sábado, 31 de março de 2012

O Pe. Gabriele Amorth, famoso exorcista, reflete sobre a nova onda satânica Apostasia na Igreja e no Mundo











Pe. Gabriele Amorth é um dos seis exorcistas oficiais do Vaticano e um dos mais experientes exorcistas da atualidade, segundo ele afirma em sua entrevista a revista Catolicismo, já fez mais de 40.000 exorcismos. Ele também é o presidente da associação dos exorcistas onde tenta desenvolver um trabalho para que sejam formados mais servos de Deus para este ofício, um tanto escasso dentro de nossa igreja. É muito raro encontrarmos um.




ROMA, 23/11/2011


Por ocasião da captura de membros da seita satânica “Bestas de Satanás”, responsável por vários assassinatos rituais no norte da Itália, o vaticanista do semanário L’Espresso, Sandro Magister, entrevistou nesta semana o mais famoso exorcista do mundo, o Pe Gabriele Amorth, que a nos seus oitenta anos de idade avalia a crescente ação de Satanás em formas culturais de hoje.





Magister pergunta ao Pe. Amorth sobre os crimes do norte da Itália, e então examina a situação do satanismo e a ação do demônio na cultura atual. Embora com algumas duras generalizações, o exorcista italiano, que confessa que se encomenda à Virgem Maria “para que me proteja sob seu manto” antes de cada exorcismo, explica como a principal vitória do demônio é a de fazer crer que ele não existe.





Padre Amorth, primeiro as três meninas em Chiavenna, depois Erica e Omar, e agora a banda juvenil de Somma Lombardo. É Satanás quem atua neles?





Seguramente sim, os dois primeiros quase os estudei bem. Esses garotos estavam entregues ao demônio, liam livros satânicos. E que ferocidade inaudita em seus atos! Quando uma filha dá noventa e sete facadas em sua própria mãe não se pode não ver a ação do príoncipe das trevas.





Existem momentos em que está mais ativo que em outros?





Em termos gerais Satanás está sempre ativo. É o tentador desde o princípio. Faz de tudo para que o homem peque e cada vez que se realiza o mal, ele está por detrás, deixando claro que é o homem quem decide livremente seus atos. Mas também existe uma ação extraordinária do maligno: e esta é a possessão diabólica





São freqüentes os atos de possessão?





Não, são raros. É impossível dar os números precisos. Os casos de verdadeira possessão que eu atendo são numerosos, mas é porque a mim chegam os casos mais difíceis, não resolvidos por outros exorcistas. Nos primeiros anos de minha atividades, quando acolhia a todos sem filtro, a grande maioria eram doentes psíquicos, sem o demônio no meio.





Como se dá contra de que alguém está endemoniado?





Só sei durante a cura, não antes. Um sintoma inequívoco é a violentíssima, visceral aversão a tudo o que é sagrado. Lembro de um pai que temia que seu filho estivesse possuído pelo demônio e um dia, enquanto estávamos juntos à mesa, disse mentalmente por ele um Ave Maria. O garoto prorrompeu em um grito: Papai, não, cala boca!’. Depois está o falar línguas desconhecidas, a explosão de uma força sobre-humana, a levitação todas são coisas que acontecem durante os exorcismos.





Entre uma crise e outra, como vive um endemoniado?





De maneira normal. Vai a seu trabalho e ninguém sabe. Tem bem escondido seu estado. Quando sente que lhe chega uma crise se afasta, se tranca no banheiro, se descarrega, e então volta impassível a seu lugar. Isto acontece com maior razão com os endemoniados em processo de cura aos quais o exorcismo dá a força para voltar plenamente a uma vida normal. Uma coisa debe ser ressaltada: a possessão diabólica não é nem hereditária nem contagiosa.





O que une os endemoniados aos satanistas?





Acontece freqüentemente que um endemoniado se converta em tal por ter ingressado em uma seita espírita ou satânica. Entre aqueles que estou tratando há poucos desses, porque os que vêm pedir o exorcismo são os satanistas arrependidos. Mas penso que entre os satanistas existam muito mais. È muito fácil entrar nas seitas satânicas, mas muito difícil sair. Em alguns casos se arrisca a própria vida.





E que vínculo têm os satanistas com o demônio?





