quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Das Provações ao Louvor e Adoração!


Introdução

Devemos levantar nossos braços e louvar o nosso Deus! 
Nossa Senhora diz em suas aparições, que ela louva a Deus, a cada instante no Céu e que os Anjos e Santos nunca se cansam de louvá-lo porque eles sentem o amor dele o tempo todo e se alegram mais e mais.

Nossa mãe, Maria, nos convida a louvá-lo, pois assim sentiremos a alegria do Céu em nossos corações. Ela nos exorta a glorificar a Deus, todos os dias, mesmo se a vida continuar a mesma e não nos acontecer nada, porque assim veremos que não dependemos de coisas materiais para ter a felicidade.

Que nossas manhãs sejam preenchidas pelo louvor e nossas noites pelo agradecimento.
Todos os dias, Deus faz o sol nascer para nós.
Glória a Deus! Ele nos dá o alimento, a água, o ar. Louvado seja Jesus!

Deus cuida de nós durante o dia e vela por nós durante a noite. Bendito seja o Senhor! Pois só a pessoa que reconhece a bondade do Pai é que está perto dele e merece ser socorrida em suas necessidades.

A gratidão sempre atrai mais graças. Por isso, devemos louvar, agradecer, bendizer o pai, que tudo nos dá.
Nossas vidas devem ser construídas dia após dia no hoje e não pensando no amanhã. Valorizemos cada dia, pois não sabemos até quando estaremos aqui neste mundo.

Mas muitos não valorizam nem a própria vida, e o pior: não respeitam a vida dos outros. O fato de estarmos construindo as nossas vidas como casas sobre a areia, sobre as coisas do mundo, é que faz delas rotineiras e vazias.

Devemos Construir nossas vidas sobre a rocha que é Jesus Cristo, pois virão problemas e tempestades querendo derrubá-las, mas somente sobre a rocha que é Jesus permaneceremos firmes.

CAPÍTULO I
 1. O AMOR DE DEUS
Quando se sente o amor de Deus pela primeira vez é maravilhoso, a gente nunca esquece aquele dia que de certa forma fomos pegos de surpresa. Fomos fisgados pelo pai.
Podemos até dizer que fomos seduzidos pelo amor do nosso Criador.

E aí, encantados com tudo, queremos participar de encontros, sentimos o desejo de participar das celebrações, temos o desejo de ajudar na comunidade.

A fé começa a brotar e a crescer nos nossos corações, surge à sede de Deus.

Temos uma sede tão grande da palavra do Senhor e queremos transmiti-la a todas as pessoas com o nosso testemunho.

O Senhor vai nos atraindo para ele e na verdade, gostamos e muito. Sentimos a paz que o mundo não dá. A alegria que jamais havíamos experimentado antes.

Temos sensações, mudanças, transformações que sequer entendemos e a partir daí descobrimos que ocorreu um pentecostes conosco, a efusão do Espírito de Deus.

E diante de tantas mudanças na vida diária, voltamos para Deus.

Começamos a vencer a nossa timidez, as nossas dificuldades de comunicação e a partir daí vai surgindo uma nova criatura.
Começa então, o início da vida em comunidade.

Aquele desejo ardente de servir, nos tornou realmente servos.
O Senhor mudou o nosso viver, agora somos novas criaturas, querendo fazer o bem e ajudar o próximo.

1.1 As dificuldades na Caminhada
Só que na caminhada, começam as dificuldades, há um misto de alegria, sofrimento, vitória, derrota e dor.

Na verdade, há um sentimento de confusão, vazio interior, mistério e começamos a vagar na vivência diária da oração e da vida comunitária.

Já não há mais aquele fervor como antes, já não há mais o amor como autrora.

A gente busca Deus, mas não o encontra, procura um aconchego no irmão e não é acolhido, deseja alguém para conversar e fica só. É o período da desolação que falaremos adiante.

A gente se encontra perdido. E como fazer para mudar a situação?

Precisamos nos conhecer melhor.

À medida que vou analisando, vou percebendo que o meu amor não foi construído sob uma base sólida, vou percebendo que Deus me deu oportunidades, mas aquele entusiasmo de início de caminhada, não me fez perceber que era necessário amadurecer na fé, buscar conhecimento interior e exterior e que precisava aprofundar na palavra de Deus. E que a palavra é que vai me conduzir pelo caminho certo.

