quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Primeira sessão relatada do exorcismo de "Marta"


Domingo, 22 de setembro de 2002


 






Exorcismo / Marta, a possuída

O exorcismo que eu vivi em Madri


O correspondente religioso de EL MUNDO vai, incrédulo, ao exorcismo que um sacerdote autorizado pelo Vaticano irá realizar. Mas fica comovido ao ver o que acontece com a jovem possuída pelo diabo


JOSÉ MANUEL VIDAL




-"Hic est dies" (este é o dia), diz o exorcista com o crucifixo na mão.

-Não, responde uma voz rouca de homem que sai da garganta da possessa, uma bela menina de 20 anos.

-"Exi nunc, Zabulon", (saia agora, Zabulon), repete o sacerdote.

-No.



-Por que não quer sair?

-Para servir de testemunho.

-De testemunho de que?

-De que Satanás existe.




Corta-se a tensão no ambiente de penumbra da capela. Satán lutando contra Deus. Uma batalha à qual assisto atônito e em primeira fila pela primeira vez em minha vida. "Esta deve ser a razão pela qual me convidou a presenciar o exorcismo. O diabo quer publicidade", penso no meio do choque. Minha mente gira a toda velocidade. Estamos no clímax de um ritual que, até agora, não encaixa em meus esquemas. E isso porque no seminário os padres seguiram alimentando meu medo infantil do Maligno, sempre disposto a tomar pose de uma alma. Depois do Concílio Vaticano II, o dogma da existência do diabo passou a ser uma "parte vergonhosa da doutrina" e, como tantos outros católicos, também eu prescindi dela.




O exorcista, José Antonio Fortea, pároco de Nossa Senhora de Zulema, está exausto. E isso por que tem apenas 33 anos. Mas está a mais de uma hora lutando, crucifixo empunhado, contra Satanás. Marta (nome fictício da possessa), ao contrário, está tão fresca como no princípio e não deixa de rugir, bufar, revolver-se e agitar seu corpo como uma massa. Com uma força inusitada para uma menina de 20 anos, ainda mais miúda e de traços doces. São 12h30 de um dia qualquer e estou ha uma hora e meia presenciando um exorcismo.




Um par de dias antes, recebi em meu celular uma ligação especial. Especial não por ser de um padre (recebo muitas), mas por ser de um exorcista católico (há um par deles na Espanha) que costumam manter-se muito afastados dos jornalistas. Quer me convidar a presenciar um exorcismo. Fiquei como uma pedra. Assistir a um exorcismo oficiado por um sacerdote autorizado pelo Vaticano é a sorte grande para alguém especializado em informação religiosa. Até esse momento e apesar de levar mais de 20 anos na profissão, o único que tinha conseguido foi entrevistar o exorcista oficial de Roma, o padre Gabriel Amorth. Já então, ao me dedicar seu livro havia escrito: "A José Manuel, com minha gratidão e com a advertência de não ter jamais medo do diabo".




Confesso que por medo decidi devolver o telefonema de parte Fortea e pedir que deixasse vir comigo um companheiro da agência EFE, também especialista em informação religiosa. Aceitou. Nervosos, no dia indicado fomos em carro até a diocese de Alcalá. Era um dia radiante. Chegamos à paróquia com muita apreensão. Questão de preparar-se psicologicamente. Pelo caminho, brincadeiras e nervosismo. O exorcista nos havia citado em sua paróquia, uma igreja moderna, de ladrilho vermelho, situada entre pinheiros. O interior, simples e limpo. Com um mesa e uma grande cruz no meio. Em um lateral, a pia de água benta com uma inscrição: "A água benta afasta a tentação do demônio".




Às 10h30, o exorcista sai do templo e vem a nosso encontro. É alto e magro. Usa bigodes e uma barba recortada. Seu aspecto é imponente. Talvez, por relacioná-lo com sua profissão de expulsador de demônios. Embutido em uma sotaina de um negro imaculado, seu rosto esbranquiçado e sua cabeça calva ressaltam ainda mais. Convida-nos a dar um passeio para nos explicar o caso.




Sete demônios


"Não sou nenhum “showman” nem quero publicidade. Se estão aqui é porque preciso de sua presença para libertar a menina. Têm que ser muito prudentes. Não podem dar pista alguma que permita a identificação nem da menina nem de sua mãe. Preferiria que também não me nomeassem, mas aceito esse sacrifício em vistas de uma maior credibilidade. Mas apenas Deus sabe o quanto me custa e os problemas que isso pode me causar. E não tenham medo.



Com vocês não acontecerá nada".Insiste na seriedade do tema. Assegura que no Antigo Testamento aparece 18 vezes a palavra Satã. E no Novo Testamento, 35 vezes a palavra diabo e 21 a palavra demônio. O próprio Jesus fez muitos exorcismos ou o que os Evangelhos chamam "expulsar demônios". Fortea recorda também que João Paulo II realizou pelo menos três exorcismos reconhecidos e adverte que a crença no diabo constitui um dos poucos traços comuns à praticamente todas as religiões. "É o ponto ecumênico por excelência". Aproveita para fazer um pequeno repasso pelas diversas religiões e épocas históricas e as diversas teorias. Continuo me mostrando incrédulo. Tenho da sensação de que se trata de nos condicionar buscando justificações na História.




Para fazê-lo colocar os pés no chão, perguntamos detalhes do caso. Nos conta que se trata de uma menina possuída por sete demônios. Que já expulsou seis, mas que o último ainda resiste. "Chama-se Zabulon, é um diabo quase mudo, mas muito inteligente. Seu nome já aparece na Bíblia. O chefe sempre fica para o final. Estou já há 16 sessões e ainda não consegui expulsa-lo, quando nos casos mais normais, basta apenas três". Não quer dar mais detalhes da endemoniada. Diz apenas que virá acompanhada por sua mãe, "que é uma santa", e que a possessão deveu-se a um feitiço que lhe fez uma companheira de instituto, aos 16 anos.



"Em uma das primeiras sessões perguntei-lhe como havia entrado e me respondeu um nome que eu não conhecia. Sua mãe me disse que era uma companheira de classe, que havia invocado Satã para fazer um feitiço de morte contra ela. E de fato, primeiro esteve gravíssima e a ponto de morrer. Uma vez curada, começaram os fenômenos raros". Desde então, sua mãe começa a detectar coisas estranhas em sua filha: móveis que se movem, objetos que se quebram e, principalmente, uma aversão especial aos objetos religiosos, quando era uma menina de ir à missa dominical. Até que um dia, de noite, ouve ruídos estranhos, se levanta e, quando abre a porta do quarto de sua filha, a vê sobre a cama levitando.