Há de dois tipos: aqueles que adoram o demônio, celebrando missas satânicas, têm seus sacerdotes e sua hierarquia; e aqueles que não crêem na existência personificada de Satanás, mas se entregam a atos torpes e contra a natureza. Este outro satanismo é o mais perigoso.





João Paulo II realizou exorcismos sobre três endemoniadas. Elas ficaram curadas?





A terceira não. Venho tratando dela desde 1998 e é um caso verdadeiramente doloroso.





A parte do Papa, Como está a Igreja na crença no demônio?





Muito em queda. E o demônio está contentíssimo, porque assim tem as mãos livres para fazer seu trabalho. A Igreja passou de um extremo a outro. Para remediar a loucura da caça à bruxas, que em vez de serem exorcizadas eram queimadas, cancelou tudo, diabo e exorcismos. 


O resultado é regiões católicas inteiras que não têm mais exorcistas: Espanha (Na Espanha sim existe um conhecido exorcista, o Pe. Fortea –nota do tradutor-), Portugal, Alemanha, Áustria, Suíça. Eu admiro os bispos italianos. Não compreendem nada, mas pelo menos nomeiam os exorcistas. No ano passado nós, (exorcistas) italianos nos reunimos: éramos cento e setenta.





Explique-se melhor, Em que sentido os bispos “não entendem nada”?





Porque também eles, como todos os sacerdotes, estudaram no seminário. E há tempos no seminário não se ensina nada dos anjos e dos demônios, nada dos exorcismos, nada dos pecados contra o primeiro mandamento, “Não terás outro Deus fora de mim: magia, espiritismo e satanismo”.





E a cúria vaticana?





A mesma incompetência. Aprovou um novo ritual que para nós os exorcistas é um desastre. Proíbe agir em caso de malefício, quando 90 por cento dos casos de possessão derivam precisamente daí. Proíbe agir se não tem certeza prévia da ação diabólica, quando isso só se pode compreender quando se está atuando. Por sorte continua valendo o velho ritual. Eu uso esse, de outra forma teria que renunciar.






Postado por: Diácono Ferdnando Costa

sexta-feira, 30 de março de 2012

Hino de Nossa Senhora da Lapa -Vídeos






Foto: CamilloSantuário de Nossa Senhora da Lapa.









Foto: Camillo


Santuário de Nossa Senhora da Lapa.









Foto: oniclei Batista



                                                                                            Imagem de Nossa Senhora na entra da cidade.





A Festa em Louvor a Nossa Senhora da Lapa é uma das maiores festas religiosas do Brasil, que acontece nos dias 1º, 2 e 3 de maio todos os anos, atingindo uma população flutuante em até 50 mil pessoas.




Hino de Nossa Senhora da Lapa







Hino de Nossa Senhora da Lapa










quarta-feira, 28 de março de 2012

José de Arimatéia, um homem que adquiriu sua liberdade interior.





Queridos irmãos, hoje quero refletir sobre o quanto a morte de Jesus fez diferença na vida em especial de um homem muito importante. 




Veja o Poder extraordinário do nosso Deus, criador de todas as coisas, que mudou interiormente a forma de pensar e agir de um homem que não assumia sua fé perante a sociedade.





Penso na sabedoria de Deus e na sua palavra que é tão atual com discípulos tão semelhantes na maneira de pensar e agir desde os primórdios dos tempos, porém, cada um com uma digital diferente, e essa verdade é tão completa que não há no mundo nenhuma pessoa com a digital igual a da outra.





Fico refletindo nos Pedros e Paulos, Tomés e Judas da vida. E são tantos nos dias atuais, que quando vimos um seguidor de Jesus, fazemos até comparações com aqueles homens daquela época.





Hoje, em especial, quero meditar sobre um homem que raramente falamos, ou melhor, até o fazemos, mas normalmente na época da quaresma.





Quero falar sobre um homem rico, senador da época, membro do Sinédrio, do Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu, o então, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus às escondidas.





Mas como alguém pode ser discípulo de Jesus às escondidas? É o que diz em João 19,38. É que José de Arimatéia tinha medo dos Judeus. Diz o texto:“Depois disso, José de Arimatéia pediu a Pilatos para retirar o corpo de Jesus; ele era discípulo de Jesus às escondidas, por medo dos judeus. Pilatos o permitiu. José veio e retirou o corpo”





Como pode um medroso ter uma iniciativa dessas?  Ele com certeza conhecia de forma mais íntima Pilatos. Só posso pedir algo a uma autoridade quando estou próxima a ela. E quando não tenho medo de fazê-lo.