Não, não percebi que a palavra é a fonte da vida, da alegria, do consolo, que é ela exatamente ela que vai me orientar para uma vida coerente e sensata, rumo ao céu.

Não quis ouvir sobre provações, não quis perceber nada sobre os acontecimentos tristes na vida, porque o entusiasmo fez com que não percebesse que as provações existem exatamente como um teste, uma prova, o senhor permite que elas ocorram conosco para que deixemos de teimosia, para que aprendamos a viver segundo o espírito, abandonando os erros e buscando a santidade.

O senhor ama e por amar e por amor ele nos corrige, a provação é uma correção do Senhor, assim, ele de forma amorosa, não poupa a vara ao filho, dá as varadinhas para aprendermos a amar, para aprendermos a obedecer, para nos educar na fé.

1.2 A busca desmedida dos dons
No início da Caminhada desejamos e buscamos os dons carismáticos dizendo que queremos servir.

E vamos à luta, trabalhando de um lado, de outro, desejando ardentemente os dons, almejando dom de curas, dom de milagres, dom da palavra e assim deixamos de lado o que é mais importante, AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A MIM MESMA.

Vou ao início da caminhada, acumulando ódio, rancores, ressentimentos de irmãos de caminhada, não percebendo que há disputas internas, para ver quem é o melhor e querendo ser mesmo o melhor pregador, o melhor orador, o mais ungido e vou muito mais além, porque na minha cegueira espiritual, vou querendo o dom que o outro tem.

Esqueço assim, que tenho que ser fiel ao chamado, servindo naquilo que está necessitando naquele momento. Não percebo que Deus me pôs na limpeza, porque já havia um pregador, já havia o cantor, já havia o orador e ele estava precisando de um limpador da Igreja, que ele estava precisando de alguém para acolher os irmãos na entrada, para que sua obra cresça.

Não, não percebo que não me colocam em determinado ministério porque não possuo aquele dom e assim, preciso ser fiel no pouco naquilo que necessita para que Deus vá me dando abundantemente outros dons.

Por isso, o trabalho missionário às vezes não cresce, porque quero ter o dom que Deus ainda não me deu e assim, não sirvo naquilo que ele me chamou, buscando fazer a minha vontade e não a do pai.

Não vejo que preciso ser fiel naquilo que necessitava, como na limpeza, no acolhimento e assim devido ao meu sim, ele vai me dando novas oportunidades, me chamando para o serviço mais e mais, me acumulando de dons.

Mais à frente vou entender que ao invés de ajudar na obra do senhor estava atrapalhando tudo aquilo que Deus vinha fazendo.

Pois como posso tirar aquele que tem o dom da palavra, para ficar no lugar dele, se não tenho esse dom¿ Seria a mesma coisa de dizer ao tocador de violão, hoje você não precisa tocar e nem cantar, pois vou te substituir, vou ficar no seu lugar.

Então vou me tornando um cego e surdo espiritual, não vejo, não enxergo e não percebo que vai ser através da fidelidade que o senhor me dará outras chances.

Não entendo que na Igreja o senhor me chamou para servir e não para ser servido.

CAPÍTULO II
2 OS DONS EFUSOS E OS DONS INFUSOS
Vou esquecendo que devo desejar os dons carismáticos (dons efusos), mas são essencialmente necessários na minha vida os dons infusos ou de santificação, que recebi ao ser batizada, pois os dons de santificação são instrumentos de Deus para a construção da santidade em nossas vidas. Já os dons carismáticos nos capacitam a sermos servos competentes e eficientes.

Precisamos nos abrir à sua ação tanto nuns quanto nos outros.
Os dons infusos estão profundamente ligados a mais alta vida espiritual que consiste em revestir as almas com o desaparecimento do “eu” para que só Deus tome as iniciativas.

E quais são esses dons infusos ou de santificação¿ são o Temor de Deus, Piedade, Fortaleza ou espírito de Fortaleza ou ainda Coragem, Prudência ou espírito de Conselho, Ciência ou espírito de Ciência, Entendimento ou espírito de Inteligência e Sabedoria ou espírito de Sabedoria.