Como não quer perder sua única filha, começa a procurar remédios. Fala com o pároco, que a remete a dois famosos psiquiatras. Mas ambos diagnosticam que a menina é absolutamente normal. Nenhuma explicação científica para as constantes dores de cabeça que torturam sua filha. E então, Maria (nome fictício da mãe), a seus 60 anos, se lança à busca de um exorcista. Percorre quase todas as dioceses espanholas. Nenhum bispo quer saber nada de seu caso. Está já disposta a mudar-se com ela para a Itália para ver o padre Amorth, quando lhe falam de um exorcista espanhol que acaba de sair na televisão porque publicou um livro, Demoniacum, sobre os exorcismos.




Neste instante vemos chegar um táxi. "São elas", diz Fortea. Maria, a mãe, é pequena, magra. Seu olhar é todo dor: "Acredito em Deus e sei que, cedo ou tarde, libertará minha filha das garras de Zabulon. Estou há cinco anos neste calvário. Ninguém da minha família sabe. Nem meus irmãos", confessa. Maria é viúva e, cada vez que sai de sua casa para o encontro com o exorcista (praticamente, uma sessão por semana), tem que inventar alguma desculpa. "Não entenderiam e não quero que minha filha fique marcada para sempre".




O ritual


A seu lado, Marta sorri timidamente. Pequena, de grandes olhos negros, um pouco tristes, tem a cara marcada de uma adolescência. Cabelo negro, preso em um rabo. Os lábios grossos e sem pintar, embora contraídos quase com uma careta de dor. Usa jeans, uma blusa azul celeste de manga curta e gola alta e sapatos negros. É bonita. Seus olhos chamam a atenção, mas mais que timidez causam medo, muito medo. Parece uma menina normal que, nos conta, estuda Matemática na Universidade. "É impossível que esteja possessa", penso comigo mesmo.




O padre Fortea abre a capela, abaixo de sua paróquia onde diz a missa diariamente, e volta a fechar com chave por dentro. É pequena, acolhedora. Dentro, penumbra e silêncio absoluto. Fora, um sol radiante. O exorcista pede ajuda para transportar um colchonete forrado de plástico verde, grande e pesado, para coloca-lo ao pé do altar.




A capela, retangular, terá 25 metros quadrados. Sem janelas. No centro, um altar enorme. Em cima da toalha branca e seis velas acesas, sob uma grande Cruz da Trindade, apenas iluminada pela luz mortiça de um alógeno. Ao fundo, a imagem de um Pantocrátor iluminado e o Santíssimo. Em um lateral, uma imagem da Virgem com o Manino nos braços.




Entrando na capela, mãe e filha se preparam para o ritual. Marta coloca meias brancas, enquanto a mãe tira do bolso um terço, um crucifixo de 15 centímetros e uma estampa da Virgem de Fátima, e os coloca ao lado do colchonete. Trato de registrar o mais mínimo detalhe em minha mente. Sigo pensando que assisto a uma montagem. Marta deita no colchonete, olhando a cruz. Maria se ajoelha do seu lado, uma postura que não abandonará durante as seguintes duas horas e meia. O padre Fortea reza um momento de joelhos, tira a sotaina, bebe água e fica do outro lado do colchonete mais afastado do altar.




Pressinto que o ritual vai começar. Sento, com expectativa, no banco. O exorcista estende sua mão direita e a impõe sobre o rosto da jovem, sem tocá-la.Em seguida, fecha os olhos, abaixa a cabeça e sussurra várias vezes uma prece ininteligível. Um alarido desgarrador, o primeiro, quebra o silêncio da capela, penetra em minha alma e me arrepia. Não é humano. É um guincho assustador e profundo que sai da garganta de Marta. Mas não pode ser ela. Não é seu tom de voz. É rouco e masculino. O padre Fortea continua rezando e os rugidos se repetem. Pouco a pouco, o corpo da jovem se estremece vivamente. Sua cabeça se move de um lado a outro com lentidão no princípio, com inusitada rapidez depois.




"Sai, Zabulon"


Com a salmodia do exorcista, a jovem geme e se retorce sem parar. Num instante, o gemido se converte em rugido assustador, altíssimo, furioso. O exorcista acaba de colocar o crucifixo sobre seu ventre e em seu peito, enquanto a asperge com água benta. Chuta com tanta fúria que o crucifixo cai e a mãe o pega e uma e outra vez volta a colocar novamente, enquanto aproxima o terço que Marta atira longe, com fúria. Parece se tranqüilizar um pouco, mas imediatamente volta a rugir. Não há um momento de descanso. O padre Fortea acaba de invocar a São Jorge e, ao ouvi-lo, a jovem grita, bufa, colocas os olhos totalmente em branco, arquea o corpo e se levanta toda a um palmo do colchão. Não consigo acreditar.




-Beija o crucifixo, diz o exorcista. 

-Não.

-Jesus é Rei.

-Assididididaj.

-Sequaz de Satanás, estás nas trevas.

-Assididididaj

-Estás fazendo muito bem. Por tua culpa, muita gente vai crer em Deus.

-Não.

-Sai, Zabulon, eu te ordeno em nome de Cristo. A condenação eterna está a sua espera. Não há salvação para ti.




Enquanto o padre Fortea continua ameaçando Zabulon, as mãos da jovem vão se transformando. São como garras. O exorcista reforça suas preces e suas exortações: "Hoje é o dia. Sai, Zabulon. Sai desta criatura em nome de Deus". A jovem se desata em tremores. Os gritos se elevam até o espanto. E com voz rouca diz: "Assassinos". É então que o padre Fortea lhe pergunta porque não sai e Zabulon lhe responde: "Para que as pessoas acreditem em Satanás".




Esgotado, após uma hora e meia de luta, o exorcista se levanta e sai da capela. Isto não pode ser uma impostura nem uma montagem. É preciso muita coragem para dedicar-se a isso. E menos mal que os casos de possessão, segundo conta depois o padre Fortea, são muito poucos. Ele está há cinco anos exercendo e teve apenas quatro na Espanha. Mas, enquanto preparava sua tese, assistiu a outros 13 exorcismos.



Nota-se que tem prática: manda, ameaça, insiste e, com voz suave, mas enérgica, tortura o diabo sem piedade. Com o que mais lhe dói. Sempre em nome de Deus. Não parece ter medo algum. E isso que já sabe o que é ser atacado por Satanás. Uma vez, em um exorcismo, diz que o diabo lhe fez sentir a mesma sensação e a mesma dor do que leva uma punhalada no braço.




Fortea sai da capela e meu coração acelera, pensando o que pode ocorrer agora sem a presença tranqüilizadora do exorcista. Mas não acontece nada. Ou sim. Maria, a mãe, pega o livro do rito e começa a repetir as mesmas ou parecidas frases do exorcista. Com calma, mas com decisão, parece não se dirigir a sua filha, mas ao Maligno que a possui:


-Em nome de Cristo te ordeno sair.