José,  que tinha medo de ser discípulo não o teve de pedir o corpo do Senhor.


Ele temia represálias, mantendo o amor por Cristo em segredo, não por medo das autoridades, mas do povo.





Quantos de nós, nos dias atuais, temos diversos medos em vivenciar a nossa fé, em tomar uma posição diante da verdade que é necessária.





A palavra de Deus esclarece que devemos viver a verdade pois é ela que nos libertará.





Quando José de Arimatéia tomou a atitude de assumir sua fé, não deixando o corpo de Jesus a mercê daquele povo insensato, ele naquele momento, tomou a grande decisão de ser livre, de assumir aquilo que durante a vida de Jesus ele não teve coragem, que era de um homem que acreditava em Deus e no seu filho Jesus.





José assumiu sua fé diante das autoridades, como teria assumido sua fé diante de quem precisasse.





Hoje, a gente percebe que muitos têm vergonha de assumir sua fé, no seu local de trabalho, entre os seus familiares, na sociedade em geral.





Há aqueles que têm medo de assumir essa mesma fé até para eles próprios. Quantos deixam de cumprir a missão que Deus designou nas suas vidas, porque não querem correr riscos. Preferem uma vida acomodada.





Portanto, meus irmãos, concluímos com essa reflexão, que Cristo não morreu em vão e que uma das primeiras mudanças visíveis com a morte de Jesus e morte de Cruz, foi a mudança de José de Arimatéia, um homem rico, nobre, magistrado, poderoso e que decidiu depois de ver todo o sofrimento de Jesus, a ser livre. 





Livre em Deus. Livre de seus condicionamentos. Livre de suas idéias errôneas. Livre para fazer o que é correto. Livre para Amar.





Quantos ocultaram o amor por Jesus e hoje são capazes de dar as suas vidas por ele. Há também, aqueles que criticavam a Igreja e os servos de Deus e hoje caminham juntos. Quantos testemunhos já ouvimos de pessoas que não acreditavam em Jesus e hoje testemunham o seu Poder.





Pessoas antes da conversão, algumas audaciosas, outras medrosas, aquelas mais calmas, tantas que eram ousadas, pobres ou ricas e, umas até ignorantes. Gente como a gente. Gente que na atualidade faz a diferença e muitos conservam ainda o temperamento e o jeito característico e individual de ser. Mas que têm amor no coração.



Irmãos, o grande diferencial está em acreditar naquele que foi criticado, humilhado e que venceu a morte. A vitória da cruz.





Vamos então, a exemplo de José de Arimatéia, buscar a liberdade interior, o auto-conhecimento e tomar uma atitude na vida. Assumindo a nossa vocação. Fazendo diferença.





Que Deus nos conceda essa graça de através do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo,  derramado por amor de todos, de obter a liberdade de filhos de Deus, assumindo a nossa fé.





Augusta Moreira dos Santos.












terça-feira, 27 de março de 2012

Dona Marica, mãe de Augusta Moreira dos Santos





Esse vídeo que fiz em homenagem a minha mãe, retrata um pouquinho através de seus traços o sofrimento que teve durante toda a sua vida para criar nove filhos.



Minha mãe viveu exclusivamente em prol da família. Ela está com 76 anos de idade. É uma senhora lúcida. É também,extremamente cuidadosa com todos e ama viver.



Ela realmente gosta da vida e todos os dias agradece a Deus por viver. Mamãe levanta, vai no quintal, olha para o céu e agradece.



Gosta demais da natureza. É muito apegada aos filhos. Eu diria que até demais. Diz ela, que nós somos a sua única riqueza.



Neste vídeo, minhas duas irmãs que cantam músicas sertanejas, cantam especialmente para ela uma canção que fala sobre mãe.



Portanto, sou muito agradecida a Deus pela minha história de vida e por ter uma mãe, que na sua simplicidade, foi morrendo aos poucos por cada um dos filhos e netos.



Que Deus derrame muitas graças sobre ela.