DOM DO TEMOR DO SENHOR
Este dom consiste num horror ao pecado, que diminui os ímpetos desordenados da nossa concupiscência e, nos impede de provocar desgosto a Deus. A pessoa afasta, com todas as forças, tudo quanto poderia desagradar a Deus.

DOM DA PIEDADE
Este dom produz em nós um amor de filho para com o pai celestial, adorando-o com amor e fervor, e um amor verdadeiro para com os irmãos e para com as coisas divinas.

Podemos até dizer e constatar que há frutos alcançados por esse dom: confiança infinita em Deus e abandono total em suas mãos; fraternidade; capacidade de nos santificar alegremente nos doando por inteiro, a Deus e ao próximo.

DOM DA FORTALEZA
Este dom faz com que a pessoa tenha uma força que lhe permite suportar com paciência e alegria, sem murmuração, por amor a Deus, as maiores dificuldades e tribulações. É uma constante superação de nós mesmos em meio aos desafios, às tentações, às provações e dificuldades.

DOM DA PRUDÊNCIA OU ESPÍRITO DE CONSELHO
Na verdade ele é o dom de governar, pois é muito importante para aqueles que são constituídos em autoridade, concedendo-lhes um governo prudente, que se preocupa com o bem espiritual das almas e da glória de Deus.

Este dom nos conduz a viver sob a orientação do Espírito Santo. O que falar? O que fazer? Devo ficar calado ou não?A resposta correta para essas perguntas nos é dada por este dom. É necessário a todas as almas para a perfeita orientação de acordo com a vontade de Deus.

DOM DE CIÊNCIA OU ESPÍRITO DE CIÊNCIA
Os dons de Ciência, Inteligência e Sabedoria nos fornecem a intimidade e união com Deus, O dom de ciência nos faz reconhecer que as coisas criadas são vãs em si mesmas. 

Descobrimos que Deus é tudo e nós não somos nada. Percebemos a grandiosidade, a majestade de Deus e isso vai nos conduzindo a por as coisas e pessoas no seu devido lugar e importância, porque Deus está em primeiro lugar.

Vou entendendo na caminhada, através do autoconhecimento, das situações vivenciadas, que há um Deus maravilhoso, mas que há também, o pai da mentira, querendo perverter as almas.
Assim, vou descobrindo que satanás existe e que a princípio o ignorava por causa do meu entusiasmo cristão no início da caminhada e que vou ter que vivenciar as mesmas dificuldades que os apóstolos passaram.

Vou entendo que os erros cometidos pelos apóstolos são um consolo no momento que caio. Percebo que quando Jesus disse para Pedro que satanás queria peneirá-lo como trigo, mas que ele rogou ao pai para que a fé dele não desfalecesse.

Aí compreendemos que satanás é uma realidade nas nossas comunidades e quer tirar algo muito precioso de nós que é a fé, porque sem ela não somos caridosos, sem ela não amamos o nosso próximo, sem a fé, somos pessoas tristes, sem esperanças, sem a fé, não há vida, não há ressurreição.

 A partir daí, até temos interesse em ler sobre as ações do mal para nos precaver, como é o caso dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola sobre o discernimento.


É preciso estar atentos, pois num de seus exercícios espirituais faz a seguinte menção:

“Porta-se também o demônio como um general, quando quer apoderar-se duma fortaleza. Pois, à semelhança dum comandante ou chefe militar que, depois de assentar os arraiais, explora as fortificações e obras de defesa, para saber qual é a parte mais fraca, para começar por ela o ataque: assim o maligno espírito anda rondando em volta de nós para explorar as nossas virtudes teologais, cardeais e morais, a fim de começar por onde nos achar mais fraco, e nos render”.

Um dos grandes perigos da nossa vida é nos distrairmos, pois através da distração, nos esquecemos de que nos tornamos vulneráveis após os momentos de vitória. Um exemplo foi Davi que foi considerado um homem segundo o coração de Deus, e, após inúmeras vitórias, cedeu a tentação com a mulher de Urias.