-Não.



-Abre os olhos e olha a Virgem, encrespa enquanto voltar o olhar sobre um postal da Virgem de Fátima.Mas, por toda resposta, obtém um grunhido. Então pega o crucifixo.

-É teu Criador, vês?

-Sim, diz a voz de além-tumba acompanhada de rugidos e grunhidos constantes.

-Olha, Zabulon, não resista. Sabes que é teu dia e tua hora. Chegou teu dia e tua hora. 

-Nãããããooo...

-Por que resiste?



-Estou farto. Já te disse muitas vezes.

-Diga a esses senhores por que não te vais.

-Uhhhh.

-Diga-o claramente.

-Não quero.

-Diga-o em nome de Cristo

-Para que creiam em Satanás.

-São Jorge, vem. São Jorge, vem. Vem, São Jorge. Sai dela São Jorge. 

A possessa pára um segundo, sorri e diz, com deboche: 

-Sai são Jorge...




Aproveita o erro da improvisada exorcista e fará o mesmo, logo depois, com um pequeno equívoco do padre Fortea. Mas Maria não se dá por vencida. É uma autêntica Dolorosa ao pé da cruz de sua filha possuída. Sinto tanta pena que também me ajoelho e, entre lágrimas, suplico a Deus (em voz baixa, não me atrevo a intervir mais diretamente) que, pelo que mais queira, liberte Marta. Meu companheiro faz o mesmo. Fazia tempo que não rezava com tanto fervor.


Então entra de novo o exorcista, pega uma caixinha com hóstias consagradas do sacrário e se coloca diante da jovem:




-Veja o Rei dos Reis e ajoelha-te diante dEle. 

-Não.

-Servo desobediente e rebelde, ajoelha-te, repete o padre Fortea, exibindo a hóstia consagrada.

-Assassino, deixa-me. 

-São Jorge, faz com que se ajoelhe.


E como rapidamente, com a menção de são Jorge, a possessa se ajoelha e o padre Fortea faz com que abra a boca e receba a sagrada comunhão. E continua torturando o diabo que está em Marta. Após dar a comunhão, pega uma Bíblia e recita o Apocalipse: "Então o diabo foi arrojado à língua de fogo e enxofre... ali será atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos". E faz o diabo repetir frase por frase.




-Repete: Quanto mais teria me valido seguir a luz. 

-Quanto-mais-teria-me -valido-seguir-a-luz, repete entre dentes e arrastando cada palavra.


E assim durante um longo tempo. O exorcista parece um professor que ensina uma criança rebelde, que repete à força entre bufos e alaridos, frases como estas: "Senhor, tu és Rei. Eu sou tua criatura. Nada escapa de teu poder. És o Alfa e Omega..."


-Já chega. Estou me cansando, grunhe.




Mas o padre Fortea persiste em acosso, pega um banquinho e se sente diante da possessa com um crucifixo na mão. "Hic est dies", repete com força. Por um momento, creio que vai conseguir.


-Quanto mais demores em sair, mais gente crerá em Deus. És um pregador de Deus. Aproxima-te, senta-te e beija Cristo crucificado. Dai-lhe um beijo de respeito e homenagem.


Como zumbi, Marta se senta e se aproxima da cruz. Tem os olhos em branco e a boca espumando, mas beija o crucifixo. Então Fortea a segura suavemente por um braço, a faz levantar a obriga a percorrer a capela e a beijar a Virgem e o Sacrário.




-Aquí está Deus. Repete sete vezes: Iesus, lux mundi. A possessa repete, mas ao terminar lança um olhar como de fogo e diz:

-Assassino, deixa-me, não posso mais. Mas o exorcista continua mais um tempo.


Passou uma hora. Fortea pára um pouco. "Agora a senhora", diz à mãe. E sai da capela. E Maria se inclina sobre sua filha e começa a repreender Zabulón:




-Tens que deixar esta criatura. Pelo sangue de Cristo, deixe-a. Seus anjos estão com ela. Vêm os três arcanjos. A Virgem vai te esmagar a cabeça...


Zabulón continua bufando e se retorcendo, mas não parece disposto a ir embora. Novamente entra o padre Fortea:


-Não temes a sentença de Deus?

-Sei qual é, grita desgarrada.


Sozinhos com a endemoniada


O padre Fortea olha a mãe: "Não se vá. Deixemo-los por hoje". Levanta-se e vai. Os gritos se detêm em seco. Noto certa decepção no rosto de Maria. Deu-me a sensação de que esperava que fosse hoje. Passou quase três horas de joelho, mas em sua cara não há sinais e cansaço, apenas de certa desilusão. Recolhe com paciência a imagem da Virgem e o crucifixo e sai da capela. Meu companheiro e eu ficamos sozinhos com a endemoniada.



Alguns segundos que se fazem eternos. Ficamos grudados no banco, sem respiração. De repente, volta-se para nós, abre os olhos (que manteve em branco durante três horas) e nos lança um olhar que não esquecerei enquanto eu viver. Seus olhos são de outro mundo. Nunca vi algo assim em minha vida. Ao mesmo instante, o olhar volta a ser o de Marta, que nos sorri, levanta-se com tranqüilidade, senta-se no banco e tira as meias brancas que dobra com muito cuidado. Noto que apenas transpira, apesar das três horas de exercício contínuo. Coloca os brincos e volta a sorrir.




-Como está? 

-Cansada

-Sabe o que aconteceu?

-Não, não lembro. E enquanto nos fala, pega a estampa e o crucifixo, os que um instante atrás tanto odiava, e os beija com carinho.

- Sente dor de garganta?



-Não.


E sua voz é tão suave como quando chegou. Ninguém diria que por essa mesma garganta saíram guinchos durantes três horas.


-Sabes por que está aqui?

-Sim, isso eu sei. Sei que tenho...




Não termina a frase. Respeitamos seu silêncio. Saímos e nos sentamos em uma sala contígua os cinco. Marta está tranquila. Volta a ser a menina tímida de antes.


"Todas as noites", nos conta Maria, "antes de me deitar pego o crucifixo, do qual nunca me separo, e abençôo o meu quarto: "Em nome de Deus, maus espíritos saiam deste quarto. E ela, antes de se deitar, sempre me pergunta: "Mãe, já abençoou o quarto?"" Mas mesmo assim sente medo. Como quando as mãos de sua filha se tornaram garras ao tocar a cruz ou quando a persignei com os dedos abertos, em forma de chifres, para crava-los nos olhos."Sempre ameaças que, afortunadamente, nunca cumprem".




