sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A grande tribulação-Monsenhor Jonas Abib





A grande tribulação O Senhor declara: “Pois o Filho do Homem virá com seus anjos na glória do seu Pai; e, então, retribuirá a cada um segundo a sua conduta” (Mt 16,27).





Jesus teve uma vida pública e nela anunciou que deveria sofrer muito por parte dos anciãos, dos sumos-sacerdotes e dos escribas, ser morto e no terceiro dia ressuscitar. Assim como a vida pública de Cristo desembocou no julgamento, condenação, paixão, morte e ressurreição, a vida da Igreja vai desembocar na mesma situação dolorosa. Jesus não permaneceu na morte: conforme prometeu, ao terceiro dia, ressuscitou glorioso. O mesmo acontecerá com a Igreja: ela está seguindo os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo.





A Igreja não é algo aéreo e também não se resume ao Papa e aos bispos. Não, a Igreja somos todos nós. O Santo Padre e os bispos são a nossa hierarquia, aqueles que nos governam, mas o corpo da Igreja somos nós. Esta é a Igreja que passará por esse caminho de cruz. Eu sei que isso o atemoriza e o enche de ansiedade, mas é preciso anunciar agora, para que nos momentos difíceis você não perca a fé, a fortaleza e não volte atrás.





Eu sei que você fica receoso e até se pergunta: "Será que isso é doutrina da Igreja?" Está no Catecismo da Igreja Católica (CIC) este presente de João Paulo II para nós, Igreja:





“Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra desvendará o ‘mistério da iniquidade’ sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente aos seus problemas, à custa da apostasia da verdade” (CIC, 675).





O próprio Catecismo da Igreja Católica nos alerta para essa realidade dolorosa:


“A Igreja só entrará na glória do Reino através desta Páscoa derradeira em que seguirá seu Senhor na sua Morte e Ressurreição” (CIC, 677).





Acontecerá uma impostura religiosa. O anticristo aparecerá como alguém bom que fará a proposta de ser o governador do mundo inteiro. E apresentará às pessoas a possibilidade de solucionar os grandes problemas que angustiam a humanidade: fome, habitação, desemprego, saúde, desigualdade, entre os povos…





Momentaneamente, o sistema que ele vai querer impor trará solução para os problemas e muitas pessoas vão aplaudi-lo. Terá a arrogância de se mostrar como Deus e se assentar no trono, no meio do Templo, no coração da Igreja, para ser adorado como tal.





A Igreja e o Cristianismo serão acusados de intolerância, de discriminação. Será dito que o Cristianismo, com a noção de pecado, trouxe às pessoas o sentimento de culpa, especialmente em relação ao sexo. Vai-se acusar a Igreja de, em sua história, ter causado a diferença entre os povos e, por consequência, todo tipo de intolerância, ódio, guerras, miséria. O Cristianismo e a Igreja serão o “bode expiatório”.





É terrível, mas muita gente vai se deixar levar por essa argumentação e achar que realmente o Cristianismo é intolerante, discriminatório e que a noção de pecado foi o que atrapalhou tudo e todos. Deus está nos dando a graça de dizer, antecipadamente, que tudo isso será mentira, a fim de que ninguém caia nessa impostura, da qual nos fala o Catecismo da Igreja Católica:





“[…] A impostura religiosa suprema é a do anticristo, isto é, a de um pseudomessianismo, em que o homem se glorifica a si mesmo em lugar de Deus e do seu Messias que veio na carne” (CIC, 675).





Não sabemos quando, mas temos certeza de que isso vai acontecer e os sinais dos tempos mostram que está próximo! Também não se conhece a maneira como serão transformados este mundo e os nossos corpos, mas serão renovados. Deus prepara para você uma nova morada. Aguente firme!





Trecho do livro Céus Novos e uma Terra Nova de monsenhor Jonas Abib





Monsenhor Jonas Abib escreveu "Céus Novos e uma Terra Nova" em 1997.


Vem, vem Louvar- CidaMoreira Cantando no Grupo de Oração







União estável entre três pessoas é oficializada em cartório de Tupã, SP




Estamos postando no blog o que foi meramente divulgado nos veículos de comunicação e o objeto da postagem não é julgar esses nossos irmãos, mas simplesmente alertar para uma realidade que nos cerca e não é contra homens de carne e osso que temos que lutar, mas contra o mal, que quer acabar com tudo, principalmente com as famílias.





Sabemos que toda essa realidade, pode ser revertida, desde que os próprios envolvidos queiram e busquem ajuda, mesmo porque carregamos na nossa vida muitos traumas, do ventre materno, de frustações diversas, de tantas coisas que ficam registradas no inconsciente, no subconsciente e no próprio consciente.





É sabido que os fatores sociais, colaboram no modo de vida da pessoas e  da formação familiar obtida, etc.


Além do que as tentações são imensas. É preciso vigiar e orar para não cairmos em tentação. Necessário é também, interceder pelo povo.





Cabe a cada um de nós, rezar para que Deus tenha compaixão da humanidade inteira, perdoe os nossos pecados e nos conceda a graça da mudança de vida e que pela sua misericórdia o seu amor seja derramado em abundância sobre a face da terra.





Augusta 





Veja agora, o que foi publicado g1.globo.com , cuja fonte de consulta está no fim da postagem.





"Um homem e duas mulheres, que já viviam juntos na mesma casa há três anos, oficializaram a união em um cartório de notas de Tupã, SP.  A união dos três foi oficializada por meio de uma escritura pública de União Poliafetiva. A identidade do trio não foi divulgada pelo cartório.





De acordo com a tabelião que fez o registro, Cláudia do Nascimento Domingues, a escritura foi feita há 3 meses, mas, só se tornou pública nesta semana. “A declaração é uma forma de garantir os direitos de família entre eles. Como eles não são casados, mas, vivem juntos, portanto, existe uma união estável, onde são estabelecidas regras para estrutura familiar”, destaca.





O jurista Natanael do Santos Batista Júnior, que orientou o trio na elaboração do documento, explica que a escritura é importante no sentido assegurar os direitos no caso de separação ou morte de uma dos parceiros. "O documento traz regras que correspondem ao direito patrimonial no caso de uma fatalidade, nele eles se reconhecem como uma família, e dentro do previsto no código civil, é estabelecida a forma de divisão do patrimônio no caso de um dos parceiros falecer ou num caso de separação", destaca. O jurista afirma ainda que o documento é o primeiro feito no país.





"O objetivo é assegurar o direito deles como uma família, com esse documento eles podem recorrer a outros direitos, como benefícios no INSS, seria o primeiro passo. A partir dele, o trio pode lutar por outros direitos familiares", afirma.





O presidente da Ordem dos Advogados de Marília, Tayon Berlanga, também ressalta que o documento funciona como uma sociedade patrimonial, pontanto, não compreende todos os direitos familiares. “Ele dá direito ao trio no que diz respeito à divisão de bens em caso de separação e morte. No entanto, não garante os mesmo direitos que uma família tem de, por exemplo, receber pensão por morte ou conseguir um financiamento no banco, para a compra da casa própria por exemplo, ser dependente em planos de saúde e desconto de dependente na declaração do imposto de renda”, completa.





Para o jurista, o mais importante do registro da escritura de União Poliafetiva é a visibilidade de outras estruturas familiares. "É a possibilidade dos parceiros se relacionarem com outras pessoas sem que isso prejudique os envolvidos. A escritura visa dar proteção as relações não monogâmicas, além, de buscar o respeito e aceitação social dessa estrutura familiar", explica. Quanto à questão de filhos, Batista Júnior ressalta que a escritura não compreende direitos de filiação. "Essa uma questão jurídica, se há o interesse do registro de três pessoas na certidão de nascimento, a ação deve ser feita no campo judiciário".





http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2012/08/uniao-estavel-entre-tres-pessoas-e-oficializada-em-cartorio-de-tupa-sp.html

CidaMoreira cantando a Oração de São Francisco no Grupo de Oração

Há pessoas que Deus escolhe para exercer o ministério da libertação




Miguel


Este nível ocorre normalmente nos grupos ministeriados em libertação. 


