sábado, 23 de junho de 2012

Fortes nas Tribulações




Hoje refletiremos a Palavra de Deus que está em Daniel 6,17. O que vamos aprender, neste momento, é encontrar um caminho do fortalecimento em meio à tribulação. A exemplo de Daniel, mesmo no tempo da perseguição, ele permaneceu fiel.




A Palavra de Deus narra a história de Daniel, que era um homem fiel e temente ao Senhor. Quando ele começou a ser perseguido, porque criaram uma lei que obrigava todas as pessoas que não adorassem ao rei a ser lançadas na cova dos leões. Daniel não traiu o seu Deus e permaneceu firme e fiel ao Senhor ao qual ele servia.




Deus usa de um rei pagão para encorajar aqueles que lhe são fiéis. Vejamos o que o rei fez com Daniel 6,17-19: “O rei mandou, então, trazer Daniel para ser jogado na cova dos leões. O rei disse a Daniel: “O teu Deus a quem tu sempre cultuas há de livrar-te!”




Daniel nos ensina o segredo para superar as provações, ele foi para a cova dos leões. E quantas vezes nós nos sentimos assim, sendo entregues aos leões, entregues às provações. No entanto, o mesmo rei que o havia lançado na cova dos leões vai ver o que havia acontecido:




“Chegando à cova, onde estava Daniel, o rei, aflito, gritou: “Daniel, servo do Deus vivo, teu Deus, a quem sempre cultuas, foi capaz de livrar-te dos leões?”




Daniel falou: “Viva o rei para sempre! Meu Deus mandou seu anjo para fechar as bocas dos leões e eles não me incomodaram, pois fui considerado inocente diante de Deus da mesma forma como também contra ti, ó Rei, nenhum crime cometi. O rei ficou contentíssimo e deu ordens para tirarem Daniel da cova. Quando o tiraram não encontraram nele um arranhão sequer, pois ele havia confiado no seu Deus.”




Deus não o [Daniel] poupou de entrar na cova dos leões, mas esteve com ele e poupou-lhe a vida.







Padre Fabrício 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Missa Sertaneja-Edna & Cida Moreira- Ato Penitencial


























Sabemos que a música dentro da Igreja Católica é um instrumento fundamental para a expressão da fé e deve ser usada com sabedoria, prudência e muito discernimento. 





Há comunidades eclesiais que mantêm o costume de colocar melodias de músicas populares já existentes para expressões musicais católicas, particularmente para a Santa Missa. 





A Igreja recomenda que pode admitir ao culto divino as formas musicais, as melodias e os instrumentos de música, desde que sejam adequados ao uso sacro, ou possam a ele se adaptar, condigam com a dignidade do templo e favoreçam realmente a edificação dos fiéis. 





Admitem-se nas Santas Missas melodias e textos que sejam de autoria e inspiração cristãs; nada impede o uso de certos ritmos locais, de acordo com as circunstâncias celebrativas e suas partes específicas, desde que a prioridade seja a celebração, pois cantar é uma forma de rezar. 





A música há de ser uma expressão viva da fé.





Estejamos atentos à liturgia e ao que a Igreja orienta.





Augusta Moreira dos Santos

Missa Sertaneja- Edna & Cida Moreira cantam




Amados irmãos, todos os anos, há os festejos em honra a Nossa Senhora da Lapa e neste ano de 2012, no mês de maio, tivemos a presença, das minhas duas irmãs, Edna & Cida Moreira.





Com Carinho, colocamos alguns vídeos, depois vamos postar mais, após a edição e vejam a devoção da dupla a Nossa Senhora e a São José.




Augusta Moreira dos Santos































quarta-feira, 20 de junho de 2012

Deus me livre dos deuses






“ Ali foi posto à prova pelo diabo,

durante quarenta dias” (Lc 4, 1 )








A descrição  de 
São  Lucas  nos 
mostra  a  tentação 
do


demônio,  da 
qual  nem  o 
Filho  de  Deus 
estava  livre.  O


demônio tentou desmoronar o plano
de Deus. Três


tentativas e três negativas.