Augusta Moreira dos Santos.










domingo, 25 de março de 2012

Vaticano adverte os teólogos: “não é lícito a um teólogo opor-se ao Magistério da Igreja”


 






Prof. Felipe
Aquino





O Vaticano retomou um tema importante em um novo pronunciamento
através da “Sagrada Congregação da Fé” e da sua “Comissão Teológica
Internacional”, onde deixa claro que os teólogosdevem se submeter aos bispos
porque são “os autênticos intérpretes da fé”.





O documento é intitulado “Teologia hoje: Perspectivas,
princípios e critérios”, com 35 páginas, foi aprovado em novembro passado e sua
publicação foi autorizada pelo cardeal William Levada, Prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé, com o aval do Papa Bento XVI.





O novo documento da Comissão Teológica Internacional
propõe  “critérios metodológicos determinantes para a teologia católica em
relação a outras disciplinas afins, como as ciências religiosas”. E faz isso em
três capítulos:





a teologia pressupõe a escuta da palavra de Deus
amparada na fé (capítulo 1);


se realiza em comunhão com a Igreja (2);


tem como fim dar razão à verdade de Deus (3).





Certamente virão muitas criticas ao Papa e à
Congregação da Fé por este documento, especialmente por aquelas escolas de
teologia que não obedecem o Magistério da Igreja e não respeitam os dogmas como
ensinamentos perenes, e fazem teologia segundo os “seus” critérios e não os da
Igreja.
 





Mas a Santa Sé tem a missão de guardar “o deposito da
fé”, a “sã doutrina” (1Tim 1, 10; 6,20; Tt 1,9; 2,1.7) intacto como o recebeu
de Cristo.





Os dogmas são as colunas e o fundamento da nossa fé,
revelados por Deus, e não podem se alterados ou esquecidos.
 Quando era
Prefeito da Congregação da Fé, em 1985, o atual papa disse:





“Numa visão subjetiva da teologia, o dogma é muitas
vezes considerado como uma camisa-de-força intolerável, um atentado à liberdade
do estudioso, individualmente considerado. Perdeu-se de vista o fato de que a
definição dogmática é , ao contrário, um serviço à verdade
, um dom
oferecido aos crentes pela autoridade querida por Deus.





Os dogmas, disse alguém, não são muralhas que nos
impedem a visão, mas ao contrário, janelas abertas que dão para o infinito.” (A
Fé em Crise? O Cardeal Ratzinger se interroga”; J. Ratzinger/ V. Messori; Ed.
Pedagógica e Universitária LTDA; E.P.U.; 1985, pg. 49/50)





O documento salienta que os teólogos, para realizar seu
trabalho, devem reconhecer a jurisdição dos bispos para “uma interpretação
autêntica da palavra de Deus transmitida pela escritura e a tradição”.





O documento da Santa Sé não trás nada de novo, mas
reafirma a necessidade dos teólogos não se afastarem dos dogmas da fé, o que
alguns mais “modernos” se arriscam. Se o trem sair do trilho, descarrilha.





Falando aos membros da Comissão Teológica Internacional,
em 2006, o Papa Bento XVI advertiu que os teólogos devem “procurar a
obediência à verdade”
 e não desvirtuar a palavra e a alma “ao falar
obedecendo à ditadura das opiniões comuns”.





O Santo Padre lembrou que “falar para encontrar
aplausos, falar orientando-se ao que os homens querem escutar, falar obedecendo
à ditadura das opiniões comuns, considera-se como uma espécie de prostituição
da palavra e da alma”
. (ACI, Vaticano, 06 out 06)





Disse o Papa que “o teólogo deve seguir a disciplina
dura da obediência à verdade, que nos faz colaboradores” e “bocas da verdade”.





O teólogo é um pesquisador que procura aprofundar o
sentido das verdades da fé reveladas por Deus através dos Patriarcas, dos
Profetas e da pregação de Jesus Cristo.





Estas verdades estão na Tradição (= transmissão) oral e
nas Sagradas Escrituras. Por isso o teólogo estuda a Bíblia Sagrada e suas
ciências auxiliares (a lingüística, a arqueologia, a história…) assim como os
documentos emanados da Igreja através dos séculos e a Filosofia, a fim de
ilustrar e transmitir ao Povo de Deus o conteúdo dos artigos  da fé.