Portanto, precisamos vigiar estarmos atentos para não cairmos nas ciladas do demônio, podemos até enfatizar através da espiritualidade inaciana os ensinamentos:

“Examinar com grande cuidado o curso de nossos pensamentos. Se o princípio, o meio e o fim são bons e tendem ao bem, é sinal de que vêm do bom anjo; mas se no decurso deles se encontram alguma coisa má, vã ou diferente do que tínhamos proposto fazer, é sinal evidente de que tais pensamentos procedem do mau espírito.

Aprofundando ainda mais sobre esse assunto é preciso termos esperança e conhecimento para aceitar os desafios e vencê-los como consta nas regras de discernimento sobre o mesmo santo.

“São três as causas principais por que nos achamos desolados. A primeira é porque somos tíbios, preguiçosos ou negligentes em nossos exercícios espirituais e, por nossas faltas, se afasta de nós a consolação espiritual. A segunda porque Deus quer ver quanto podemos e até onde chegamos ao seu serviço e louvor sem os auxílios da consolação. 

A terceira, porque Deus nos quer dar a conhecer que não está em nosso poder sentir grande devoção, amor intenso, lágrimas, nem qualquer outra consolação espiritual, mas que tudo é graça de Deus, Nosso Senhor, a fim de que não nos ensoberbecesse nem envaidecermos atribuindo a nós mesmos a devoção e outras manifestações da consolação espiritual.”

TIAGO 1:12 - Bem aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
TIAGO 1:13 – Ninguém, sendo tentado, diga: de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.

TIAGO 1:14 – Mas cada um é tentado quando atraído pela sua própria concupiscência.
Meditemos a palavra de Deus, pois é ela que nos guia ao caminho correto.
Vamos a partir de agora, amar como Jesus amou, viver como Jesus viveu, pensar como Jesus pensou sentir como Jesus sentiu, orar como Jesus, obedecer como Jesus.

Temos armas poderosas, para enfrentar o mal e precisamos conhecer a palavra e vivenciá-la, para assim, livrar-mos do mal e não cairmos em tentações.

Que Deus nos conceda a graça da Vitoria, da perseverança e que percebamos que não é contra homens de carne e osso que temos de lutar, mas contra o mal que está espalhado até no ar.
Fomos chamados pelo Senhor não para ser servido para servir, a exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo.

CAPÍTULO III
3. DAS PROVAÇÕES AO VERDADEIRO LOUVOR
Depois de uma vasta caminhada nos caminhos do Senhor até chegar à parte ao aprendizado, percebemos a real importância do louvor.

O louvor propriamente dito, sentido, desejado e alcançado ao pai criador de todas as coisas.

Há tantas expressões sobre o louvor, mas o louvor mais lindo, mais eficaz é aquele que brota da alma.

Quando temos o coração curado, nossa vida se transforma num grande louvor.

A oração de louvor nos leva a um jeito novo de viver a vida, de ver as coisas com os olhos de Deus e não com os olhos do mundo.

No livro do profeta Habacuque, podemos ver o conceito de louvor sendo usado por ele quando diz: Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.
A oração de louvor, nos liberta de tudo aquilo que nos oprime e precisa se tornar a nossa oração mais rotineira. É pelo louvor que nos transformamos.

Louvar é reconhecer a Grandeza, a Soberania, a Bondade, a Justiça, a Força, a Fidelidade, a Misericórdia, a Honra, a Dignidade, a Majestade e a Santidade de nosso Deus.

Alegro-me no Senhor,
Louvo a Deus com gratidão no meu coração,
Bendirei ao Senhor Eternamente,
O louvor ao Senhor estará sempre na minha boca,
Sim, quero louvar sempre ao Senhor,
Quando penso que Deus me ama e me escolheu,
Que há poder no Nome Santo de Jesus,
E que o Espírito Santo habita em mim,
A minha alma se alegra como é glorioso o nosso Deus.

Deus está no sol que brilha, no vento que sopra, no mar, nas águas, nas flores, nas plantas, nos animais, no céu, na lua, nas estrelas, no Universo. Ele está em todos os lugares. Mas o lugar onde Ele mais gosta de ficar é no nosso coração.

