na sua carne derrubou o muro da separação: o ódio.Aboliu a Lei dos mandamentos e preceitos. Ele quis, a partir do judeu e do pagão, criar em si mesmo um homem novo, estabelecendo a paz.Quis reconciliá-los com Deus num só corpo, por meio da cruz; foi nela que Cristo matou o ódio. Ele veio anunciar a paz a vocês que estavam longe, e a paz para aqueles que estavam perto.Por meio de Cristo, podemos, uns e outros, apresentar-nos diante do Pai, num só Espírito.Vocês, portanto, já não são estrangeiros nem hóspedes, mas concidadãos do povo de Deus e membros da família de Deus.Vocês pertencem ao edifício que tem como alicerce os apóstolos e profetas; e o próprio Jesus Cristo é a pedra principal dessa construção.Em Cristo, toda construção se ergue, bem ajustada, para formar um templo santo no Senhor.Em Cristo, vocês também são integrados nessa construção, para se tornarem morada de Deus, por meio do Espírito”.(Efésios 2,14-22)



Olha, meus irmãos, foi na Cruz que Cristo matou o ódio. Que maravilha, então, não há motivos para não perdoarmos. Quando tenho ódio de alguém, quem sofre sou eu.





Pensem nas coisas do alto, e não nas coisas da terra.(Colossenses 3,2)





Façam morrer aquilo que em vocês pertence à terra: fornicação, impureza, paixão, desejos maus e a cobiça de possuir, que é uma idolatria.Isso é o que atrai a ira de Deus sobre os rebeldes.(Colossenses 3,5-6)





No texto bíblico que veremos abaixo, alguns versículos me chamaram profundamente a atenção entre eles:"Tudo o que vocês fizerem façam de coração, como quem obedece ao Senhor, e não aos homens”. Há palavras que falam por si, então porque querer explicar o que está explicado?





No texto achei interessante também que para ser um homem novo, devo abandonar ira, raiva, maldade, maledicência e palavras obscenas e não mentir para o outro, sendo verdadeira. 





Gostei também quando fala que quando me torno um homem novo, uma mulher nova, é através do conhecimento que vou renovando à imagem de Deus, que é o meu criador.





Na sequência diz o texto que devemos vestir de sentimentos de compaixão, bondade, humildade e paciência e perdoar a todos, como cristo perdoou. Diz também para vestimos com o amor que é um laço de perfeição.





Temos que ter uma vestimenta diferente,devemos ficar: nús com relação às coisas ruins, me despindo do homem e mulher velha e vestir de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência e amor, que é o laço da perfeição.





Vejam o famoso texto que mencionei sem ter transcrito:





“Agora, porém, abandonem tudo isso: ira, raiva, maldade, maledicência e palavras obscenas, que saem da boca de vocês.Não mintam uns aos outros. De fato, vocês foram despojados do homem velho e de suas ações,e se revestiram do homem novo que, através do conhecimento, vai se renovando à imagem do seu Criador.E aí já não há grego nem judeu, circunciso ou incircunciso, estrangeiro ou bárbaro, escravo ou livre, mas apenas Cristo, que é tudo em todos.Como escolhidos de Deus, santos e amados, vistam-se de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência.Suportem-se uns aos outros e se perdoem mutuamente, sempre que tiverem queixa contra alguém. Cada um perdoe o outro, do mesmo modo que o Senhor perdoou vocês.E acima de tudo, vistam-se com o amor, que é o laço da perfeição.Que a paz de Cristo reine no coração de vocês. Para essa paz vocês foram chamados, como membros de um mesmo corpo. Sejam também agradecidos.Que a palavra de Cristo permaneça em vocês com toda a sua riqueza, de modo que possam instruir-se e aconcelhar-se mutuamente com toda a sabedoria. Inspirados pela graça, cantem a Deus, de todo o coração, salmos, hinos e cânticos espirituais.E tudo o que vocês fizerem através de palavras ou ações, o façam em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus Pai por meio dele.Mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cristãs.Maridos, amem suas mulheres e não sejam grosseiros com elas.Filhos, obedeçam em tudo a seus pais, porque isso agrada ao Senhor.Pais, não irritem seus filhos, para que eles não fiquem desanimados.Escravos, obedeçam em tudo aos seus senhores humanos, não só quando vigiados, para agradar aos homens, mas com simplicidade de coração, por temor ao Senhor.Tudo o que vocês fizerem façam de coração, como quem obedece ao Senhor, e não aos homens.Fiquem certos de que receberão do Senhor a herança como recompensa. O Senhor, a quem vocês servem, é Cristo.Quem comete injustiça, receberá de volta a injustiça, pois não há distinção de pessoas”.(Colossenses 3,8-25)