Em 24 maio 1990 a  Congregação para a Doutrina da
Fé, quando o seu Prefeito era o Papa Bento XVI, publicou uma Instrução “Sobre a
Vocação Eclesial do Teólogo”, onde chama a atenção dos teólogos para vários
pontos importantes, como:





“O teólogo, de modo particular, tem a função de
adquirir, em comunhão com o Magistério, uma compreensão sempre mais profunda da
Palavra de Deus contida na Escritura inspirada e transmitida pela Tradição viva
da Igreja” (N.º 6).





“O objeto da teologia é dado pela Revelação,
transmitida e interpretada na Igreja sob a autoridade do Magistério, e acolhida
pela fé. Descurar estes dados, que têm valor de princípio, seria equivalente a
deixar de fazer teologia”
. (n.12)





Portanto, não é lícito a um teólogo opor-se ao
Magistério da Igreja, A teologia  professa a assistência do Senhor ao
Magistério da Igreja (cf. Jo 14, 15.25; 16,12-13), assistência de que ele,
teólogo, pessoalmente não goza.





Infelizmente os maus teólogos recorrerem aos meios de
comunicação para exercer pressão sobre a opinião pública contra o Papa e a
Santa Sé. A Instrução alerta que a Igreja não é uma simples democracia onde
tudo se resolve pelo voto e pelo gosto da maioria:





“Não se podem aplicar à Igreja, pura e
simplesmente, critérios de conduta que têm a sua razão de ser na sociedade
civil ou nas regras de funcionamento de uma democracia. Menos ainda se podem
inspirar as relações no interior da Igreja à mentalidade do mundo circunstante 
(cf. Rm
12,2).





Indagar da opinião da maioria o que convém pensar e
fazer, recorrer, à revelia do Magistério, à pressão exercida pela opinião
pública, aduzir como pretexto um consenso dos teólogos, sustentar que o
teólogo é o porta-voz profético de uma base ou comunidade autônoma que seria
assim a única fonte da verdade, tudo isto revela uma grave perda do sentido da
verdade e do sentido da Igreja” (n.º 39).





“O pluralismo não é legitimo a não ser na medida em que
é salvaguardada a unidade da fé no seu significado objetivo” (n.º 34).


“Não se pode recorrer aos direitos humanos para fazer
oposição às intervenções do Magistério. Um tal comportamento desconhece a
natureza e a missão da Igreja” (n.º 36).





“Falar neste caso de violação dos direitos humanos não
têm sentido, porque se estaria desconhecendo a exata hierarquia desses
direitos, como também a natureza da comunidade eclesial e do seu bem
comum. 





Além disso, o teólogo que não está em
sintonia com o “sentire cum Ecclesia” se põe em contradição com o compromisso,
livre e conscientemente assumido por ele, de ensinar em nome da Igreja” (
n.º 37).





“A argumentação que alude ao dever de seguir
a própria  consciência, não pode legitimar a dissensão
. Antes de
tudo, porque este dever se exerce quando a consciência ilumina o juízo prático
em vista de uma decisão a ser tomada, enquanto aqui se trata da verdade de um
enunciado doutrinal. 





Além disso, se o teólogo deve, como qualquer
fiel, seguir a sua consciência, ele é também obrigado a formá-la. A consciência
não é uma faculdade independente e infalível…
 





A reta consciência do teólogo católico supõe, portanto,
a fé na Palavra de Deus, cujas riquezas ele deve  penetrar, mas também o
amor à Igreja, da qual ele recebe sua missão, e o respeito pelo Magistério
divinamente assistido” (n.º 38).





“Às vezes, o Magistério pode ser levado a tomar graves
providências, como, por exemplo, quando retira a um teólogo que se afasta da
doutrina da fé, a missão canônica ou o mandato do ensinamento que lhe havia
confiado, ou ainda quando declara que alguns escritos não estão de acordo com
esta doutrina.





Agindo dessa forma, o Magistério entende ser
fiel à sua missão, porque defende o direito do Povo de Deus a receber a
mensagem da Igreja na sua pureza e na sua integridade, e, assim, a não ser
perturbado por uma perigosa opinião particular” 
(n.º 37).