O Todo Poderoso mora dentro de nós. Somos moradas de Deus, somos templos do Senhor. As flores se abrem para o sol. Devemos nos abrir como elas para o Senhor. Uma flor não pode viver sem o sol, sem a água e sem a terra. Nós também, não podemos viver sem a benção de Deus, sem a ajuda de Deus e sem a fé em Deus.

Proclamo seus altos feitos entre os povos.
Eu vos amo, ó Senhor, és minha força!
O Senhor é o meu rochedo, minha fortaleza e meu libertador.
Invoco o Senhor, digno de todo louvor, ele é o meu amor, é a minha alegria.

Os caminhos de Deus são perfeitos, a palavra do Senhor é pura.
O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
Quem está com Ele, tem que estar na alegria. Ele não é tristeza. Temos que ser felizes com ele que está em nossos corações, mesmo com as cruzes que temos que carregar.
Temos que agradecer a Deus e louvá-lo.

3.1 Criatividades nas Orações
Precisamos mudar um pouco nossas orações, pois pedimos graças, perdão e tantas outras coisas, tornando a nossa oração mais de petição do que de louvor, de agradecimento, de adoração.

Deus tudo quer nos dar e tudo quer perdoar, pois o seu Coração é infinitamente generoso e sua caridade é sem limites porque Ele é um pai, mas devemos confiar, deixar o Espírito de Deus agir, mudar nossos hábitos e fazer elogios ao Senhor que é merecedor de toda glória.

Devemos olhar nossas vidas e reconhecer que tudo o que temos é o Pai quem nos deu. Tudo é presente de Deus. Não devemos ser ingratos.

Confie no Senhor e transforme a sua oração, o seu prazer, a sua entrega ao pai.

Em verdes prados o Senhor me faz repousar.
Eterna é a misericórdia de Deus.
Grande é o Senhor nosso e poderosa a sua força; sua sabedoria não tem limites.
Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo o que nele se move.

“Jesus disse: Mas à hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.

Sim, precisamos adorar o nosso pai, necessitamos de mudanças reais e evidentes na nossa vida, queremos ser servos de verdade, servos curados e transformados para servir.

O Senhor tem pressa, ele quer atingir o coração de todas as pessoas e para isso é necessário ordem na Igreja, é necessário amor, é necessário a cura do coração humano.

Servos curados para servir, servos convertidos para transformar a vida das pessoas.

É verdade, o Senhor nos chama, você quer servi-lo de verdade? A quem você quer servir?
Louvado seja Deus, pela sua resposta.

CONCLUSÃO

Concluímos que somos fracos, mas não estamos sós, que o Espírito de Deus habita em nosso coração, ele é o prometido de Deus pai, ele é o enviado de Jesus, ele é a nossa força, ele é a nossa luz e por isso não estamos sozinhos, temos a arma da vitória em nossas mãos. Somos muito mais que vencedores em Cristo Jesus. Amém. Aleluia.

Augusta Moreira dos Santos



sábado, 16 de novembro de 2013

TENHA ZELO POR SUA VOCAÇÃO!




Não há na maioria das vezes, pessoas preparadas nas paróquias, para direção espiritual, com maturidade, conhecimento e discrição, e indicar um caminho para aqueles que sentem uma inquietação interior no tocante à sua vocação. É visível a falta de experiências neste setor e investimentos neste sentido.

Por certo há aquele pastoreio indireto mas é muito pouco, pois visa interesses individuais de congregações, comunidades e institutos e, não o discernimento propriamente dito do carisma individual e coletivo do próprio vocacionado.

Refletindo sobre vocação, vejo o quanto falta suporte nas paróquias. Daí a gente vê a falta de produção religiosa, por haver padres que fazem do sacerdócio uma profissão e não uma vocação. Religiosas, que as vezes têm vocação, mas estão no local errado, leigos que têm interesse em servir mas estão perdidos, pessoas certas em lugares errados.

A bíblia nos orienta, mas é preciso muito mais. É preciso pessoas engajadas, pessoas que assumam a missão de orientar principalmente os jovens.

Um dia tive um sonho com Nossa Senhora, como se fosse uma transfiguração, dela em mim e eu nela e dizia: "Ajude os Jovens".