Jesus não se entrega às insídias
do


diabo. Por mais tentadoras, as
propostas  do demônio não



convenceram.  Estava  exausto, 
com  fome,  cansado.


Poderia ter colocado tudo a
perder e, no entanto,


colocouse acima de tudo. Não se
deixou vencer.


 Afastou o demônio com  determinação 
e  coragem: 





“Não  porás 
à  prova  o


Senhor teu Deus!” (Lc 4,12).


A tríplice tentação de Jesus,
caracterizada pela tentação


do ter, do poder e do prazer, nos
revela a raiz de toda a


tentação. Somos tentados a ter, a
mandar e a gozar os


prazeres  deste 
mundo.  O  consumismo, 
tentação  do


momento, nos leva à busca do ter
sempre mais, a amontoar


riquezas e a nos transformar em
donos.





O poder, conseqüência  do 
ter,  nos  insinua 
que  tendo,  podemos.  


E  a tentação do prazer, nos
convence de que tendo, podemos e, por isso, devemos.





O deus do ter: o dinheiro. O
sacrário? o cofre do banco.


Lembro-me  da 
história  de  uma 
mulher  que,  no 
dia  de


finados, quando todos iam ao
cemitério, foi acender uma


vela na porta do Banco. Aos que
passavam, ela dizia: “meu


marido está enterrado aqui !”.





E o caso de uma outra que,


ao entrar no supermercado, fazia
o nome do Pai, quem


sabe para se livrar da tentação
de comprar o supérfluo.


Henry  Fielding, 
dramaturgo  inglês,  dizia: 
“Se  fizeres  do


dinheiro o teu deus, ele te
atormentará como o demônio”.





E Vitor  Hugo, 
escritor  de  'Os 
miseráveis'  tinha  razão 
ao


afirmar: “Dinheiro é bom, mas
certifique-se sempre quem é


dono de quem”.





O deus do poder: personificado no
trono e no cetro, o


poder é um deus vingativo. Usa e
abusa das coisas e das


pessoas. Manda e desmanda.
Recordo-me de uma frase


famosa  de 
Abraham  Lincoln,  Presidente 
dos  Estados


Unidos: “Se quiser por à prova o
caráter de um homem, dê-


lhe poder”.






deus  do  prazer: 
eros.  O  mundo 
tá  ficando  erótico.


Alguns, talvez exagerando, dizem
que estamos vivendo no


sexo XXI. Fizeram do erotismo uma
indústria. Altamente


compensadora,  na 
lógica  de  mercado, 
e  terrivelmente


destruidora no campo da moral e
dos princípios éticos.





O poeta e escritor argentino
Jorge Luis Borges dizia:


“Apaixonar-se  é 
criar  uma  religião 
que  tem  um 
deus


falível”.





Eis o temível e terrível tridente
de Netuno: o ter, o poder e


o prazer. Que Deus me livre
desses deuses.  Amém!







Dom Paulo Sérgio Machado


Bispo Diocesano


Valores e critérios para se viver bem









Bendito
seja Deus que nos reuniu no


amor
de Cristo. 





Tudo bem com você?





As
virtudes cardeais são quatro:





prudência,
justiça, fortaleza e temperança.





A
virtude  da  prudência 
é  a  capacidade 
de  discernir  pela


razão,
à luz da fé, aquilo que é bom e agradável a Deus daquilo


que
nos afasta dele. Por esta virtude somos direcionados para


a
escolha do verdadeiro bem e dos meios adequados para


realizá-lo.





O
Catecismo nos lembra a recomendação de São


Pedro
(1 Pd 4,7): "Sede prudentes e sóbrios para entregardes


às
orações".





Santo
Tomás de Aquino nos lembra de que a prudência é a


regra
da ação. Ela é tida como portadora das virtudes, porque


todas  as 
outras  passam  por 
ela.  Prudência  não 
pode  ser


confundida
com medo ou timidez.