“Às vezes a dissensão recorre também a uma
argumentação sociológica, segundo a qual a opinião de um grande número de
cristãos seria uma expressão direta e adequada do senso sobrenatural da fé





O fiel pode  ter opiniões errôneas, porque nem
todos os seus pensamentos procedem da fé. Nem todas as ideias que circulam
entre o Povo de Deus são coerentes com a fé, tanto mais que podem facilmente
sofrer a influência de uma opinião pública veiculada pelos modernos meios de comunicação”
(n.º 35).





Enfim, a missão do teólogo não é contestar as verdades
de fé confirmadas pela Igreja e seu Magistério, assistido permanentemente pelo
Espírito Santo, mas ajudar a Igreja a entendê-las cada vez melhor.








sexta-feira, 23 de março de 2012

Vídeos da Quaresma de São Miguel Arcanjo-































































































































































































































Fonte: Canção Nova



As tentações e as lideranças









Ao longo do Antigo Testamento, lemos que, quando os reis judeus serviam ao Senhor, havia prosperidade nos seus reinados. Quando,porém, começavam a abusar de sua posição, privilégios e poder, perdiam a liderança.





Somos do entendimento que Deus não nos tem chamado ao sucesso, mas sim, à fidelidade. A conseqüência de uma liderança fiel é que ele nos dará tarefas maiores. 





Quando a gente encontra líderes que estão abusando do poder,  podemos estar seguros, de que não tem reverencia pelo Senhor, de que não amam as pessoas, e, que estão vivendo momentaneamente e não para a eternidade.





Temos que ter o Cuidado com  a tentação de achar que somos auto-suficientes e auto-independentes em nossos ministérios. Necessário é a cautela com o elogio, que pode até tornar-se uma tentação, ao invés de motivação.





Diz Santo Agostinho: "Os elogios não são maus. O mal é amar tantos os elogios dos homens que nos descuidemos por causa de da nossa própria consciência".





"O orgulho normalmente é ligado à vaidade que faz a pessoa chamar sobre si, de maneira incontrolada, a admiração dos demais e as homenagens quase sempre vazias, ilusórias e instáveis. Tais pessoas gostam de aparecer, se exibir, buscando os aplausos e as bajulações" (Prof. Felipe Aquino. Os Pecados e as Virtudes Capitais. 2ª edição. Editora Cléofas. São Paulo. 1999).





Em seu livro "As tentações do Músico", Martín Valverde nos dá uma idéia do perigo do estrelismo. Assim fala este autor e cantor latino: "É perigoso nos acostumarmos com as luzes dos refletores e esperar confiantes a aprovação das pessoas" e isso, meus amados, vale não só para o ministério de música mas para todos os demais.





Para vencer o inimigo é necessário conhecer as estratégias que ele utiliza. Em Gêneses 3 a Palavra menciona a inclusão do pecado na experiência humana. No versículo seis, a mulher identifica qualidades na árvore que será utilizada como justificativa para tomar do seu fruto, mesmo Deus tendo orientado o contrário. Narra o texto que a árvore era: 1) Boa para Comer; 2) Agradável aos olhos; 3) Desejável para dar o entendimento.





Quando da tentação no deserto (Lc 4:1-13), de forma semelhante ao que aconteceu no Éden, Jesus foi tentado pelo diabo, e em três áreas específicas, assim foi desenvolvido o drama da tentativa de leva-lo ao pecado.  





Dá para notar que a estratégia usada anteriormente com sucesso, é repetida. Veja o desenvolvimento: 1) Mande que estas pedras se transformem em pães; 2) Mostrou-lhe os reinos do mundo; 3) Apresentação pública de poder.





O diabo na sua astúcia persistente em produzir ciladas para levar-nos a pecar, ele irá utilizar esse método. 





A visão do líder precisa estar no Senhor todos os dias e se ela for distorcida dos propósitos de Deus será sempre uma porta aberta para a ação do maligno.





Utilizar da Palavra foi a arma de Jesus para vencer a tentação no deserto. No entanto,  não basta citar versículos da bíblia. Antes de ter a Palavra nos lábios, precisamos viver debaixo da autoridade da Palavra. 





A Palavra de Deus só tem poder em nossos lábios quando estamos submissos a ela. São Paulo a identifica como “espada do Espírito”(Ef 6:17) capaz de atingir as mentiras que Satanás com sutileza lança contra nós. 





