
Foto:
Natalino Ueda/Cancaonova.com
Essa pregação pode provocar você ter 'fome' para ler o profeta Isaías.
Isaías 1,3 – “O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono;
mas Israel não conhece nada, e meu povo não tem entendimento”.
É verdade que o boi quer descansar, e em alguns momentos pode ter
“cabeça-dura”, mas em si mesmo ele não é mal. Nesse contexto, ele representa
todas as pessoas que são boas, nobres e trabalhadoras. O boi representa os
trabalhadores e os bois reconhecem o dono deles.
O boi vê muitos seres humanos ao seu redor , ele sabe quais são as
características do seu verdadeiro dono. A mesma coisa precisa acontecer
conosco, as almas, de reconhecer seu “dono”.
Nós reconhecemos o nosso verdadeiro dono, sua autêntica voz. Reconhecemos as
características de Jesus em seus seguidores.
O boi 'entende' seu proprietário, sabe para onde o Proprietário quer que ele
vá. Jesus nos guia como um capitão guia um barco.
Que bela essa imagem do homem trabalhador guiado por Jesus Cristo.
Imagem bonita do boi em silêncio puxando o arado. Nós não devemos ser mais que
bois que puxam o arado. Todo cristão tem Jesus guiando seu arado, e
Jesus mesmo, dá o alimento e leva o boi para bons pastos.
O burro conhece o coxo do seu dono.
Que interessante que o profeta Isaías fala desses dois animais: o boi e o
burro.
Nós somos como burros. Não devemos pensar que somos importantes e inteligentes,
somos bois, burros, ovelhas. Diferentes entres nós, com pequenas diferenças,
mas com particularidades diante de Deus, uma vez que alguns são 'burros',
outros 'bois' ou ainda 'ovelhas'.
“Quando vindes apresentar-vos diante de mim, quem vos reclamou isto:
atropelar os meus átrios?”
Isaías 1, 12 me chama atenção porque mostra Deus que é amor e que, ao mesmo tempo,
está farto de um filho que é rebelde, um filho que tira a Sua paciência.
Como se Deus dissesse: “Fora daqui, não quero ver vocês por aqui na minha
presença...”.
No contexto dessa Palavra, o povo de Israel está longe de Deus.
Deus não fecha os olhos diante dos nossos pecados.
Essa mensagem é para os pecadores. Não somos dignos de receber Deus. Devemos
sempre nos sentir indignos de nos aproximarmos D'Ele.
É preferível que nos sintamos indignos. Deve acontecer como naquela parábola do
banquete de casamento que o noivo é quem diz para aqueles que se sentem
indignos: “vem para mais perto, ocupar os lugares da frente”.
Tomando mais uma passagem de Isaías, vejam uma uma descrição da crucifixão de
Jesus Cristo, que aconteceu espiritualmente e não materialmente.
Isaías 2,11- 18: “11.A soberba dos mortais será abatida, e o orgulho dos
homens será humilhado. Só o Senhor será exaltado naquele tempo.12. Porque o
Senhor dos exércitos terá um dia (para exercer punição) contra todo ser
orgulhoso e arrogante, e contra todo aquele que se exalta, para abatê-lo,13.
contra todos os cedros do Líbano, altos e majestosos, e contra todos os
carvalhos de Basã,14. contra todos os altos montes, e contra todos os outeiros
elevados, 15. contra todas as torres altas, e contra todas as muralhas
fortificadas,16. contra todas as naus de Társis e contra todos os objetos de
luxo.17. A pretensão dos mortais será humilhada, o orgulho dos homens será
abatido. Só o Senhor será exaltado naquele tempo,18. e todos os ídolos
desaparecerão.”.
Toda torre que é alta, orgulhosa e poderosa não pode resistir diante do poder
da cruz de Cristo.
Haviam muitas torres que se destacavam naquela época, torres humanas, torres de
religiões com suas castas e conhecimento... mas nada pode resistir diante da
exaltação de Jesus. Jesus conquistaria essas torres ou elas se destruiriam
por si mesmas.
Só Jesus será exaltado naquele dia, nenhum ídolo subsistirá, se referindo a
crucifixão de Jesus no contexto dessa passagem.
Uma outra passagem em Isaías, muito marcante, e que merece ser meditada diante
do Sacrário. Isaías 4,5:
“O Senhor virá estabelecer-se sobre todo o monte Sião e em suas assembléias:
de dia como uma nuvem de fumaça, e de noite como um fogo flamejante. Porque
sobre todos se estenderá a glória do Senhor”
Especialmente quando Jesus está rodeado sobre o altar, rodeado de padres e
entre patenas, podemos imaginar em cima do Altar a Glória do Senhor.
Pessoalmente, quero dizer algo para vocês: quando estive na Adoração do
Santíssimo Sacramento nas noites desse acampamento, numa das noites, eu estava
em adoração de olhos fechados e, num momento, quando abri os olhos, junto ao
Altar, vi que existia uma nuvem de incenso. Eu pensei que alguém estivesse com
um turíbulo ali, mas depois eu vi que a nuvem de incenso havia sumido. Fechei os
olhos, e ao abri-los novamente, vi com clareza que não havia nenhum tipo de
turíbulo.
Podemos imaginar o Espírito Santo como uma nuvem rodeando o Altar onde está o
Mistério da Eucaristia, e ao redor daquelas nuvens, muitos anjos cobrindo-a.
O que não diz os Evangelhos, profetiza o profeta Isaías. Quer saber mais sobre
o Reino de Deus, sobre Jesus, leia o profeta Isaías.
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