Há pessoas que Deus escolhe para exercer o ministério de libertação. 


Todo batizado, membro ativo da Igreja de Jesus Cristo, fiel na vivência da fé e do Evangelho pode ser instrumento de Deus para fazer uma oração de libertação por alguém que esteja sendo tentado pelo demônio, mas não é aconselhável que qualquer batizado ministre libertação em casos mais graves.





Veja, tentação é diferente de opressão, e opressão é diferente de possessão! Nas situações de opressão, quem é ministeriado em libertação pode, e deve atuar. E na possessão só um exorcista autorizado pelo Bispo local pode atuar. Falaremos disto daqui a pouco…





Mas, há pessoas que Deus escolhe para exercer o ministério de libertação. 


Há pessoas que Deus unge pelo Espírito para frequentemente ministrar a libertação a quem sofre opressão do diabo.





Neste ponto precisamos definir alguns conceitos para evitar interpretações equivocadas…





Os autores, estudiosos e os próprios exorcistas da Igreja usam termos diferentes na classificação dos graus de influência e ação do Maligno.





Tomei a liberdade de selecionar uma destas classificações que me pareceu bem didática.





Os graus da influência e da ação do maligno sobre o ser humano podem ser classificados em:





1- Tentação





2- Opressão





3- Infestação





4- Possessão





Os 4 graus de influência do diabo se apresentam cada um, com intensidades variadas. 


Por exemplo: Existem tentações suaves, tentações de média intensidade, e tentações agudas, tenazes.





CONCEITOS IMPORTANTES PARA COMPREENDER ESTE ARTIGO:





A) TENTAÇÃO: Visa levar o homem à ruína espiritual; propõe um mal com aparência de bem, a fim de arrastar ao pecado. É uma incitação ao pecado. (Nem todas as tentações vêm do demônio, muitas vezes somos tentados pelas tendências da nossa carne inclinada ao pecado).





B) OPRESSÃO (ou OBSESSÃO): É uma influência que o diabo exerce sobre alguém, em alguma área do seu ser, ou da sua vida, sem, todavia impedir-lhe o uso da inteligência e do livre-arbítrio. Pode ser física e/ou psicológica. 


Na física, o inimigo age sobre nossos sentidos externos: visão, audição, tato, olfato, etc. 


Na psicológica, ele age sobre a imaginação, sobre a memória, sobre os sentimentos (ex.: idéias fixas, ódios, doenças emocionais, rancor agudo, desespero, angústia crônica, forte atração para o que é ilícito, concupiscências contínuas, etc.).





C) INFESTAÇÃO: É a ação que o demônio exerce sobre objetos, sobre elementos da natureza (minerais, vegetais, animais, etc.), sobre elementos atmosféricos (ventos, chuvas, raios, etc.), sempre visando prejudicar a pessoa humana e/ou afastá-la de Deus.





D) POSSESSÃO: É um domínio que um espírito maligno exerce sobre o corpo do homem, e indiretamente, sobre áreas da sua mente. O possesso não é moralmente responsável por seus atos, uma vez que não tem plena consciência deles. A ação maligna no possesso não é contínua, pois se manifesta por períodos de crise.





As pessoas que se envolvem com o ocultismo em geral (espiritismo, adivinhação, umbanda, candomblé, bruxaria, magia, wicca, esoterismo, etc.), normalmente terminam sofrendo por opressão ou infestação maligna. 


As vítimas de malefícios, despachos, ou outros trabalhos e rituais ocultistas podem sofrer com esta mesma influência e ação. 


No caso destas pessoas, a prudência e o bom senso recomendam que sejam atendidas por quem tem o ministério de libertação, e não por qualquer pessoa.





Exemplos em que somente uma pessoa ministeriada deve atuar:





1)  Uma pessoa que quer deixar o espiritismo, mas sempre desmaia ou tem “ataques” ao entrar na Igreja, ou até mesmo nem consegue entrar na Igreja, pois passa mal… 


2)  Alguém que sempre vê vultos de pessoas ou seres estranhos, sempre ouve barulhos assustadores dentro de casa, não consegue dormir, tem pesadelos terríveis ou sente normalmente que alguém o puxou e acordou durante a noite…   


3)  Uma pessoa que, de repente, começa a falar com outra voz, se comporta como se fosse outra pessoa, demonstra ter conhecimentos que humanamente não teria como ter obtido, demonstra força acima das que normalmente possui…





Observação importante:





- O exorcismo solene da Igreja é diferente da oração de libertação feita por um leigo ou sacerdote ministeriado em libertação. O exorcismo só pode ser feito por um sacerdote designado pelo bispo diocesano para tal.





Aconselho você que se interessa em aprofundar seu conhecimento neste campo, que procure ler livros de autores católicos que tratam especificamente do tema, ou procure descobrir qual é o padre exorcista na sua Diocese e converse com ele.





Sempre é preciso ter muito critério para se fazer o discernimento sobre casos de influência maligna, pois existem enfermidades e distúrbios de ordem mental e psicológica que muito se parecem com manifestações de ação do maligno, porém nestes casos, a ajuda de um profissional da área é imprescindível.






Enfim, o essencial que quero partilhar com você, é que este nível de batalha espiritual deve ser ordinariamente vivenciado por quem recebe de Deus o ministério de libertação e foi treinado e formado para tal.



“Quando os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dEle e gritavam: ‘Tu és o Filho de Deus!’ (Mc 3, 11).



Isto continua acontecendo, pois Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje, e sempre! Ele está no meio de nós!

Seu Espírito está em mim e em você! Aleluia! Jesus é o Senhor!



Fonte: Canção Nova (Ulisses).


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pe. Mun (coreano) tenta recuperar a Eucaristia depois de ser jogado ao chão pela polícia.


Pe. Bartolomeu Mun Jung-hyun salvando a Eucaristia




É lamentável uma notícia desse tipo. Como todos os dias, estávamos procurando notícias relacionadas a nossa Igreja para publicarmos e nos deparamos com essa reportagem, onde Pe. Mun (coreano) tenta recuperar a Eucaristia depois de ser jogado ao chão pela polícia.



A diocese de Cheju (Coreia do Sul) exigiu um pedido de desculpas oficial depois de cerca de 20 policiais terem interrompido uma missa em Jeju Island. Os policiais foram abrindo caminho para um caminhão de cimento entrar no canteiro de obras de uma nova base naval.





Pe. Bartolomeu Mun Jung-hyun (Pe. Mun), que estava presidindo a Missa às portas do local, foi jogado ao chão, enquanto administrava a comunhão. E ainda afirma, juntamente com outras testemunhas, que um policial também pisou sobre a Eucaristia.





Pe. João Ko Buyeong-soo, presidente da Comissão de Justiça e Paz da diocese visitou o local logo após a perturbação e afirmou que "pisar ou danificar a Eucaristia é um insulto para os católicos", e exigiu das autoridades locais uma investigação e um pedido de desculpas. E mesmo com diversas testemunhas a polícia local emitiu um comunicado de imprensa no qual negou qualquer irregularidade.



Rezemos pelos cristãos que se encontram nesse país!



Recebido por imail através de Renata Souza





quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Quando Nossa Senhora apareceu pela primeira vez em Fátima





A primeira aparição





Quando Nossa Senhora apareceu pela primeira vez em Fátima, no dia 13 de maio de 1917, Lúcia acabara de completar 10 anos; Francisco estava para completar 9; e Jacinta, a menor, tinha pouco mais de 7 anos.





As aparições de Nossa Senhora se deram habitualmente na Cova da Iria, numa propriedade do pai de Lúcia, situada a 2,5Km de Fátima. A mãe de Deus aparecia por volta do meio-dia, sobre uma azinheira de pouco mais de um metro de altura.