Portanto, somos do entendimento de que devemos ser transformados pela palavra de Deus. Devemos configurar as instruções bíblicas na nossa vida.





Augusta Moreira dos Santos

Clarissa Amaral – Missionária em Roma-‘Nossa meta é proporcionar às pessoas um encontro pessoal com Jesus’






Ser missionário é levar Deus para as pessoas que o procuram e não o encontram. É ter os olhos e os pensamentos voltados para os outros e não olhar apenas para si, enfrentando grandes ou pequenos desafios, mas não desanimar porque Deus caminha conosco. Para que as pessoas experimentem o verdadeiro amor que um dia experimentei e transformou minha vida.





Não precisamos de coisas grandes, se fazemos o pouco com reta intensão e amor, conseguimos levar Cristo a todos. Para mim é uma alegria saber que posso ser canal da graça na vida de muitas pessoas, por isso estou aqui, para levar o bem a muitos.


Agradeço a Deus por ter me chamado, mesmo ciente de minha pequenez. Louvo porque Ele consegue vislumbrar coisas para mim inimagináveis e me leva a crer ainda mais na Sua providência, que cuida de tudo.





Nossa meta é proporcionar às pessoas um encontro pessoal com Jesus Cristo e uma renovação no Espírito Santo. Isso independe de raças, línguas ou nações. Seja com os italianos que evangelizamos aqui, ou os brasileiros, Deus realiza a obra que já havia sido pensada por Ele. 





Ou seja, é vontade Dele, é ação Dele, somos apenas o canal, o meio, os operários dessa grande obra. Isto é levar o carisma, que esta em mim, aos quatro cantos do mundo, na consciência de que sou serva do verdadeiro Mestre e é Ele mesmo quem realiza tudo. A minha alegria e realização acontece quando vejo, nos olhos dos que encontro por aqui, que tocaram na presença de Deus.





http://blog.cancaonova.com/pelomundo/2012/10/nossa-meta-e-proporcionar-as-pessoas-um-encontro-pessoal-com-jesus/

O autoconhecimento-O que Deus quer e espera de nós






(...)O que realmente o ser humano está buscando quando ele se movimenta rumo ao conhecimento de si? Na maioria das vezes, o autoconhecimento se torna uma meta em si mesma. O homem quer conhecer-se, quer dominar-se a si mesmo, busca uma harmonia interior. Mas, e nós cristãos? Devemos, podemos nos preocupar com essa questão? E, em uma resposta afirmativa, qual o objetivo de tal atitude?





“A causa de grandes males é o fato de não nos conhecermos devidamente, é distorcermos o conhecimento próprio” (1). Quem nos fala isso é Santa Teresa de Jesus, uma das maiores místicas da Igreja, doutora e mestra na vida de oração, já no século XVI. E podemos descobrir, pasmados, que Evágrio Pôntico, famoso monge do século IV, já dizia: “Se quiseres conhecer a Deus, procura antes conhecer-te a ti mesmo”. 





Isso revela que o autoconhecimento se iniciou com os monges e foi vivido pelos santos, chegando até nós hoje como uma riqueza no seio da Igreja. Mas, como e para que esses homens e mulheres de Deus tomaram essa trilha? Eles buscavam, essencialmente, a Deus. Deus era sua meta. Contudo, no caminho para Deus depararam-se consigo mesmos. Perceberam que para se chegar verdadeiramente até Deus era preciso percorrer um caminho que passava pelas próprias feridas e misérias e pela maravilha de se descobrirem como filhos de Deus. Portanto, para nós, cristãos, o autoconhecimento é importantíssimo e deve ser vivido como um instrumento para se tocar a Deus. 