A
virtude da justiça impele-nos a dar a Deus o que é Deus e


ao
próximo aquilo que lhe pertence. Ajustiça para com Deus é


também  chamada 
de  “virtude  de 
religião”.  Em  relação 
ao


próximo,
podemos  chamar de justiça  social, 
se bem que o


Catecismo
não use essa expressão.





A
virtude  da  fortaleza 
é  aquela  que 
dá  segurança  nas


dificuldades
e constância na busca do bem. Por essa virtude


somos
impelidos a resistir às tentações e superar os 


obstáculos  da 
nossa  vida  moral. Ajuda-nos  a 
vencer  o  medo, 
até


mesmo
o medo da morte e dá-nos forças para suportar as


provações
e perseguições.





Por
fim, a virtude da temperança. Por esta virtude somos


movidos  à 
moderação  pela  busca 
dos  prazeres  e 
o  uso


equilibrado
dos bens criados. Garante o domínio da vontade


sobre
os instintos e mantém os limites do desejo dentro da


honestidade.





Com
relação a essa virtude assim recomenda o


Eclesiástico
(18,30): "Não te deixes levar por tuas paixões e


refreia
os teus desejos". No Novo Testamento essa virtude é


também
chamada de moderação ou sobriedade. São Paulo


recomenda  a 
Tito  (2,12):  viva 
“com  moderação,  justiça 
e


piedade
neste mundo”.





É
importante lembrar que estas virtudes são humanas, o


que
nos leva a entender que elas são adquiridas pela formação


natural  do 
ser  humano  durante 
sua  existência.  Logo 
em


seguida,
o Catecismo nos faz refletir  sobre
as  virtudes e a


graça.





“As
virtudes humanas adquiridas pela educação, por atos


deliberados
e por uma perseverança sempre retomada com


esforço
são purificadas e elevadas pela graça divina. 


Com o auxílio de Deus, forjam o
caráter e facilitam a prática do bem.





O
homem virtuoso sente-se feliz em praticá-las”. (CIC – 1810)





Por
fim o Catecismo nos recorda que, por causa do pecado,


é
para nós uma grande luta manter o equilíbrio moral. O que


nos
ajuda nessa luta é a salvação que Jesus nos trouxe. Por


isso
nós podemos sempre contar com a ajuda da graça divina.


Não
estamos abandonados à própria sorte, mas Deus vem em


nosso
auxílio completando em nós o que nos falta com sua


graça.





Boa
semana para você. Deus o (a) abençoe,





Pe.
Pedro de Celso Gardini

Conversão, ruptura com os vícios









A conversão
requer a ruptura com os vícios. Por isso, os seres


humanos
devem passar dos vícios às virtudes.





O
vocábulo “vício” deriva do latim “vitium”, que significa defeito.


Na
moral, o vício designa a propensão de cometer pecados. Os


vícios
são maus hábitos adquiridos por deficiências da vontade e


da
educação.





Os  vícios 
capitais  são  inclinações 
perversas  que,  pela


repetição
de atos condenáveis, corrompem a consciência moral


e  alteram 
a  avaliação  do  bem  e 
do  mal.  São 
denominados


capitais
porque são fatores de outros pecados e vícios.





De
acordo com a tradição ética clássica, os vícios capitais são


sete:
soberba, avareza, preguiça, luxúria, inveja, ira e gula. Os


convertidos
devem superar os vícios capitais.





Asoberba
consiste num orgulho exagerado, em que a pessoa


faz
a supervalorização de si mesma. Nega a dependência de


Deus.
Contraria a humildade.





A
avareza  é  um 
excessivo  amor  pelos 
bens  materiais,


negligenciando  os 
bens  espirituais  e  os  deveres 
de  justiça  e


caridade.
O avarento faz o apelo desmedido à riqueza e a tudo o


que
possui. Opõe-se à virtude da liberalidade.





A
preguiça é a indolência e a repugnância perante o esforço


exigido
pelo cumprimento dos deveres. O preguiçoso negligencia 


seus compromissos com
Deus e com os outros. Apreguiça é


contrária
à virtude do trabalho.