Por algum misterioso desígnio de Deus, as três crianças foram privilegiadas, mas desigualmente: as três viam Nossa Senhora, mas Francisco não A ouvia; Jacinta A via e ouvia, mas não lhe falava; Lúcia via e ouvia a Santíssima Virgem, e também falava com ela.





Os pastorinhos estavam, naquele dia 13, brincando de construir uma casinha de pedras em redor de uma moita quando, de repente, brilhou uma luz muito intensa.





Num primeiro momento pensaram que tinha sido um relâmpago, mas pouco depois avistaram, sobre uma azinheira, "uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do Sol mais ardente".





As crianças, surpreendidas, pararam bem perto da Senhora, dentro da luz que a envolvia. Nossa Senhora então deu início a seguinte conversação com Lúcia:





- Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.





- De onde é Vossemecê?





- Sou do Céu.





- E que é que Vossemecê quer?





- Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois, voltarei ainda aqui uma sétima vez.





- E eu vou para o Céu?





- Sim, vais.





- E a Jacinta?





- Também.





- E o Francisco?





- Também; mas tem que rezar muitos Terços. Lucia lembrou-se então de perguntar por duas jovens suas amigas que haviam falecido pouco tempo antes:





- A Maria das Neves já está no Céu?





- Sim, está.





- E a Amélia?





- Estará no Purgatório até o fim do mundo.





Nossa Senhora fez então um convite explícito aos pastorinhos:





- Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?





- Sim, queremos.





- Ide, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.





Nossa Senhora ainda acrescentou: "Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra". Depois, começou a Se elevar majestosamente pelos ares na direção do nascente, até que desapareceu.


Fonte: http://www.fatima.org.br/mensagemdefatima/aparicoes/primeira_aparicao.asp




Segunda Aparição

A 13 de junho, os videntes não estavam sós, mais 50 pessoas haviam comparecido ao local.



A pequena Jacinta não conseguira guardar o segredo que os três haviam combinado, e se espalhara a notícia da aparição.



Desta vez, foi Lúcia que principiou a falar:



- Vossemecê que me quer?



- Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias, e que aprendais a ler. Depois direi o que quero.



Lúcia pediu a Nossa Senhora a cura de um doente.



- Se se converter, curar-se-a durante o ano.



- Queria pedir-lhe para nos levar para o Céu.



- Sim, a Jacinta e o Francisco, levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer Servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono.



- Fico cá sozinha?



- Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio, e o caminho que te conduzirá até Deus.



Nossa Senhora, como da primeira vez, elevou-se com majestosa serenidade e foi-se distanciando, rumo ao nascente.




Terceira Aparição

A 13 de julho, mais de 2 mil pessoas haviam comparecido à Cova da Iria.



As pessoas presentes notaram uma nuvenzinha de cor acinzentada pairando sobre a azinheira; notaram também que o sol se ofuscou e um vento fresco soprou, aliviando o calor daquele auge de verão.



Novamente foi Lúcia que iniciou a conversação:



- Vossemecê que me quer?



- Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o Terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer.



- Queria pedir-lhe para nos dizer Quem é; para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.



- Continuem a vir aqui, todos os meses. Em outubro direi Quem sou, o que quero, e farei um milagre que todos hão de ver para acreditar.



Lucia fez então alguns pedidos de graças e curas. Nossa Senhora respondeu que deviam rezar o Terço para alcançarem as graças durante o ano. Depois, prosseguiu:



- Sacrificai-vos pelos pecadores, e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.



Deu-se então a visão do Inferno, descrita, anos depois, pela Irmã Lúcia. Esta visão constitui a primeira parte do Segredo de Fátima, revelada apenas em 1941, assim como a segunda parte a seguir:



Após a terrível visão do inferno, os três pastorinhos levantaram os olhos para Nossa Senhora, como que para pedir socorro, e Ela, com bondade e tristeza, prosseguiu:



- Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar. Mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior.



Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá, de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja.



Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, e ela se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal, se conservará sempre o Dogma de Fé; etc...



Aqui se insere a terceira parte do Segredo de Fátima, revelada em 13 de maio de 2000.



- Isso não digais a ninguém. Ao Francisco sim, podes dizê-lo.



Após uma pausa prosseguiram:



- Quando rezardes o terço, dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem.



- Vossemecê não me quer mais nada?



- Não. Hoje não te quero mais nada.



E como das outras vezes, começou a se elevar com majestade na direção do nascente, até desaparecer por completo.

Quarta Aparição

Os três pastorinhos foram sequestrados, na manhã do dia 13 de agosto, pelo administrador de Ourém, a cuja jurisdição pertencia Fátima. Ele achava que os segredos de Nossa Senhora se referiam a um acontecimento político que abaria com a República, recém instalada em Portugal.



Como eles nada revelaram do segredo - mesmo tendo sido deixados sem comida, presos juntamente com criminosos comuns e sofrido forte pressão -, o truculento administrador acabou por desistir do intento e devolveu os videntes a suas famílias. Mas com isso, eles tinham perdido a visita da Bela Senhora, que descera à cova de Iria, mas não os encontrara.



Dois dias depois, entretanto, a Virgem novamente lhes apareceu,em um local chamado Valinhos.\r\nComo das outras vezes, seguiu-se o diálogo:



- Que é que Vossemecê me quer?



- Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13; que continueis a rezar o Terço todos os dias.\r\nNo último mês, farei o milagre para que todos acreditem.



- Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova da Iria?



- Façam dois andores. Um, leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas, vestidas de branco; o outro, que leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário; e o que sobrar é para a ajuda de uma capela, que hão de mandar fazer.



- Queria pedir-Lhe a cura de alguns doentes.



- Sim, alguns curarei durante o ano. Rezai, rezai muito; e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas.



Em seguida, como de costume, começou a se elevar e desapareceu na direção do nascente.




Quinta Aparição



A 13 de setembro, já eram 15 ou 20 mil as pessoas presentes no local das aparições. A Virgem assim falou:



- Continuem a rezar o Terço, para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda.



Trazei-a só durante o dia.



- Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, de um surdo-mudo.



- Sim, alguns curarei. Outros, não, em outubro farei o milagre para que todos acreditem.



Em seguida, começou a se elevar e desapareceu no firmamento.

Sexta Aparição e o Milagre do Sol



A multidão rezava o terço quando, à hora habitual, Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira:





- Que é que Vossemecê me quer?





- Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra; que sou a Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar, e os militares voltarão em breve para suas casas.





- Eu tinha muitas coisas para lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc. ...





- Uns sim, outros não. É preciso que se emendem; que peçam perdão dos seus pecados. Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido.





Nesse momento, abriu as mãos e fez com que elas se refletissem no Sol, e começou a Se elevar, desaparecendo no firmamento. Enquanto Se elevava, o reflexo de sua própria luz se projetava no Sol.





Os pastorinhos então viram, ao lado do Sol, o Menino Jesus com São José e Nossa Senhora. São José e o Menino traçavam com a mão gestos em forma de cruz, parecendo abençoar o mundo.





Desaparecida esta visão, Lúcia viu Nosso Senhor a caminho do Calvário e Nossa Senhora das\r\nDores. Ainda uma vez Nosso Senhor traçou com a mão um sinal da Cruz, abençoando a multidão.





Por fim aos olhos de Lúcia apareceu Nossa Senhora do Carmo com o Menino Jesus ao colo, com aspecto soberano e glorioso.





As três visões recordaram, assim, os Mistérios gososos, os dolorosos e os gloriosos do Santo Rosário. O milagre do Sol Enquanto se passavam essas cenas, a multidão espantada assistiu ao grande milagre prometido pela Virgem para que todos cressem.





No momento em que Ela se elevava da azinheira e rumava para o nascente, o Sol apareceu por entre as nuvens, como um grande disco prateado, brilhando com fulgor fora do comum, mas sem cegar a vista. E logo começou a girar rapidamente, de modo vertiginoso. Depois parou algum tempo e recomeçou a girar velozmente sobre si mesmo, à maneira de uma imensa bola de fogo. Seus bordos tornaram-se, a certa altura, avermelhados e o Astro-Rei espalhou pelo céu chamas de fogo num redemoinho espantoso. A luz dessas chamas se refletia nos rostos dos assistentes, nas árvores, nos objetos todos, os quais tomavam cores e tons muito diversos, esverdeados, azulados avermelhados, alaranjados etc.