No diálogo de amizade com Jesus podemos ouvir a sua voz que chama: “vem e segue-me” (Lc 18,22); ou a voz do Senhor dizendo: “volta a tua casa e conta tudo o que Deus te fez” (Lc 8,39).

Tem pessoas que possuem vocação para o matrimônio e não se conformam em servir no seu lar, em ser uma boa mãe, uma boa esposa, uma boa dona de casa e fogem do chamado fazendo de suas famílias um "inferno" e indo servir na Igreja e Jesus diz volta para tua casa.

Analisando a minha história posso questionar: por qual caminho Deus me leva? Quais os acontecimentos mais importantes que ocorreram na minha vida? Em que, quero me dedicar? Como posso perceber os sinais na minha vida?

Preciso saber onde Deus quer que eu o sirva. Penso que é uma dúvida na maioria daqueles que se sentem chamados.

Me sinto bem servindo o Senhor em que? é ouvindo as pessoas? Dando um direcionamento? É pregando retiros? É nos meios de comunicação que me realizo? Gosto de estar é com as crianças? É com jovens? É indo aos hospitais?

Esses questionamentos são necessários para chegar ao discernimento e achar o local certo e as pessoas certas. É preciso perceber quem faz parte do meu DNA espiritual, quem faz parte da minha identidade, do meu carisma.

Sinto-me atraída é para a vida religiosa, ou como leiga? Qual é o estilo de vida que me satisfaz?

Quero viver como eles vivem e fazer o que eles fazem, ou não?

Será que você não é chamado a ser um fundador ou uma fundadora e não sabe disso?

Certo dia saiu essa palavra para mim:

“Quem dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a concluir? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos os que virem comecem a troçar dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não pôde acabar’” Lc 14, 28-30.

A vocação é algo sério e preciso pensar sobre esse texto acima. Não posso brincar com o meu chamado.

Quais os sinais concretos em que me baseio para pensar que Deus me chama? Quais os prós e contras que tenho para seguir esse caminho?

O Senhor não nos fala claramente Ele dá sinais e cabe a nós discernir.

Tem uma passagem biblica que diz:“Seguir-te-ei para onde quer que vás”. Lc 9, 57

A decisão é um passo na fé.

Continuemos refletindo:

“Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no” Mt 4, 21-22.

É preciso tomar a decisão e ir adiante! Não podemos deixar que o medo nos vença.

Vejo que um diretor espiritual pode nos ajudar e muito, mas onde encontrá-lo?

“Que haverei de fazer, Senhor? O Senhor respondeu-me: Levanta-te, vai a Damasco, e lá te dirão o que se determinou que fizesses” At 22,10.

O diretor espiritual pode nos ajudar a perceber os sinais da vontade de Deus; a indicar onde obter informaçoes, etc. No momento da decisão o diretor espiritual se afasta para que a gente tome a decisão.

Jesus, depois de ter aparecido a Paulo no caminho de Damasco, disse-lhe que fosse ter com Ananias para este lhe indicar qual era a vontade de Deus. Embora Cristo pudesse ter dito a Paulo o que queria dele, preferiu servir-se de Ananias para lhe fazer descobrir a sua vocação (cfr. At 22, 10-15)

É chegado o momento de pararmos para refletir e entender que o matrimônio é uma vocação. Que ser freira é uma vocação. Que há solteiros que podem viver a vocação de solteiro, servindo o senhor na forma que for chamado.

Portanto, a conclusão é de que a vocação é abrangente e necessita de maiores cuidados.

Vazante, 15 de novembro de 2013

Augusta Moreira dos Santos

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A obediência é prova de garantia e fidelidade a Deus!



Tenho lido bastante a bíblia e não tenho dúvidas de que ela direciona a minha vida. É a palavra que me orienta no caminho do bem, como também é a mesma, que me dá discernimento na forma de agir.


Hoje, com o surgimento de tantas igrejas e seitas, com a falsa impressão de que estão certos, chegando aos nossos lares através da Tv ou até mesmo pessoalmente, tentam tirar aquilo que nos é tão precioso, a fé solidificada, baseada no conhecimento, tradição e autoridade da Igreja.



A tradição, ao contrário do que se pensa, nos dá uma certa garantia de estarmos certos, pois tem sido repassado de pais para filhos, desde quando o Senhor Jesus Cristo veio ao mundo para nos libertar da escravidão do pecado.