Aluxúria
é a busca desordenad a e incontida do prazer sexual.


O
viciado procura a satisfação desregrada do instinto sexual. A


luxúria
é pecado contra a castidade e a pureza.





A
inveja é a visão desdenhosa, desgostosa ou odiosa do bem


do
próximo ou daquilo que ele é. O invejoso 
sente tristeza e


azedume  pelos 
dons  dos  outros, 
precisamente  porque  os


percebe
como uma perda para si mesmo ou uma diminuição da


própria
superioridade. Ele peca contra a caridade e a fraternidade.





A
ira é um sentimento de desagrado, geralmente acompanhado 


pelo antagonismo
provocado por uma ofensa real ou imaginá-


ria.
É pecaminosa quando é expressa por um desejo deliberado


de
vingança, agressividade e violência. Opõe-se às virtudes do


autodomínio
e da paciência.





A
gula  constitui  é 
um  desejo  irracional, 
desordenado  por


alimento
ou bebida, geralmente expresso por comer e beber em


excesso.
O guloso sente a satisfação desregrada por aquilo que



gosto e prazer. Peca contra a virtude da temperança.





A
conversão exige a superação de todos os vícios na existência  da 
pessoa.  


O  convertido 
procura  abandonar  os 
vícios


capitais,
porque denigrem sua conduta humana, ética e espiritual.





Os
vícios capitais causam uma série de pecados no comportamento 


da pessoa. Fazem
proliferar outros vícios. Por isso, a vida


do
convertido é uma contínua luta contra os vícios capitais.


A
graça de Deus tem o poder de purificar os convertidos dos


vícios.
Por isso, eles podem contar com o auxílio do Senhor no


seu
empenho contra os vícios.





Pe.
Eugênio Antônio Bisinoto CSsR

A dupla Rapadura e Farinha no Evangelizashow em Bela Vista do Maranhão





















terça-feira, 19 de junho de 2012

Retiro Vocacional em Bela Vista do Maranhão.







Aconteceu em Bela Vista do
Maranhão o primeiro Retiro Vocacional organizado pelas Irmãs Pequeninas e com o
apoio paroquial.





Padre Juarez, esteve presente o
tempo todo e tudo foi maravilhoso.





Irmã Samara, falou sobre o amor
de Deus e mostrou com o exemplo, sobre o chamado específico que Deus lhe fez.





Falando ainda, sobre vocação, é
bom lembrar, que Pe. Amadeo Cencini coloca a vocação como um “Diálogo entre
duas liberdades”, significando que o Deus que cria, já o chama primeiramente a
uma vida terrena, quer dizer Deus livremente lhe dá a vida e ao mesmo tempo lhe
dá a liberdade em como vivê-la.





A resposta em como este homem
viverá é que esta em suas mãos. O homem nasce assim com um instinto muito forte
à vida, por isso mesmo já ao nascer faz tudo para manter-se vivo. Mas Deus na
Sua liberdade, não se contenta dar-lhe apenas a vida terrena, 





Ele quer mais! Quer que este,
fazendo uso da sua liberdade, opte por Ele e queira conhecer a Sua Vontade,
isto é, A Verdade que pode Conduzi-lo a Perfeita União.





Especificamente neste Retiro
Vocacional, foi falado sobre as diversas vocações na Igreja e principalmente
sobre o chamado feito a todos nós, que é o da "santidade".







































EXORCIZAR AS CASAS-PADRE GABRIELE AMORTH







Famoso Exorcista da diocese de
Roma.


Não se pode encontra nenhum
exemplo na Bíblia mas, a experiência prova que, este tipo de
exorcismos é necessário em certos casos e que, os resultados obtidos são
satisfatórios. Mesmo o Ritual não prevê esta forma de exorcismo.





Na verdade, o final do exorcismo
de Leão XIII preconiza a bênção dos lugares onde esta oração é recitada;
contudo, todo o seu conteúdo tende a invocar a proteção de Deus para a Igreja
contra os espíritos malignos, sem nenhuma referência aos lugares.