A 13 de outubro, era imensa a multidão que acorrera à Cova da Iria: 50 a 70 mil pessoas. A maior parte chegara na véspera e ali passara a noite. Chovia torrencialmente e o solo se transformara num imenso lodaçal.







Três vezes o Sol, girando loucamente diante dos olhos de todos, se precipitou em ziguezague sobre a terra, para pavor da multidão que, aterrorizada, pedia a Deus perdão por seus pecados e misericórdia.





O fenômeno durou cerca de 10 minutos . Todos o viram, ninguém ousou pô-lo em dúvida, nem mesmo livres-pensadores e agnósticos que ali haviam acorrido por curiosidade ou para zombar da credulidade popular.





Não se tratou, como mais tarde imaginaram pessoas sem fé, de um fenômeno de sugestão ou excitação coletiva, porque foi visto a até 40 km de distância, por muitas pessoas que estavam fora do local da aparições e portanto fora da área de influência de uma pretensa sugestão ou excitação.





Mais um pormenor espantoso notado por muitos: as roupas, que se encontravam encharcadas pela chuva no início do fenômeno, haviam secado prodigiosamente minutos depois.















"Tenha um coração dócil ao Espírito Santo e não deixe que a racionalidade lhe vede os olhos da alma".






Lendo o livro de Daniel, o meu coração começou a arder. Veio algo diferente dentro de mim.Como é maravilhoso poder contemplar a vida de um homem de Deus. Agora, imagina o dia que contemplaremos o próprio Deus?





Daniel, homem orante, obediente a Deus, cheio de sabedoria e conhecimento, que alimentava de vegetais e não quis se contaminar com as comidas e o vinho do rei, mesmo ele tendo ordenado para dar da mesma comida e bebida para ele e os demais estudantes. 





Daniel, aquele que não deixou-se corromper. Que tudo enfrentou por amor a Deus e era chamado de querido pelo céu.





Vamos ter a oportunidade nesta reflexão de orar junto com Daniel e mais ainda vamos perceber que temos que deixar a oração egoísta que sempre fazemos. Daniel pensava em todos. 





Fiquei a observar, que ao oramos lembramos daqueles que nos são queridos. Pai, mãe irmãos, avós, sobrinhos, etc. Mas quase não lembramos da nação, do governo, dos políticos, da autoridade na Igreja e Nossa Senhora em sua profecias pede que intercedamos pelos pecadores, pela Igreja, pela nação. 





Daniel fazia o que todos nós cristãos deveríamos fazer.





Daniel lembrou de todos. E pediu perdão por toda a nação. Ele não gostava de injustiças. Fazia súplicas ao Senhor, estudava e vivia a palavra. 





Enfim, Daniel amava a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.





Daniel passou a servir ao Rei Nabucodonosor e meditando o capítulo nove observei os detalhes e Daniel dizia: "No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, pus-me a estudar o número dos anos que deveriam passar com a cidade de Jerusalém destruída, de acordo com a palavra do SENHOR anunciada pelo profeta Jeremias. Eram setenta anos". (Daniel, 9,2)





Meus irmãos, Daniel, pôs a estudar na bíblia, o número dos anos que a Cidade de Jerusalém ficaria destruída. Isso significa que Daniel era tão zeloso e cuidadoso com o que é Santo, que chegou inclusive a fazer uma conta aritmética. Usando naquele instante, da própria matemática. Isso significa também que Daniel acreditava na palavra do profeta Jeremias, tanto que afirmou que eram setenta anos.





Podemos observar que Daniel era um homem de oração e que fazia penitência. É o que diz o texto: "Voltei o olhar para o Senhor Deus procurando fazer preces e súplicas com jejuns vestido de saco e coberto de cinza"(Daniel, 9,3 ).





Daniel voltou, isto é, após ter compreendido que eram 70 anos de destruição, ele olhou para o Senhor Deus. Quer dizer colocou toda a sua confiança em Deus, procurando fazer preces e súplicas com Jejuns, veja os pormenores e entrega da oração:





“Ah! Senhor, Deus imenso e terrível, cumpridor da Aliança e do amor fiel para com aqueles que amam e guardam seus mandamentos! Nós erramos, nós pecamos, nós praticamos a injustiça, desobedecemos, desviamo-nos dos teus mandamentos e das tua sentenças.Não quisemos escutar teus servos, os profetas, que em teu nome falavam a nossos reis e autoridades, a nossos pais e a todos os cidadãos. Do teu lado, Senhor, está o direito, e para nós fica a vergonha que hoje estamos passando, tanto os senhores de Judá, quanto os cidadãos de Jerusalém, Israel em peso, tanto os que estão perto, quanto os que estão longe, por todos esses países por onde os espalhaste por causa dos crimes que contra ti praticaram.SENHOR, para nós, para nossos reis, nossas autoridades e nossos pais só fica esta vergonha pela qual estamos passando, pois pecamos contra ti. A ti, Senhor nosso Deus, cabem a misericórdia e o perdão, pois pecamos contra ti. Nós não escutamos a palavra do SENHOR nosso Deus, de modo a caminhar de acordo com as leis que ele nos deu por meio dos seus servos, os profetas.Israel inteiro desrespeitou as tuas leis e deixou de obedecer à tua palavra; por isso, caíram sobre nós as maldições e ameaças que estão escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, pois pecamos contra ele. Ele cumpriu as ameaças que tinha feito contra nós e nossos juízes, que faziam julgamentos e proferiam sentenças tão injustas como nunca se fez debaixo do céu, tal e qual se fazia em Jerusalém. Toda essa desgraça nos veio de acordo com o que está escrito na Lei de Moisés. Nós, porém, não nos esforçamos por agradar o Senhor nosso Deus, arrependendo-nos dos pecados e levando a sério a sua fidelidade. O SENHOR mesmo se encarregou dessa maldição e fez que ela chegasse até nós, pois o SENHOR nosso Deus é um Deus justo em tudo o que faz e nós não quisemos escutar a sua palavra. Agora, Senhor nosso Deus, tu que tiraste teu povo da terra do Egito com mão forte, criando-te a fama que tens hoje, nós pecamos, praticamos a injustiça! Senhor, com toda a tua justiça, volta teu rosto, tem pena de Jerusalém, tua cidade, a tua Montanha Santa, pois, por causa de nossos crimes e dos pecados de nossos pais, Jerusalém e teu povo são hoje uma vergonha em todo o derredor. Agora, então, Deus nosso, escuta a oração do teu servo, suas súplicas, e, por causa de ti mesmo, faze brilhar tua face sobre o teu Santuário abandonado. Inclina, meu Deus, teu ouvido para escutar, abre os olhos para ver a ruína nossa e da cidade sobre a qual teu nome foi invocado, pois não é por confiar na nossa justiça e, sim, na tua imensa compaixão que imploramos misericórdia diante de ti. Escuta, Senhor! Perdoa, Senhor! Atende, Senhor, e começa a agir sem demora, por causa de ti mesmo, meu Deus, pois teu nome foi invocado sobre esta cidade e sobre o teu povo”. .(Daniel, 9,4-15)





Estava Daniel pedindo a misericórda e o perdão de Deus, reconhecendo os erros dele e de toda a nação, por não terem escutado os profetas e a sua palavra, por não terem obedecido e respeitado as leis, quando apareceu Gabriel: 





"sim, eu ainda pronunciava minha oração, quando Gabriel, o homem que eu tinha visto no começo da visão, voando rápido veio para perto de mim. Foi na hora da oração da tarde". (Daniel, 9,21)





“Daniel, vim para ensinar-te uma interpretação":(Daniel, 9,22)





Percebam que Gabriel disse que veio ensinar uma interpretação. Isso significa que não bastou só a oração de Daniel e a leitura da palavra,  foi preciso a intervenção do céu, para dar uma mensagem e ensiná-lo a interpretar.