E antes de se despedir, repete uma súplica: "Que os bispos e as pessoas se conscientizem. Que tenha muito mais exorcistas". Abraça sua filha, as duas sobem no carro do padre Fortea e vão embora. Marta volta-se e nos olha. Seus olhos são o grito de angústia do escravo acorrentado. O padre Fortea fica de me ligar quando ocorrer a libertação definitiva.


Rezo por Marta e por sua mãe. O que vi não é uma montagem.




Assim é Zabulon


"Não fala muito, mas é muito inteligente". Assim descreve o padre Fortea a Zabulon, o inimigo contra o qual vem lutando há sete meses. No princípio, o padre Fortea pensou simplesmente que assim se chamava o décimo filho de Jacó e Lia, sua mulher. Depois, investigando um pouco mais, deu-se conta de que estava lidando com um dos demônios mais poderosos do inferno.




Apareceu apenas três vezes na História. A primeira, em Ludón (França), no século XVI. Quase todas as freiras de um convento ficaram possuídas por uma multidão de diabos, que as atormentavam sem cessar. O chefe era Zabulon. A segunda, foi nos anos 50, em um caso de exorcismo realizado pelo padre Cândido, o exorcista italiano mestre do padre Amorth. E agora, voltou a aparecer.






A guerra dos Papas contra o diabo





O suposto exorcismo feito pelo Papa Francisco serviu para reacender na memória das pessoas a existência do diabo


Papa Leão XIII


A expressão de Leão XIII era incomum. Os que o conheciam sabiam que algo acontecera. O olhar de perplexidade e de espanto do Santo Padre, fixado acima da cabeça do celebrante da Missa a qual assistia, denunciava a visão. Tratava-se do Maligno. O episódio ocorreu numa manhã comum, quando o pontífice participava de uma Celebração Eucarística em ação de graças à celebrada por ele anteriormente, como fazia de costume.


Imediatamente após o susto, o Papa se levantou e se dirigiu com pressa ao seu escritório particular. Meia hora depois, pediu para que chamassem o Secretário da Congregação de Ritos. O que pretendia Leão XIII? Ordenar que se rezasse todos os dias ao término da Missa a popular oração de invocação a São Miguel Arcanjo e súplica à Virgem Maria para que Deus precipite Satanás ao inferno. Segundo testemunho do Cardeal Natalli Rocca, em 1946, foi o próprio Leão XIII quem a redigiu.


Padre José Antonio Fortea


A batalha dos Papas contra o inimigo de Deus não é de agora. O assunto voltou à baila nas últimas semanas devido a uma oração feita pelo Papa Francisco a um homem na praça de São Pedro, alegadamente possesso. Para o renomado exorcista Padre Gabriele Amorth, não há dúvida de que fora um "exorcismo". Porém, para a Sala de Imprensa do Vaticano, tudo não passou de uma "oração". A declaração da Santa Sé é corroborada por outro exorcista, padre José Antonio Fortea, e também pelo mesmo sacerdote que acompanhava o senhor no dia da prece do Pontífice, padre Ruan Jivas, LC.


O homem, de 49 anos, que aparece nas imagens que correram o mundo chama-se Angelo V. Casado e pai de dois filhos, há 14 anos ele é vítima de possessões demoníacas. Conforme relato prestado ao jornal espanhol El Mundo, a experiência demoníaca começou em 1999, durante uma viagem de ônibus para casa, no estado mexicano de Michoacán. "Senti que uma energia estranha entrava no ônibus... tive a sensação de que estava abrindo minhas costelas. Pensei que fosse um ataque do coração", explicou. Possuído por quatro demônios, Angelo resolveu romper o silêncio devido ao ceticismo com que as pessoas reagem a esses casos: "há sacerdotes que não creem na possessão diabólica, que consideram um problema psiquiátrico. Há muitos possuídos que terminam em manicômios e morrem sem saber o que se passava".


Padre Gabriel Amorth


Para o padre Gabriele Amorth, exorcista da Diocese de Roma, a possessão de Angelo V. não é comum, mas uma possessão mensagem. Ele teria a obrigação de pedir aos bispos mexicanos que condenem a aprovação do aborto no México, em reparação às mortes e à ofensa à Virgem grávida de Guadalupe. Segundo o padre Juan Rivas, LC, que acompanha Angelo há algum tempo, 30 exorcismos já foram feitos, mas nenhum obteve sucesso. "Os demônios dizem que "a Senhora" não os deixará sair enquanto os bispos não cumprirem a condição, que é o ato de reparação e expiação e a consagração à Maria Imaculada", disse o sacerdote em entrevista ao portal Zenit.


Angelo V. explicou que decidiu se encontrar com o Papa Francisco após um sonho com o Pontífice, no qual ele aparecia com uma casula vermelha, segurando um turíbulo e rodeado por cardeais. A princípio não deu muita atenção ao sonho, até que assistiu a uma Missa do Santo Padre em que ele aparecia exatamente como na visão. "Passou-me pela cabeça: tenho que ir a Roma. Ademais, naquela época estava lendo um livro do Padre Gabriele Amorth no qual ele dizia que Bento XVI e João Paulo II haviam feito exorcismos em possuídos".


Os exorcismos feitos por Bento XVI e João Paulo II também repercutirem na mídia. No caso do Papa polonês, teriam sido três, sendo um deles poucos anos antes de sua morte, em 2005. Apesar do peso dos 80 anos e da doença de Mal de Parkinson, o embate entre o Santo Padre e o demônio teria ocorrido na tarde de 6 de setembro de 2002. A vítima seria uma italiana de 19 anos. Já Bento XVI teria confrontado o ódio do diabo numa das tradicionais Assembleias gerais de quarta-feira. Segundo o relato do Padre Gabriele Amorth, ao perceber a agitação dos endemoniados, o Papa alemão fitou-os e os abençoou. "Para os possessos isso funcionou como um soco em seus corpos por inteiro", conta o exorcista em seu livro "O último exorcista".


O flagelo do diabo imposto a Angelo já lhe causou grandes dramas. "Por sorte, meus filhos nunca me viram em transe, mas sabem que estou doente", lamentou ao El Mundo. Ele confessou que "há momentos em que os demônios parecem que vão sair, mas nunca se vão". Em um mundo cada vez mais dilacerado pelo materialismo, a história de Angelo é uma pedra de tropeço, que revela a existência do Mal e sua antiga batalha contra o Vigário de Cristo. E como ficou claro desde a sua primeira homilia, no que depender de Francisco, essa luta ainda perdurará por muitos anos.


Por: Equipe Christo Nihil Praeponere


terça-feira, 10 de setembro de 2013

* Declaração de Milagre pela Igreja é mais rigorosa do que declaração da própria medicina!