Devo precisar que nunca vi locais
invadidos por espíritos como certos filmes ou romances descrevem a esse
respeito, sobretudo quando se referem a velhos castelos desabitados. Os seus
autores tinham, evidentemente, como único objetivo apresentar cenas
espetaculares e impressionantes, não se baseando em nenhum estudo sério.





Por outro lado, é-se muitas vezes
confrontado com barulhos, por vezes semelhantes à crepitação, outras a
pancadas, outras vezes tem-se a impressão de uma presença, de se estar a ser
fixado, tocado ou atacado. É evidente que, nestes casos, pode haver uma grande
parte de sugestão, o medo que dá forma às sombras.





Mas há casos muito mais
complexos. Portas que se abrem e fecham a uma determinada hora; passos que
ressoam nos corredores; objetos que de deslocam ou desaparecem para reaparecer
depois nos lugares mais estranhos; animais que não se vêem mas se sentem
movimentar.


Lembro-me de uma família em que
todos os membros a determinada hora, ouviam a porta de entrada se abrir, depois
um barulho de passo pesados (de homem) atravessando o corredor antes de se
desvanecerem numa divisão, ninguém sabia qual.





Um dia em que estava presente um
dos seus amigos, o barulho habitual fez-se ouvir claramente, a ponto de este
amigo perguntar quem tinha entrado; para não o aterrorizar responderam-lhe que
se tratava de um hóspede de passagem. Ouvi falar da materialização de insetos,
de gatos e de serpentes; um dos meus pacientes, encontrou mesmo um sapo vivo na
sua almofada!





A maior parte das vezes uma
presença maléfica num local manifesta-se provocando problemas físicos: insônias,
dores de cabeça ou de estômago, um mal-estar geral que não se sente em mais
nenhum lugar. Então torna-se fácil controlar estes fenômenos embora nem
sempre seja fácil determinar a causa.





Vamos ver por exemplo o caso de
uma pessoa que cada vez que é convidada para ir na casa de um parente próximo
ou amigo, experimenta os seguintes problemas: insônia, mal-estar, dores de
cabeça... que podem durar vários dias; entretanto não volta a sofrer disso
se se vai embora. Neste caso há um controle fácil. A causa contudo pode ser
extremamente variável.





Pode-se tratar de pura e simples
sugestão quando razões válidas o fazem supor (quando por exemplo uma nora
vai a casa da sogra que se opôs ao seu casamento ou que nutria um amor
possessivo para com o filho). Mas também se pode tratar de causas
maléficas.





Assinalamos que é interessante
notar o comportamento dos animais domésticos face a estes fenômenos. Quando
se sente a presença de alguém na divisão onde se encontram, vê-se muitas
vezes o cão ou o gato da casa fixarem os olhos num determinado ponto; ou
fugirem bruscamente, aterrorizados, como se esse ser misterioso se aproximasse
deles.





Poderia contar várias
acontecimentos interessantes a quem desejasse estudar este aspecto mais em
detalhe. Contento-me, em dizer que, segundo a minha perspectiva, os
animais não distinguem nada de concreto, mas são mais sensíveis do que o homem
a uma eventual presença. E não nego que o seu comportamento possa
constituir um elemento determinante para decidir se convém exorcizar uma casa
ou não.





O essencial, quando se recebem
pessoas angustiadas por este tipo de fenômenos, é interrogá-las bem e, se for
caso disso, exorcizá-las. Na maioria dos casos os fenômenos mencionados
não são devidos a presenças maléficas nas casas, mas a presenças maléficas
nas pessoas. Aconteceu-me muitas vezes não obter nenhum sucesso ao
exorcizar a casa; e depois á medida que exorcizava a pessoa ou as pessoas,
constatar que as manifestações na casa diminuíam, e acabavam por desaparecer
completamente.





Como se exorciza uma casa?





O Pe. Cândido e eu próprio
aplicamos o seguinte método. O Ritual contém uma dezena de orações em que
se pede ao Senhor que proteja os lugares contra as presenças maléficas.
Encontram-se nas bênçãos das casas, escolas, etc. Rezamos algumas, depois
lemos a primeira parte do primeiro exorcismo destinado às pessoas, mas
adaptando-as à casa. 