Quando começaste tua oração, surgiu uma mensagem, que eu vim te contar, porque és querido. Presta atenção à mensagem e estuda a visão.(Daniel, 9,23)





Daniel era querido pelo CÉU, porque era humilde diante de Deus, porque confiava cegamente em Deus, porque amava o povo, porque queria o bem de todos e não duvidava em nenhum momento do poder de Deus. Sua oração em nenhum momento era egoísta. Daniel não buscava os seus próprios interesses e sim o interesse coletivo. Daniel humilhou, reconheceu os erros, pediu perdão e jejuou pelo povo junto a Deus.





Diz a palavra que Daniel era querido por isso o Céu interviu.





Então, o anjo disse que veio contar porque Daniel era querido e porque começou uma oração. O anjo ainda o exortou a prestar atenção na mensagem e estudar a visão. 





Veja bem, então, quando era preciso que Daniel ficasse atento na mensagem e estudasse a visão que teve.





"Setenta semanas foram determinadas em favor do teu povo e da tua cidade santa, a fim de pagar o crime, corrigir o erro, limpar o pecado, até que chegue a justiça eterna, se cumpram a visão e a profecia, e o Santo dos santos seja consagrado. Fica sabendo e compreende: desde quando a mensagem apareceu falando de reconstruir Jerusalém até o príncipe ungido sete semanas hão de passar. Em sessenta e duas semanas praças e valos serão reconstruídos, mas em tempos difíceis. Após as sessenta e duas semanas, inocente, o ungido será eliminado. O exército do comandante que chega destruirá a cidade e o santuário. O seu fim será numa invasão, numa guerra sem trégua, destruição determinada.Ele firmará uma aliança com as autoridades para durar uma semana. E na metade da semana vão parar o sacrifício e a oferenda, enquanto de um lado do templo estará a abominação desoladora, até acabar, até cair sobre o Devastador o que para ele está determinado”.(Daniel, 9,24-27),





Vimos que diante mensagem recebida era necessário um estudo minucioso, pois era dado um tempo. A gente vê no início do capítulo de Daniel, que Jerusalém ficaria destruída por 70 anos. Ao fazer a oração pedindo o perdão e a misericórdia de Deus, aparece Gabriel, que diz a ele que veio ensiná-lo a interpretar e que para isso era necessário atenção e estudo. E agora, Daniel terá que estudar e prestar atenção pois foi a exortação feita por aquele que vinha da parte de Deus.





Eram 70 anos de destrução depois do pedido de perdão vem uma palavra em sentido figurado e fala sobre 70 semanas.  Que significa isso? Provavelmente esse mesmo questionamento que agora faço Daniel o fez. É uma responsabilidade dada por Deus e que agora cabe a Daniel estudar e prestar atenção.





No capítulo 10 Daniel tem outra visão, agora em outro reinado e em outra época e detalhes intrigantes: Daniel estava tremendo de medo quando o representante de Deus apareceu para Ele e com forma humana. E se formos ver versículos anteriores seus amigos tiveram medo e mesmo sem terem visto nada fugiram.  Aquela figura com forma  humana que lhe apareceu falou de forma amável e gentil:





 “Daniel, homem querido, entende a mensagem que te trago, fica de pé, pois agora fui enviado a ti”. E, enquanto ele falava comigo, eu fui me levantando, tremendo.Ele me disse: “Deixa de medo, Daniel, pois desde o primeiro dia, quando começaste a meditar e a te humilhar diante de Deus, tuas palavras foram ouvidas, e é por causa delas que eu vim".(Daniel 10,11-12). 





Vejam que aquele homem além de encorajá-lo disse que desde quando ele começou a meditar e humilhar diante de Deus que ele fora ouvido em suas orações e que ele veio explicar o que vai acontecer, porque tinha mais uma visão para ele.





"e vim explicar-te o que vai acontecer ao teu povo nos últimos dias, pois ainda existe uma visão para estes dias”.(Daniel 10,14)





Apesar daquele homem encorajá-lo, Daniel chegou a ficar mudo, perdeu a cor e as forças desapareceram. 





Quantas vezes irmãos, o Senhor quer comunicar conosco as vezes até da forma que comunicou com Daniel e nós fugimos, porque deixamos a nossa razão falar. Temos medo de Deus. Daniel, mesmo com medo enfrentou. Era preciso fazê-lo para o bem do povo. 





Observemos: "Enquanto ele falava essas coisas comigo, voltei o rosto para o chão e fiquei mudo. Alguém com a aparência de um ser humano tocou me os lábios e eu pude abrir a boca. Falei, então, àquele que estava à minha frente: “Senhor, com esta visão eu perdi a cor, minhas forças desapareceram. Como poderia o servo do meu senhor falar, se minhas forças sumiram e até perdi o fôlego?” A tal figura humana tocou-me novamente e recobrei as forças. Ele me disse: “Nada de medo, homem querido! Calma! Coragem! Coragem!” Bastou ele falar e eu me senti mais forte e disse: “Fala, meu Senhor, que me devolveste as forças!”(Daniel 10,15-19)"





O homem que apareceu para Daniel, brincou com ele: "Nada de medo, homem querido!Calma!Coragem!





É lindo os desígnios de Deus, não é mesmo? Mas, após explicar tantas coisas para Daniel aquele homem ainda transmite mais:  





“Depois aparecerá um rei valente, que há de dominar o grande império e fazer o que bem entender. Assim que ele se estabelecer, porém, seu império será dividido pelos quatro ventos do mundo.Não, porém, entre seus descendentes nem com o mesmo poder com que fora governado, mas será retalhado entre pessoas estranhas."(Daniel 11,3-4)  e, Continua: 





"No tempo marcado voltará a invadir o sul, mas desta vez não será como da primeira. Navios romanos virão contra ele que, amedrontado, recuará, indignado contra a Aliança Sagrada. Ao voltar,  novamente dará apoio aos que abandonam a Aliança Sagrada.(Daniel 11,29-30)"





Notemos meus irmãos, que Daniel era um homem íntegro, cheio de confiança em Deus, que era obediente a Deus e, que estava junto ao governo da Nação. Ele era um homem sábio e o Rei escutava os seus conselhos e ouvia as suas alertas. Daniel, era como se fosse o conselheiro do Rei.





Portanto, temos que ver no contexto religioso, mas também no contexto administrativo. Daí, há uma necessidade de sabedoria, de discernimento ao interpretar os textos que precisam ser feitos à luz do Espírito Santo.





Temos que verificar também, que o Céu as vezes envia um novo jeito, para ajudar. Como no caso presente, o Céu enviou uma ajuda sobrenatural. Isso significou que houve algo além do normal.





E aquele homem que apareceu diz ainda mais sobre um dos governos: "Com bajulação desviará os que pervertem a Aliança, mas o grupo dos que têm o conhecimento de Deus se manterá firme e reagirá.Os mais conscientes do grupo esclarecerão a muitos, mas acabarão mortos à espada ou na fogueira ou condenados à prisão ou ao confisco dos bens por algum tempo.Quando caírem em desgraça poucos os ajudarão, mas muitos se aproximarão deles para fazer intrigas.Alguns dos mais avisados vão tombar, de modo que aconteça o expurgo, a separação, a limpeza que precede o fim, — pois a hora marcada ainda não chegou".(Daniel 11,32-35)





"Invadirá também nossa Terra Deliciosa, e tombarão aos milhares. Só escaparão de suas mãos os edomitas, os moabitas e um resto dos amonitas.Irá se apossando de todos os países, nem o Egito escapará dele.(Daniel 11,41-42)"





Armará as tendas da sua nobre residência entre os dois mares, na deliciosa montanha santa. Aí chegará ao seu fim, sem que ninguém venha ajudá-lo.(Daniel 11,45)





É meus, irmãos, veja como deve ter ficado a cabeça de Daniel, quando o mensageiro celestial, com forma humana veio lhe falar essas coisas.





