A pimenta no olho do outro é refresco!

Ao Rei Nabucodonosor, foi dado por Deus, a grandeza e o poder,  mas a perdeu, por causa do orgulho, se achando mais do que os outros. Ele não entendeu que a autoridade e poder dados por Deus, era tão simplesmente para administrar e com amor, ajudar o seu povo.

Assim, ocorre conosco, na nossa vida e até mesmo na caminhada religiosa. Observemos essa situação:

Daniel 5,20-21 "Mas quando ficou com idéias de grandeza e espírito soberbo, tornando-se orgulhoso, foi derrubado do seu trono real e perdeu a dignidade:foi afastado da companhia dos seres humanos e, com instinto de fera, passou a morar com burros selvagens e a se alimentar de capim como os bois, enquanto o sereno banhava o seu corpo. Assim ficou até reconhecer que o Deus Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e dá o trono a quem ele quer".

Seu filho, o Rei Baltazar, mesmo sabendo que o  seu pai recebeu uma correção de Deus, uma provação, para perceber seus erros, mesmo assim, preferiu adorar deuses falsos e de forma irresponsável viver a vida.

Estava o rei numa noitada, nestas grandes festas, quando teve uma visão de dedos de mão humana riscando, por detrás do candelabro, na cal da parede do palácio do rei. O rei viu a mão rabiscando e ficou apavorado. Ele chamou sábios e advinhos e ninguém conseguiu decifrar. Só o profeta Daniel conseguiu e disse: Eis o que está escrito: 'Contado, pesado, dividido.

O rei morreu. O seu reino foi dividido. E enfim muitas coisas ocorreram.

O que quero contar através desta realidade bíblica, é que está ocorrendo conosco como ocorreu com aquele Rei, que não quis seguir os preceitos do Senhor, que o orgulho falou mais alto.

Temos recebido nos nossos corpos, na nossa família a paga pelos nossos pecados. Temos sido repreendidos e corrigidos de uma forma muito dolorosa, que é através dos nossos próprios familiares.

O nosso orgulho tem caído por terra, diante do nosso desvario. Você pode verificar hoje, nas nossas famílias, a droga, o lesbianismo, a prostituição, o alcoolismo e tantas outras situações.

Hoje, mães que eram orgulhosas e falavam mal da vizinha, do parente, discriminando sobre o lesbianismo, sente na pele a dor de ter uma filha assim.

Pais cheios de pudor, sendo uma coisa na sociedade e dentro de casa, vivendo de uma forma completamente diferente, hoje, vê o filho drogado.

Aquele que discriminava os homossexuais vê na sua própria casa essa situação e daí ter que perceber que pimenta no olho do outro é refresco.

O orgulho tem passado uma rasteira em nós, até mesmo na Igreja, quando julgamos o irmão que cai no erro e mais na frente quem cai somos nós mesmos.


 Digo isso por experiência própria, aconteceu comigo.


Quem tem culpa nesta história? Há mais mistério entre o céu e a terra do que a gente pode imaginar.

Mas acredito que um bom início é colocar o joelho no chão e pedir perdão a Deus, pelas vezes que cometemos injustiças com os de fora. Pelas vezes que julgamos, discriminamos e falamos mal da vida do outro.

Acredito, que ainda dá tempo da gente ver a palma diante do nosso nariz e mais ainda perceber que quando apontamos um dedo para o irmão tem três dedos contra nós.

É chegado o momento de reconhecer a soberania de Deus e, dizer para Ele, pequei, errei, julguei, fiz mal diante dos teus olhos mas eis que te peço perdão.

Não quero mais julgar, quero olhar as pessoas com outros olhos, quero ver a vida de forma diferente, quero amar e acolher as pessoas. Peço ao senhor que volte a sua face para mim. Quero ser uma nova criatura.

Que Deus nos conceda essa graça!

Augusta Moreira dos Santos