Benzemos em seguida cada divisão como fazemos na
benção da casa. Fazemos o mesmo percurso com o incenso benzido. Terminamos
com outro oração. Encontrei uma eficácia especial ao celebrar a Missa nas
casas, depois de as ter exorcizado.





Quando os incômodos são de pouca
importância, um só exorcismo é suficiente. Quando é causado por um malefício e
este é renovado, convém repetir também o exorcismo até que a casa se torne
“impermeável” aos malefícios. Nos casos mais graves, as dificuldades são
numerosas.





Tive por exemplo que exorcizar
apartamentos nos quais durante muito tempo se tinham realizado sessões de
espiritismo ou que tinham sido habitados por feiticeiros que faziam magia negra. No
entanto, o pior era quando tinham sido lá celebrados cultos satânicos. Em
alguns casos a gravidade dos problemas e a dificuldade em obter uma libertação
completa, foram de tal ordem, que aconselhei os meus pacientes a mudar de casa.





Em alguns casos, não graves, as
orações foram suficientes para restabelecer a paz. Uma família era
incomodada por inexplicáveis barulhos noturnos; mandou celebrar dez missas
e depois disso os barulhos diminuíram consideravelmente. Mandou ainda celebrou
mais dez missas e a seguir os barulhos desapareceram totalmente.





Seriam almas do purgatório que
por permissão divina se puderam fazer ouvir para pedir sufrágios? É difícil
garantir. Apenas queria aqui assinalar este fato com o qual já fui confrontado
várias vezes.


Don Pellegrino Ernetti, o mais
celebre exorcista de Trivenetto, também muito conhecido como estudioso de música
e de Bíblia, teve experiência de casos excessivamente graves. Em casa de uma
família, portas e janelas perfeitamente fechadas abriam-se e fechavam-se,
cadeiras voavam, armários rangiam, aconteciam todos os absurdos.





O padre decidiu resolver este caso empregando
simultaneamente os três sacramentais a que os exorcistas recorrem
constantemente. Aconselhou misturar num recipiente qualquer (chávena,
copo...) água, óleo e sal exorcizados. Depois recomendou deitar todas as
noites uma colher da mistura na sacada de todas as janelas e nas bases de todas
as portas, rezando um Pai Nosso de cada vez.


O remédio foi espetacular. A
família parou com este uso e passado uma semana, os inconvenientes recomeçaram
a importunar a calma doméstica para voltarem a desaparecer depois de se voltar
a utilizar o remédio sugerido.





No que se refere aos animais
domésticos já me têm perguntado se eles poderiam ser incomodados pelo demônio
e, em caso afirmativo, o que se deveria fazer. O Evangelho relata-nos a
história daquela legião de demônios que pediu a Jesus autorização para entrar
nas duas varas de porcos; depois de obterem uma resposta positiva, todos os
animais se precipitaram no lago de genesaré onde se afogaram.





Conheço o caso de um exorcista
incompetente que mandou a um demônio que fosse apossar-se do porco duma família
de camponeses: o animal ficou imediatamente em fúria e despedaçou a dona.
Inútil será dizer que o mataram imediatamente. Trata-se, portanto de um caso
esporádico que levou imediatamente à morte do animal.





Contaram-me que um bruxo se
servia do gato para levar objetos maléficos ao destino;eu diria que neste caso
o possesso era o dono, não o animal. O gato é considerado como um animal que
“absorve os espíritos” e outras vezes consideram que os espíritos maléficos se
tornam visíveis sob a forma de gato. Para certos bruxos e em certos tipos de
magia, o uso de um gato é fundamental. Mas este simpático animal não é
minimamente responsável por isso.