MILAGRE, COISA SÉRIA E RARA


Dom Fernando Arêas Rifan (*)


Milagre é um fato extraordinário, que não se explica por causas naturais, atribuído à intervenção sobrenatural de Deus, para o bem espiritual dos homens. Deus governa o mundo por leis físicas, químicas e biológicas por ele criadas. Daí que as exceções a essas leis por sua intervenção – os milagres – são raras e extraordinárias. Em sua vida terrena, Jesus andou uma vez sobre as águas, mas não sempre; curou alguns cegos, paralíticos e leprosos, ressuscitou mortos, mas não todos. Ele usou de milagres para comprovar sua divindade e missão divina.


Notícia deste mês: uma religiosa italiana, Irmã Luigina Traverso, que sofria de paralisia ciática meningocele lombar, foi curada “miraculosamente” em Lourdes, França, “por intervenção extraordinária de Deus obtida pela intercessão de Nossa Senhora”, conforme reconheceu, no dia 11 de outubro passado, Dom Alceste Catella, Bispo de Casale Monferrato, diocese italiana onde reside a religiosa.


Esta foi a 68ª cura “sem explicação” de Lourdes oficialmente reconhecida.


O Bispo da diocese de Tarbes e Lourdes, Dom Nicolas Brouwet, assim como o Dr. Alessandro de Franciscis, presidente do Bureau des Constatations Médicales de Lourdes apresentaram os fatos em uma conferência de imprensa no último dia 12 de outubro.


O mais interessante é que essa cura ocorreu em 23 de julho de 1965, há, portanto, mais de 47 anos, mas só agora é que foi reconhecida pela Igreja.


Em Lourdes, onde Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadete, muitas pessoas são curadas. Para o exame e constatação dessas curas, criou-se o Bureau Médical de Lourdes, do qual participam médicos de todos os credos religiosos, inclusive ateus, e os documentos ficam à disposição dos especialistas de qualquer parte do mundo.


Um processo para declaração de milagre, feita no Bureau Médical de Lourdes, leva, pelo menos, 5 anos, com várias instâncias a percorrer. Na primeira instância, são feitos exames médicos e psiquiátricos rigorosos; qualquer explicação natural da cura leva o caso a ser encerrado. Ademais, só se aceitam doenças orgânicas e não apenas funcionais. Espera-se um ano, antes de dar a comprovação da cura definitiva.


Na segunda instância, o caso é reapresentado à discussão.


Na terceira instância, um relator leva o caso à Comissão Médica Internacional em Paris. Se o caso passar por esse crivo, declara-se que tal cura extraordinária não tem explicação na medicina, que o considera “milagre” e o entrega à Igreja para um processo canônico. Uma comissão, constituída pelo bispo do local onde mora a pessoa curada, examinará minuciosamente o caso sob todos os aspectos físicos e morais e os resultados médicos. Após todas as análises, o bispo confirmará, não só apenas com os olhos da ciência, mas também com os olhos da fé, o possível milagre.


Mais de onze mil casos já passaram da terceira instância com a confirmação médico-científica de que não há explicação para tal cura. No entanto, até hoje, apenas sessenta e oito de todos esses casos (incluindo o da Irmã Luigina) foram tidos como milagre pela quarta instância, ou seja, pela Igreja, que se mostra, nesses casos, mais rigorosa do que a própria medicina.


*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Oração contra o malefício- Padre Gabriele Amorth

Oração Pe Gabrieli Amorth


 


Segundo o dicionário da língua portuguesa Aurélio: Malefício deriva do latim maleficiu. 1. Ato de maleficiar; dano, mal, prejuízo. 2. Feitiço, bruxedo, sortilégio.


Pe. Gabriele Amorth – exorcista da diocese de Roma – em seu livro Um exorcista conta-nos explica o seguinte:


Para mim a palavra malefício é um termo genérico. Designa normalmente o fato de ‘prejudicar outras pessoas através da intervenção do demônio’. É uma definição exata que, no entanto não especifica de que forma é que tal mal é provocado.”


O mau olhado trata-se de um malefício feito a uma pessoa por intermédio do olhar. A idéia de certas pessoas transmitirem malefício ao olhar para alguém de esguelha não constitui, como algumas pessoas pensam, um mau olhado; isso são histórias. O mau olhado é um verdadeiro malefício que supõe a intenção de prejudicar uma pessoa com intervenção do demônio. O que tem de específico é o meio utilizado para levar a cabo esta ação nefasta: o olhar. Só fui confrontado com alguns casos raros e pouco claros; quer dizer, o efeito maléfico era claro, embora não fosse claro nem o autor, nem com é que o meio utilizado é suficiente, isto é, um simples olhar. Aproveito esta ocasião para dizer que muitas vezes não se consegue identificar o autor do malefício nem conhecer a origem do mal. O importante é que a vítima não comece a suspeitar desta ou daquela pessoa mas que perdoe de todo coração e reze por aquele que lhe fez mal, quem quer que tenha sido.”


Fonte: Pe. Gabriele Amorth. Um exorcista conta-nos. Paulinas, Lisboa; 3ª ed., 1998, p. 138


 


ORAÇÃO CONTRA O MALEFÍCIO


(Pe. Gabriele Amorth – Do Ritual Grego)


 


Do Ritual Grego: Kyrie Eléison (Senhor Tende Piedade de Nós)


Christe Eléison (Cristo Tende Piedade de Nós)


Kyrie Eléison (Senhor Tende Piedade de Nós)


Deus e Senhor nosso, Soberano dos séculos futuros, onipotente e onipresente, tudo fizeste e tudo transformaste por Tua Vontade. Tu que na Babilônia transformaste em orvalho a chama da fornalha, sete vezes mais ardente, para proteger os 3 jovens. Tu que és o médico das nossas almas; Tu que és a Salvação daqueles que em Ti confiam, clamamos e imploramos: expulsa e afugenta todas e quaisquer potencias diabólicas, qualquer influencia maligna, cada malefício, mau olhado e ações de pessoas malvadas e maléficas, que agiram sobre teu pobre servo (nome)…………………..Fazei que em troca da inveja e do malefício, ele (ela) alcance, em abundância os bens, a força, o sucesso e a caridade.


Tu, Senhor Soberano Poderoso, que amas os homens, estende as Tuas mãos poderosas, os Teus braços altíssimos e protetores e vem visitar e socorrer esta Tua imagem, manda sobre ela o Teu Anjo da Paz, forte e protetor da alma e do corpo e Ele afastará e manterá longe, todas as forças malignas, todas as ações venenosas de Satã, todas as malícias das pessoas corruptas e invejosas.


Assim, debaixo da Tua proteção, o teu filho (a tua filha), possa cantar com gratidão: “O Senhor é meu socorro, com Ele não terei temor algum do homem maligno e mentiroso, e também não terei temor do mal, porque Tu estás comigo, Tu és o meu Deus, a minha força, o meu Senhor Poderoso, Senhor da Paz, Pai dos séculos futuros”.