Assim, a obediência que devemos ter em relação às autoridades eclesiásticas, à hierarquia da Igreja, nos leva à santidade. Vai sendo domado em nós, a rebeldia, o orgulho, a inesperiência, até chegarmos à santidade, pois sem ela ninguém poderá ver a Deus.



A princípio pensei que toda espécie de desobediência é do mal e até certo ponto é mesmo. Mas Deus que é infinitamente bom, utiliza até aquilo que é errado para o proveito comum.



Podemos ver isso com relação aos judeus, que não acreditam que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos.



Na verdade, eles não acreditam que Jesus era "Jesus". Então, ao invés de Deus ficar furioso por não acreditarem na nova aliança, no novo testamento e nem na eucaristia, Deus utilizou essa desobediência ao sagrado para chegar aos pagãos, que não tinham nenhuma chance de salvação, segundo as leis da época.



Veja o que diz a palavra: Romanos 11, (30) Outrora, vós fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes a misericórdia, em conseqüência da desobediência deles. (31) Agora, são eles que desobedecem, dando ocasião à misericórdia de Deus para convosco, para que, finalmente, eles também alcancem misericórdia. (32) Pois Deus encerrou todos na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.



Então, dá para perceber que a palavra de Deus é vida e que Deus é capaz de fazer de um erro um bem maior.



Mas, quero comentar um pouquinho sobre obediência:



Hb,13,17: obedecei aos vossos dirigentes e segui suas orientações, pois eles velam por vós como quem há de prestar contas. Que possam fazê-lo com alegria, e não com queixas, o que não seria vantajoso para vós.



Tt,3,1: Lembra a todos que devem sujeitar-se aos magistrados e às autoridades em geral, obedecer- lhes às ordens, ser prontos para toda boa obra.



A obediência é agradável a Deus e e de grande responsabilidade por quem comanda, visto que essas pessoas serão cobradas por Deus daquilo que fazem.



Então, com toda segurança, podemos obedecê-las mesmo que isso signifique estar em desacordo com aquilo que quero e planejo, a menos que seja algo que me leve a pecar.



Por isso, que aquele que está dando ordens deve ser prudente e deve fazer aquilo que Salomão fez em oração:



1Rs,3,9: Dá, pois, a teu servo, um coração obediente, capaz de governar teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?”



Deus nos dá tudo o que necessitamos :Eclo,17,5: Concedeu aos humanos discernimento, língua, olhos, ouvidos e um coração para pensar; encheu-os de inteligência e instrução.



Depois que os hebreus receberam a Lei de Deus por meio de Moisés, esse povo exclamou: ´Tudo do que Iahweh falou, nós o faremos e obedeceremos´ (Ex 24,7). Esta era a vontade do povo, no entanto, sabemos que este mesmo povo prestou culto aos deuses dos pagãos.



Quando Josué conclamou o povo, a ser fiel a Deus, e só a Ele prestar culto na Terra que Deus lhes dava, o povo respondeu: ´A Iahweh nosso Deus serviremos e à sua voz e te obedeceremos(Js 24,24). Mas sabemos que após atravessarem o rio Jordão, e tomar posse da Terra esperada, esse povo não demorou a render aos deuses dos cananeus.



Isto mostra que não é fácil para nós, viver a fidelidade ao Senhor, pois também hoje os deuses falsos nos atraem, e querem ocupar os nossos corações.



Foi pela obediência que Jesus salvou a humanidade, porque fez exatamente o que o primeiro Adão recusou a fazer. Na obediência radical a Deus, Jesus desatou o nó da desobediência de Adão e nos reconciliou com Deus.



Da mesma forma, ensinam os Santos Padres, pela obediência de Nossa Senhora, ela desatou o laço da desobediência de Eva. A partir daí, a obediência a Deus passou a ser a marca principal daquele que crê.



A obediência é o melhor remédio para os males que o pecado original deixou em nossa natureza: orgulho, auto suficiência,vaidade, soberba,exibicionismo, etc.



Portanto, a obediência sempre foi e sempre será a prova e a garantia da fidelidade a Deus.





Augusta Moreira dos Santos