“Parece, pois, que o mais importante de todos os conhecimentos é o conhecimento de si próprio, pois quando alguém conhece a si próprio, ele há de chegar ao conhecimento de Deus” (2). E por que essa ligação tão íntima entre o conhecimento de si e o conhecimento de Deus? 



Ora, o homem foi criado para Deus, somos imagem e semelhança de Deus, nossa origem está incrustada em Deus (quem poderá esquecer as lindas palavras do Salmo “Que é o homem, Senhor, para cuidardes dele, que é o filho do homem para que vos ocupeis dele? (3) e, portanto, “o homem só está em ordem quando ele se abre para Deus, quando Deus é o verdadeiro objetivo de sua vida. Só em Deus é que o homem encontra caminho pra si próprio.” (4)





Quer fazer um teste sobre o seu autoconhecimento? Pense nisso: “Ora bem, como é que eu sou? Geralmente fugimos a essa pergunta, mas, se tivéssemos que responder a ela, provavelmente não seríamos capazes de dar uma resposta satisfatória. 



Diríamos talvez meia dúzia de coisas vagas, misturando auto-elogios disfarçados com o reconhecimento de algum defeito inofensivo. Nada de sólido e realmente veraz. Porque a verdade é que nos desconhecemos. Tanto é assim que, diante de algo objetivo, como por exemplo a gravação de nossa voz, uma caricatura que nos fazem e até uma fotografia que nos apanhou desprevenidos, surpreendemo-nos. Esse sou eu?” (5)





Como conhecer-se, então? Não são necessários conhecimentos organizados, mas o olhar simples do homem consciente. É uma integração da própria vida, dos pontos positivos e negativos, sabendo-se apreciar os primeiros e tocar o sentido dos segundos.



Não é simplesmente saber quem e como somos, mas aceitar o que somos. Pois só pela aceitação da nossa própria realidade é que poderemos trabalhar as nossas fraquezas, pecados e misérias para nos tornarmos aquilo que devemos ser. 





Ele nos ajuda a entender o porquê de muitas coisas que acontecem em nosso interior, de termos certos sentimentos, de agirmos de determinadas maneiras em determinadas situações. E de modo muito especial, conhecer-se não é apenas nos ver assim como os outros nos vêem, aceitando os defeitos e as qualidades que os outros apontam, mas nos ver assim como Deus nos vê, pois só Ele nos conhece verdadeiramente e sabe o que existe em nosso coração.




“Eu sou o que Deus pensa de mim” (6). Essa frase belíssima e profunda de Santa Teresinha traz à tona toda a graça que é ser pessoa humana, que é possuir o dom da vida e também toda a esperança de que nossa vida não é determinada por aquilo que já vivemos, especialmente os aspectos negativos, mas ela é determinada pelo olhar de Deus, pelo sonho de Deus, que Ele contempla constantemente a cada vez que nos olha. 



Só Deus nos conhece plenamente, só Ele sabe das nossas motivações mais profundas, dos nossos sentimentos mais verdadeiros, das nossas intenções mais puras e por isso mesmo Ele aposta em nossa transformação.





Deus nos ama como somos, mas não nos deixa como estamos, Ele nos convida à conversão e por isso o processo de autoconhecimento é de imensa riqueza para nossas vidas, pois exige especialmente que nos comparemos com o que Deus quer e espera de nós e aquilo que Deus quer e espera de nós é sempre o melhor.





A partir dessa verdade, descobrimos, então, que a via para o autoconhecimento é a oração. Vamos nos conhecer à medida que nos colocarmos na presença de Deus e conseguirmos olhar nos Seus olhos, para ali ver refletida a nossa imagem. 





É olhando nos olhos de Deus que nos veremos assim como Ele nos vê. “A capacidade que a oração possui para nos levar ao autoconhecimento mais profundo, fundamenta-se no fato de ela confrontar-nos com Deus. No momento em que me confronto com Deus, me torno consciente do que em mim está errado. A oração manifesta o que a mera observação jamais haveria de perceber.” (7) 





O encontro com Deus na oração deve nos levar a mergulhar no nosso interior, de modo a que entremos em contato com as nossas realidades mais íntimas como pensamentos, sentimentos, angústias, paixões etc… Assim a oração se torna autoconhecimento e ao mesmo tempo possibilidade de conhecer verdadeiramente a Deus. 