Digamos, contudo, que a
infestação de animais também é possível e que é permitido benzê-los a fim de os
libertar. Mas em todos os casos de infestação (lugares, objetos, animais), como
de resto em todos os outros casos, o exorcista deve conhecer os fenômenos de origem
paranormal. Esses conhecimentos são indispensáveis para evitar toda a
ambigüidade, mesmo se esta obra não tem, infelizmente, ocasião de falar disso
diretamente.





Para terminar recordamos que, já
nos primeiros séculos, os cristãos também exorcizavam as casas, os animais e os
objetos. Entre outros, Orígenes testemunha este fato. Justamente como
já fizemos notar o Catecismo da Igreja Católica fala de exorcismos não só para
as pessoas, mas também para os objetos (can. 1673).





Fonte: Extraído do Livro "Um
Exorcista Conta-nos" - Pe. Gabriele Amorth - Ed. Paulinas.







Codependência afetiva: uma ameaça à amizade do casal







Um dos fenômenos que mais afligem
os relacionamentos é a codependência afetiva. Muitas pessoas são afetivamente
codependentes e desconhecem isto. Vivem seus relacionamentos em meio a brigas,
sentimentos de culpa, chantagens sentimentais, mas não conseguem enxergar a
raiz desse problema, a fim de buscar uma solução.







Hoje veremos um pouco as
características da codependência afetiva, sobretudo no âmbito do relacionamento
afetivo homem-mulher, seja no namoro, noivado ou matrimônio, mas com ênfase
maior a este último.







É próprio do relacionamento
afetivo entre um homem e uma mulher o fato de ambos se quererem, desejarem-se,
terem a vontade de estar próximos, mas, quando se vive uma codependência
afetiva, esta vontade passa a construir para o outro e para si uma verdadeira
prisão, da qual não se quer nem se deixa escapar. Esta é uma das principais
consequências da codependência afetiva, a qual é na verdade uma desordem
compulsiva que deforma o relacionamento, fazendo dele um "lugar" de
controle e dominação. Ao invés do casal crescer na amizade, tão necessária a um
relacionamento maduro e equilibrado, ambos definham pela concupiscência do
poder, que escraviza, que anula o outro. Dentro da relação, há força e
fraqueza, agressividade e dependência.








Todavia, não podemos dizer que,
em uma relação onde há codependência afetiva, uma pessoa seja exclusivamente
"o fraco" (dependente) e o outro, "o forte" (agressivo),
mas há sem dúvida aquela pessoa que tende mais a dominar e aquela que tende
mais a se deixar dominar.








Vários são os motivos da
codependência afetiva, como predisposições genéticas, fatores familiares e
realidades espirituais. Todos eles geram carências e inseguranças, campo fértil
para a codependência afetiva.






Eis dez características das
personalidades dependente ("a fraca") e agressiva ("a
forte") na codependência afetiva:






A personalidade dependente






Não assume as responsabilidades
próprias do relacionamento (seja no namoro, no noivado ou no matrimônio),
esperando sempre do outro a resolução de quaisquer problemas, a tomada de
iniciativas e decisões.





Apresenta uma enorme necessidade
de aprovação e afeição por parte dos outros, o que faz o dependente buscar
sempre agradá-los, não discordar de seus pontos-de-vista, sobretudo se estes
são postos de maneira forte pela parte agressiva da relação.





Não consegue enfrentar crises sem
requerer extremo cuidado por parte da pessoa de personalidade agressiva
("o forte"), atribuindo ao outro a culpa e a responsabilidade pela
solução da crise.





Requer sempre da outra pessoa
elogios, "aplausos", concordância, porque não consegue
"andar" sem essas "bengalas".





Pauta o vestir, o falar, o
comportar-se pela opinião do outro. Às vezes requer a opinião da outra parte
inclusive em temas banais, como a escolha de roupas para usar em determinadas
ocasiões.





Muda de humor se a outra parte
também alterou seu humor. Pensa logo que a outra pessoa tem algo contrário a
si, que não gostou de algo que ele(ela) fez ou disse. Não admite que a outra
pessoa possa estar num dia ruim, cansativo.





Tem dificuldades para dizer não a
pedidos da parte agressiva, para jamais contrariá-lo(a), mesmo que isto
interfira na sua vida profissional, espiritual.