Hoje, nós vemos os teólogos querendo saber o significado. Nós vemos os estudantes, com suas teses querendo explicar o que é. A gente vê os espiritualista dizendo que Deus me falou isso ou aquilo e eu posso e você, podemos dizer o quê?





Vou aqui colocar algumas frases que nossa senhora falou em suas aparições e que talvez tenham passado despercebido por mim e por você e que podem explicar em parte esse texto de Daniel e a experiência Dele com o Céu:





"Eu falo a vocês através de mensagens, pedindo a todos que vivam o Evangelho".





"Entretanto, nunca pedi que convencessem as pessoas da veracidade das mensagens, porque, em sua maioria, mesmo que presenciassem milagres e prodígios permitidos por Deus para confirmá-las, não acreditariam, pois isto fere seus interesses".





"Vocês lidam com a lógica para explicar o extraordinário! Isto dificulta sentir a presença de Deus, porque ela (a lógica) funciona como um circuito fechado dentro da mente de vocês, razão pela qual, desta forma, nunca poderão entender a linguagem do infinito".





"Meus filhos queridos, a interiorização levará vocês à santidade e à vida eterna".





"Somente através da renúncia às grandezas da terra poderão conhecer quem é Jesus".





"Quero que sintam o Espírito Santo iluminando todo o psiquismo de vocês, porque Ele quer levá-los a se renovarem pelo conhecimento do extraordinário".





"Eu clamo a Deus para que a Igreja permaneça numa contínua e séria oração, e perceba que, com meus alertas e sinais, estou levantando em toda a terra o véu que encobre a apostasia nela implantada. Eu afirmo que ela já está assentada no seio da Igreja, abali-zada por uma gama de ensinamentos de inúmeros teólogos, que se colocam em aberta oposição ao Papa e aos ensinamentos da Igreja de Cristo".





"Para o conhecimento e a percepção daquilo que não se explica pela razão, o caminho é a fé e a interiorização".





"É necessário querer seguir o caminho para que as portas do infinito se abram e conheçam o extraordinário".





"Quem ora torna possível o impossível."





"Jesus  falou e fala através do Evangelho, com o qual traz o Céu ao coração mais humilde"





Então, meus irmãos, tenho a certeza que a mensagem foi passada agora, para aqueles que abriram o coração.





Tenho uma amiga, que me fez uma alerta nessa semana, quando duvidei de uma pessoa que recebe mensagens celestiais.





Ela disse para mim:."tenha um coração dócil ao Espírito Santo e  não deixe que a racionalidade lhe vede os olhos da alma".





Ela disse mais: Quem anuncia o que o demônio não quer, que é a 2ª vinda de Jesus, é perseguido".





Há mais uma coisa que ela me falou:





"Leia as mensagens com o coração aberto à ação do Espírito Santo, deixe cair os muros de suas ideias e preconceitos, e medite a respeito". 





Saibam meus amigos, que ela tem razão, o Senhor enviou ajuda do Céu para Daniel ajudar o seu povo. 





Porque não pode enviar hoje a ajuda do Céu para nos ajudar? E ele vai enviar essa ajuda, não é a mim, que sou infiel, não é a você, que não faz por merecer.





Ele vai enviar a ajuda é para aquele escolhido Dele, que faz jejum, que é obediente, que suplica pelo mundo, que não é egoísta e pensa só em si e na família. Deus vai enviar um mensageiro do Céu para aquele que confia como Daniel confiava. Daniel por fidelidade a Deus chegou a ficar na Cova dos Leões. E ficou lá tranquilo e ainda recebia refeição dum enviado de Deus lá dentro da cova.





Deus vai enviar ajuda do céu até em forma de figura humana sim, para aquele que reza com o coração aberto, que é capaz de ser criticado sem importar, que é capaz de dar a vida por Jesus.





Minha amiga disse para mim:Leia as mensagens com o coração aberto à ação do Espírito Santo, deixe cair os muros de suas ideias e preconceitos, e medite a respeito". 





Voltemos a Daniel:





"Naquele dia vai prevalecer Miguel, o grande comandante, sempre de pé ao lado do teu povo. Será hora de grandes apertos, tais como jamais houve, desde que as nações começaram a existir até o tempo atual. Só escapará, então, quem for do teu povo, quem tiver seu nome inscrito no livro.A multidão dos que dormem no pó da terra acordará, uns para a vida, outros para a rejeição eterna. Os conscientes hão de brilhar como relâmpagos, os que educaram a muitos para a justiça brilharão para sempre como estrelas. Tu, Daniel, guarda em segredo esta mensagem, deixa lacrado este livro até o tempo final. Muitos hão de lê-lo e ampliar seu conhecimento”.(Daniel 12,1-4)".





"Perguntei ao homem vestido de linho que estava por cima das águas do rio: “Quanto tempo vai demorar para se cumprirem essas coisas maravilhosas?” (Daniel 12,6)





Irmãos, quem já leu sobre os sinais do fim do mundo e os evangelhos, vê aqui a descrição do homem de linho, como sendo Jesus. E aliás Jesus faz a menção no evangelho de Mateus sobre Daniel e que éramos para observar quando viesse a abominação desoladora.





O homem vestido de linho que Daniel teve a visão disse a Daniel:





"Muitos ainda serão escolhidos, limpos e expurgados, enquanto os maus continuam praticando a injustiça. Os maus nada entenderão, só os conscientes entenderão. A partir do dia em que interromperem o sacrifício permanente e instalarem aquele ídolo abominável, hão de passar mil duzentos e noventa dias. Feliz de quem souber esperar e alcançar os mil trezentos e trinta e cinco dias. Quanto a ti, segue até o fim. Vais descansar, depois hás de te levantar para receber o teu prêmio no final dos dias”.(Daniel 12,10-13)"





Exclamou, então, o rei em alta voz: “Tu és grande, ó Senhor, Deus de Daniel! Além de ti não existe outro Deus!”





Há uma ligação da profecia de Daniel com os sinais da segunda vinda de Cristo e como disse anteriormente, Jesus fez menção sobre Daniel dizendo em São Mateus 24, 15-27 "Quando virdes, então, a abominação desoladora, de que falou o profeta Daniel, instalada no Lugar santo — o leitor entenda! —, aqueles que estiverem na Judéia fujam para as montanhas. Quem estiver no terraço não entre para apanhar coisa alguma em casa. Quem estiver no campo não volte atrás para pegar o manto. Ai das mulheres grávidas e das que estiverem amamentando naqueles dias. Orai, para que vossa fuga não aconteça no inverno ou em dia de sábado. Haverá então grande aflição, como nunca houve desde o início do mundo até agora e nunca mais haverá. Se aqueles dias não fossem encurtados, ninguém escaparia; mas, por causa dos eleitos, serão encurtados. Se então alguém vos disser: ‘O Cristo está aqui! ’, ou: ‘Ele está ali! ’, não acrediteis. Surgirão falsos cristos e falsos profetas, que farão grandes prodígios e maravilhas para enganar, se possível, até os eleitos. Vede, eu vos preveni! Se vos disserem: ‘Ele está no deserto’, não andeis até lá, ou: ‘Ele está nos esconderijos’, não acrediteis. Como de repente o relâmpago sai do oriente e reluz até o poente, assim será a vinda do Filho do Homem".





Não pretendo aqui interpretar a profecia de Daniel, pois tal tarefa não me foi dada, mas nunca um texto me falou tão forte como o livro de Daniel, como tenho a certeza falará para você também e ainda continuará falando para nós, porque essa mensagem não termina aqui, ela é simplesmente o início de preparação para cada um de nós, uma alerta para a segunda vinda de Cristo e um convite à fedelidade a Deus e uma abertura de coração para o novo, deixando o Espírito Santo falar através de um novo amor pela oração.