Pois à medida que a pessoa encontra a si mesma ao ver desvelada sua própria natureza diante de Deus, também pode repentinamente ver desvelar-se a natureza de Deus como aquele que a ama e sustenta. Assim, também conhecemos o Amor de Deus e podemos nos apaixonar cada vez mais por Ele, percebemos o quanto nós somos amados e o quanto não merecemos esse amor. 





Fazemos a experiência do amor gratuito de Deus por nós e compreendemos que recebemos muito mais do que merecemos e passamos a ter um profundo sentimento de gratidão por todo amor recebido. 



Isso nos encoraja a enfrentarmos a vida com mais coragem, com fortaleza e vivacidade. Assim se realiza a promessa de Deus: “Se alguém está em Cristo é uma nova criatura” (8): viver a liberdade do próprio ser em Cristo, não estando mais condicionado às circunstâncias, ao passado, a impulsos incontroláveis…





“O homem novo, do qual fala São Paulo, está totalmente iluminado pela sabedoria do Espírito. Mas a luz é refletida e resplandece em sua humanidade” (9). Assumir a sua humanidade é essencial para a maturidade espiritual do homem e o autoconhecimento é peça essencial para que isso seja possível. 





Vivendo nessa busca contínua, nós podemos encontrar a cada dia a alegria e o contentamento de viver, podemos tocar a preciosidade das nossas vidas aos olhos de Deus, conhecer o céu que somos chamados e encontrar dentro de nós mesmos. 





Esse processo de autoconhecimento, quando bem vivido, nos leva a descobrir o profundo júbilo do salmista, ao cantar: “Fostes vós que plasmastes as entranhas de meu corpo, vós me tecestes no seio de minha mãe. Sede bendito por me haverdes feito de modo tão maravilhoso. Pelas vossas obras tão extraordinárias, conheceis até o fundo a minha alma” (10).



(1) Santa Tereza de Jesus, “Castelo Interior”.

(2) São Clemente de Alexandria.

(3) Sl 143, 3.

(4) Anselm Grün, “A oração como encontro”.

(5) J. Malvar Fonseca, “Conhecer-se”.

(6) Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face.

(7) Anselm Grün, “Oração e autoconhecimento”.

(8) 2 Cor 5, 17.

(9) Amedeo Cencini, “Os sentimentos do filho”.

(10) Sl 138, 13.



Fonte:http://pantokrator.org.br/po/artigos-pantokrator/o-autoconhecimento-2/

Pe. Raniero Cantalamessa-pregador da Casa Pontifícia, sobre a liturgia





Zacarias 9, 9-10; Romanos 8, 9.11-13; Mateus 11, 25-30






O escondido aos sábios e revelado aos pequenos





A passagem evangélica deste domingo, uma das páginas mais intensas e profundas do Evangelho, compõe-se de três partes: uma oração («Eu te louvo, Pai...»), uma declaração sobre ele mesmo («Tudo me foi dado por meu Pai...») e um convite («Vinde a mim todos os que estais cansados e fatigados...»).





Eu me limitarei a comentar o primeiro elemento, a oração, pois contém uma revelação de uma importância extraordinária: «Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e aos prudentes e as revelaste revelado aos pequenos. Sim, Pai, porque assim o quiseste».





Acaba de começar o Ano Paulino e o melhor comentário a estas palavras de Jesus é apresentado por São Paulo na primeira carta aos Coríntios: «De fato, irmãos, reparai em vós mesmos, os chamados: não há entre vós muitos sábios de sabedoria humana, nem muitos poderosos, nem muitos de família nobre. 





Mas o que para o mundo é loucura, Deus o escolheu para envergonhar os sábios, e o que para o mundo é fraqueza, Deus o escolheu para envergonhar o que é forte. Deus escolheu o que no mundo não tem nome nem prestígio, aquilo que é nada, para mostrar a nulidade dos que são alguma coisa. Assim, ninguém poderá gloriar-se diante de Deus» (1 Cor 1, 26-29).