Permite que seu valor seja dado
pelo que a outra pessoa pensa. Não consegue ver seu valor por si mesmo(a).





Sufoca afetivamente a outra
pessoa com uma presença constante em sua vida, acompanhando todos os seus
passos, vivendo em função dele(a).





Quando percebe que a outra
pessoa, de alguma maneira, quer "respirar", inicia uma verdadeira
"campanha" de chantagens sentimentais para que o(a) outro(a) jamais
se afaste, para que ele(a) continue dando-lhe excessivo cuidado e extrema
atenção.







A personalidade agressiva








Centraliza-se em si mesmo(a),
possuindo uma vontade própria exacerbada, não cedendo em nada na relação.





Assume todas as responsabilidades
do relacionamento (seja no namoro, no noivado ou no matrimônio), resolvendo
quaisquer problemas, tomando iniciativas e decisões.





Dificilmente, na relação, a
vontade da outra parte prevalece, pois sua vontade (a da pessoa agressiva),
mesmo quando não é imposta, é sutilmente apresentada como a melhor, sempre!





Não respeita os próprios limites,
praticamente nunca dizendo não a pedidos dos outros, pois considera-se
"o(a) forte", mesmo que chegue a se esgotar física, psíquica e
espiritualmente.





Dita o vestir e o comportar-se do
outro, sempre convencendo-o(a) de que assim é melhor para ele(a).





Como se coloca numa posição de
ser responsável por tudo e por todos, sente-se extremamente culpado(a) por
qualquer problema que ocorra, mesmo sabendo que não foi sua ação que causou
isso.





É extremamente desconfiado(a) em
relação aos outros, porque não admite erros, e acha que os outros erram demais,
mas ele(a) nunca erra!





Quando chega ao ápice do
estresse, "explode", permite-se distribuir farpas para todos, porque
se acha sempre "o(a) correto(a) e justo(a)".





Quando começa, por algum motivo,
a querer "respirar" na relação, sente-se culpado(a) por achar que
está abandonando a pessoa dependente ("a fraca"), o que, mais uma
vez, escraviza-o(a) no relacionamento.





Reclama sempre que a outra pessoa
não tem iniciativa em nada, mas nunca deixa o menor espaço sequer para que o
outro faça alguma coisa. Sempre toma a frente, nunca sabe esperar, nunca confia
no potencial do(a) outro(a). Aliás, justifica o estar sempre à frente por causa
da "fraqueza" do(a) outro(a).







Obviamente, podemos perceber algumas características diferentes, de acordo com
cada casal, mas, em geral, as acima listadas aparecem, em sua grande maioria,
naqueles que vivem uma codependência afetiva.



Outro aspecto importante: De início, o relacionamento entre uma pessoa dependente
e uma agressiva parece constituir o "par perfeito", pois um tem o que
o outro "precisa", mas, com o tempo, surgem sentimentos de raiva e
frustração, o que pode arruinar a relação, se a codependência não for tratada
psíquica e espiritualmente. Quando se começa a perceber tais sentimentos, é
sinal também que se quer libertar-se, ótima oportunidade para tornar a relação
verdadeiramente sadia.




Como os codependentes afetivos encontram-se numa "prisão" psíquica e
espiritual, necessitam buscar ajuda, de preferência através da Logoterapia*, e de acompanhamentos
espirituais por sacerdotes que compreendam o tema ou por leigos de Novas
Comunidades acostumados a acompanhar estes casos.




Por fim, quem vive no matrimônio a realidade da codependência afetiva pode
encontrar nesta situação uma ótima oportunidade para amar o outro e buscar,
juntos, a libertação, que só Cristo opera, sem desistir da pessoa a quem
prometeu amar na saúde e na doença. Pode também fazer da I Cor 13, 4-8a seu texto de cabeceira,
meditando sobre aquilo em que consiste o único e verdadeiro amor.




Shalom!



Álvaro Amorim.




Consagrado na Comunidade Católica Shalom.