Sim, ó Senhor nosso Deus, tem piedade de Tua imagem e salva o teu servo (tua serva) suplicante ……………….de qualquer prejuízo e calamidade que venham do maligno, protege-o (a) e põe-no (na) fora do alcance de todo o mal, pela intercessão da mais que Bendita e Gloriosa Senhora Mãe de Deus, a Santíssima Virgem Maria, dos luminosos Santos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel e de todos os Santos e Santas do Paraíso.





Amém.




sábado, 7 de setembro de 2013

Estive no Maranhão e fiz oração para libertar as pessoas da influência interna maligna.












Pretendo ainda escrever um livro sobre a influência interna maligna, visto que neste último ano, tive a oportunidade de ministrar orações a diversas pessoas para serem livres destas influências.





De forma surpreendente percebi que em cada dez pessoas que fazia oração, nove estavam sob a influência demoníaca.





Principalmente nos últimos meses fui levada, praticamente a fazer orações quase que de forma exclusiva a libertar os cativos.





Posso dizer que o Espírito de Deus me surpreendeu nos últimos tempos me inspirando através de um método próprio e característico de orar para as pessoas e elas serem libertas da influência maligna.





Percebi que era algo novo para os novos tempos. O Espírito de Deus suscitando no meu coração uma nova forma de orar, um jeito simultâneo de ministrar a oração com autoridade e humildade.





Só há uma forma de libertar as pessoas, tendo a coragem de fazer a oração de libertação.





É preciso discernir ao orar pelo outro se ele está sob a influência ou não do demônio.


Através da leitura fui percebendo e identificando pessoalmente através da oração os sintomas que acompanhavam as pessoas quando orava por elas e fui assim percebendo que precisavam era de libertação.





O que me surpreendeu é que eram pessoas que tinham uma vida ativa de oração, atuantes na Igreja e portadoras de muitos dons, sendo inclusive instrumento do canal da graça do Senhor Jesus.





Havia uns que sofriam de tristeza, que não sabiam explicar de onde vinha, outros com dores que por mais que procurassem os médicos não eram curadas, outros até quase santos, a gente imagina com uma forte tendência à santidade.





Pude orar por pessoas que tinham pensamentos obsessivos, ouviam vozes ou viam pessoas, tinham pensamentos repetitivos, idéias fixas, enfim, situações que traziam profundo sofrimento.





Quanto mais orava pelos outros, mais testemunho davam. Fui notando as diferenças de pessoa para pessoa.





Via que o remédio certo era o amor e a formação, pois tinha de prepará-las para entender que estavam sendo vítimas de uma influência demoníaca.





Era muito difícil, para alguns, entender que sendo cristãos, recebiam uma influência dentro de si, que não era uma possessão, que não entravam em transe, mas era uma influência que tinha um certo domínio sobre a vida delas.





Vi nesta descoberta a solução para o problema na vida dos cristãos. Agora, sim, uma nova esperança, para os cristãos que padeciam de algum mal, mesmo sendo lideranças, na linha de frente.





Confesso, que para mim, era difícil, no princípio entender isso e fazer a oração para as pessoas, até perceber que como ministeriada em cura e libertação, quem me escolheu foi Deus e agora deveria sentir amor pelo meu próximo e ajuda-lo.





Fui entendendo que quanto mais rezava pelas pessoas mais sensibilidade tinha para fazer esse tipo de oração.





Como fiquei por um ano no estado do Maranhão, lá pude desenvolver com mais facilidade esse tipo de oração, inclusive recebendo convite para ir pregar em São Luis do Maranhão, onde atendi pessoas até quatro e meia da madrugada, após fazer palestra para um público de 300 pessoas.





Na influência externa o demônio está fora da pessoa, causando barulhos, odores e onde quer que ela vai ele a acompanha, com orações da própria pessoa desaparece.





Já na influência interna, o demônio está dentro e exerce uma certa influência na vida da pessoa, provocando, tristeza ou temor, ira, ansiedade, pensamentos obsessivos, repetitivos, embora, não seja uma possessão, em nenhum momento a pessoa sai de si.


Pude perceber que alguns casos são mais graves que outros e então á uma variação, numa escala de um até 10.





A partir do grau 08 já é possessão.





Como leiga, faço oração de libertação, pedindo ao pai, a libertação da pessoa.


Essa escala foi dada por alguns exorcistas, baseados na experiência tida por eles.


Percebia a influência quando olhava nos olhos dos que recebiam oração, o olhar ficava diferente.





Aliás, Deus me deu um jeito diferente de orar pelas pessoas, que é olhando nos olhos e quando assim o faço, pedindo a libertação, então, a pessoa vai sentindo e através dos sintomas vou percebendo se existe ou não a influência.





Várias pessoas vieram testemunhar para mim que suas vidas mudaram.





Sou muito grata a Deus, por ter tido a oportunidade de ser canal da graça para muitos, no Estado do Maranhão.







Glórias a ti, meu Senhor e meu Deus. Rei da eterna Glória.





Augusta Moreira dos Santos


Vazante-MG

Viver Centrados na Trindade- Padre José Antônio Fortea na Canção Nova








Padre José Antoneo Fortea


Foto: Maria Andrea/Cancaonova.com


Nesta última pergação gostaria de refletir com vocês sobre o tema: a Santissíma Trindade.

Ontem eu estava falando do livro de Ezequiel 47, do primeiro versículo e seguintes. Esse texto diz que a água nascia do pórtico do templo, e que a fonte nascia exatamente dali.

Esta passagem nos revela que a água que sai do templo, vai se transformar em um grande rio, e depois de correr um pouco, diz que esse rio sai do altar.


E Deus me revelou, que este Rio é o Cristo e d'Ele sai as demais águas, Ele é um rio que transforma e traz vida nova por onde Ele passa.

A porta da qual nasce a fonte da vida do rio que é Jesus, é a Virgem Maria.

A água surge está porta, mas depois o texto vai dizendo que ela corre mais um pouco. E este vai correr um pouco mais é símbolo dos anos da vida oculta de Jesus, e do altar suge uma nova fonte que vai percorrer por toda a eternidade que é justamente o símbolo da Eucarístia.

Depois o texto diz que esse rio se torna imenso, que habita nele ambundantes inúmeors peixes. Este rio é Cristo e nós cristãos, somos estes peixe, por isso devemos viver e buscar alimento dentro desse grande Rio.