Eva não resistiu à tentação porque não foi capaz de perceber a distorção que Satanás fez do que Deus lhe havia dito. Se quisermos resistir, precisamos nos envolver com a Palavra de Deus com profundidade e conhecer a sua verdade.





Se temos de lidar com a tentação, precisamos aprender a dizer não ao diabo todas as vezes que ele bater à porta do nosso coração. 





São Tiago  diz que a sujeição a Deus é o recurso para se resistir ao Diabo (Tg 4:7). Temos que perceber que Satanás não desiste facilmente, ele depois de tentar a Jesus, com “toda sorte de tentação, retirou-se dele até ocasião oportuna”(Lc 4:13). Ficamos firmes contra ele quando olhamos para Jesus Cristo. 





Notemos que quando Pedro desviou seu olhar de Jesus, mesmo depois de andar sobre as águas, “começou a afundar”(Mt 14:30). Sem Jesus como nossa referência, não é possível resistir.





Somente nos sujeitando a Deus é que resistiremos ao diabo e venceremos as tentações.





Que Deus nos conceda essa graça.





Augusta Moreira dos Santos







quinta-feira, 22 de março de 2012

Grupo de Oração: Manter ou Inovar












Esta semana estava meditando sobre nossos cargos dentro da RCC e na Igreja. Pensava nos tantos irmãos que assumem muitas vezes por acharem que não há outro para assumir. 





Isso me fez lembrar alguns reis ungidos no antigo testamento, ou alguns profetas que Deus levantou para orientar o povo.





Em alguns casos, não eram feitas reuniões e votações. Deus simplesmente mostrava aquele que Ele queria. Não era porque não havia outro. Era porque era aquele que Deus queria.





Então eu estava me perguntando esta semana, a que sou chamado como coordenador, como líder? Penso que há dois tipos, basicamente, sem querer esgotar a lista. Os lideres de manutenção e os lideres de inovação.





Aquele que é chamado para a manutenção, vai simplesmente dar seqüência em trabalhos que já estão em execução. Dar suporte para que continuem e não acabem, e sanar eventuais falhas. Mas aquele líder que é chamado a inovar, ah, este sim acredito que tenha alguns grandes desafios específicos.





Não que se exija menos do primeiro. Mas partilho minha visão sobre a missão do segundo. Ele precisará ter visão ampla, escuta, busca, e acima de tudo, audácia e coragem para arriscar. Pois se trata se buscar caminhos novos na evangelização, ou retomar caminhos antigos.





Aí eu me perguntava? Que tipo de líder Deus me chama a ser neste tempo?





Fonte: http://gentedefe.com/eldo/2011/04/15/manutencao-x-inovacao/

quarta-feira, 21 de março de 2012

“Não porás a prova o Senhor, teu Deus”










Prezados leitores, 





Lendo sobre a tentação no deserto, fiquei a meditar os versículos bíblicos, sobre a mesma.





Jesus foi posto à prova pelo diabo, durante 40 dias. Neste período ele não comeu nada e, no final, teve fome.





Quando Jesus teve fome, o diabo então, viu que era o momento ideal para entrar em cena e assim agir. 





Jesus, sendo uma pessoa determinada, obediente ao pai e conhecedor da palavra, Ele resistiu.





É isso que precisamos fazer, resistir às tentações. E normalmente elas vêm em situações de necessidade. Na hora “H”.  O diabo fica vigilante, pronto para devorar. Pronto para atacar na hora certa.





Mais adiante, a palavra diz que, o diabo falou para Jesus, que o poder e a riqueza de todos os reinos da terra foram dados a ele e que poderia dar a quem ele quisesse e que se prostrasse diante dele.





Por isso o poder e a riqueza traz tanta confusão, divisão e guerra, porque pertence ao diabo.





A tentação no deserto está em Lucas 4, 1-13.  Podemos verificar que no versículo 12 Jesus respondeu ao diabo: “Não porás à prova o Senhor, teu Deus”. O diabo quis recordar Jesus de uma passagem da escritura e usá-la para que Ele caísse em tentação.





Quantas vezes, essa história se repete ao tentarmos usar um versículo bíblico para conseguirmos de Deus aquilo que queremos. E as vezes até insistimos. Não sabendo que Deus tudo sabe e que não é necessário a gente recordar ele de nada e muito menos querer exigir algo, pois Deus sabe o que é melhor para nós e a hora que é a ideal para nos dar algo que precisamos..