Finalizo com as palavras ditas pelo Rei à Daniel:Exclamou, então, o rei em alta voz: “Tu és grande, ó Senhor, Deus de Daniel! Além de ti não existe outro Deus!”





Sim, e falo também, Tu és grande, Ó Senhor, não só de Daniel, mas meu também e de todos que querem e querem um dia estar bem juntinhos de ti.





O Senhor voltará!





Augusta Moreira dos Santos


Grupo de Oração São Francisco de Assis-Vazante-MG


www.grupodeoracaosaofranciscodeassis.blogspot.com.br

Frei Elias Vella-A forma mais eficiente de receber a cura e a libertação é através da oração de louvor




Pentecostes-icone


Quando louvamos a Deus nós submetemos nossas vidas a Ele. É na nossa fraqueza que encontramos toda a nossa força. Quando estamos louvando ao Senhor é o mesmo que dizermos a Ele que somos pessoas fracas que precisamos de ajuda d’Ele, da Sua cura e de Sua libertação e do Seu amor.





Precisamos orar em línguas. Porque quando oramos em línguas nos apresentamos diante do Senhor como criancinhas que estão aprendendo a falar. A I Carta aos Coríntios, capítulo 12, é a prece da criancinha. Muitas vezes, a criança não sabe como se expressar diante da sua mãe, ela apenas balbucia, e aquelas sílabas que os pequenos pronunciam só a mãe consegue entender. Não vamos encontrar essa linguagem infantil em nenhum dicionário, mas para a mãe aquilo tem muita expressividade.





Muitas vezes, nos encontramos diante de Deus sem saber o que pedir, como criancinhas. Não sabemos em que linguagem devemos nos comunicar com Ele, então a língua que usamos para falar com Ele é a de uma pequena criança. E não importa sobre o que vão dizer sobre nós de utilizarmos essa língua. Eu sou um(a) filho(a) livre diante de Deus, que se comunica comigo.





"Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis (cf. Romanos 8,26).





Paulo fala nessa passagem bíblica que muitas vezes não sabemos como orar, então nós pedimos ao Espírito, que habita em nós, para orar em nós ao Pai, para orar numa língua que é a língua d’Ele [Espírito Santo]. E São Paulo expressa isso ao dizer que é o Paráclito que vem em auxílio à nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis, e esses gemidos, que não podem ser traduzidos em palavras, é o Espírito orando em nós ao Pai segundo nossas necessidades, e que hoje, vem orar através de nós.





Estamos pedindo que o Espírito Santo de Deus venha orar em nosso nome para que a nossa oração chegue ao Pai, porque o Espírito sabe exatamente o que estamos necessitando.





Pelo Espírito vamos descobrir necessidades que nós mesmos não temos conhecimento; e uma coisa que precisamos fazer é entregar as nossas necessidades nas mãos do Espírito Santo, que sabe muito mais que nós o que precisamos.





Qual é o Pai que se rejubila vendo um filho sofrendo? Ou morrendo de fome e sede?





O Senhor não se alegra com isso! Não é Deus que causa todos esses desastres ao mundo. Ele não traz doença nem sofrimento. Caso contrário, qual seria o sentido de ir até Jesus buscar cura e libertação?





Ao contrário do que pensamos, Deus tem compaixão, e compaixão vem do latim que significa "sofrer junto". Ele não nos promete cura e libertação, mas Ele já nos está dando a cura e a libertação ao derramar o Seu Espírito que nos faz voltar à vida, e não nos deixará como ossos que estão secos, mas através desse sopro do Espírito nos fará criaturas vivas.





Lembra como a Bíblia apresenta a criação do homem? O homem que era apenas barro e o Senhor sopra naquele barro e o torna vivo. Lembra quando Jesus soprou sobre os apóstolos e derramou sobre eles o Seu Espírito Santo e eles se tornaram novas criaturas a partir daquele momento? Jesus, hoje, sopra cada um de nós e a partir disso você se torna uma nova pessoa, nos tornamos pessoas curadas e libertas.





Senhor, nós cremos em Tua Palavra. Não é apenas uma promessa, mas uma realidade! Tu és fiel na Tua Palavra. Eu abro, Senhor, meu coração para qualquer cura e libertação que queira fazer em mim. Abra os nossos corações, meu Senhor, para que possamos receber toda a cura que vem de Ti, e receber novamente a verdadeira vida.





Eu sei que o Senhor deseja fazer isso com todo o Seu povo. O Senhor deseja fazer isso comigo e eu Te agradeço, Senhor, por me fazer uma pessoa viva!





Frei Elias Vella 


Franciscano conventual, líder da RCC na Ilha de Malta





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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Conceito de Revelação Privada -Joseph Card. Ratzinger -Quando Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé







{...}Neste contexto, torna-se agora possível compreender correctamente o conceito de “revelação privada”, que se aplica a todas as visões e revelações verificadas depois da conclusão do Novo Testamento; nesta categoria, portanto, se deve colocar a mensagem de Fátima. Ouçamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica sobre isto também: “No decurso dos séculos tem havido revelações ditas “privadas”, algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. (...) O seu papel não é (...) “completar”a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente numa determinada época da história” (n. 67). Isto deixa claro duas coisas:





1. A autoridade das revelações privadas é essencialmente diversa da única revelação pública: esta exige a nossa fé; de facto, nela, é o próprio Deus que nos fala por meio de palavras humanas e da mediação da comunidade viva da Igreja. A fé em Deus e na sua Palavra é distinta de qualquer outra fé, crença, opinião humana. A certeza de que é Deus que fala, cria em mim a segurança de encontrar a própria verdade; uma certeza assim não se pode verificar em mais nenhuma forma humana de conhecimento. É sobre tal certeza que edifico a minha vida e me entrego ao morrer.





2. A revelação privada é um auxílio para esta fé, e manifesta-se credível precisamente porque faz apelo à única revelação pública. O Cardeal Próspero Lambertini, mais tarde Papa Bento XIV, afirma a tal propósito num tratado clássico, que se tornou normativo a propósito das beatificações e canonizações: “A tais revelações aprovadas não é devida uma adesão de fé católica; nem isso é possível. Estas revelações requerem, antes, uma adesão de fé humana ditada pelas regras da prudência, que no-las apresentam como prováveis e religiosamente credíveis”. 





O teólogo flamengo E. Dhanis, eminente conhecedor desta matéria, afirma sinteticamente que a aprovação eclesial duma revelação privada contém três elementos: que a respectiva mensagem não contém nada em contraste com a fé e os bons costumes, que é lícito torná-la pública, e que os fiéis ficam autorizados a prestar-lhe de forma prudente a sua adesão [E. Dhanis, Sguardo su Fatima e bilancio di una discussione, em: La Civiltà Cattolica, CIV (1953-II), 392-406, especialmente 397]. Tal mensagem pode ser um válido auxílio para compreender e viver melhor o Evangelho na hora actual; por isso, não se deve transcurar. É uma ajuda que é oferecida, mas não é obrigatório fazer uso dela.





Assim, o critério para medir a verdade e o valor duma revelação privada é a sua orientação para o próprio Cristo. Quando se afasta d''Ele, quando se torna autónoma ou até se faz passar por outro desígnio de salvação, melhor e mais importante que o Evangelho, então ela certamente não provém do Espírito Santo, que nos guia no âmbito do Evangelho e não fora dele. Isto não exclui que uma revelação privada realce novos aspectos, faça surgir formas de piedade novas ou aprofunde e divulgue antigas. Mas, em tudo isso, deve tratar-se sempre de um alimento para a fé, a esperança e a caridade, que são, para todos, o caminho permanente da salvação. Podemos acrescentar que frequentemente as revelações privadas provêm da piedade popular e nela se reflectem, dando-lhe novo impulso e suscitando formas novas. 