O Templo de onde surge esta água é Deus Pai, Ezequiel descreve este templo como um é grande e quadrado e geométrico que simboliza a perfeição e a estabilidade. E desse imenso templo que é Deus Pai, surge uma corrente contínua de vida que é Jesus Cristo, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, Ele é gerado continuamente por Deus Pai.
Ezequiel explica a perfeição e a santidade de Deus Pai, atraves da geomentria. A transcedencia através de Jesus que nasce de Deus Pai. E o Espírito Santo, é simbolizado no mar, porque, todo rio desemboca no mar. Assim cada pessoa da Santíssima Trindade é infinita, o rio infinito, o Espírto Santo é um oceano infinito e o templo também é infinito.

Esta símbologia usada por Ezequiel é uma bela forma de expressar o movimento da Santíssima Trin
dade, um templo infinito e perfeito. O oceano infinito que procede do pai e do Filho e se conclui no Espírito Santo.






"Nunca vamos nos perder se estivermos centralizados em Deus." afirma Padre José Antoneo Fortea


Foto: Maria Andrea/Cancaonova.com




 


Quando Jesus passava sobre a terra, Ele disse; “Busque-me nas escrituras” e nós devemos buscar nessas águas puras e nos alimentarmos dela, devemos comer dos frutos que estas aguas produzem.

Termino esta pregação resaltando a importância de que Nunca vamos nos perder se estivermos centralizados em Deus. Precisamos estar atentos para não nos desviarmos de Deus, tudo precisa nos levar até Deus.

O nosso modo de lutar contra o demonio é nos centralizarmos em Deus, precismos viver uma vida em Deus, essa é uma forma de lutarmos contra as tentações, submergindo-nos nossa vida em Deus.

Posso dizer que o melhor exorcista é aquele homem que mais se submergeu a sua vida em Deus e Deus pode atuar mais através dele.

Temos que enterder que o demonio habita no excesso, não devemos pensar demasiadamente no demonio, devemos estar preocupados em estar centralizados em Deus.


Precisamos utilizar as armas de Deus, para resistir firmes na luta contra o demonio. Como diz São Paulo. Essas armas são: a Palavra de Deus, a oração, a suplica, a fé, o zelo pelo evangelho, a justiça que significa a santidade.

Se vocês não tem permissão dada pelo seu bispo, não dê ordem aos demônios, continue rezando a Deus, e muitas vezes os demonios vão embora por causa da ação a glória de Deus naquele lugar.

Os demonios quer que nós acreditemos no poder da magias, das estrelas, por isso ele inspira no coração do homens falsas ciência. De algo que não é nada, os demônios tentam convencer os filhos de Adão através da complexidade dos números e das cartas e trabalhos espiritas, sirvam para tentar através da adivinhação para convencer que o demonio tem poder sobre nós.

A magia não é nada, Deus é tudo, não devemos acreditar e sim, no poder da magia e sim de Deus.

Devemos sempre lembra que Jesus já disse precisamos ter e viver esta frase: “O reino do inferno não domina sobre a terra.”
 

Transcrição e Adaptação: Mariana Lazarin Gabriel





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Padre José Antonio Fortea


Sacerdote da Diocese de Madri (Espanha)

A árvore do Mal- Cura e Libertação- Padre José Antônio Fortea- Canção Nova



“Conduziu-me então à entrada do templo. Eis que águas jorravam de sob o limiar do edifício, em direção ao oriente (porque a fachada do templo olhava para o oriente). Essa água escorria por baixo do lado direito do templo, ao sul do altar. Ao longo da torrente, em cada uma de suas margens, crescerão árvores frutíferas de toda espécie, e sua folhagem não murchará, e não cessarão jamais de dar frutos: todos os meses frutos novos, porque essas águas vêm do santuário. Seus frutos serão comestíveis e suas folhas servirão de remédio.” (Ezequiel 47, 1.12)

Veja como este texto tem ressonância com o texto de Gênesis que lemos na pregação anterior. Aqui o profeta fala de um 'novo rio', um rio que jorra de dentro do templo; um rio espiritual, ao mesmo tempo que este templo é um templo espiritual.

A árvore da vida, que é Jesus, tem suas folhagens que é a Igreja e seus frutos que são os pregadores que dão de comer aos outros. Estes pregadores são sacerdotes e leigos; pois existe leigos cuja árvore é maior e mais frutuosa que a árvore de um sacerdote, do que a de um bispo e até um Papa. Certamente aqui há leigos que são mais santos do que certos Papas da história da Igreja. Se um Papa quer ser santo ele tem os mesmos meios que vocês leigos.

Os sacerdotes deveriam ser santos porque tocam as coisas santas, mas não está escrito em nenhum lugar que eles devem ser mais santos do que os leigos. Portanto se vocês encontrarem um sacerdote que não leva uma vida digna isso não deve surpreender vocês, porque eles possuem os mesmos meios do que os leigos.






Padra Fortea em pregação do Encontro de Cura e Libertação


Foto: Natalino Ueda/CN





Na palavra diz que “ Ao longo da torrente, em cada uma de suas margens, crescerão árvores frutíferas de toda espécie”. Eu vejo muitas pessoas dizendo: “Se Igreja tivesse os padres de antigamente, se fossem os santos de antigamente eu me aproximaria deles, mas estes de hoje...” Muitos dizem: “a igreja de hoje já não tem a mesma santidade de antes”. Veja o que a Palavra diz: “ sua folhagem não murchará, e não cessarão jamais de dar frutos”. Esta folhas são as boas obras da Igreja, e para cada época existe uma folhagem nova.
Muitas árvores são as boa obras sacerdotais, outras são obras dos leigos que se comprometem com o Reino de Deus, outros são os crentes que sofrem enfermidades. Veja que as folhas desta árvore são folhas medicinais, as mesmas que também encontramos no Livro do Apocalipse:

“No meio da avenida e às duas margens do rio, achava-se uma árvore da vida, que produz doze frutos, dando cada mês um fruto, servindo as folhas da árvore para curar as nações.” (Ap 22, 2)

Este outro rio, que brota do Trono do Cordeiro, possui em ambas as margem, a árvore da vida. É quase palavra por palavra do livro de Ezequiel. E o que são estas folhas medicinais para os pagão e para os povos? Uma outra interpretação é que as folhas são as folhas da Palavra de Deus, e os frutos são os sacramentos.

Nós nos acostumamos com coisas extraordinária. Na leitura da Palavra de Deus, não busque coisas extraordinárias, busque as coisas simples. Você precisa sentar como um estudante que tem diante dele um professor e dizer para este professor: “nos ensine!”. São estas folhas que curam, que trazem o remédio de Deus


Não se trata de avançar com rapidez, nem ler muitos livros sobre a Sagrada Escritura, se trata de ir penetrando na Palavra de Deus aos poucos e tê-la como alimento espiritual. Os padres do deserto só levavam poucos livros da bíblia para o deserto e refletiam sobre aqueles poucos textos. Aqui não se trata de quantidade, mas qualidade da escuta da Palavra de Deus. As coisas extraordinárias atrapalham a verdadeira escuta da palavra.