Prestemos atenção nas palavras de Jesus, leiamos todo o texto da tentação no deserto acima citado, e percebamos o quanto temos falhado por falta de escutar o Senhor e mais ainda, o quanto temos caído em tentação.





Que Deus nos conceda a graça de não só ler a palavra de Deus, mas colocá-la em prática nas nossas vidas.



Augusta Moreira dos Santos



“Sereis expulsos das sinagogas"








Olá!





Hoje, quero partilhar com vocês alguns versículos bíblicos que em especial falaram-me de uma forma diferente e que acredito ocorre com a maioria daqueles que buscam vivenciar a verdade do evangelho.





Observem: “Sereis expulsos das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos matar, julgará estar prestando culto a Deus.(Jo 16,2)”.





Quando se fala em morte, logo pensamos em assassinato, em tiro, facada, etc.   





Penso que há diversas formas de matar alguém e os maiores assassinatos não tenho dúvidas, está ocorrendo na própria Igreja e, aqueles que até acreditam ser “cristãos”, o fazem com relação à outros, com um olhar, uma palavra, uma discriminação, julgamento ou rejeição.





Creio que a maioria de nós, já passamos por situações semelhantes e por vezes nos sentimos quase que mortos, na “UTI” do escanteio.





Quando o trabalho é comunitário, que há uma convivência direta com outros servos e num dado momento de divergência, vem o outro e te fuzila ou o contrário, você vai achando que está certo e, mata o trabalho do outro.



Temos até boa intenção, acreditamos estar prestando culto a Deus e, queremos anunciar o evangelho, mas por não conhecer a nós mesmos, sentimos no outro uma ameaça.





Jesus, na sua infinita sabedoria, disse: “Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora. Quando ele vier, o Espírito da verdade, vos guiará em toda a verdade.(Jo 16,12)”.





Realmente, a nossa vida de cristãos é uma luta e, se formos olhar para trás, quantas coisas nos aconteceram e se soubéssemos de tudo logo no início do seguimento à Jesus, não seríamos capazes de suportar, basta olhar para a nossa própria história de vida cristã.





Vai chegar um momento na nossa vida, que teremos de vivenciar essa verdade, exatamente para ser guiado pela verdade. Vamos ter que deixar de enganar a nós mesmos e aos outros. Vamos ter que largar as mentiras, as desculpas.





Jesus tinha consciência da sua missão e do grande amor e obediência ao pai. Ele quis tudo ensinar aos discípulos, tanto que os chamou não de servos, mas de amigos, porque o amigo, conta tudo. Tem intimidade. Já o servo não. 





Ele já previa que ficaria só, tanto que disse que haveria um momento que cada um iria para seu lado e o deixaria sozinho. Mas, que embora achassem que ele ficaria sozinho, isso não ocorreria, porque o Pai está sempre com ele.





Essa realidade também faz parte da nossa vida, pois, quantas vezes ficamos sós, ou mais ainda, quantas vezes deixamos as pessoas sós. E o evangelho diz que cada um vai para seu lado, ou seja, vai “cuidar das suas coisas”, deixando de lado o que é mais importante, Jesus Cristo.





Temos dificuldade em aceitar a verdade. Temos dificuldade em partilhar do sofrimento do outro. Da humilhação do outro. E assim, não ajudamos o outro a carregar a sua cruz e o desprezamos, ou arrumamos uma desculpa, ou o condenamos, e vamos embora, cuidar das nossas coisas.





Prestemos atenção em tudo isso e mais ainda, passemos a deixar que a palavra de Deus fale conosco. Dê essa abertura. Faça essa experiência.





Portanto, entendemos neste caso, que ser expulso é ser excluído da vida do outro, dos trabalhos comunitários aos quais você coordena, da amizade que o outro quer lhe oferecer, da ajuda que alguém quer te ofertar e que você não compreende. Não aceita, não acolhe  achando que está certo.





Que nesta quaresma, época de conversão, de mudança de vida, possamos refletir mais sobre a palavra de Deus e deixar que ela germine em nós, laços de amizade, de solidariedade, de partilha.





Que Deus nos conceda essa graça de viver a verdade do evangelho e conhecer a nossa verdade interior.





Augusta Moreira dos Santos