As palavras de Cristo e de Paulo chamam a atenção em particular ao mundo de hoje. É uma situação que se repete. Os sábios e os inteligentes ficam afastados da fé, com freqüência vêem com pena a multidão dos crentes, que reza, que crê nos milagres, que se agrupa ao redor do Padre Pio. 





Ainda que para dizer a verdade não são todos os doutos, e talvez nem sequer a maioria, mas certamente é a parte mais influente que tem à disposição os microfones mais potentes, a chatting society, como se diz em inglês, a sociedade que tem acesso aos grandes meios de comunicação.





Muitos deles são pessoas honestas e sumamente inteligentes e sua posição se deve à formação, ao ambiente, a experiências de vida, e nem tanto a uma resistência diante da verdade. 





Portanto, não se trata de emitir um juízo sobre estas pessoas com nomes e sobrenomes. Eu mesmo conheço algumas delas e lhes tenho uma grande estima. Mas isso não deve impedir-nos de descobrir o núcleo do problema. O fechamento a toda a revelação do alto e, portanto, à fé, não é causado pela inteligência, mas pelo orgulho. 





Um orgulho particular que consiste na rejeição de toda dependência e na reivindicação de uma autonomia absoluta por parte do pensador.





Esconde-se por trás da trincheira da palavra mágica «razão», mas na realidade não é a famosa «razão pura», que o exige, nem uma razão «soberana», mas uma razão escrava, com as asas cortadas.





Filósofos, que não podem ser acusados de falta de inteligência ou de capacidade dialética, escreveram: «O ato supremo da razão está em reconhecer que há uma infinidade de coisas que a superam» (Pascal). Outro dizia: «Até agora sempre se disse isso: ‘Dizer que não se pode compreender isso ou aquilo não satisfaz a ciência que quer compreender’. Este é o erro.





É preciso dizer o contrário: quando a ciência humana não quer reconhecer que há algo que não pode compreender, ou de maneira mais precisa, algo que com clareza pode ‘compreender que não pode compreender’, ou de maneira mais precisa, algo que com clareza pode ‘compreender que não pode compreender’, então tudo fica transtornado. 





Portanto, uma tarefa do conhecimento humano consiste em compreender que há coisas que ele não pode compreender, e descobrir quais são estas» (Kierkegaard). Quem não reconhece esta capacidade transcendente põe um limite à razão e a humilha; não o faz, portanto, o crente, que o reconhece.





O que eu disse explica o motivo pelo qual o pensamento moderno, depois de Nietzsche, substituiu o valor da verdade pelo da busca da verdade e, portanto, da sinceridade.





Em certas ocasiões, esta atitude se confunde com a humildade (é preciso contentar-se com o «pensamento frágil»!) e a atitude de quem crê em verdades absolutas se considera como presunção, mas é um juízo muito superficial. Enquanto a pessoa está em busca, ela é o protagonista, dirige o jogo. Uma vez encontrada a verdade, a verdade tem de subir ao trono e o buscador deve inclinar-se diante dela e isto, quando se trata da Verdade transcendente, custa o «sacrifício do intelecto».





Neste panorama cultural, cai como uma provocação o que Jesus diz no Evangelho de João: «Eu sou a Verdade», assim como o que diz depois na passagem evangélica: «Ninguém vai ao Pai senão por mim... Vinde a mim todos os que estais cansados e fatigados e eu vos aliviarei». Mas é um convite, não é uma reprovação, e está dirigido também aos cansados de buscar sem encontrar nada, a quem passou a vida atormentando-se, dando murros contra a rocha do mistério.





O psicólogo C. G. Jung, em seu livro, diz que todos os pacientes de uma certa idade aos que havia atendido sofriam de algo que podia chamar-se «ausência de humildade» e não se curavam enquanto não alcançavam uma atitude de respeito por uma realidade maior que eles, ou seja, uma atitude de humildade.





Jesus repete também a tantos inteligentes e sábios honestos que existem no mundo de hoje seu convite cheio de amor: Vinde a mim todos os que estais cansados e fatigados e eu vos darei esse alívio e essa paz que buscais em vão em vossos atormentados raciocínios.


Fonte: ZENIT.org