Não pare na procura de coisas extraordinária na leitura da Palavra de Deus, avance nas coisas simples.

O importante é escutar. O discípulo é aquele que escuta mas do que aquele que fala. Eu me encontro com muitas pessoas que querem pregar muito, ter um apostolado para falar de Deus, mas muitas destas pessoas não falam com Deus.

O apostolado terá fruto na medida que você estiver com Deus. Quanto mais tempo com Ele mais fruto no seu ministério. A oração mais profunda é aquela onde o Pai pode se comunicar de forma mais silenciosa, e isto acontece quando estamos concentrados na solidão com Deus.

A fome pelo extraordinário faz com que erremos em nosso discernimento do que vem de Deus. Eu, por exemplo, não me importo com e-mails que dizem que a Virgem está aparecendo em tal e tal lugar. Aqui não estou dizendo que a Virgem não apareça, mas é preciso suspender o juízo sobre a veracidade destas mensagens, porque muitas vezes atrás destas mensagens que chegam por e-mails estão escondidas tentativas de ofuscar o que é simples.

Transcrição e adaptação: Daniel Machado

O mistério que cerca o trono de Deus -Canção Nova














Foto:
Natalino Ueda/Cancaonova.com



Essa pregação pode provocar você ter 'fome' para ler o profeta Isaías.







Isaías 1,3 – “O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono;
mas Israel não conhece nada, e meu povo não tem entendimento”.



É verdade que o boi quer descansar, e em alguns momentos pode ter
“cabeça-dura”, mas em si mesmo ele não é mal. Nesse contexto, ele representa
todas as pessoas que são boas, nobres e trabalhadoras. O boi representa os
trabalhadores e os bois reconhecem o dono deles.



O boi vê muitos seres humanos ao seu redor , ele sabe quais são as
características do seu verdadeiro dono. A mesma coisa precisa acontecer
conosco, as almas, de reconhecer seu “dono”.



Nós reconhecemos o nosso verdadeiro dono, sua autêntica voz. Reconhecemos as
características de Jesus em seus seguidores.








O boi 'entende' seu proprietário, sabe para onde o Proprietário quer que ele
vá. Jesus nos guia como um capitão guia um barco.






Que bela essa imagem do homem trabalhador guiado por Jesus Cristo.



Imagem bonita do boi em silêncio puxando o arado. Nós não devemos ser mais que
bois que puxam o arado. Todo cristão tem Jesus guiando seu arado, e
Jesus mesmo, dá o alimento e leva o boi para bons pastos.



O burro conhece o coxo do seu dono.









Que interessante que o profeta Isaías fala desses dois animais: o boi e o
burro.



Nós somos como burros. Não devemos pensar que somos importantes e inteligentes,
somos bois, burros, ovelhas. Diferentes entres nós, com pequenas diferenças,
mas com particularidades diante de Deus, uma vez que alguns são 'burros',
outros 'bois' ou ainda 'ovelhas'.



“Quando vindes apresentar-vos diante de mim, quem vos reclamou isto:
atropelar os meus átrios?”



Isaías 1, 12 me chama atenção porque mostra Deus que é amor e que, ao mesmo tempo,
está farto de um filho que é rebelde, um filho que tira a Sua paciência.

Como se Deus dissesse: “Fora daqui, não quero ver vocês por aqui na minha
presença...”.

No contexto dessa Palavra, o povo de Israel está longe de Deus.






Deus não fecha os olhos diante dos nossos pecados.

Essa mensagem é para os pecadores. Não somos dignos de receber Deus. Devemos
sempre nos sentir indignos de nos aproximarmos D'Ele.






É preferível que nos sintamos indignos. Deve acontecer como naquela parábola do
banquete de casamento que o noivo é quem diz para aqueles que se sentem
indignos: “vem para mais perto, ocupar os lugares da frente”.



Tomando mais uma passagem de Isaías, vejam uma uma descrição da crucifixão de
Jesus Cristo, que aconteceu espiritualmente e não materialmente.



Isaías 2,11- 18: “11.A soberba dos mortais será abatida, e o orgulho dos
homens será humilhado. Só o Senhor será exaltado naquele tempo.12. Porque o
Senhor dos exércitos terá um dia (para exercer punição) contra todo ser
orgulhoso e arrogante, e contra todo aquele que se exalta, para abatê-lo,13.
contra todos os cedros do Líbano, altos e majestosos, e contra todos os
carvalhos de Basã,14. contra todos os altos montes, e contra todos os outeiros
elevados, 15. contra todas as torres altas, e contra todas as muralhas
fortificadas,16. contra todas as naus de Társis e contra todos os objetos de
luxo.17. A pretensão dos mortais será humilhada, o orgulho dos homens será
abatido. Só o Senhor será exaltado naquele tempo,18. e todos os ídolos
desaparecerão.”
.



Toda torre que é alta, orgulhosa e poderosa não pode resistir diante do poder
da cruz de Cristo.

Haviam muitas torres que se destacavam naquela época, torres humanas, torres de
religiões com suas castas e conhecimento... mas nada pode resistir diante da
exaltação de Jesus
. Jesus conquistaria essas torres ou elas se destruiriam
por si mesmas.









Só Jesus será exaltado naquele dia, nenhum ídolo subsistirá, se referindo a
crucifixão de Jesus no contexto dessa passagem.





Uma outra passagem em Isaías, muito marcante, e que merece ser meditada diante
do Sacrário. Isaías 4,5:









“O Senhor virá estabelecer-se sobre todo o monte Sião e em suas assembléias:
de dia como uma nuvem de fumaça, e de noite como um fogo flamejante. Porque
sobre todos se estenderá a glória do Senhor”





Especialmente quando Jesus está rodeado sobre o altar, rodeado de padres e
entre patenas, podemos imaginar em cima do Altar a Glória do Senhor.







Pessoalmente, quero dizer algo para vocês: quando estive na Adoração do
Santíssimo Sacramento nas noites desse acampamento, numa das noites, eu estava
em adoração de olhos fechados e, num momento, quando abri os olhos, junto ao
Altar, vi que existia uma nuvem de incenso. Eu pensei que alguém estivesse com
um turíbulo ali, mas depois eu vi que a nuvem de incenso havia sumido. Fechei os
olhos, e ao abri-los novamente, vi com clareza que não havia nenhum tipo de
turíbulo.








Podemos imaginar o Espírito Santo como uma nuvem rodeando o Altar onde está o
Mistério da Eucaristia, e ao redor daquelas nuvens, muitos anjos cobrindo-a.



O que não diz os Evangelhos, profetiza o profeta Isaías. Quer saber mais sobre
o Reino de Deus, sobre Jesus, leia o profeta Isaías.