Isto não exclui que aquelas tenham influência também na própria liturgia, como o demonstram, por exemplo, a festa do Corpo de Deus e a do Sagrado Coração de Jesus. Numa determinada perspectiva, pode-se afirmar que, na relação entre liturgia e piedade popular, está delineada a relação entre revelação pública e revelações privadas: a liturgia é o critério, a forma vital da Igreja no seu conjunto alimentada directamente pelo Evangelho. A religiosidade popular significa que a fé cria raízes no coração dos diversos povos, entrando a fazer parte do mundo da vida quotidiana. A religiosidade popular é a primeira e fundamental forma de “inculturação” da fé, que deve continuamente deixar-se orientar e guiar pelas indicações da liturgia, mas que, por sua vez, a fecunda a partir do coração.





Desta forma, passámos já das especificações mais negativas, e que eram primariamente necessárias, à definição positiva das revelações privadas: Como podem classificar-se de modo correcto a partir da Escritura? Qual é a sua categoria teológica? A carta mais antiga de S. Paulo que nos foi conservada e que é também o mais antigo escrito do Novo Testamento, a primeira Carta aos Tessalonicenses, parece-me oferecer uma indicação. Lá, diz o Apóstolo: “Não extingais o Espírito, não desprezeis as profecias. Examinai tudo e retende o que for bom” (5, 19-21). 





Em todo o tempo é dado à Igreja o carisma da profecia, que, embora tenha de ser examinado, não pode ser desprezado. A este propósito, é preciso ter presente que a profecia, no sentido da Bíblia, não significa predizer o futuro, mas aplicar a vontade de Deus ao tempo presente e consequentemente mostrar o recto caminho do futuro. Aquele que prediz o futuro pretende satisfazer a curiosidade da razão, que deseja rasgar o véu que esconde o futuro; o profeta vem em ajuda da cegueira da vontade e do pensamento, ilustrando a vontade de Deus enquanto exigência e indicação para o presente. Neste caso, a predição do futuro tem uma importância secundária; o essencial é a actualização da única revelação, que me diz respeito profundamente: a palavra profética ora é advertência ora consolação, ou então as duas coisas ao mesmo tempo. Neste sentido, pode-se relacionar o carisma da profecia com a noção “sinais do tempo”, redescoberta pelo Vaticano II: 





“Sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu; como é que não sabeis interpretar o tempo presente?” (Lc 12, 56). Por “sinais do tempo”, nesta palavra de Jesus, deve-se entender o seu próprio caminho, Ele mesmo. Interpretar os sinais do tempo à luz da fé significa reconhecer a presença de Cristo em cada período de tempo. Nas revelações privadas reconhecidas pela Igreja — E, portanto na de Fátima — Trata-se disto mesmo: ajudar-nos a compreender os sinais do tempo e a encontrar na fé a justa resposta para os mesmos.





A estrutura antropológica das revelações privadas





Tendo nós procurado, com estas reflexões, determinar o lugar teológico das revelações privadas, devemos agora, ainda antes de nos lançarmos numa interpretação da mensagem de Fátima, esclarecer, embora brevemente, o seu carácter antropológico (psicológico). A antropologia teológica distingue, neste âmbito, três formas de percepção ou “visão”: a visão pelos sentidos, ou seja, a percepção externa corpórea; a percepção interior; e a visão espiritual (visio sensibilis, imaginativa, intellectualis). 





É claro que, nas visões de Lourdes, Fátima, etc, não se trata da percepção externa normal dos sentidos: as imagens e as figuras vistas não se encontram fora no espaço circundante, como está lá, por exemplo, uma árvore ou uma casa. Isto é bem evidente, por exemplo, no caso da visão do inferno (descrita na primeira parte do “segredo” de Fátima) ou então na visão descrita na terceira parte do “segredo”, mas pode-se facilmente comprovar também noutras visões, sobretudo porque não eram captadas por todos os presentes, mas apenas pelos “videntes”. 





De igual modo, é claro que não se trata duma “visão” intelectual sem imagens, como acontece nos altos graus da mística. Trata-se, portanto, da categoria intermédia, a percepção interior que, para o vidente, tem uma força de presença tal que equivale à manifestação externa sensível.





Este ver interiormente não significa que se trata de fantasia, que seria apenas uma expressão da imaginação subjectiva. Significa, antes, que a alma recebe o toque suave de algo real, mas que está para além do sensível, tornando-a capaz de ver o não-sensível, o não-visível aos sentidos: uma visão através dos “sentidos internos”. Trata-se de verdadeiros “objectos” que tocam a alma, embora não pertençam ao mundo sensível que nos é habitual. Por isso, exige-se uma vigilância interior do coração que, na maior parte do tempo, não possuímos por causa da forte pressão das realidades externas e das imagens e preocupações que enchem a alma. A pessoa é levada para além da pura exterioridade, onde é tocada por dimensões mais profundas da realidade que se lhe tornam visíveis. 





Talvez assim se possa compreender por que motivo os destinatários preferidos de tais aparições sejam precisamente as crianças: a sua alma ainda está pouco alterada, e quase intacta a sua capacidade interior de percepção. “Da boca dos pequeninos e das crianças de peito recebeste louvor”: esta foi a resposta de Jesus — servindo-se duma frase do Salmo 8 (v. 3) — à crítica dos sumos sacerdotes e anciãos, que achavam inoportuno o grito hossana das crianças (Mt 21, 16).





Como dissemos, a “visão interior” não é fantasia, mas uma verdadeira e própria maneira de verificação. Fá-lo, porém, com as limitações que lhe são próprias. Se, na visão exterior, já interfere o elemento subjectivo, isto é, não vemos o objecto puro, mas este chega-nos através do filtro dos nossos sentidos que têm de operar um processo de tradução; na visão interior, isso é ainda mais claro, sobretudo quando se trata de realidades que por si mesmas ultrapassam o nosso horizonte. 





O sujeito, o vidente, tem uma influência ainda mais forte; vê segundo as próprias capacidades concretas, com as modalidades de representação e conhecimento que lhe são acessíveis. Na visão interior, há, de maneira ainda mais acentuada que na exterior, um processo de tradução, desempenhando o sujeito uma parte essencial na formação da imagem daquilo que aparece. A imagem pode ser captada apenas segundo as suas medidas e possibilidades. Assim, tais visões não são em caso algum a “fotografia” pura e simples do Além, mas trazem consigo também as possibilidades e limitações do sujeito que as apreende.





Isto é patente em todas as grandes visões dos Santos; naturalmente vale também para as visões dos pastorinhos de Fátima. As imagens por eles delineadas não são de modo algum mera expressão da sua fantasia, mas fruto duma percepção real de origem superior e íntima; nem se hão-de imaginar como se por um instante se tivesse erguido a ponta do véu do Além, aparecendo o Céu na sua essencialidade pura, como esperamos vê-lo na união definitiva com Deus. Poder-se-ia dizer que as imagens são uma síntese entre o impulso vindo do Alto e as possibilidades disponíveis para o efeito por parte do sujeito que as recebe, isto é, das crianças. Por tal motivo, a linguagem feita de imagens destas visões é uma linguagem simbólica. Sobre isto, diz o Cardeal Sodano: 





“Não descrevem de forma fotográfica os detalhes dos acontecimentos futuros, mas sintetizam e condensam sobre a mesma linha de fundo factos que se prolongam no tempo numa sucessão e duração não especificadas”. Esta sobreposição de tempos e espaços numa única imagem é típica de tais visões, que, na sua maioria, só podem ser decifradas a posteriori. E não é necessário que cada elemento da visão tenha de possuir uma correspondência histórica concreta. O que conta é a visão como um todo, e a partir do conjunto das imagens é que se devem compreender os detalhes. O que efectivamente constitui o centro duma imagem só pode ser desvendado, em última análise, a partir do que é o centro absoluto da “profecia” cristã: o centro é o ponto onde a visão se torna apelo e indicação da vontade de Deus.{...}





Joseph Card. Ratzinger





Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé





Fonte:http://www.fatima.org.br/mensagemdefatima/osegredo/mensagem_de_fatima.asp